texto em itálico são pensamentos

palavras em negrito são enfáticas na entonação

os nomes de quem fala estão antes de cada fala, em negrito apenas para que saibamos quem são

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E COMO FICA OHANA?

Depois de contar muitas aventuras incríveis para as duas policiais, omitindo a morte de seu filho, o assassinato de Metabolisis e a perda de seus poderes mutantes, Ohana pediu licença para ir à toalete, ao que elas concordaram, acompanhando-a e uma delas entrando enquanto a outra ficava na porta.

Akemi: /Sabemos o quanto a senhora tem cooperado com a polícia, imagina! Se quisesse ter fugido da delegacia poderia fazer com uma mão nas costas, né?/ - falava do lado de fora da cabine do banheiro.

Ohana: /Eu não vejo por que não cooperar… Afinal, o sr. Sagara foi tão persuasivo, não?… Mesmo sabendo que meu marido consegue se virar muito bem não quero aborrecê-lo ou fazê-lo se preocupar comigo enquanto tem que focar na missão de encontrar o assassino, não é?/ - de dentro da cabine.

Ao sair para limpar as mãos ela tem uma leve pontada na cabeça que a faz colocar a mão na têmpora.

Akemi: /Tudo bem, sra. Howlett?/ - dando apoio com o braço para a ruiva.

Ohana: /Só uma leve indisposição… Não se incomodariam se eu voltasse a deitar no sofá, não?…/

Essa estranha pontada não parecia ter nada a ver com o Prof. X ou Jean, contudo ele tinha dito que estaria com Logan em breve e não havia retornado mais… Será que o velho e amado professor havia mesmo morrido e, com isso, ela não poderia mais contar com seu apoio e conselhos? Mas ao entrar no escritório onde estava cativa e deitar-se pôde sentir a aproximação de Xavier em sua mente com o aviso de Logan sobre as saudades e que sairia logo dessa para continuarem a lua-de-mel, Ohana agradece e questiona sobre como está o telepata.

Prof. X: *A tecnologia que temos na Mansão é de outro universo, minha cara… Muito provável conseguirá me levar de volta ao corpo, viu… Vejo os esforços de Jean e de Hank e me espanto com o quanto eles conhecem e o quanto desejam que eu volte! Quem sabe?… Se isso acontecer, terei de fazer um anúncio geral sobre esses casos de “ressuscitação”* e sorriu levemente. Ohana sorriu também. Ela compreendia os motivos, só não os aceitava, assim como nenhum dos mutantes aceitaria. Para eles, Xavier deveria ser eterno!

Prof. X: *Deus me livre! Não quero ficar para semente, minha filha! Eu também tenho o direito de deixar esse corpo velho e, pelo que percebi, viver novas aventuras! Não deseje minha eternidade física, mas sim, a eternidade dos meus ensinamentos, através de todos vocês, meus filhos… Agora, descanse um pouco, você precisa, minha cara Ohana*— e soltou um sorriso enigmático.

Ela não conseguiu discutir ou conversar, parece que Charles havia induzido sua pineal a produzir melatonina, assim o sono tão necessário veio e, depois de algumas horas, ela sentiu-se novamente desperta pelo mesmo mentor e amigo. Este a convidava a participar de uma conversa que Logan estava tendo num Templo no Monte Fuji. A ruiva permanece deitada e com os olhos fechados no sofá. Ela não acredita no que ouve e fica muito put@ por não ser consultada sobre nada daquilo, era como se ela não existisse e, ao mesmo tempo, Logan se preocupou em chamá-la, mesmo com tudo que sua mente precisava enfrentar naquele momento. É então que ela ouve a voz do canadense: *eu penso em você o tempo todo, gata… É sabendo do teu amor que eu ‘tô tentando colocar o meu em prática também. Fica do meu lado, eu preciso de você como nunca precisei antes...* e então ela apagou da mente qualquer nota menos digna e inundou o esposo com sentimentos de apoio e perdão. Logan sorri rapidamente em agradecimento e continua sua oferta ao Capitão de Polícia, citando a “cláusula” dos seis meses e inundando também a mente de Ohana de carinho e amor, mas não aquele amor ágape, senão uma onda calorosa e intensa. Como essa energia não consegue ser sublimada ainda por nosso corpo de modo correto, Ohana teve uma onda de excitação sexual como se Logan estivesse fisicamente ali com ela naquele instante; ela sorri embaraçada da situação e cria uma nota mental para perguntar ao esposo o que ele pensou nesse momento, assim, quem sabe ela não poderia, num outro momento, também propiciar prazer a ele, mesmo à distância?

