Bulletproof Daughter escrita por Jéssica Sanz, Jennyfer Sanz


Capítulo 26
O grande julgamento


Notas iniciais do capítulo

[Jéssica] Agora o bicho vai pegar pro tio do mal...

[Jennyfer] Estão sentindo esse cheiro de passagem temporal? E vem mais pela frente...



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Os meses passavam velozmente. A barriga de Yumii crescia, seu grande dia se aproximava, e também o dia em que Chung Ho finalmente seria julgado. O dia em que eles saberiam quanto tempo teriam de paz, sem se preocupar com ele. Os meses sem o trabalho de investigação com Yonseo lhe deram mais tempo para se dedicar às pesquisas com relação à anestesia. O trabalho de juiz ainda tomava muito do seu tempo, mas ele conseguia administrar tudo muito bem, tendo boas noites de sono sem ao menos usar pílulas. No entanto, ao mesmo tempo que avançava, a preocupação lhe tomava, até chegar ao seu resultado final, e não muito animador.

Hoseok chamou Jungkook e Yumii para uma conversa séria. O vidente esteve com eles e com sua eomma no quarto de brincar, o que tornava as coisas piores para ele: ver todos aqueles brinquedos, a barriga de Yumii que já estava grande, aquela preparação, aquela animação que havia contagiado a casa e cada um de seus moradores. Até mesmo os espectros estavam diferentes com aquele clima. Tudo deveria estar perfeito para a chegada de Sunghee, mas Hoseok sentia que havia falhado, e que estava estragando tudo.

“Não é sua culpa” dizia Eva. “Você está fazendo o que é possível, Hoseok”.

“Mas se eu tivesse me esforçado mais”...

“Não, não existe uma maneira. O resultado é exatamente esse. Mais esforço ou menos esforço não interfere nisso. Essa é a descoberta final. Não existe nenhuma solução melhor”.

“Portanto, não existe nenhuma solução perfeita”.

— Hyung? — chamou o maknae, pois Hoseok estava perdido em seus pensamentos. Ele olhou para Jungkook e respirou fundo. Sobre seu colo, havia uma pilha de papéis e uma pequena caixinha. Ele cuidadosamente colocou a caixinha na mesa que o separava do casal.

— Este é o melhor resultado que eu obtive. Segundo Eva, o melhor resultado que eu poderia obter. Mas não é perfeito.

— O quanto ele funciona? — Perguntou Jungkook, enquanto Yumii abria a caixinha e encontrava uma pílula azul e branca.

— Ele funciona muito bem. 100%, eu diria. Se Yumii tomar a pílula antes do parto, não sentirá absolutamente nada.

— Qual é o porém? — Perguntou ela, fechando a caixa.

— A palavra “absolutamente”. A pílula funciona tão bem, mas tão bem, que não existe como você colaborar com o parto. No primeiro mundo, é possível fazer um parto sem a “ajuda da mãe”, digamos. Mas a Sunghee é um bebê diferente, porque ela tem asas. Essa diferença pode... comprometê-la nesse sentido.

— Como assim? — Perguntou Jungkook. — Ela pode nascer com má formação nas asas?

— Não é simplesmente “ela pode”. Ela vai nascer com problemas, eu previ.

— Mas... Não existe um meio termo? Não existe uma pílula que me permita ajudar sem sentir dor?

— Ou amenizá-la, ao menos? — sugeriu Jungkook.

— Eu tentei de todas as formas. Níveis menores de remédio são a mesma coisa que nada. Eles não conseguem surtir efeito contra a dor. — Hoseok respirou fundo novamente. — Esses são os fatos. Eu queria ter algo melhor para apresentar, mas é a única coisa que eu consegui. Agora, cabe a vocês decidirem o que farão.

— Eu já decidi — disse Yumii, devolvendo a caixinha à mesa no mesmo momento.

— Tem certeza? — Perguntou Jungkook, levemente assustado.

— Não vou comprometer a eternidade da nossa filha por causa de alguns momentos de dor.

— É uma dor terrível — lembrou Seohyun.

— Eu sei disso. Mas continuo com a minha opinião. Hoseok Oppa, muito obrigada pelo seu trabalho duro, de verdade.

— Eu queria poder fazer mais — disse ele, pegando a caixa com um semblante triste.

— Eu sei. Mas você deu o seu melhor. E eu sei que seu trabalho não foi em vão.

