Avante Invocadora! escrita por Himle


Capítulo 10
Tédio de matar e a caçada ao trapaceiro.


Notas iniciais do capítulo

PAUSA PRA EVOLUÇÃO DE PERSONAGEM!
Capitulo de conexão, apenas isso. Temos romance e também a primeira vez que o TF dá uma dica para Sara do que está acontecendo com ele... Pelo menos rola um beijinho.(sqn)



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Sara estava no convés, olhando a água passar por baixo do navio enquanto ouvia a tribulação fazer seu trabalho. Graves estava do lado dela, apreciando um dos charutos shurinames que ganhou de presente da filha. Era o penúltimo dia de viagem, o que significava que eles iriam ficar pelo menos mais dois dias no mar. Havia sido muito bom nos primeiros dias. A brisa e o cheio do oceano, a beleza das ondas e o céu noturno sempre estrelado. Depois que ela se curou do ferimento na perna, ela começou a explorar o navio e a aproveitar a viagem. Porém, depois de alguns dias havia perdido a graça. Trabalhar com a tripulação estava fora de cogitação, mas ela já havia tentado.

Não havia um único trabalho que não machucasse as mãos ou deixasse as costas doloridas, então ela foi obrigada pelo pai a não fazer nada. Claro, ela havia comprado livros, mas eles se tornaram chatos rapidamente. Graves e Twisted Fate pareciam acostumados em não fazer absolutamente nada. Bom, Graves ficava feliz em fumar seus charutos, jogar dados com o capitão e em ler os livros que a filha havia comprado. Twisted Fate estava desde o começo da viagem participando de jogos de cartas com a tripulação. Ele estava envolvido em um jogo de manipulação lento que teria como resultado arrancar até a última moeda de quem quer que tivesse o azar de jogar contra ele. Os dois campeões tinham o suficiente para se manterem entretidos durante toda a viagem. A garota por outro lado, estava morrendo de tedio.

Graves cuidou bem da filha enquanto ela esteve ferida. Ele era bom com curativos, principalmente os para buracos de bala. Sara melhorou rápido graças ao repouso, os cuidados do pai e a poções de cura. Em 3 dias já estava andando pelo navio. Assim que viu a filha machucada, o atirador queria matar o homem que TF havia levado para interrogar, e só não havia feito isso por que o mago conseguiu o esconder antes. Claro, Graves teve a alegria de abrir um corte no braço do homem e depois joga-lo no mar aberto, mas antes conseguiu faze-lo falar.

O objetivo das pessoas que os atacaram na Terra era nada mais nada menos do que a filha de Steve Alahk, que também é conhecido como o pai biológico de Sara. Aqueles homens haviam sido contratados para sequestra-la, para assim localizar o pai da garota. Isso era muito estranho, uma vez que eles nem sabiam o nome dela mesmo a tendo como alvo. Se alguém queria saber onde o pai de Sara estava era só ligar para o escritório dele. A única pessoa que sempre sabia tudo sobre Steve era o secretario e ele falaria para qualquer um que perguntasse. Nada fazia sentido, porém aquele homem não sabia mais nada além do que já havia dito e se soubesse não tinha mais como dizer nada. Afinal, ele virou comida de algum monstro marinho. Quando voltasse para a Terra, Sara teria que falar com o pai biológico sobre a tentativa de sequestro e com toda certeza ele iria obriga-la a começar a andar com seguranças para cima e para baixo. Ele queria arrumar uma desculpa para isso desde que a garota começou a ter idade para sair de casa sozinha.

— Vamos comer alguma coisa? – Graves perguntou para a filha.

Ela deu de ombros. Fome era uma coisa difícil de se sentir quando você não gasta energia e tudo que você come é pesado. Salada é uma coisa impossível de se comer depois de alguns dias em alto-mar. Pelo menos ela ainda tinha algumas laranjas na cabine.

Pai e filha se levantaram e seguiram juntos para dentro do navio. Era incrível como o convés sempre estava movimentado e a parte interna era mais tranquila e bem mais escura. Despois de descer as escadas, Sara conseguiu sentir o cheiro de ensopado. O cheiro era ótimo, mas era a terceira vez em 2 dias que eles serviam ensopado. Isso não seria um problema tão grande se eles não insistissem em colocar repolho. Twisted Fate já estava sentado a grande mesa, o que era raro. Faltava algum tempo para que o almoço ficasse pronto.

