Bulletproof Daughter escrita por Jéssica Sanz, Jennyfer Sanz


Capítulo 31
DELETED SCENE: Momento perdido no tempo


Notas iniciais do capítulo

[Jéssica] AAAAH CHEGOU ESTA MERDA! Estava super ansiosa pra mostrar isso pra vocês... Tô tão apaixonadinha...

[Jennyfer] Esse capítulo... Eu leio esse capítulo duas vezes por dia...

Aviso: Este capítulo contém yaoi + hot ao ponto (eu sei que tem um nome certo pra isso, mas eu esqueci, beijos). Se não gosta, é só não ler ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/722594/chapter/31

8 MESES ANTES

 

— “Caso especial número 26: Gestantes”. — Namjoon sentiu Jin virar-se lentamente, repentinamente interessado, e continuou. — “Esse caso possui duas opções. Se o pai do bebê estiver vivo, o bebê cai na inexistência e a mãe é julgada normalmente. Se o pai do bebê estiver morto, o bebê é automaticamente salvo e recebe uma segunda chance junto a sua família. A mãe é julgada normalmente, e a gestação segue pelo tempo que duraria no mundo dos vivos. O bebê nasce e cresce normalmente até os 15 anos, quando alcança a juventude eterna”.

A essa hora, Jin já estava boquiaberto e com a respiração falha.

— Isso quer dizer que… — Murmurou Jin, enxugando as lágrimas rapidamente.

— É isso aí. Você uniu uma família, Jin Hyung. Você não é um monstro.

Jin riu, aliviado, ainda se livrando das lágrimas.

— Goma wo. Você tá sempre me salvando, Namjoon. Eu disse que seria um bom líder.

Namjoon sorriu, muito satisfeito, e ficou olhando para o hyung. Por um momento, ficou pensando em tudo o que havia passado no fim da vida. Ele achava que estava sozinho, e no exato momento em que descobriu que não estava, foi bruscamente separado dele. Todos os seus dias no manicômio foram atormentados pela ideia de que Jin estava vivo, e em perigo por causa do ajussi. Ele não se importava em sofrer tudo aquilo que lhe era imposto por pura maldade, mas não queria deixar Jin sozinho, não queria que ele sofresse. Aquilo era o pior tormento da vida de Namjoon: quando via que Jin estava sofrendo. Foi assim quando a Yumii começou a rejeitá-lo. No fundo, ele queria estapeá-la, porque ela não tinha o direito de ferir seu hyung mais velho daquela forma! Ficara tão arrependido por ter escrito Boy In Luv, cooperado com toda aquela maluquice. De alguma forma, aquela simples ajuda era uma redenção. Para Namjoon, não era nada, apenas uma leitura de regras. No entanto, no momento em que ele percebeu que significava muito para Jin, passou a ter um pouco mais de valor, embora fosse o mínimo que pudesse fazer por ele. Aish, por que aquele hyung tinha que ser tão bonito? O pior é que ele sabia disso, e insistia em repetir, não tinha como esquecer, não tinha como não olhar pra ele e notar. E quando o encontrou dormindo… Ele dormia tão lindamente. Namjoon odiava ver Jin dormindo, porque sentia que não podia fazer nada por ele. Mas na época em que dormir era só dormir, ele gostava de ficar olhando para ele. Tão natural e angelical. Namjoon sabia que não devia, mas não era como se ele pudesse evitar. Jin parecia ter algum tipo de força que o puxava e puxava lentamente, de um jeito que ele nem percebia. Como quis beijá-lo naquele dia… Ele estava tão frágil, dormindo naquele quarto de hospital, sem saber de nada, de nada daquelas coisas terríveis… Ele o encontrara, finalmente. Que agonizante havia sido aquele tempo sem ele. Era pior ainda porque era o líder e tinha que manter a compostura, ser forte para os membros. Mas ele havia sofrido, e como havia sofrido. Sim, ele quisera beijá-lo naquele dia, e o teria feito se aquele maldito não tivesse chegado. Ah, não havia nenhum ajussi, não havia ninguém ali que pudesse dizer a eles o que fazer. O que o impedia? Talvez o medo de que tudo isso não estivesse presente do outro lado. Ou, talvez, o fato de ser um líder, que não pode deixar-se levar por emoções. Ele era um juiz, era muito sério. Aquilo era errado, não é?