— Do que está falando?

— Eu não sei. Eu só sinto isso no meu coração.

Hoseok ficou horas e horas na sala da Eva mexendo com a pílula e pensando no que Yumii dissera. Que utilidade aquilo poderia ter? Ficou com os olhos nas previsões que havia feito. Uma pequena garota que não podia voar, mas aquilo era tudo o que ela desejava. Ele quase não teve coragem de propor aquilo aos pais de Sunghee, mas ele sabia que ela recusaria.

As imagens da menina Sunghee se confundiram em sua mente com as lembranças de outra menina. Uma menina que já era um anjo mesmo antes de partir e que, embora soubesse que qualquer dia poderia ser o dia dessa partida, ela não tinha medo de morrer. Hoseok sabia que a morte poderia ser dolorosa, embora a dele não tivesse sido. Fora como mais um de seus desmaios por narcolepsia, um sono do qual seu corpo nunca acordou, mas sua alma acordou para sempre. Ele desejava uma morte tranquila assim para todas as pessoas boas, todas as pessoas que ele amava. Então, fez uma nova previsão. Aquilo funcionaria? Sim, aquilo funcionaria perfeitamente. Em breve ele teria que descer ao primeiro mundo novamente, para sua última missão. Seria uma boa oportunidade para visitar e presentear sua amiga.

Era o dia do julgamento de Chung Ho. Faltava menos de um mês para o parto de Yumii e os preparativos estavam a mil. Hoseok preferiu não contar a ninguém, nem mesmo ao líder. Só contou para a única pessoa de quem não poderia esconder nada. Mais uma vez, Jimin concordou com o silêncio pela manutenção da tranquilidade na Casa do Juízo em um momento tão crucial. Pegou a handycam de Jin Hyung, dessa vez com sua autorização — dissera apenas que era uma ocasião importante, com a qual não deveria se preocupar — e a caixinha com a pílula alvianil. Projetou em um quarto de hospital.

— Annyeong — disse Hoseok ao entrar.

— Annyeong — respondeu Michung, abrindo um lindo sorriso. Era a coisa que Hoseok mais admirava naquela menina guerreira.

— Como você está? — perguntou o anjo, ajoelhando-se ao lado da cama dela. Não era uma simples pergunta por educação.

— Bem. A doença está sob controle.

— Que bom. Michung... Você ainda tem a mesma opinião sobre a morte? — Hoseok dispensava pleonasmos com ela.

— Sim. Eu estou bem agora, Hoseok Oppa, mas nem sempre foi assim. Minha doença é muito instável. Eu já estive à beira da morte, e tive medo. Mas hoje? Eu sei o que existe do outro lado. E sei que todas as pessoas vão morrer um dia. Meu dia pode ser amanhã, ou pode ser quando eu tiver setenta anos. Não importa. Eu irei quando tiver que ir. Mas você sabe disso, por que a pergunta?

— Eu trouxe uma coisa pra você — disse Hoseok. Pegou a caixinha e colocou sobre a cama. Teve que usar muita energia, mas conseguiu transferi-la para o primeiro mundo.

— O que é? — perguntou ela, pegando a caixinha com seus movimentos lentos.

— É uma das minhas pílulas. Como você disse, seu quadro é instável. Eu não tenho poder pra te curar, mas...

— Eu não quero ser curada. Mesmo se você pudesse, não seria certo. Existem muitas pessoas em situações difíceis nesse hospital. Eu não posso ser privilegiada simplesmente por ser médium. Se algum dia a medicina conseguir me curar, fará isso por muitas pessoas também. Você me entende?

— Eu te entendo. E mesmo se não entendesse, é a sua vontade. Eu não poderia passar por cima dela. Mas, como eu disse, não posso te curar. Mas posso te dar isso. Você disse que terá que partir para o segundo mundo um dia, e eu estarei de esperando. Quero que sua passagem seja a mais agradável possível. Mantenha essa pílula com você. Se sentir que está prestes a ir, tome-a, e você não sentirá dor. Espero que aceite.

Michung sorriu mais uma vez.

— Isso eu posso aceitar.

— Que bom. Agora, minha flor, eu tenho que ir. Eu e seu primo temos um compromisso importante.

— O julgamento. Ele falou. Espero que dê tudo certo.

— Também espero. Até mais, anjinho.

