Doctor Who: Os Vortohxyels. escrita por LivWoods


Capítulo 4
Capítulo 4- A cena do crime.




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A Doutora e sua companion partiram para a cena do crime. O estábulo em Buck's Row, nada parecia diferente. Era um local comum, feno, animais, esterco, exceto o corpo que havia sido encontrado. Mas fora isso parecia tudo normal aos olhos nus. Clara observou o local, não achando nada demais. Como dito: Tudo normal aos olhos nus.

— Doutora, não há nada demais aqui - reclamou. 

— Sua falta de fé é perturbadora². Onde está a detetive Holmes? 

Clara arqueou uma sobrancelha e disse: Sarcasmo não era uma forma baixa de humor?

— Não quando sou eu que faço - ela riu.

Do bolso de seu casaco retirou a chave de fenda sônica e analisou o lugar. Ah sim, foi o que disse. E logo Clara perguntou o que havia descoberto ao expressar um: Ah sim.

A Senhora do Tempo revelou que havia grande indício de tecnologia alienígena rondando todo aquele lugar. Não parecia ser nada bom. A morena perguntou o que poderia fazer, quando uma voz feminina as assustaram.

— Sabia que vocês não poderiam ser o que diziam que eram!

— Como não poderíamos ser o que dizíamos que eramos se você nem sabe dizer o que somos? - disse a Doutora fitando a outra mulher. - Rá, eu ganhei!

Maura ficou sem entender por alguns momentos, mas resolveu ignorar.

— Eu não sou idiota Doutora Watson, ou seja lá qual for seu nome.

— Somente Doutora, esqueça o Watson.

— Que seja, quem são vocês de verdade? - questionou a mulher.

— Eu sou a Doutora, como já disse, e essa é Clara Oswald.

— Somos viajantes no tempo - acrescentou Clara, rindo.

— O.k e eu sou a Rainha Vitória!

— Ora Clara, estávamos diante da realeza o tempo todo, curve-se. Vamos mostrar nossos modos - ironizou a Doutora, mas depois retornou a seriedade e prosseguiu. - É certo que não podemos acreditar no que vemos ou escutamos, mas dessa vez é pura verdade! - afirmou a Doutora.

— Mas enfim, o que está fazendo aqui Doutora Maura? - indagou Clara.

— Acho que o mesmo que vocês, procurando respostas! 

Clara perguntou se isso não era o trabalho dos policiais de Whitechapel, a legista rolou os olhos mais uma vez, afirmando que aqueles preguiçosos não saberiam proceder com um crime que já estivesse resolvido, imagine algo de tamanha magnitude.

— Bom, não é tão diferente quanto daqui a alguns anos. - disse a Doutora tentando amenizar a situação, sem êxito.

Depois de algumas explicações, as três vasculhavam pistas naquele local, fora saber que tudo aquilo havia sido provocado por um alienígena. Mas qual? A Doutora não conseguia se lembrar desse padrão. Bom, a quase novecentos anos contemplando o universo, algumas coisas fogem de sua mente, confessou para a companion. Maura encontrou alguma coisa e anunciou para as outras.

— Veja - disse a legista.

— Parece uma espécie de cordão umbilical, sei lá. - comentou Clara que estava um pouco atrás.

— Mas a vítima não estava grávida ou as outras.

— Não, mas alguma coisa deve está! - completou a Doutora. 

Um grito fora ouvido, a Doutora virou rapidamente, Clara havia sumido. A Senhora do Tempo gritou seu nome, desesperada. 

x

Clara Oswald sabia que havia coisas piores a temer que um sequestro. Mas isso não significava que ela gostava de ser sequestrada. Ou que um dia fosse se acostumar com isso. Ela suspeitava que seu sequestrador fosse o bad boy da história, como havia sido levada até lá, isso ela não sabia. Estava escuro, a única luz que adentrava era da lua pelas grades da pequena janela.