Jin estava animado com aquela novidade. Que especial ela era! Pensou em todas as coisas boas que ela proporcionaria, enquanto ficava olhando para o líder. Ah, Namjoon, com aquela postura toda, como se ser um líder bom ou ruim dependesse de postura. Mas havia motivo para reclamar? Ele ficava até bonito com aquela pose toda, que não era capaz de esconder todos os aspectos que Jin conhecia bem em Namjoon. Ele sempre foi muito mais que um líder. Ele era um appa, um professor, um grande amigo, um pouco psicólogo quando era necessário, e tudo aquilo que é necessário em um líder. Era o monstro da destruição, e o monstro da dança. Como eles dois eram terríveis juntos! As Asas da Dança, que sempre ficam fechadas atrás das costas do Bangtan, ou que se abrem e ficam bem nas pontas, sem nunca ser o centro das atenções. Mas, sempre, a presença deles fazia diferença. Ah, Namjoon, você não engana ninguém, muito menos o Jin Hyung. Atrás de toda aquela postura, o tom sério, as ordens, estava aquele doce companheiro que quebrava tudo o que tocava. O doce companheiro que estava sempre ao lado de cada um dos meninos, sempre demonstrando seu apoio e tentando convencê-los de que tudo ia ficar bem. Enquanto dormia, Jin sempre sentia as aflições dos meninos. Eles passaram por muitas provações, e Namjoon era o que mais havia sofrido. Havia sido forte para os meninos e para si mesmo, havia tentado ao máximo. Mas Jin não queria se lembrar das coisas ruins. O passado deveria servir apenas para lembrar o que era bom. E o presente? O presente era maravilhoso. Estivera tão aflito, mas novamente, Namjoon aparecera para salvá-lo, para estar ao seu lado e impedir que seu pensamento fosse tomado por uma ilusória sombra. Namjoon, com poucas palavras que nem a ele pertenciam, conseguira enchê-lo de esperança. Um bebê, iam ter um bebê! Que coisa mais incrível e milagrosa! Finalmente um bálsamo para as feridas, para a ausência de quem havia ficado. Que oportunidade maravilhosa para voltar a tempos bons onde todos se entendem, são amigos, são à prova de balas. Aquela casa tão vazia, embora luminosa, poderia se encher de risos, de alegria e de pureza. Ah, Jin sabia bem que Namjoon não havia trazido aquilo. Mas havia se preocupado em contar-lhe. Parecia mesmo que ele conseguia resolver todos os problemas simplesmente abrindo aqueles livros. Aquilo não era nada, mas para Jin significava muito. Foi uma lembrança de quantas benditas vezes aquele líder fora seu único suporte, de quantas vezes eles tinham ficado lado a lado e cuidado juntos daquelas crianças. Enquanto eles dois se sacrificavam e cuidavam dos meninos, que ficavam livres e despreocupados, eles eram os únicos que cuidavam um do outro. Sempre foi assim. E sempre seria. Jin cuidava de Namjoon, era verdade, mas Namjoon cuidava dele muito mais. Ele precisava retribuir de alguma forma aquilo tudo. Tudo estava indo mal, e de repente, por causa dele, estava muito, muito bem!

— Ah, eu estou tão animado! Eu poderia até…

Jin cortou-se. Poderia? Ele estava animado, estava feliz porque Namjoon era incrível. E queria retribuí-lo. Queria mostrar que ele poderia ser aquilo também. Que Namjoon não precisava mais suportar o peso dos problemas sozinho. Precisava agradecer, e precisava de mais que um “Gomawo”.