O Prof. X não a deixou conectada durante a luta, era desnecessário e, ele o sabia, ela não deveria passar por situações de estresse assim. Ohana não podia fazer nada, a lua-de-mel não ocorrerá e a ela só resta rezar, pedindo a Deus que guarde seu esposo, que nunca lhe falte o foco e o motivo de tudo isso e que, acima de tudo, Amiko possa saber o quanto ela é amada por ele. Será que ela sabia?

Dentro de algumas horas, alguns minutos depois da luta, Ohana ouve um alvoroço na delegacia e percebe que os dois finalmente chegaram. Akemi entra sem bater, pedindo desculpas depois, dizendo que o Capitão havia chegado e trazia o assassino, hesitando em dizer o que a ruiva já sabia, mas devia receber com surpresa; depois de um silêncio incômodo a policial finalmente solta:

Akemi: /Parece ser seu esposo, senhora! O Capitão foi atrás do assassino e deu ordens expressas de que iria sozinho, acabou de voltar com alguém vestido de ninja e, apesar dos cabelos curtos, parece-se muito com o sr. Rogan. Os dois lutaram, ele está ferido…/ - ela terminou com a mão no rosto.

Após demonstrar surpresa e um leve choque, a ruiva pergunta se poderá vê-lo; ao que a policial informa ser impossível no momento. Ele fora levado à sala de depoimentos e, após isso, seria possível vê-lo na única cela que existia naquela delegacia. Se ele fosse inocente, poderiam deixá-lo lá por 48h, agora se fosse culpado, a transferência ocorreria em algumas horas para uma prisão de segurança máxima, onde as visitas são escassas e o contato humano é quase nulo.

Ainda bem que o contato humano pode ser feito de maneiras totalmente novas quando se conhecem determinados mutantes… Senão Ohana ficaria inconsolável nesse momento. Mas ela sorriu para Akemi que entendeu ser possível provar a inocência de Logan, saindo para coletar mais informações e repassar à ex-mutante assim que soubesse.

Sentada no sofá a ruiva apenas aguardou, com a tranquilidade de quem já sabia a enorme farsa arquitetada. Ela só não compreendia como um super mutante com habilidades de regeneração seria apresentado ao povo para ser executado por enforcamento, isso sem levantar suspeitas… Mas, como não podia fazer nada nesse quesito para ajudar, resolveu não se preocupar com isso. Preocupações inúteis levam à ansiedade e ela não era alguém propensa a ansiedades infrutíferas.

Enquanto isso, na sala de depoimentos, Wolverine aguardava, com as mãos algemadas sobre a mesa a chegada de algum policial para conversar; a sala não era como nos filmes, com aquele grande espelho onde pessoas podiam ficar olhando o que acontecia sem serem vistas; era sóbria, uma mesa central, três cadeiras, duas portas de acesso e uma câmera de segurança. Quando percebeu que seus maxilares estavam tensos ele estalou o pescoço e relaxou os ombros. Não tinha por que se preocupar. O acordo estava feito, seria criado um pequeno “circo” em volta do acontecido, mas pelo próprio sistema prisional japonês ele ficaria isolado do mundo e de outras pessoas; em alguns meses, estaria de novo na Mansão X e tudo estaria acabado. Amiko poderia aproveitar sua segunda chance e, ele esperava que ela o fizesse ao lado de Yukio, ele sabia que podia contar com a ninja para tudo e que ela daria a vida, assim como ele, pela felicidade da filha. Pensou novamente em Ohana e sorriu. Não podia imaginar a enxurrada de emoções que a esposa estava passando. “Esposa… Sra. Logan...” foi o pensamento penoso, seguido de um suspiro, antes de Sagara entrar, seguido de outro policial que, pela riqueza das roupas, devia ser o relações públicas da delegacia.