— Cansou de jogar? – Sara perguntou, se sentando frente para ele.

O mago esperou que Graves se sentasse ao lado da filha para responder:

— Meu dinheiro acabou.

— De novo? – Sara perguntou, desanimada.

Tá que ele só perdia por vontade própria e tudo aquilo fazia parte do plano dele de tirar tudo dos tripulantes, mas ele acabava com todo o próprio dinheiro pelo menos uma vez por dia.

— Quanto? – Graves perguntou casualmente.

O atirador pegou a bolsa de moedas de deixo do manto e esperou pacientemente que TF falasse quanto precisava. Depois de entregar para ele algumas moedas de prata ele falou:

— Quero tudo de volta essa noite ainda.

Twisted Fate concordou levando a mão a aba do chapéu. Logo em seguida, o cozinheiro apareceu para servir a refeição. Mais algumas pessoas já haviam se sentado a grande mesa. Como sempre, eles tinham direito a um pão e a um prato de comida exatamente como todo mundo. Graves havia falado que eles estavam sendo tratados como parte da tripulação já que aquele não era um navio que normalmente vendia passagens. Twisted Fate havia convencido o dono do navio a leva-los até Piltover já que os navios de passageiros não partiriam em menos de 1 semana. O pai de Sara havia prometido a ela que da próxima vez que eles fossem viajar de navio, seria como se deve ser. A menos é claro que eles tivessem que fugir as pressas.

Ao sentir o cheiro do ensopado, Sara percebeu que estava com a barriga vazia. E ao olhar para o próprio prato ela torceu o nariz. Aquele era um ensopado de batatas e repolho. Repolho cozido, de novo. TF puxou o prato dela para o lado do próprio e com a colher, começou a passar todo o repolho cozido para o prato dele. Ele sempre fazia isso, então havia se tornado algo normal. Sara pegou seu pão, que já estava duro e seco, e começou a parti-lo em pedaços. Era estranho como comer ao lado de dois ladrões havia se tornado algo tão... agradável.

— Vai ganhar se eu for assistir depois de comermos? – Sara perguntou para o mago. – Da ultima vez, eu vi você perder 4 vezes seguidas. Não foi nada divertido.

— A única partida que você vai querer ver vai ser a ultima, antes de desembarcarmos.

— Não da para fazer um showzinho rápido? Só para me deixar feliz?

Sara fez carinha de cachorrinho sem dono. Graves riu ao lado dela. A única pessoa que nunca caia naquela carinha era TF e ela sabia disso. O mago empurrou o prato de Sara de volta para ela, a olhando de forma indiferente. Ela fez um biquinho manhoso para complementar a carinha de pena, o que fez o mago revirar os olhos. É, ele nunca ia cair. Sara se deixou rir um pouquinho e jogou todos os pedaços de pão sobre o ensopado. O trio começou a conversar sobre o que fariam quando chegassem em Piltover e varias outras coisas aleatórias enquanto comiam. Graves queria conhecer a Terra, ainda mais depois de descobrir que tanto ele quanto Twisted Fate eram campeões da Liga.

A Liga naquele mundo era uma verdadeira lenda. Só as criaturas mais extraordinárias do mundo tinham lugar nela e fazer parte dela era o sonho de muitas crianças. Descobrir que era parte da Liga, junto com Ascendentes Shurinames, Magos lendários como Ryze e reis e rainhas fez maravilhas para Graves. Sara adorou ver o pai feliz, mas temeu que isso o deixasse confiante de mais. Bom, ele tinha ela ali para ajudar quando as coisas ficassem feias, mas ela ainda não queria que ele se machucasse.

— Sara, querida. - Graves a chamou.

Ela estava sentada no convés, aproveitando a brisa marítima enquanto observava as estrelas. Depois de terminar de comer, Twisted Fate voltou para a mesa de cartas e Graves foi jogar dados, então ela ficou sozinha. Sara leu mais um pedaço de seu livro, escovou demoradamente os cabelos e depois experimentou varias tranças diferentes. Ela não havia encontrado o pai ou o amigo para o jantar, então acabou comendo sozinha na própria cabine e depois foi para o convés ver o por do sol. O sono começava a aparecer, já que fazia algum tempo que havia anoitecido e ela havia pegado o habito de acordar com os primeiros raios de luz.