Hoseok ficou completamente impressionado ao chegar ao Fórum. A parte externa estava cheia de jornalistas de diverentes emissoras de TV e rádio. No interior, havia a escadaria principal, que também estava cheia de gente. Ele ficou boquiaberto e filmou absolutamente tudo.

— Sr. Jung, que prazer revê-lo — cumprimentou Sra. Park, curvando-se. — Fez boa viagem?

— Sim, sim. Também é um prazer revê-los. Aquele não é o Dr. Sehun?

Os pais de Jimin viraram-se e viram Sehun subindo as escadas.

— Doutor! — Exclamou o Sr. Park, cumprimentando-o. — Preparado para o grande dia?

— Nunca estarei preparado pra isso, mas estou bem. Tudo bem, Sra. Park? E... Ah, Sr. Jung! Que bom que veio!

— O doutor é bem convincente — disse Sr. Jung, simpático. Hoseok não conseguia conter o sorriso.

Aquilo foi só o começo dos encontros. Os Jeon conversavam com os Kim sobre a amizade dos seus filhos, o mais velho e o maknae, e também sobre a máscara de Chung Ho que ameaçava cair e surpreendia a todos, principalmente aos Kim, que eram tão próximos dele. Yonseo chegou pouco depois com a tia. Piscou para Hoseok e cumprimentou Sehun, os Park e Sr. Jung. Ficou muito feliz ao conhecê-lo. Os Park não se contiveram e chamaram os Kim e os Jeon para junto dos demais. Estavam especulando sobre as revelações terríveis que aquele julgamento proporcionaria, quando a Sra. Park educadamente os interrompeu para notar a aproximação de algumas pessoas que não esperava: os pais de Namjoon e os pais de Yoongi. Eles eram os que menos interagiam com a situação toda, mas os Park os conheciam dos ritos. Tinham uma certa aversão aos pais de Namjoon, porque sabiam que eles não tinham sido bons pais, não tiveram o mínimo de preocupação com o seu filho. Mesmo assim, os Park jamais deixavam transparecer.

Yonseo era a única “irmã” ali. Sabia que alguns dos meninos também tinham irmãos, mas os pais decidiram não levá-los.

— Eu já estava com o pé atrás só de pensar em vir — comentou Sra. Jeon. — Imagine trazer o Junghan! Ele nunca iria suportar.

— Fez bem, Sra. Jeon — opinou Sra. Park. — É difícil saber o que esperar, mas certamente teremos fortes emoções. É uma mistura de sentimentos. A tristeza de voltar ao passado e lembrar que os nossos meninos não estão aqui. — “Há controvérsias”, pensou Yonseo. — O medo de saber as verdades terríveis que nos esperam lá dentro, revelações sobre o que aconteceu com eles. Mas também, a esperança de ver tudo isso esclarecido, de ver o culpado sendo preso e pagando pelo que fez. Essa será uma vitória para todos nós: o sentimento de que a justiça foi feita, a sensação de segurança, de saber que teremos um tempo de paz onde essa história terrível não se repetirá com mais ninguém. Acima de tudo, este é um momento em que estamos todos reunidos, e não é por acaso. É um momento para lembrarmos que nossos meninos estão longe de nós, mas estão todos juntos, unidos e felizes. E é como nós devemos estar também. Seremos envolvidos por sentimentos ruins, mas sairemos daqui limpos. E, se tudo der certo, devemos celebrar. Que tal um almoço na saída, todo mundo junto?

— Eu acho ótimo! — Yonseo logo se manifestou. Todos concordaram.

— Então, vamos entrar? — propôs Sr. Park. — Está quase na hora.

 

O grupo entrou e cada um deles se acomodou em seu lugar. Sehun, Yonseo e os Park estavam bem na frente. Hoseok sentou-se perto deles para filmar tudo o que aconteceria. O juiz anunciou o início do julgamento de Kim Chung Ho pouco depois. Ele estava lá, algemado e sentado ao lado do advogado. Tentava sempre aparentar superioridade pela expressão.