Capitão: /Boa tarde, sr. Rogan. Estamos aqui para colher seu depoimento e, em seguida, antes da sua assinatura, acertarmos os detalhes finais de nosso acordo. Esse é Kenji, ele sabe de toda a história e nos ajudará com a criação da sua nova personalidade. Aquela que em 6 meses perderá a vida…/

Wolvie: /Olha, eu aceito pular pra parte onde eu assino um depoimento já preenchido e então o Kenji aí só precisa me dizer meu novo nome e, se quiser, me dar alguma direção em que papel eu devo interpretar…/

Capitão: /Não é tão simples assim, Rogan… Não se esqueça que ninguém, além de você, teve acesso a cena de alguns crimes. Só você pode dizer como as coisas eram feitas e, creia, não temos tanta imaginação assim quando se trata de assassinatos brutais… Eu estou com as fichas dos outros ataques para que você saiba quantas pessoas estavam lá, quantas foram mortas e sob que condições. Fica proibido utilizar suas garras no depoimento, claro… Elas não condizem com sua nova identidade. Vou te dar meia hora pra ler os dossiês enquanto eu preparo os policiais para as novas ordens./

Wolvie: /‘Cê confia neles assim? Ninguém vai mixar seus planos e “cantar”?/- agradecendo por ele soltar as algemas e começando a folhear os dossiês.

Capitão: /Não se preocupe com meus métodos… Eu os tenho onde quero. Agora, deixarei você e Kenji, ok? Ele pode tirar todas as suas dúvidas./

Wolvie: /Até a de quando você se tornou um calhorda?/ - e deu uma risada alta, fazendo o samurai sair batendo a porta.

Kenji: /O senhor não devia provocar o Capitão assim… Ele é muito vingativo… E as prisões de segurança máxima japonesas são locais que podem levar um homem ao suicídio.../

Wolvie: /Mas é um homem de palavra, né? Ou eu devo me preocupar com o acordo que fizemos? Se tu soubesse quantas vezes eu já tentei isso no passado, guri!.../

O rapaz se surpreende com a resposta e os dois passam a próxima meia hora conversando sobre isso. Sendo Kenji levado a informar a conversa que teve com Sagara antes que Logan dissesse o que haviam combinado. Ele realmente passou tudo que conversaram para o assistente. Pela crueldade das mortes e com a confissão assinada, Sagara apressaria os trâmites e a morte ocorreria dentro de 6 meses, sem sombra de dúvidas! O novo nome de Logan seria Dylan Trout, ele entregou um papel em branco para que ele criasse uma assinatura, a mesma seria adicionada ao seu passaporte em algumas horas; ele também sacou uma câmera digital e pediu ao canadense que ficasse reto contra a parede, após tirar a foto e mostrar ao mutante este xingou seu fator de cura! O cabelo todo já tinha crescido, bem como a característica barba. Wolverine pediu algum gel de cabelo para o assistente que chamou um policial pelo rádio explicitando o que queria. Em alguns minutos o gel estava na mesa e Logan usava uma grande quantidade dele para domar suas mechas e estilizar sua barba. No final, o efeito foi interessante e ambos ficaram satisfeitos.

Após essas preparações, Logan inicia a escrita de seu depoimento, sendo superficial em alguns pontos e bem descritivo em outros, especialmente naqueles onde ele teria certeza de que o choque da riqueza dos detalhes o classificaria como sociopata.

Enquanto isso Sagara fez uma visita a Ohana, sua tranquilidade era quase transcendente. Ela não poderia pôr a perder tudo que Logan havia planejado com nenhuma mostra de asco por aquele homem diante dela. Recebeu-o com polidez e agradeceu por poupar a vida de Amiko.