— Acontece alguma coisa papai? – Ela perguntou, curiosa.

Graves estava mal-humorado. Ela conhecia o jeito com que ele torcia levemente o bigode quando alguma coisa o incomodava. O fato de ele estar com uma escopeta nas mãos também ajudava.

— Você sabe do Tobias?

— A ultima vez que eu o vi foi no almoço. – Sara respondeu, ainda curiosa.

O atirador cerrou o maxilar, demonstrando o quanto estava irritado. A jovem levantou uma das sobrancelhas, interessada. Quando ele deu as costas para ela para descer de novo para dentro do navio, Sara ficou em pé em um salto e correu atrás dele. Graves se pôs a procurar pelo mago por todo o navio. Até dentro dos caixotes de munição para os canhões ele havia olhado. Todo e qualquer lugar que pudesse servir de esconderijo para TF estava sob a mira daquela escopeta. Sara o ajudou a procurar, mas mesmo assim eles não encontraram nem mesmo uma única carta fora do lugar. Graves resmungou e xingou o amigo de todos os nomes possíveis, mas o fez baixinho porque não queria que a filha ouvisse obscenidades.

Aquela caça ao Mestre das Cartas havia sido divertida. Pela primeira vez em dias ela não estava cogitando iniciar um incêndio abordo para acabar com o tedio. Ela nem viu o tempo passar, então só foi perceber o sono quando era impossível ficar com os olhos abertos. Ela não queria ir dormir, mas não tinha escolha. O pai a deixou na porta da cabine dela com um beijo de boa noite na testa, para depois seguir em sua busca implacável. Não havia velas acesas dentro do quarto então estava completamente escuro, mas isso não importava. Sara sempre adorou dormir no escuro. Ela tirou as botas e se jogou na cama pronta para desmaiar, só que em vez de cair sobre aquele colchão ruim e cobertores grosseiros, ela caiu em cima de alguém que já estava deitado na cama dela.

— Sentiu saudades? – Twisted Fate perguntou em tom de flerte.

Sara tateou a cama até encontrar onde o rosto do mago estava. Ela ia dar um peteleco no chapéu dele, mas antes disso ele segurou a mão dela. Aquilo deixaria claro que ela não estava contente em tê-lo ali. Ele se sentou na cama, a obrigando se sentar também já que a cama era pequena.

— O que você esta fazendo aqui sem permissão? – Ela perguntou em tom de repressão.

— Aqui é o único lugar que Graves não pensaria em procurar.

— O que foi que você fez para o meu pai estar te procurando daquele jeito?

Com sono, a garota se esticou e pegou o travesseiro para se abraçar a ele. A melhor parte era que ele estava com um cheiro ótimo. Aquela seria uma ótima noite de sono.

— Você sabe como Malcolm é.

Pelo visto o mago não queria entrar em detalhes.

— Ele pegou a escopeta que ele tanto odeia. – Sara retrucou.- O que foi que você fez?

— Apostei a sua mãe em casamento.

A garota sofreu um acordão ao ouvi-lo. Ele havia falado aquilo tão casualmente que se ela estivesse um pouquinho mais adormecida, não teria dado importância. Quem é que ele achava que era? A única pessoa que podia cogitar em arranjar um casamento para Sara era Graves e ele nunca faria porque respeitava a filha. Brava, Sara empunhou o travesseiro que antes abraçava e começou a bater com ele onde ela tinha certeza estar o mago. Ninguém tinha o direito de trata-la como um objeto. Ninguém!

Em resposta o mago protegeu a cabeça e o chapéu com os braços, simplesmente rindo da situação. Depois de algumas travesseadas, ele pegou o travesseiro de Sara e o puxou, o tirando assim dela.

— Me diz que você não perdeu! – Sara ordenou.

Se tivesse algum marinheiro naquela caravela achando que tinha Sara como noiva, ela iria buscar Graves naquele mesmo momento e forçar TF a aceitar uns bons socos na boca do estomago!

— Eu não entregaria você para nenhum homem.

— Acho bom mesmo!- Ela esbravejou. – Agora, tchau.

Ela apontou para a porta, literalmente expulsando TF da cabine. Graves ficaria mais bravo ainda de visse que ele estava ali e Sara queria dormir.

— Malcolm vai me matar se me encontrar antes de ter tempo de se acalmar.

— Não é problema meu!

— Ele me deu um tiro, a queima-roupa.

Sara abaixou o braço e olhou para o mago. Os olhos dela haviam se acostumado com a escuridão. Ela já conseguia ver a silhueta dele.

— Mesmo? – Ela perguntou preocupada.

 Aquilo não parecia uma mentira, mesmo que TF fosse ótimo em mentir. Graves se deixava levar pelo calor do momento quando estava bravo e fazia coisas das quais poderia se arrepender depois. Ele havia caçado o melhor amigo por anos, quando tudo que ele precisava fazer para se acertar com ele era bater um papo sincero. Sara amava o pai, mas também conhecia o péssimo gênio que ele tinha. O mago afirmou com a cabeça, respondendo a pergunta.

— Ele conseguiu te ferir? – Sara perguntou, ainda demonstrando preocupação.

Um tiro a queima-roupa teria matado qualquer um, mas aquele era Twited Fate. Além de roupas com proteção magica contra projeteis, ele tinha uma sorte descomunal. Quando um único tiro na perna havia conseguido derrubar Sara, tiros no peito haviam deixado só roxos nele.

— Não preciso da sua preocupação. – Ele falou, casualmente.

— Vou entender isso como um “sim”. – Ela concluiu, sem paciência para a antipatia dele.

Sara se levantou e acendeu uma única vela que ficava presa a um candelabro na parede da cabine. Ela havia comprado aquela vela no porto, então logo o quarto estaria todo com cheirinho de flores. Ignorando o mago, Sara pegou seu pequeno kit de primeiros socorros de dentro do baú.

— Onde foi o tiro? – Ela perguntou.

— Já disse que não preciso da sua preocupação.

— Mas precisa da minha cabine e quem manda aqui dentro sou eu. Agora, diga onde foi o tiro e tire a camisa para eu poder fazer o curativo!

— O tiro não atravessou a proteção do colete.

— Então você passou pó de arroz?

Twisted Fate estava pálido e parecia cansado. A respiração dele estava pesada também. Ele estava ferido e não queria cuidados. Não era como se Sara fosse se aproveitar disso, mesmo que todas as experiências dele dissessem o contrário.

— Você está perdendo sangue. – Sara o confrontou. – Deve estar assim desde que anoiteceu. Eu só quero cuidar de você.

— Algo me diz que eu vou me arrepender amargamente disso. –TF reclamou.

Mesmo assim, ele tirou o sobretudo e o colete, ficando só com a camisa branca com uma grande mancha de sangue. Era triste, mas uma camisa cara como aquela iria ter que ir para o lixo. Tirar aquela mancha do tecido seria impossível. Sara esperava ver a marca de um tiro, mas em vez disso viu um corte horizontal na barriga quando afastou a camisa dele. Aquele era o mesmo corte que ela havia visto na gruta, como se tivesse sido acabado de ser feito. Por algum motivo não havia cicatrizado, mas como? A poção de cura não havia funcionado? Era possível uma poção de cura não funcionar?

— Como esse ferimento ainda não fechou? – Sara perguntou preocupada.

— Alguns cortes de lamina magica só se curam em circunstâncias especificas, proferidas no momento do golpe.- Ele respondeu de forma a dar a entender que só o fez para implicar a Invocadora.

Era quase como se ele estivesse falando " Você não sabe de tudo por ser a Invocadora? Me parece que eu sei mais do que você."

— Mas eu me lembro que estava melhor do que isso quando chegamos no acampamento noxiano.

— Reabre em alguns dias se não cicatrizar totalmente. – Ele falou cheio de ironia. - Mais alguma pergunta, invocadora?

— Sim. – Sara respondeu decidida. – O que é preciso fazer para curar esse corte?

— Eu já disse que cortes como este só curam em circunstancias especificas! – Ele repetiu irritado por ter que faze-lo.