O julgamento começou com a promotora apresentando as primeiras acusações. Ela leu relatórios falando sobre o vídeo recebido pela polícia, onde era provado que Chung Ho cometeu o assassinato. O vídeo foi suficiente para conseguir um mandado para vasculhar o sistema de segurança atrás de outras provas. Os vídeos mostravam que Namjoon provavelmente estava são no início do tratamento, e que o tratamento que ele recebeu certamente não era adequado para ele. Acima de tudo, que Chung Ho tinha consciência de tudo o que fazia. Isso era perceptível em suas conversas com Namjoon, onde sempre usava de ironias e malícias. Chung Ho assistia a tudo como se aquilo lhe deixasse com sono. O advogado ao seu lado parecia mais interessado, assim como o júri. O público ouvia tudo com uma mistura de expectativa e terror.

— Vamos chamar a primeira testemunha — anunciou a promotora, abrindo uma nova parte do tribunal. — Sr. Park Hyungsik.

Minji estava trabalhando na condução das testemunhas, e levou o Sr. Park ao local determinado. A promotora começou a fazer as perguntas.

— Sr. Park, pode começar a nos dizer quando foi que as coisas começaram a mudar? Quero dizer, o senhor e sua esposa tinham uma boa relação com seu filho Park Jimin.

— Sim, é verdade. Nunca tivemos problemas com nosso filho, ele era um excelente menino, e sempre nos dizia que éramos bons pais. A situação mudou quando ele decidiu sair de casa, mas conversou conosco e disse que estava fazendo isso pelo amigo dele, Kim Seokjin.

— Como assim? O senhor pode explicar melhor?

— Ele foi morar com os outros seis meninos. Todos eles decidiram morar juntos porque Seokjin estava enfrentando problemas.

— Que tipo de problemas?

— Jimin não nos explicou muito bem, mas os relatórios médicos indicam que Jin estava tomando antidepressivos.

— Então o senhor acha que tem algo a ver com isso?

— Provavelmente tem.

— Entendo. Então, aceitou bem a saída de seu filho.

— Sempre fomos compreensivos, principalmente quando envolvia o Bangtan. Eles eram muito ligados. E eu não poderia adivinhar que aconteceria tudo isso.

— A mudança não deu certo, portanto.

— No primeiro momento, deu certo. Eles fizeram várias coisas juntos, arrumaram até empregos e estavam indo muito bem. Mas de repente, desabou. Meu filho me disse que o hyung dele estava morto.

— O senhor se refere a Kim Seokjin? O último a morrer?

— Sim. Jimin e os outros cinco acreditavam fielmente que Jin não havia sobrevivido ao acidente.

— O senhor sabe quem deu essa informação equivocada a eles?

— Eles não acreditariam em boatos, eu acho. Acho que foi alguém que eles consideravam confiável. Uma pessoa da família, ou um médico responsável.

— Ou os dois. Então o senhor acha que Kim Chung Ho fez isso?

— No começo, eu não supunha tal aberração. Mas, conforme as coisas foram acontecendo e se revelando, fui ganhando mais e mais motivos para desconfiar dele.

— Por favor, fale um pouco sobre esses motivos.

— Certo dia, eu e minha esposa fomos visitar o Namjoon, no manicômio. — A Sra. Park fechou os olhos. Não gostava de pensar na última vez que viu Namjoon. — Ele estava sendo cuidado por Chung Ho, e alegou que Seokjin estava vivo. Nós não acreditamos inicialmente, até que algum tempo depois, a Hyekyo recebeu uma ligação de Seokjin, procurando pelos meninos. Ele tinha acordado, mas não chegamos a vê-lo. No mesmo dia, ele se foi novamente.

— Entendo. Isso é tudo. Sr. Park, obrigada.

Enquanto Minji conduzia Sr. Park ao seu lugar, o juiz perguntava a Chung Ho.

— O acusado tem algo a dizer em sua defesa?

O advogado de Chung Ho fez que ia falar, mas Chung Ho levantou a mão, sinalizando que ele mesmo queria se pronunciar.

— Promotora, Sr. Park não tem como provar que eu menti para esses seis, mas não será preciso. Porque eu fiz isso, e não me arrependo. Fiz isso para proteger meu sobrinho. Nunca gostei da amizade deles, sempre disse a Seokjin que deveria se afastar, mas ele nunca me ouviu. A gota d’água foi a depressão, a tentativa de suicídio e o coma, e tudo isso só começou quando ele saiu de casa. Está muito óbvio que esses seis meninos exerciam influência negativa sobre meu sobrinho, exatamente o que eu queria evitar. É uma questão de lógica. Pelo bem do meu sobrinho, achei melhor que eles não soubessem que Seokjin sobreviveu. Então, quando os encontrei, disse que Jin estava morto.