Capitão: /Não foi fácil, sra. Ohana… Mas seu marido surgiu com uma alternativa tentadora e eu não pude recusar! Como já deve imaginar, sendo esposa de James “Logan” Howlett, a senhora não poderá ficar no Japão aguardando a execução de outro homem, correto? Sugiro, por sua falta de familiaridade com nosso país, que retorne aos EUA o quanto antes e aguarde-o em cerca de 6 meses, ok?/

Ohana não conseguiu se conter: /Ora, seu… cafajeste! Como ousa me dizer o que eu devo fazer? Até onde eu sei, sou uma mulher livre que sofreu cárcere privado por ordens suas! Sei que nenhum dos seus policiais de brinquedo corroborará minha história e eu não pretendo apresentá-la a ninguém, mas o senhor não vai me dizer o que fazer e nem quando fazer! Eu ficarei o tempo que achar necessário e fique tranquilo, eu não o visitarei na prisão… Prometo não o procurar nesse tempo. Conseguirei superar a saudade dele ao lado de Amiko e Yukio, tenha certeza disso!/

O rosto do Capitão foi se alterando de “vitorioso”, como quem se livra de uma barata para curioso e, por fim, estupefato:

Capitão: /Agora eu entendi por que vocês se casaram… Seu temperamento é igual ou pior que o de Logan; faça o que quiser, só fique longe de encrencas, tá bem?! A partir de agora, está liberada…/

Ohana: /Ah! Não estou mesmo! Eu quero vê-lo antes de ir embora e você não pode furtar-me desta visita… Não depois de toda merd@ que ele limpou para o senhor!/ - o rosto de Ohana estava rubro de tão alterada e, com medo dela ter uma síncope, Sagara abre a porta e solta um seco: “siga-me!”

Antes de a ruiva entrar pela porta, Logan já havia parado de escrever e estava somente sentindo o cheiro dela, junto ao de Sagara, enquanto se aproximavam pela porta lateral, que não passava pelo recinto onde ficavam todos os policiais. O canadense já sorria em antecipação quando a porta abre e Sagara, com cara de poucos amigos, solta:

Capitão: /Vocês se merecem! Têm meia hora! Venha Kenji…/

Ohana encara Sagara, cumprimenta Kenji apressadamente e corre para os braços de Logan que já estava em pé, só esperando para tê-la num abraço. Ele a cheira desde o ápice da cabeça até o busto, abrindo o zíper do agasalho de moletom que ela usava e as cócegas causadas por seus pelos foram menores, devido ao gel que ele usava. A ruiva franze o cenho, segura o rosto daquele homem com as duas mãos e sorri, beijando-o na boca em seguida. Ele a pega no colo e a senta na mesa, ao que ela o aperta com as pernas enquanto se beijam. Mas Logan não tinha parado de beijá-la desde que ela iniciou e, nesse momento, Ohana coloca as mãos no tórax do mutante e, meio sem fôlego, pede pra ele dar uma pausa. O canadense pede desculpas baixinho e, segurando-a nas costas, beija novamente seu colo, usando os dentes para descer um pouco mais o incômodo zíper, os dois se unem mais e, entre sons e movimentos fazem amor sem pressa, aproveitando cada cheiro, cada som, cada suor.

Capitão: /Ah! Pelos Deuses… Eles não têm nenhum decoro? Kenji, fale para o Hakiku que eu quero essas cenas apagadas dos nossos servidores! Não me importa como ele vai fazer isso…/

Kenji: /Pode deixar, senhor!/ - e olhou no relógio para ver que horas eram e deveriam ser apagadas.

Com 25 minutos os dois já haviam terminado seu encontro romântico mas permaneceram ainda abraçados por alguns minutos. A contragosto, Wolverine avisa Ohana que eles deviam voltar a qualquer momento.

Ohana: Me aconteceu algo muito estranho, amor… Quando você me chamou para fazer parte da sua conversa com Hajime e eu, depois da raiva, compreendi o esforço que você estava fazendo e te mandei pensamentos de compreensão o que você pensou de volta pra mim? - com os olhos verdes argutos como adagas enquanto mordia o lábio.