Jin mantinha sua respiração acelerada. Suas emoções, seus sentimentos estavam à flor da pele. Namjoon virou a cabeça, dando a entender que esperava o resto da frase.

— Poderia o quê?

Rápido, completamente agitado, Jin se levantou de seu sofá e se jogou sobre Namjoon, no outro sofá, para abraçá-lo. Abraçou-o muito forte. Precisava demonstrar que estava ali, que poderia apoiá-lo, se precisasse, como ele sempre fazia.

Namjoon retribuiu ao abraço com um sorriso, e fechou os olhos para senti-lo. Aquele hyung era completamente amável. Como era possível desejá-lo tanto?

Naqueles corações, algo se movia, como se fossem asas desejando bater, desejando que flutuassem, mas algo os prendia.

Jin sentia um nervoso nas mãos, como se elas quisessem tremer mas não tremessem. Que sensação era aquela? Parecia muito com aquela coisa esquisita que sentia em seu coração. Abraçou-o mais forte. Era muito bom sentir o corpo contra o dele, o queixo de um delicadamente repousado no ombro do outro.

Sim, era bom, mas era errado, não era? Eles não deviam ficar tanto tempo assim. Jin começou a soltá-lo devagar. Recuou um pouco e ficou de frente para ele, mas ainda estava sobre ele. Sentiu-se completamente estranho, como se, de repente, fosse errado ficar longe dele. E quando olhou para seus olhos, estava tão perto que quase conseguia ver o breu por dentro de suas pupilas. Quando foi que aqueles olhos se tornaram tão lindos? Desejou-o completamente.

Namjoon olhava para ele, para toda aquela beleza que parecia até um crime. Ele deveria ser preso por ser tão bonito! Ele estava tão perto que não importava mais que fosse errado. Estavam sozinhos, não importava que ninguém soubesse. Estavam colados, não importava nenhuma postura de líder. Estavam juntos, não era possível que não se amassem.

— Nan neoreul saranghae — sussurrou ele, tão naturalmente quanto um sopro, enquanto levava a mão direita ao contorno perfeito do seu rosto. Dirigiu seu olhar àquela boca de morango como se estivesse hipnotizado. Não precisou fazer mais nada. Jin percorreu o restante do caminho que faltava até a boca de Namjoon enquanto fechava seus olhos.

No momento em que aqueles lábios se tocaram, tudo mudou. Foi como se aquilo fosse a chave que estava faltando para libertá-los das correntes que os impediam. Eles sentiram a energia um do outro, fluindo e fluindo, inundando-os, preenchendo-os até que transbordassem de amor. Eles se beijavam, e cada beijo tinha mais intensidade que o anterior. Eles mudaram a postura, ficando cada vez mais inquietos, e desejando um ao outro mais e mais de uma forma que não podiam ter. Suas mãos deslizavam pelas peles como se não encontrassem limites, como se quisessem cobrir e sentir toda a superfície do outro. As mãos afastaram os casacos, separaram os botões das casas, porque eram completamente um do outro, e nada os impediria de ter um ao outro, e de amar. Sem abrir os olhos, Jin chorou de felicidade, porque finalmente, podia senti-lo, podia amá-lo, podia tê-lo e ser dele.

Uma parte da razão de Namjoon dizia que ele deveria parar. Era errado, era errado, quantas consequências poderia ter? A outra parte de sua razão lhe dizia para continuar, com uma metáfora: a partir do momento em que se inicia um incêndio, não importa que você apague, o que foi queimado está queimado. Ele era o monstro da destruição, e estava destruindo uma barreira que nunca deveria ter existido. E ele prosseguia explorando aquele território que, por muito tempo, foi inacessível. Nunca antes havia seguido com tanto afinco os desejos ardentes de seu coração. Seus dedos mergulharam no cabelo castanho de Jin, e ele sentiu toda aquela maciez, enquanto o hyung conduzia seus lábios róseos ao pescoço desprotegido. Delicadamente, ele o beijou, uma, duas, três vezes, enquanto Namjoon o segurava com mais força com um reflexo daquela sensação inédita. Jin mantinha a mão firmemente pressionada do outro lado, como se quisesse evitar que ele fugisse. Por um momento, Jin tornou-se o monstro, mordendo-o.

