A Bela e a Fera escrita por Lilissantana1


Capítulo 30
Capítulo 30 - Noivado de Sophie


Notas iniciais do capítulo

Estamos definitivamente chegando ao fim. Depois de tanto tempo. Espero que curtam e que também curtam a fic nova. Um amor como o seu. Espero vcs lá. BJO



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Um mês passou como se fosse o piscar de olhos. Mabel descobriu nesse tempo o quanto ser feliz e amada poderia tornar uma pessoa mais bela e mais leve. Seus dias repletos de momentos divertidos, de abraços, beijos e muito amor apenas lhe confirmaram que sua decisão de casar com Dominic fora a mais acertada. Ela o amava. Ela queria estar sempre perto dele. Ela queria fazer seu marido sorrir tanto quanto ele a fazia sorrir. E naquela noite em especial, quando teriam seu primeiro evento público desde o casamento.

O noivado de Sophie com sir Harttnet seria a atividade mais importante daquele período, contaria com grande número de convidados, música e quitutes especiais organizados metodicamente por Frances. Mabel se sentia enlevada em poder participar da alegria de sua amiga, mais especificamente porque agora elas eram mais do que amigas, eram irmãs. Tranquila e satisfeita ao lado do marido a nova marquesa aproveitava o trajeto junto ao marido.

Dominic, como o primogênito ainda era responsável pelas irmãs. Frances o requeria com frequência na tentativa de resolver questões relacionadas às garotas, mas para Mabel esse encargo jamais seria um peso ou um incômodo. Tanto a noiva quanto Lilly, sua irmã caçula, representavam o que ela sempre considerara como amor fraternal.

Naquela noite haveria tantas pessoas quanto as que comparecem em seu próprio noivado e Mabel sabia que reencontraria aqueles que não representavam mais amizade ou amor para ela. Abigail, que antes era uma amiga muito próxima, a tratava com frieza medida todas as vezes em que se cruzaram. Ainda estava incomodada com o fato de ter perdido a possibilidade de se tornar marquesa para alguém tão pouco representativa. A filha de um simples cavalheiro E, mesmo que a jovem estivesse de casamento marcado com Elliott Chowes não era a mesma coisa. Havia uma grande diferença entre ser marquesa e ser viscondessa. Sem falar no inconveniente da sogra. Algo que Abigail não contabilizara quando aceitou o rapaz.

A mãe de Elliott era intrometida. Perturbava a vida do casal querendo decidir tudo. O futuro visconde não conseguia enfrentá-la e por diversas vezes Abigail se encontrava contrariada, vendo sua posição ser preterida em favor da viscondessa. O que tornava sua mágoa por tudo o que acontecera ainda maior.

De seu lado, Elliott, diante do temperamento difícil da noiva, do autoritarismo e das imposições da mãe, não encontrava sossego. Seus dias eram repletos de cobranças de ambos os lados. Abigail queria exclusividade, ver seus caprichos satisfeitos, decisão em tudo, controle de tudo. Em contrapartida, a mãe também queria isso. Estava habituada a lhe dizer o que e como fazer e causava grandes confusões com sua intromissão constante.

Naquela noite especial, tanto Abigail quanto Elliot sabiam que encontrariam o feliz casal por ocasião do noivado de Sophie com o senhor Harttnett. E se pudessem evitariam tal encontro o fariam de bom grado. Mas, afrontar o marquês e por conseguinte Frances, representava praticamente liquidar com sua vida social. Portanto, a regra para tal ocasião seria a de bancar o satisfeito e alegre, mesmo que fosse apenas da boca para fora.

Lilly estava tão satisfeita que mal cabia em si de felicidade. Só se sentira tão bem no casamento de Dominc e Mabel. E agora, sua irmã mais velha também estava noivando, em breve se casando e com mais brevidade ainda, ela Lilly Deeping encontraria um alguém para si. Mesmo que não estivesse com pressa para concluir esse intento, pois ser assediada pelo corpo masculino da região, receber flores e bilhetes apaixonados estava sendo a experiencia mais gostosa de sua vida.

Lilly era alegre, risonha, segura de si mesma. Tinha uma personalidade irônica e ao mesmo tempo simples. Mas, sem dúvida sua beleza reluzente realizava a função de atrair a atenção dos jovens rapazes. Mabel sabia que para uma garota nada convencional, deveria haver em algum lugar do mundo um alguém tão pouco convencional quanto ela. Só assim Lilly seria realmente feliz.