Sara revirou os olhos e começou a limpar o ferimento para começar o curativo. Depois de ver Graves cuidar dela por causa do tiro na perna, ela havia aprendido algumas coisas. Ela até conseguia pressionar o ferimento de jeito certo para impedir que Twisted Fate perdesse mais sangue. Se ela tivesse sorte, a pomada cicatrizante magica que ela havia passado no ferimento seria o suficiente, por enquanto.

— Pare de se fazer de desentendido.  – Sara ordenou. - Você sabe que eu perguntei quais são as circunstancias para curar o corte.

— Não há porque saber. É impossível. Vou ter que viver com esse corte até o fim. Mas saiba que o só voltou a sangrar por causa do tiro de Malcolm. Se nada me acertar na barriga, está tudo bem.

— Você tem tomado poções de cura?

— Todos os dias. – Ele falou quase com nojo.

Sara sentiu pena dele. Tomar aquele liquido horrível uma vez já era um tormento, ter que tomar todos os dias até o final da vida era um inferno. De forma cansada, Twisted Fate se debruçou sobre Sara e deixou a cabeça sobre o ombro dela. Aquilo não era do feitio dele. Tadinho. Com toda certeza ele não tinha forças nem para manter a cabeça erguida.

— Isso é carência? – Sara perguntou o implicando.

— Deveria tratar melhor o seu noivo. – TF implicou de volta.

— Eu não tenho um noivo.

— Minha vitória sobre a aposta envolvendo sua mãe em casamento me diz o contrário.

— Você nem poderia ter apostado uma coisa que não tem. Custava ter pedido mais dinheiro emprestado em vez de apostar as amigas?

— Não estávamos apostando dinheiro. Estávamos apostando tesouros.

— E onde isso diz que eu poderia ser colocada nesse meio?

— Onde as duas pessoas que jogaram comigo apostaram dois baús cheios do melhor absinto Ioniano.

— Interessante saber que eu sou tão importante quanto bebidas. – Sara o implicou, se fingindo de magoada.

— Eu não tenho nada de valor além de ouro, mas Malcolm tem algo inestimável. Você. O que mais eu poderia apostar?

Aquilo havia sido... legal de se dizer. Basicamente ele havia dito que ela era a uma das coisas mais valiosas que existem. Sara sentiu o coração bater mais forte e uma alegria inocente lhe aquecer a alma. Ela abriu um sorriso tímido e debruçou a cabeça sobre a de TF, com carinho.

— Acho que acabei de cair na sua lábia. - Sara falou baixo. – Por que você nem mesmo cogitou em apostar o seu chapéu?

— Porque assim eles saberiam que eu tinha certeza que ganharia.

É. Fazia sentido. Todo mundo sabia do amor incondicional que Twisted Fate tinha pelo chapéu. Ele apostar a filha do melhor amigo era mais plausível. Sara deveria estar brava, mas não estava. No final das contas ele não havia realmente a entregado para outra pessoa como se fosse um objeto. Ele precisava de um tesouro para conseguir entrar no jogo e a única coisa valiosa o suficiente por perto era Sara. Fica meio difícil ficar brava com alguém depois de ouvir da boca dessa pessoa que ela só fez o que fez porque você é algo inestimável na visão dela.

— Você sempre tem a resposta certa. – Ela deixou sair. -Meu pai vai ficar feliz em ter alguma coisa de verdade para beber. Vai ajudar ele a se acalmar.

— Estávamos bebendo quando ele descobriu o que eu apostei para ganhar aquilo. Duvido que ajude.

— Isso explica porque você está sendo tão fofo. Eu deveria ter adivinhado que além de fraco, você este bêbado. Obviamente não está pensando direito.

Ele se deixou rir levemente, sendo acompanhado de Sara. Ela se escorou na parede por causa do sono e deu um beijo carinhoso no rosto dele. Não havia espaço para os dois na cama, mas ela estava com muito sono e sabia que tudo que precisava fazer para dormir era fechar os olhos.


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Notas finais do capítulo

É, realmente TF vai se arrepender amargamente de ter deixado Sara cuidar dele. O efeito dominó começa. *risada maligna* Agora é contornar o problema parrudo, resistente e cabeça dura que gosta de armas de calibre grosso.



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