Parecia uma espécie de masmorra ou algo similar a isso. Ela estava algemada e gritava pela Doutora, tentava se soltar, mas era em vão. Resolveu observar o lugar e parecia estar sujo, no canto, também acorrentado, um esqueleto. Ela sentou sob o feno espalhado pelo chão e mexia seus pés impacientemente. Após alguns minutos que pareceram horas para a morena, um guarda ranzinza abriu a porta de ferro negro e ela disse: Finalmente, alguém apareceu. O guarda a levantou, dando-lhe alguns empurrões para ela seguir pelo corredor negro. A arquitetura lembrava um castelo medieval. Um odor de ferro a incomodava, as paredes possuíam uma umidade estranha. Fora conduzida para o salão principal e lá estava uma mulher elegante sentada, parecia degustar um bom vinho. A mesa estava farta, pratos diversos e muitas bandejas de frutas. O brilho da lareira refletia de forma estranha nos olhos da mulher, dando-lhe um brilho amarelado que chegava a ser inumano. Quem Clara queria enganar, aquela pessoa, sem dúvidas, não era humana.

"Eu preciso ganhar tempo, o que a Doutora faria? O que faz a Doutora vencer?" pensava ela. " A Doutora é muito inteligente, bom, mas não é à toa que existe muito inteligente morto. Ela acredita... isso ela acredita que pode vencer! E eu acredito que posso vencer!....". Clara foi retirada de seus pensamentos quando a mulher ordenou que ela se sentasse. O guarda a empurrou para a cadeira e assim sentou a contra gosto.

— Beba alguma coisa ou coma algo - sugeriu a mulher.

— Comi algumas batatinhas essa manhã, obrigada - respondeu Clara.

— Fala palavras incompreensíveis. 

— Moro em Blackpoll, deve ser por isso.

— Vou direto ao ponto - tornou a mulher, fitando Clara intensamente. - Você se encontrava em um dos meus casulos e um alarme soo. Achei intrigante que tal compatibilidade existisse. Até agora nenhum ser humano se mostrou tão compatível.

— Talvez deva ser, porque não sou humana - mentiu.

Enquanto isso, a Doutora buscava coordenadas com sua chave de fenda sônica para poder encontrar Clara. Se punia por não ter ido com a TARDIS. Clara queria caminhar e conhecer mais os anos de 1800, deveria ter sido mais firme e negado o desejo da garota. Agora teria que fazer o longo caminho de volta. Ela até esqueceu da presença da legista que ainda não acreditava que a outra havia desaparecido. Finalmente a chave de fenda encontrou as coordenadas para onde Clara havia sido levada. A Doutora correu e foi seguida por Maura.

— Pra onde você está indo? - indagou a Doutora.

— O mesmo lugar que você - respondeu Maura.

— Ah não! Já tenho problemas demais e não quero mais um.

— E terá mais outro se algo ocorrer com a Clara, e eu espero que não. Eu sou médica e de verdade. Serei útil!

Foi a vez da Doutora revirar os olhos e se convenceu, ou melhor, foi convencida a deixar a outra a lhe seguir. Elas corriam naquela noite e quando um homem se aproximava a cavalo, a Doutora pediu para o estranho parar levantando os braços.

— Por favor... - disse um tanto ofegante. - Não sabia que podia cansar assim. - ela continuou falando para o desconhecido montado no seu cavalo - Desculpa, mas vou ter que te separar do animal.

O homem indagou confuso um: "O QUÊ?"

— Cala a boca que eu tava falando com o cavalo - explicou a Doutora.

E então saíram cavalgando a Doutora e a legista rumo a TARDIS. Quando chegou a grande caixa azul, Maura não pode acreditar no que seus olhos viam. A Doutora falou:

— É uma cabine de polícia que viaja através do tempo e do espaço. E SIM, é maior dentro do que do lado de fora. Sem mais perguntas, obrigada.

Por um instante, nenhuma das duas falou. O único som foi o murmúrio rouco dos motores e de vez em quando o estalo de um interruptor enquanto a Doutora mexia nos controles. A Doutora tentava disfarçar mais estava muito preocupada, desesperadamente, preocupada.

 ''Eu estou preocupada, por quê eu estou preocupada? Eu nunca  fico preocupada'' pensava a Doutora loucamente.

— Clara, eu vou te salvar antes de dizer pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose.

A TARDIS fez seu barulho de sempre e desapareceu.


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Notas finais do capítulo

²- Frase de Darth Vader.



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