Se Sophie precisava de carinho, amor, um homem apaixonado, gentil e cortês como o senhor Harttnett para ser feliz. Lilly precisava de emoção. De paixão. De ação. Ela era dada a sentimentos arrebatadores. E nada menos do que isso a faria feliz.

— Vou ficar maluco com Lilly!

Dominic exclamou quando a esposa lhe confessou sua visão sobre a cunhada caçula.

— Também não é para tanto. - Mabel rebateu ajeitando o tecido do vestido sobre as pernas, acomodando-se ao lado do marido na carruagem.

— Como não! Foi um golpe de sorte sir Harttnett ter surgido e Sophie acabar interessada nele. Ele é um homem de bem. Sério, educado e honrado. Você não sabe, mas mamãe me perturbou imensamente por causa de sir Duff.

Ele apenas imaginava que ela não sabia.

— Sim. Nós imaginamos que a separação abrupta que sir Duff infringiu a Sophie era obra sua.

— Aquele homem não merece minha irmã.

— Tem razão. Compreendo agora que sua intenção sempre foi pelo melhor.

Os olhos azuis carinhosos se dirigiram para ela. Ele sorriu e tocou os lábios femininos em um beijo miúdo e gentil.

— Assim como será com Lilly. E fico satisfeito de agora contar com sua ajuda.

— Estarei ao seu lado para o que precisar. - ela confessou passando o braço pelo dele.

— Eu sei. Me sinto mais tranquilo com sua doce presença ao meu lado.

Mabel se sentia assim também. Dominic suspirou

— Até porque tenho a impressão de que Lilly me dará mais trabalho.

Mabel moveu a cabeça levemente como se estivesse em dúvida.

— Lilly é mais esperta do que você pensa. Ela não se deixa levar tão facilmente por um homem que se declara apaixonado. Na verdade ela tem no mínimo uma duzia de apaixonados a cercando.

Dominic riu.

— E todos eles são sumariamente castigados com a frieza e as intempestividades do temperamento de Lilly.

Erguendo os olhos para cima o marquês afirmou:

— Desejo que você tenha razão.

Mabel de repente ficou silenciosa. Ele tocou o rosto feminino com a ponta da mão enluvada falando:

— Um doce pelos seus pensamentos.

Ela observou os traços firmes, os olhos carinhosos, os cabelos bem cortados.

— Fico imaginando como você será quando tiver seus filhos...

Ele a encarou desconfiado. Ela riu.

— Não me olhe assim! - ela disse apertando o braço do marido – Ainda é cedo.

— Cedo? Tem certeza disso?

— Absoluta. - Mabel afirmou sorrindo – Pode crer em mim, você será o primeiro a saber quando o momento chegar.

Ele estremeceu.

— Pensando bem... acho que poderíamos esperar até que Lilly se case. Assim posso cuidar de um filho de cada vez.

Mabel riu alto, algo que, apesar de parecer inadequado, não importunava seu marido.

— Acho que teremos mais intromissão de Frances quando se tratar da educação de um neto do que na escolha do pretendente de Lilly.

Outro estremecimento vindo do marquês reforçou a ideia de Mabel.

— Você pode ter razão. Mamãe adora meter-se em tudo. - Dominic concluiu poucos segundos antes da carruagem parar diante do local da festa.

A marquesa mãe estava satisfeita com os últimos acontecimentos. Seus filhos pareciam felizes e realizados. Dominic, o altivo, educado e sempre firme herdeiro dos Deeping demonstrava sua satisfação todas as vezes em que se encontravam. Sophie finalmente encontrara um homem a sua altura. Um cavalheiro digno de ser cunhado do marquês. E sua caçula, Lilly, tão parecida com ela. Aquele temperamento alegre, sempre atento a tudo e a todos, a agilidade para a vida. No momento em que escolhesse faria isso com toda a certeza. Ela não se deixava levar por vozes macias e por sorrisos bobos. Um galanteador jamais a atrairia.

A vida poderia estar melhor?

Provavelmente se seu amado Charles ainda estivesse ali para ver a linda família que eles construíram quando se uniram. Ela sabia que havia quem considerasse o fato de Dominic ter feito uma má escolha. Mas, como mãe ela sabia o quão importante era ser feliz. E querido filho estava feliz. E o que mais a consolava era saber que Charles não a admoestaria por ter permitido aquela escolha. Tudo o que seu marido sempre desejou foi a felicidade da família.

 


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Notas finais do capítulo

BJO meninas, espero que gostem do capítulo.
O próximo será o último. E precisa ser especial não é?
Até lá!
Espero por vcs aqui e em Um amor como o seu. BJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO