Uma Pequena Esperança escrita por becomingawriter


Capítulo 1
Não gosto dela!


Notas iniciais do capítulo

Eu amo Havaí Five-0. Adoro ler fanfictions desse fandom, porém há muito poucas histórias em português. Assim eu resolvi entrar nessa aventura de escrever sobre os meus personagens favoritos na atualidade.

Eu resolvi criar uma relação para Steve porque eu estou cansada de ver o cara sozinho o tempo todo. Ele amou Catherine profundamente, mas ela preferiu seu trabalho (nada de errado com isso, é um direito dela), então eu decidi criar um universo alternativo onde ele encontra a felicidade com uma pessoa que vai amá-lo com todos os seus defeitos e problemas.

Espero que gostem da minha personagem original e gostem dessa aventura assim como eu estou amando escrevê-la.

Não tenho beta, portanto se encontrarem erros e quiserem me avisar sobre eles eu vou ficar feliz. Assim como ideias para a história.

Divirtam-se!



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Chin, Kono, Lou e Jerry olharam assustados ao mesmo tempo quando Steve estourou pelas portas de vidro do HQ com Danny logo atrás parecendo muito divertido. Steve nem sequer parou pelo bullpen onde todos estavam reunidos ao redor da mesa inteligente esperando a volta dos parceiros que tinham saído para uma reunião no escritório do FBI no Havaí. Eles tinham sido solicitados a ficarem aguardando na sede, eles tinham um novo caso que seria coordenado por um agente do FBI e a nova governadora tinha gentilmente disponibilizado os recursos de Five-0.  

Steve nunca encarou muito bem não ser o primeiro em comando e ainda mais num caso no Havaí onde ele geralmente estava acima de todas as outras unidades de aplicação da lei. Agora, eles seriam subordinados ao FBI. E melhor ainda, a uma agente, sim, uma mulher. Não que Steve tivesse problema com mulheres no comando, não era era esse  o problema, mas a agente em questão era quase como um Steve de saias. Arrogante, prepotente e mandona. Claro que isso não funcionou muito bem com SuperSEAL e durante o briefing do caso os dois quase arrancaram a cabeça um do outro. Danny assistia a tudo segurando o riso, ele queria saber onde isso ia dar. Ele só esperava que ninguém levasse um tiro porque Steve e Agente Brooks estavam ocupados demais brigando no meio do caso. 

Ela era uma mulher bonita. Não o tipo capa de revista, mas aquelas com aparência de mulheres reais. Ela era mais alta que Danny, o que na verdade não era nenhuma novidade, quase todo mundo era mais alto que ele, mas não era tão alta quanto Steve, mas então a maioria das pessoas eram menores que ele, aparentemente ela tinha um corpo em forma por baixo do terno preto padrão FBI. O cabelo era loiro, encaracolado e curto. Ela tinha bonitos olhos verdes e o inferno de uma atitude. Foi dito a eles que ela era uma agente de destaque em DC que foi transferida para o escritório do Havaí recentemente. Steve e Danny se entreolharam, uma agente de destaque em DC não deveria ter sido realocada para o Havaí, algo não fechava nessa equação, mas isso era o que menos importava agora. No momento eles tinham que se concentrar no caso. 

Então enquanto Steve estava furioso, ao telefone com quem sabe Deus, andando de um lado para o outro do seu escritório, Danny aproximou-se dos seus colegas de trabalho e começou a colocá-los à par do que estava acontecendo com o caso. 

"O que aconteceu nessa reunião que McGarrett voltou louco desse jeito?" Lou pergunta, olhar apreensivo no rosto, um Steve puto nunca era bom presságio. 

"Ele encontrou uma versão feminina dele mesmo no escritório do FBI. Ela vai liderar o caso para o qual a governadora nos designou e os dois começaram muito bem batendo de frente já." Danny explicou, todos reviraram os olhos, Steve e sua ótima maneira de fazer as piores primeiras impressões. 

"Oh isso é ótimo." Kono disse, um caso de alto perfil com Steve batendo de frente o tempo todo com quem estava coordenando? Era tudo que eles precisavam numa segunda-feira. 

"Bom, ela é muito boa no que faz pelo que eu pude ver somente pelo briefing que ela nos deu, antes de tudo ter ido para o inferno e os dois começarem a discordar de absolutamente tudo, ela explicou que estamos em busca de ladrões de arte que viraram ladrões de joias, banco e qualquer coisa que renda dinheiro." 