Houve uma leve agitação no público e no júri. O juiz pediu silêncio.

— A próxima testemunha — chamou a promotora. — Dr. Oh Sehun.

Minji levou Sehun para a bancada de testemunha, e a promotora começou as perguntas.

— Dr. Oh, é verdade que nunca teve problemas com seu superior Dr. Kim Chung Ho antes do dia de sua prisão?

— Sim, é verdade. Ele era meu professor, eu o considerava um ótimo profissional. O tinha como espelho e queria ser igual a ele. Mas tudo isso foi antes de eu começar a descobrir quem ele realmente é.

— Quando começou sua desconfiança?

— No momento em que Kim Yonseo apareceu. Ela propôs uma investigação extraoficial sobre o caso Bangtan, e trabalhamos juntos nisso. Yonseo me convenceu a ter cautela com Chung Ho, mesmo que eu não tivesse confirmações sobre quem ele era. Percebi que ela estava certa no dia em que ele foi preso.

— Vocês presenciou o momento da prisão, certo?

— Sim. Eu estava em uma sala e ele me apareceu oferecendo café. Eu não o tomei. Depois, ele disse que eu estava doente, embora não tivesse apresentado nenhum sintoma, e tentou me dar uma injeção, que recusei como pude. Felizmente, a polícia chegou a tempo de impedir, mas ele me agrediu mesmo assim.

— O doutor diz “felizmente” porque levou amostras do café e do líquido na seringa para análise em laboratório. Pode nos falar dos resultados?

— O líquido era uma solução que continha tálio em uma dose suficiente para matar. Já o café tinha modafilina diluída. A modafilina é usada no controle da narcolepsia, doença de Jung Hoseok, que foi meu paciente e morreu de overdose. Depois do que aconteceu comigo, olhei melhor a biópsia desse paciente e notei que o que causou a overdose não foi a modafilina comum que Hoseok tomava, mas sim uma versão hiperconcentrada que só se produz em laboratórios específicos, particulares. Essa modafilina hiperconcentrada é a que foi colocada no café, também em dose suficiente pra matar.

— Portanto, foram duas tentativas consecutivas de homicídio e uma agressão.

— Exatamente.

— Isso é tudo, Dr. Oh, obrigada.

O público e o júri se agitaram ainda mais. Chung Ho parecia nervoso ao lado do seu advogado.

— Silêncio — pediu o juiz, enquanto Minji levava Sehun de volta

— As provas do que disse o Dr. Oh, estão aqui — a promotora mostrou uma pasta, que continha os resultados do laboratório, e a passou para o júri. — A polícia investigou a casa do acusado e encontrou um laboratório particular subterrâneo, com várias substâncias letais e materiais para produzir soluções e comprimidos. As fotos e resultados das evidências coletadas estão aqui — ela entregou a outra pasta. — Isso é tudo, merentíssimo.

— O acusado tem algo a dizer em sua defesa? — perguntou o juiz, novamente.

— Quero apenas desfazer o mal entendido. Eu não matei Hoseok. Apenas criei a situação perfeita para que ele mesmo fizesse isso. Só não achei que o coitado estivesse tão desesperado assim. Ele tomaria gradativamente os comprimidos até ter uma overdose, mas foi muito mais rápido do que eu supus.

— Então o senhor está confessando — notou a promotora.

— Você tem as provas, minha querida, eu não sou tão cara-de-pau assim.

— A nossa última testemunha. Sr. Byun Baekhyun.

Yonseo olhou para os lados. Estava aflita, pois não tinha visto Baekhyun o dia todo. Mas Minji também tinha sumido. De repente, os policiais abriram as portas de uma sala lateral. Minji entrou conduzindo Baekhyun, algemado.


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Notas finais do capítulo

[Jéssica] Eita, Bacon... Algemaram o Bacon... (Vocês devem ter notado que eu amo imitar meus leitores). Gente, tem alguém de Resende aqui? Vou pra uma feira literária em Resende...

[Jennyfer] Estamos preparando os capítulos especiais do fim da história (apesar de não termos terminado ainda). Quero saber se vocês gostam de hot e qual é o nível que vocês querem (apenas para esse capítulo).

[Jéssica] Achei o nível que você colocou ótimo, Jenny. Não ficou "sem sal", nem com muita pimenta. (Podem rir da minha piada nível Jin, eu deixo).



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