— Hyung… — murmurou Namjoon, sorrindo com aquela atitude inesperada.

Jin não parou. Era como se tivesse passado a vida inteira com sede de alguma coisa que não sabia o que era, e finalmente, havia encontrado. Queria consumi-la completamente.



Estavam estirados no tapete da sala, simplesmente olhando um ao outro. Depois de tudo aquilo, eles já sabiam que pertenciam um ao outro. Não era preciso tocar, não eram necessárias expressões ou palavras. Já haviam dito tanto, já haviam confessado todos aqueles sentimentos que estavam trancados dentro de si. Só precisam olhar nos olhos um do outro, e ali dentro podiam ver o amor que ainda ardia em chamas.

Jin sorriu tristemente. Ele sabia que algo daria errado. Sabia que haveria consequências. Ele estendeu sua mão e tocou o rosto de Namjoon levemente.

— Eu te amo tanto, Namjoon… — disse, com as sobrancelhas arqueadas, porque aquele amor era forte e lindo, mas também era preocupante. Namjoon cobriu sua mão, a segurou e beijou.

— Eu também te amo, hyung. — Tinha um sorriso quente, um olhar sincero. Jin mostrou um sorriso de felicidade. Aquele momento era muito bom, mas ele estava preocupado. Encantava-se com o fato de Namjoon não se importar nem um pouco. Ele deveria ter um plano.

— O que… O que nós vamos fazer? Não podemos contar a ninguém, porque o momento é muito delicado. Precisamos nos firmar como novo Juízo. Querendo ou não, esse bebê já será capaz de diminuir nossa credibilidade perante o segundo mundo. Não podemos esconder do Jimin, ele vai olhar para nós e simplesmente vai saber.

— Ele só vai saber se nós soubermos.

— O que quer dizer?

— Existe um jeito de ocultar. Se nós fizermos algum ritual para esquecermos isso, nem nós saberemos, e não haverá como Jimin saber. É possível, eu já li num livro.

— Esquecer? Você quer mesmo esquecer de tudo?

— Não quero, mas não temos muita opção. Eu prefiro ter vivido isso e esquecer do que nunca ter vivido.        

Jin acenou, tristemente. Como sempre, Namjoon estava certo.



Eles ficaram ali um pouco mais. Depois, se levantaram, se vestiram e consultaram o livro que Namjoon havia mencionado. Como sempre, estava na lareira. O ritual era muito simples de ser executado. Era uma bebida encantada que Jin preparou com facilidade.

— Talvez haja um momento no futuro em que possamos viver isso de novo — disse Namjoon, erguendo o cálice enquanto olhava para o seu amado hyung. Quando nosso Juízo estiver firmado, nossa criança estiver crescida, quando estivermos livres para ser quem somos, como deveria ser. Tudo o que precisaremos fazer é descobrir, novamente, que nos amamos.

— Essa é a verdade. Então deve ser tão difícil.

Os dois beberam do mesmo cálice.

— Não será. Eu prometo, bae.



De repente, Jin pareceu se dar conta.

— Temos que contar pra eles. Isso é maravilhoso!

— Vamos contar no momento certo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

[Jéssica] Espero que alguém tenha lido Bangtan Family e captado a referência no final kkk E então, o que acharam??

[Jennyfer] Ai meu corazaum, meu otp, adoro. Cabou aqui o Namjin... Mais só na próxima história.

Sexta-feira é o último capítulo extra para fechar.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bulletproof Daughter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.