"Uh... e porque é um caso de tão alto perfil que precisa do FBI e Five-0 juntos?" 

"Porque eles pousaram aqui uma semana atrás e deixaram um rastro de mortes de pessoas inocentes atrás deles. A governadora não quer que inocentes paguem por isso aqui. O turismo ainda não se recuperou dos ataques da serial killer no início do ano. E aparentemente a nossa agente do FBI designada para o caso já caçou esse cara lá em DC." Todos olharam para ele. Danny podia perceber que todos tiveram o mesmo pensamento, enquanto Lou era ligeiramente desconfortável com a menção de um agente do FBI realocado sem motivo aparente. Bateu muito perto de casa para ele. 

"Se ela é tão boa e trabalhava em DC o que a trouxe para o Havaí?" Chin resolveu fazer a pergunta de um milhão de dólares. 

"Também gostaria de saber, mas no momento a gente tem um caso para resolver e é bom fazermos isso logo para nos livrarmos dos nossos amigos FBI." Todos olharam para Steve que respondeu enquanto andava em direção à mesa inteligente onde todos estavam. 

Eles mal terminaram de colocar a imagem dos suspeitos dos crimes nas telas suspensas do bullpen, quando os cliques de saltos ecoaram pelo corredor e logo Agente Brooks apareceu, completamente segura de si, segurando pastas de arquivo azuis em suas mãos e Danny apertou os olhos quando Steve engoliu em seco ao vê-la entrar. Então é isso? O ódio desmedido é na verdade atração 

Steve tomou a liderança imediatamente porque ele pode não estar no comando do caso mas ele ainda faz muito claro que ele comanda Five-0 e que Brooks está em território hostil. A mensagem chega alto e claro aos ouvidos da agente porque ela espera calmamente enquanto Steve faz as devidas apresentações. 

"Pessoal, essa é Agente Hope Brooks, FBI. Ela está no comando do caso que vamos ajudar a solucionar à pedido da governadora." Steve diz no seu tom plano e sem emoções, mas Danny sabe melhor, ele está fervendo por dentro. 

Brooks foi educada e cumprimentou à todos com um aperto de mão firme, prova de que ela estava completamente no seu elemento comandando as coisas. Mais um motivo para a hostilidade de Steve. Ou será que isso é o que atrai mais na mulher? Danny apostaria seu salário na segunda alternativa. 

Após as apresentações, Brooks distribuiu os arquivos, ela fez um para cada um e Danny é divertido mais uma vez em pensar que ela estudou Five-0, porque ela tem exatamente uma pasta para cada membro da equipe e ficou com uma para ela mesma nas mãos. Depois que todos estão com os documentos, ela olhou para Steve que faz um sinal para ela assumir a liderança, ela se posicionou em frente aos monitores suspensos onde as fotos dos suspeitos estavam exibidas, colocou as mãos nos quadris e todos tiveram um vislumbre do seu coldre de ombros e a arma ao seu lado, uma Glock, Danny observa esteve analisando a arma. 

"Bom, os três elementos que estão nas telas na nossa frente, são acusados de inúmeros crimes ao longo dos últimos três anos. Eles são uma quadrilha extremamente bem organizada e nós conseguimos essas imagens deles somente há uma semana, quando chegaram aqui ao Havaí. E só temos isso porque um deles estava com problemas no passaporte e foi parado na chegada. Depois de um tempo eles foram liberados, mas seus codinomes tocaram um sino no FBI e na Interpol e nós começamos a investigá-los aqui na ilha." 

"Assumo que eles estão sendo monitorados?" Steve perguntou, entrando de cabeça no caso, como sempre. Danny nunca teve dúvida que ele poderia ser profissional mesmo quando estava trabalhando com alguém com quem ele não se sente confortável. 

"Sim, todos eles estão sendo seguidos. O que parece estar funcionando bem porque eles continuam suas atividades suspeitas sem parecer notar nada. O que nos dá uma vantagem." 

"E o que exatamente Five-0 pode fazer para ajudar?" Chin pergunta, em seu tom calmo de sempre. 

"Conseguimos a informação de que vai haver um roubo em uma joalheria em Waikiki em uma semana. Precisamos nos antecipar, estar lá antes do crime acontecer. Eles não poupam inocentes, eles deixam um rastro de sangue e eles sempre conseguem fugir porque a ação deles é perfeitamente cronometrada." 

"Precisamos montar uma tocaia no local então." Danny concluiu. Brooks balança a cabeça afirmativamente, ela parece gostar mais dele do que Steve. O que não é novidade também. Sempre começa assim. 

"Sim, mas não pode ser uma tocaia qualquer, precisa ser algo muito bem planejado. Precisamos cobrir todas as bases, todas as possíveis rotas de fuga. O ideal é que pelo menos dois de nós estejam no interior da loja para evitar civis feridos." 

"E porque nós não avisamos os donos da loja simplesmente?" 

"Há suspeitas que em cada local assaltado a quadrilha tinha um informante, portanto se nós avisarmos antes eles vão cancelar a operação. Sabemos que é arriscado, mas essa é a nossa melhor chance de pegar esses caras. Eles precisam ser pegos, precisamos impedir que mais pessoas inocentes se machuquem." 

"É um bom plano. Acho que podemos enviar duas pessoas disfarçadas como clientes da joalheria, o restante fica posicionado do lado de fora como backup." Steve sugeriu. 

"É uma boa ideia. Um casal seria perfeito. Talvez comprando anéis de casamento? É uma boa justificativa para demorar no local." Brooks continuou. 

"O que você acha de nós dois irmos disfarçados e o resto da minha equipe e da sua monta guarda do lado de fora?" Steve sugeriu. 

"Acho ótimo. Então precisamos de nomes falsos e uma história de fundo. Vou pedir para um profiler do FBI criar e assim que estiver pronto repassamos o plano completo ok?" Ela perguntou olhando para todos reunidos diante da mesa inteligente. Todo mundo balançou a cabeça em acordo. Steve e ela eram os líderes e se eles tinham a ideia de ir disfarçados juntos todo o resto da equipe estava à bordo como sempre foi. 

"Enquanto o FBI elabora as histórias de fundo, podemos analisar o caso com mais cuidado com base nos arquivos que você trouxe, de qualquer forma minha equipe precisa estar por dentro de todos os detalhes antes de irmos para o take-down." Steve afirmou olhando entre sua equipe e Agente Brooks. 

"Certo. Vou voltar para o escritório e dar andamento na minha parte do plano e assim que eu tiver as identidades prontas eu entro em contato. Será em breve, eu garanto." Disse Brooks e com um ligeiro aceno de cabeça em direção à todos ela se virou e saiu do HQ Five-0. É útil dizer que ela deixou alguns policiais bastante atordoados para trás. 

***

Algumas horas depois Steve estava sentado na sua confortável cadeira atrás da sua grande mesa em seu escritório. Na frente dele era Hope. Ambos estavam estudando seus perfis para o trabalho encoberto na semana seguinte. Eles seriam Peter Houser e Diana Schumann, um casal que estaria na joalheria alvo da quadrilha em busca de anéis de casamento. Peter tinha um orçamento curto e Diana tinha um gosto caro, isso levaria à uma longa estadia na loja, apenas para ter tempo suficiente para estar no meio da operação dos bandidos. A loja possui detector de metal, por isso ambos estariam desarmados contando apenas com sua experiência profissional e o backup de suas equipes do lado de fora, era uma operação perigosa e que precisava de perfeição para ser bem sucedida. 

Depois de quase um dia trabalhando com Hope, Steve estava deixando algumas das paredes virem abaixo. Ele tinha que admitir que ela era inteligente e uma agente muito bem treinada, embora o motivo que uma estrela em ascensão de DC viria para o Havaí é ainda um mistério para o  ex-Navy SEAL. 

De repente ele pegou-se olhando para ela e estudando suas características sem ao menos perceber. Ela tinha bonitos olhos verdes, um rosto delicado mas sério ao mesmo tempo, ela era bonita de um jeito especial. Ela tinha uma beleza sutil, mas havia algo na sua atitude que chamava a atenção, embora suas feições eram comuns, algo mais nela fazia Steve querer observá-la sem parar. 

De repente Hope ergueu os olhos do seu arquivo e notou Steve a observando, seus olhos se encontraram por um momento e logo em seguida ambos tentaram disfarçar o desconforto da situação e voltaram para seus arquivos. Hope não era cega e apesar de ter odiado o chefe da tal força-tarefa badalada do Havaí, ela poderia reconhecer que ele era um cara bonito. Arrogante, mas muito bonito. Seus olhos eram a coisa mais incrível que ela já tinha visto, desde o momento que eles se conheceram eles já tinham assumido quatro cores diferentes, cinza, azul, verde e castanho. Ela só não podia imaginar como os olhos de alguém poderiam mudar de cor tão facilmente. Era intrigante pra dizer o mínimo. 

Eles conversaram de forma completamente profissional sobre o caso, sobre os detalhes que Hope podia compartilhar e também alinharam suas histórias de capa de modo a não cometer nenhuma gafe durante a operação. Era final do dia quando eles tinham tudo alinhado e depois de um último briefing com as duas equipes eles estavam prontos para colocar o show no ar em pouco tempo. 

Eles estavam todos deixando para o dia quando Lou sugeriu um jantar em equipe para relaxar antes de entrar de cabeça no caso, todos os Five-0 concordaram com comida e alguma cerveja para relaxar antes de todo o stress que se seguiria, mas Hope declinou. Steve não era propriamente surpreso, mais decepcionado. Ele esperava que ela aceitasse, assim ele poderia começar a conhecê-la melhor. Ele não sabe quando a aversão tinha se tornado interesse, mas em algum lugar nas horas em que eles passaram juntos trabalhando isso tinha acontecido. 

"Ah vamos lá, nós não somos tão terríveis assim. Se você der uma chance, você pode até gostar de SuperSEAL ali. Ele é péssimo em primeiras impressões, mas depois de um tempo melhora." Danny disse, ganhando um olhar mortal de Steve e um coro de risos do resto dos ocupantes do bullpen. 

"Não... não é nada disso, eu apenas preciso buscar minha filha na babá, eu já estou atrasada. Mas obrigada pelo convite." Hope respondeu e Steve sentiu uma leve pontada no coração. Ele não sabia de onde isso estava vindo. Mas ouvir que Hope tinha uma filha era como ouvir que ela tinha um compromisso sério em algum lugar com alguém. Embora ela não tinha nenhum anel no dedo. 

"Você tem uma filha?" Danny estava curioso agora. 

"Sim, ela tem três anos." O sorriso que iluminou o rosto de Hope era lindo e Steve começou a pensar que talvez, apenas talvez se ela fosse solteira ele deveria estar pensando em convidá-la para sair depois que o caso terminasse. 

"Você tem uma foto?" Danny perguntou. Paternidade era uma área fácil pra ele. 

"Eu tenho milhares." Respondeu Hope rindo. Danny podia entender. Então ela clicou em uma foto da pequena Ciara de três anos. Uma menininha linda, loirinha com os mesmos olhos verdes de sua mãe, ela tinha sardas sobre o nariz e bochechas. Ela tinha um enorme sorriso no rosto e parecia ser uma criança adorável. Danny roubou um olhar sutil por cima do celular de Hope e viu Steve sorrindo suavemente para a foto também. 

"Você pode trazê-la. Grace e Charlie já foram conosco em nossos jantares, se você quiser, claro." Steve ofereceu e Hope parecia genuinamente tocada pelo convite. 

"Vocês tem certeza?" Ela perguntou. 

"Sim, claro, SuperSEAL aí não é tão bom com crianças, mas ele vai sobreviver. Nós somos como uma grande família portanto não se preocupe sua filha é bem vinda." Danny disse e Hope os recompensou com seu maior sorriso, um que eles não tinham visto desde que ela começou a trabalhar no caso. 

"Ok, vou buscá-la então. Ela vai adorar o passeio, eu não tenho um monte de tempo para sair com ela e também estando longe de casa eu não recebo esse tipo de convite com frequência." Hope disse e de repente pensou que talvez ela tinha compartilhado demais de sua vida pessoal com essas pessoas que ela tinha acabado de conhecer. Mas de alguma forma, isso parecia certo. 

"Nos encontramos no Hilton em uma hora então?" Lou perguntou e todos concordaram. Steve ainda não sabia, mas aquele convite iria mudar sua vida para sempre. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do meu primeiro capítulo.

Nos vemos em breve :)



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