Traços escrita por R Kermillian


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Já faz 84 anos...
Finalmente voltei pro mundo das fanfics! Aê! Eu nunca tinha saído na verdade, mas enfim... Espero que gostem, e desejo uma boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/722394/chapter/1

Lily sentia falta dos rabiscos que sempre eram levemente conduzidos pelo seu grafite, enquanto o empunhava.

A sua habilidade em relação aos desenhos era invejável, uma vez que seus irmãos pareciam incapazes de fazer, sequer, uma linha reta. Nem mesmo com uma régua.

Era algo pertencente apenas a ela, assim como o que escrevia junto aos mesmos, nas folhas amarrotadas de seu diário. Folhas estas que haviam sido preenchidas por pura frustração nos últimos dias.

Os desenhos eram para a ruiva o que os calendários eram para sua mãe.

E fazia dias que ela buscava por qualquer coisa que pudesse inspirá-la a desenhar. Sua fonte de inspiração, que muitos julgavam infindável, havia secado, e desde então a ruiva vagava com seu caderno de capa de couro de um lado para o outro, na esperança de conseguir rabiscar qualquer coisa que a satisfizesse em seu hobby. Tarefa essa que parecia ser extremamente difícil naquele momento.

— Lily!

Alguém falou ao seu lado, fazendo-a tirar os olhos da folha em branco sob seu rosto e deixar o lápis, entre seus dedos, cair em um barulho extremamente alto para a cabeça mergulhada em devaneio.

— Você está bem?

Lily ergueu o rosto, incapaz de identificar a tal pessoa apenas pela voz. Deparou-se então com Teddy, que a olhava levemente preocupado pela falta de resposta.

— Ah! Oi, Teddy. — limpou a garganta, incomodada com o próprio silêncio.

— Você está bem? — ele perguntou novamente, percebendo o quanto ela estava dispersa de toda a situação.

— Sim, estou bem. Por quê? — Lily respondeu, passando a mão no rosto.

— Bem, você deveria estar na aula da professora McGonagall. — ele disse, simplesmente.

— O quê? Mas… — ela olhou em volta, percebendo ser a única no Salão Principal. — Merlin!

Ela levantou-se e começou andar apressadamente, enquanto tentando arrumar o uniforme no próprio corpo de forma aceitável. Minerva poderia ser compreensiva, mas não três vezes consecutivas.

❈❇❈

— Posso falar com você?

Albus apareceu subitamente para Lily, fazendo-a deixar os livros caírem no corredor.

— Ai, Al! Caramba! — Lily reclamou, abaixando-se.

— Desculpe. — ele pediu, ajudando-a com os livros.

— Tudo bem, eu só estava distraída. — ergueu-se pegando os livros restantes das mãos do irmão.

— Anda muito distraída, ultimamente. — Al argumentou, desconfiado.

— Não me diga que… — o mais velho a rompeu.

— McGonagall me contou tudo! Tem chegado atrasada em praticamente todas as aulas, seus deveres estão atrasados e você simplesmente parece estar voando, sempre que alguém tenta comunicar-se. O que está havendo, Lily? — ele despejou, assustando-a.

— Não é nada, Al! — ela respondeu, balançando a cabeça em um gesto claro de irritação. — Estou apenas passando por um momento de improdutividade artística! — retrucou deixando a irritação tomar sua voz, enquanto passava por ele, deixando-o sozinho.

Se existia algo que Lily odiava mais que a sua falta de criatividade, eram pessoas metendo-se em sua vida.

❈❇❈

Uma porção generosa de neve já era visível em cada centímetro nas proximidades do castelo. Lily amava o frio, e toda aquela estranha e bela paisagem gelada. Em outras situações, um cenário daqueles poderia lhe render ótimos desenhos, mas nem mesmo isso foi capaz de sumir com seu bloqueio, daquela vez.

Lily não sabia mais o que fazer. Havia tentado de tudo e nada, absolutamente nada, deixava a sua imaginação impressa no papel.

Alguns dias antes, Lily desculpou-se pelo modo como agiu com o irmão, pois, embora detestasse admitir, Al estava certo sobre o seu comportamento. A abstinência estava tirando o seu foco, e isso não deveria estar acontecendo, uma vez que ela tinha muito mais coisas com que se preocupar do que seu hobby.

Mas mesmo tendo consciência disso, o caderno estava sempre consigo. Havia concordado em não passar horas e horas olhando para as páginas em branco, mas não o deixaria “mofando” em meio aos demais. Além do que, o que para muitos seria apenas um caderno idiota com desenhos, para ela era um caderno idiota com desenhos que tinha, em suas páginas amarrotadas, fatos relevantes para acabarem com toda e qualquer reputação que tivesse. Era estranho ainda ter um diário, ainda mais em Hogwarts, mas ela não poderia simplesmente jogá-lo fora. Não quando grandes coisas referentes a sua vida estavam ali.

Naquela noite, após o jantar e todos irem para os seus dormitórios, Lily sentou-se confortavelmente no Salão Comunal da Hufflepuff, pronta para colocar toda a sua frustração nas páginas do velho caderno, quando foi surpreendida pela entrada de um garoto de fios peculiarmente castanhos.

— Ainda acordada?

Ela apenas assentiu, estranhando vê-lo por ali. Mas a resposta logo veio a sua mente: Victoire.

Teddy sentou-se próximo a ela, o que fez a ruiva encolher as pernas, tanto para que ele ficasse mais confortável, quanto para esconder o caderno em seu colo, no cobertor que a esquentava.

Tentativa fracassada com sucesso.

— Não conseguiu desenhar nada, ainda? — ele perguntou, vendo o pedaço de madeira roliço em sua mão. — Sinceramente, Lily, relaxa! Uma hora você vai conseguir desenhar alguma coisa. — ele levantou-se sob o olhar estranhado e atento de Lily. — Tenta algo que nunca tentou. — sugeriu, dando de ombros, e seus fios tornam-se levemente alaranjados.

Teddy depositou um beijo rápido na bochecha de Lily, e murmurou um “boa noite”, enquanto subia as escadas em direção ao dormitório masculino.

❈❇❈

O Salão Principal estava especialmente agitado naquela manhã. Lily não se lembrava de ter visto tamanha agitação desde o seu primeiro ano, com toda a confusão da seleção.

Seu dia havia começado de forma desconfortável, uma vez que havia sido acordada por Amy, sua colega de quarto, a qual a ruiva sempre julgou muito imperativa devido a sua necessidade de organização. O que realmente a irritou, na verdade, foi o porquê da agressão matinal aplicada contra si: livros. Amy simplesmente não conseguia achar seus livros, e acabou por acordá-la aos gritos.

Mesmo assim, Lily acreditava que devia um agradecimento a loira, uma vez que, quando voltou do banho, havia encontrado sua cama perfeitamente bem arrumada. Amy poderia ser uma louca por organização irritante, mas era uma louca útil, ela não poderia negar.

A ruiva passou discretamente a mão direita no cabelo, escondendo o pequeno fone vermelho entre seus fios, enquanto andava por entre os alunos. Deu um rápido aceno na direção de Rose, na mesa da Ravenclaw, antes de sentar um pouco afastada de seus colegas de casa. Tinha muitos amigos ali, era verdade, mas gostaria de ficar um pouco sozinha durante aquela refeição.

Após arrumar-se confortavelmente, ergueu o rosto e observou os demais ali presentes.

Teddy tinha razão.

Desde que sua inspiração virou pó ela apenas tinha buscado aquilo que conhecia e que sempre sentiu-se a vontade desenhando. Em momento algum havia deixado sua zona de conforto, e era hora de o fazer.

Todos pareciam bem contentes e ligeiramente esfomeados como em todas as manhãs, mas Lily não se deu ao trabalho de prestar muita atenção no barulho. Apenas abriu o caderno de capa escura, que tanto hesitou deixar na gaveta ao lado do pergaminho com todos os seus horários, antes de sair, e tomou um gole do suco de abóbora que estava à sua frente, concentrando-se na música muggle que ecoava em seu ouvido direito.

Respirou fundo e tentou se concentrar em tudo que a irritava, literalmente. Fez uma pequena lista, mentalmente, e suspirou frustrada. Remexeu-se na cadeira e contorceu o nariz, olhando para todos ao seu redor.

Frustração.

Muitas coisas podiam irritá-la, mas nada poderia deixá-la mais furiosa que a sua própria falta de esperança, naquele momento em específico.

Jogou os punhos sobre o caderno, sem importar-se em amassá-lo ou chamar atenção para si, tentando livrar-se daquela sensação de insatisfação. Olhou novamente o aglomerado de alunos que ainda adentravam o Salão, e avistou os fios azulados de Teddy, que acenaram em sua direção. Logo atrás dele, aquele que se tornou seu “ponto turístico”, por alguns segundos, despertando sua curiosidade.

Lily franziu a testa na direção do garoto, com uma expressão de completo espanto tomando o seu rosto. O desconhecido usava algo semelhante a uma touca, mas muito extravagante. Laranja, com uma barra preta na parte inferior, botões logo acima e orelhas. Sim, orelhas!

Lily riu, vendo o loiro se deslocar com aquele treco na cabeça, em direção aos seus amigos. Aquele rosto lhe era familiar, mas não sabia ao certo de onde. Mesmo assim, voltou os olhos para o papel, começando rabiscar o perfil do loiro peculiar que andava entre os alunos.

Sorriu consigo mesma, mergulhada nas palavras muggles que ecoavam em seu ouvido: “Frustrated. That's how I feel, I can not satisfy me, but I know I will get. I just need a little more hope. And maybe you can help me.”

❈❇❈

— Desculpe a demora. — Lily entrou afoita na sala da diretoria. — Desculpe! — disse novamente, sentando-se antes mesmo de ser convidada.

— Srta. Potter! — Minerva advertiu a atitude da ruiva, olhando-a um pouco severa. — Esse é o seu quarto atraso em menos de um mês, sem contar as aulas perdidas e deveres atrasados! E não me refiro apenas a isso, mas ao seu comportamento como um todo.

— Estou ciente. — Lily afirmou com um gesto brusco, mostrando euforia.

— É uma ótima garota, Potter. Sei que é. O que está acontecendo?

McGonagall mostrou-se compreensiva, embora seu tom ainda sugerisse certa rispidez, enquanto empurrava suavemente o pote de biscoitos na direção da garota. Lily pegou um rapidamente e se apressou em respondê-la.

— Estive com alguns problemas no departamento artístico, mas já resolvi o problema e prometo que não irá se repetir.

— Departamento artístico?

— Sim…

Lily hesitou por um momento, sua mente retornando ao garoto por alguns instantes.

— Poderia me ajudar com uma coisa? Juro que não irá comprometer minhas atividades. — pediu, apoiando os cotovelos na mesa e esticando o pescoço.

❈❇❈

Os meses passaram-se sem grandes problemas. Lily contou com a ajuda animadora de Amy e conseguiu entrar na linha com McGonagall, além de encontrar em sua colega de quarto uma amiga bem mais valiosa do que jamais imaginaria.

Sua habilidade para os desenhos havia despertado com uma força que Lily desconhecia, e embora seus desenhos agora fossem restritos a face de um certo loiro, ela estava feliz.

Em sua última semana no Castelo, foi encorajada por Amy a fazer um retrato dela. Retrato esse que ela daria para sua avó. E mesmo que tenha ficado mais nervosa que o normal com um desenho, Lily animou-se com o resultado e chegou a aderir a ideia, desistindo logo depois.

Fazia algumas semanas que tinha voltado para casa, suas manhãs eram sonolentas e suas tardes tediosas. E até mesmo isso a fazia rabiscar.

Algo novo havia despertado dentro de si, e mesmo sem saber definir o que tudo aquilo significava, ela gostava da sensação.

Os traços firmes que antes desenhava se tornaram um pouco mais suaves, naquela tarde pouco ensolarada, ao contornar os lábios de quem retratava novamente, e quase inconscientemente, nas páginas amarrotadas. O olhar divertido e o sorriso travesso estavam presentes em grande parte de seus desenhos, mesmo que pela metade, desde que voltou. Havia o observado muito desde o “esbarrão” no Salão Principal, e isso a fez o desenhar das mais diversas formas. “Uma inspiração íntima”, como ela passou a chamar.

— Lily!

A ruiva se apressou em fechar o caderno, o escondendo atrás do travesseiro, ao ouvir sua mãe chamá-la.

— Estou atrapalhando? — a cabeleira ruiva de Ginny estreitou-se no pequeno espaço entreaberto.

— Não. — Lily respondeu, deitando-se próxima ao celular e baixando o volume do mesmo.

— Ótimo! Precisamos mesmo conversar.

Ginny adentrou o cômodo e ficou levemente assustada ao ver novos pôsteres de bandas e artistas muggles, que ela não conhecia muito bem, espalhados pelas paredes. Rolou os olhos e dirigiu-se a cama, sentando-se aos pés da mesma.

— Não tem nada para me contar, Lily? — questionou, erguendo uma sobrancelha.

Em qualquer outra situação, Lily pensaria em todas as coisas que havia feito de errado, uma vez que tal expressão no rosto de sua mãe sempre se dava por alguma travessura referente a ela ou seus irmãos. Mas, daquela vez, ela simplesmente deu de ombros, como se não soubesse ao que Ginny se referia — o que não era uma total mentira.

— Não foi fácil para mim também. — a ruiva mais velha declarou, fazendo Lily olhá-la de cenho franzido. — Cresci com muitas cabeleiras laranjas metendo-se em minha vida, e sei que talvez sinta-se reprimida, de alguma forma, por ser a única filha. — Lily riu, tentando imaginar o quão difícil teria sido a vida de sua mãe, com tantos irmãos.

— Não precisa de tudo isso, mãe. — ela riu novamente. — É péssima com rodeios!

— Talvez seja… Ouo! — Ginny interrompeu-se bruscamente — Estou quase ofendida!

Um riso nervoso escapou dos lábios de Lily ao perceber que talvez tenha sido a primeira a dizer tal coisa a mulher na sua frente.

— Mas, então, a senhora não veio aqui falar de James e seus ratos, não é mesmo? — ela tentou desfazer seu quase deslize, apoiando-se sobre o travesseiro.

— Não me lembre desse fato! — ela gesticulou um pouco nervosa, o que trouxe novos risos a filha. — Estou aqui por você.

— Eu estou bem. — Lily tentou assegurar-lhe, mas foi interrompida.

— Você está namorando? — Ginny foi direto ao ponto, olhando-a firmemente.

— Oi? De onde tirou isso? — Lily agitou-se, sentando bruscamente na cama. — É claro que não!

— Não mentiria para mim, mentiria? — Ginny questionou novamente, ainda agarrando-se ao fio de esperança dentro de si que dizia que ela poderia confiar nas atitudes de, pelo menos, um de seus filhos.

— Não, mãe! Eu não mentiria! De onde tirou essa ideia estapafúrdia? — quis saber, sentindo-se um pouco constrangida.

— Seus desenhos.

— O quê? — ela franziu a testa.

— Seu pai encontrou isto e desde então está ficando louco. — Ginny falou de forma exagerada e dramática, como se quisesse expressar a situação do marido, enquanto retirava um pequeno pedaço de papel do bolso e estendia para a filha.

Lily engoliu em seco ao reconhecer a cor da página dobrada em suas mãos, e tratou logo de tomá-la para si, abrindo-a rapidamente.

A ruiva segurou a respiração por um segundo ao reconhecer o desenho feito alguns meses atrás. Havia acabado de deixar o tão temido bloqueio, e não era possível reconhecer o garoto, uma vez que o mesmo estava encapuzado e de rosto baixo, mas era possível imaginar o desespero que tomava ao pai que tinha.

Lily mordeu o canto do lábio inferior, tentando esconder qualquer vestígio de sorriso que pudesse aparecer em seu rosto. Ela se lembrava daquele dia.

Estavam no campo, e uma porção fina de neve havia começado cair, deixando a vista lindamente nublada e cinza.

Amy tentava discutir com Lily sobre a matéria, mas a ruiva encontrava-se extremamente concentrada em um ser não muito próximo delas que usava algo estranhamente verde na cabeça, enquanto fazia alguma algazarra que só ele e os amigos pareciam entender.

— Idiotas! Certamente não tem nada na cabeça! — Amy reclamou ao perceber o foco da amiga. — Quanto quer apostar que saíram daqui direto para a enfermaria? — sugeriu.

— Você é tão horrível! — Lily riu, abaixando os olhos pro papel e começando rabiscar.

O sorriso sacana que ele carregava no rosto ao se agachar para fazer uma bolinha de neve, ainda era possível de ser visto entre os traços no papel que ela segurava.

— Lily? — a voz de Ginny lhe trouxe de volta.

— Papai não tem que se preocupar. É apenas um desenho! — ela contestou, observando novamente a mãe. — Estava entediada! Não conseguia rabiscar a mais simples bola de Quidditch, e quando o vi resolvi testar a sorte! — defendeu-se, levemente irritada.

— Você pode falar a verdade para mim, Lily. — a garota rolou os olhos. — Esse não foi o único desenho que encontrei.

— O quê? — Lily arregalou os olhos, olhando-a acusadoramente. — Estava bisbilhotando as minhas coisas?

— Meu trabalho é não deixar você e seus irmãos morrerem soterrados em tamanha bagunça. — Ginny deu de ombros, defendendo-se.

Lily separou os lábios para dizer algo, mas voltou a juntá-los, irritada demais com toda a situação.

— Não estou te recriminando por gostar de alguém, só quero que seja sincera comigo. Quem é o garoto?

Um pequeno riso escapou de Lily lembrando-se da reação de Minerva quando pediu informações sobre o garoto.

Bufou, não se dando ao trabalho de responder. Em vez disso, enfiou a mão sob o travesseiro e resgatou o caderno, abrindo-o em um dos desenhos onde se podia ver claramente o rosto do garoto, e estendendo-o para Ginny. A última segurou o mesmo e olhou o desenho, folheando-o aleatoriamente depois.

— Satisfeita? — Lily questionou, pegando novamente o caderno e o fechando.

— Já se beijaram?

— O quê? Não, eu jamais o beijaria! — a ruiva replicou, assustada com a insinuação.

— Eu diria que tem muitos desenhos dele em seu diário para que não tenha, sequer, uma atração por ele. — Ginny gesticulou com as mãos, não se abalando.

— Ele é um idiota, mãe! Um completo idiota! — enfatizou, certa do que dizia.

Ginny apenas riu, compreensiva.

— Seu pai também era.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso, meus caros! O que acharam? Estou enferrujada...