Pego de surpresa, Logan demorou um tempo pensando:

Wolvie: Ixi, gata… É meio complicado de lembrar assim, de supetão… Mas acho que vibrei carinho sabe, queria que você sentisse todo meu amor e me tranquilizei quando ‘cê aceitou de boa e ficou do meu lado. Por quê? Eu sinto que perdi alguma coisa com essa carinha safada que tu fez… - e sorri sacanamente de lado.

Ohana: E perdeu mesmo, amor… - e chegando bem perto da orelha dele ela diz – Eu estava deitada no sofá e fiquei tão excitada pensando em você! - e mordeu a orelha dele fazendo-o tremer.

Wolvie: Putz… gata! Que delícia! - e a aperta forte, dando um novo cheiro, só que “na caixa dos olhos”.

Eles dois riem baixinho e nisso, Sagara e Kenji entram. Sagara não diz nenhuma palavra, apenas olha com desprezo para os dois e Kenji cora levemente ao olhar para Ohana, abaixando em seguida o rosto. Como a mulher não se mexesse e Logan continuasse abraçado a ela, o Capitão suspirou e soltou:

Capitão: /Pode nos dar licença, sra. Ohana! Daqui pra frente vamos continuar os procedimentos legais, por favor…/ - apontando a porta com a mão e olhando-a nos olhos.

Ohana: /Claro, sr. Sagara. Agradeço por permitir esse encontro e cuide bem do meu marido, por favor…/ - dando um selinho estalado no maridão e saindo pela porta, não sem antes dizer: Nos vemos em breve, amor!

O rosto de Logan que era somente sorrisos e leveza se turva quando a porta fecha e ele se obriga a olhar para Sagara; esticando o depoimento para que o policial lesse o mutante senta na cadeira do seu lado e prende um dos lados da algema, indicando a Kenji que ele deveria prender o outro. O rapaz corre e faz o que lhe foi pedido, ainda bastante envergonhado por tudo que viu, ao mesmo tempo que desejoso de ter uma esposa como aquela, pois o que ele viu não foi somente sexo, mas algo feito pelas almas deles, por isso não se preocuparam com câmeras ou com as pessoas olhando. Logan achou muito engraçado o encabulamento do jovem e, quase adivinhando o que lhe vinha na mente, soltou:

Wolvie: /Relaxa, garoto! É só não ter pressa que tu vai ter uma esposa assim também!/ - e deu uma piscadela para ele, fazendo-o sorrir nervoso.

Capitão: /Ah! Por favor!… Não quero tocar mais nesse assunto! O trabalho que dará pra remover aquelas imagens da câmera de segurança! Seus inconsequentes e egoístas!/ - batendo a mão junto ao depoimento na mesa.

Wolvie: /Ok, ok… Deixa pra lá! Nem em mil anos ‘cê entenderia, Sagara!…/ - e fez o policial ficar mais sisudo ainda.

Sagara aproxima o depoimento e dá uma caneta para que Dylan Trout assine sua confissão e, em seguida, um policial entra com o passaporte forjado que é mostrado a Logan e com um aceno de cabeça aceita prosseguir na farsa. Os papéis são assinados por Hidochi Sagara e o prisioneiro é levado até a pequena cela que existe dentro da delegacia. Não há nenhuma privacidade, a celinha de 2x2 tem uma privada e um bebedouro dentro, sobrando pouco espaço para o preso em si. Sagara não deu detalhes aos policiais, só informou que aquele, apesar de parecer o sr. Rogan não era e que seu nome agora era Dylan, sendo ele o responsável pela morte de vários inocentes. Portanto, os olhares de curiosidade não paravam um minuto! Até que Akemi não se conteve! Aproveitando que a passagem para a cozinha tinha a cela em seu itinerário, levantou-se dizendo que ia pegar um café, perguntou aos amigos se queriam um e como nenhum deles quisesse, fez o caminho sem pensar em voltar tão rápido. Antes da policial chegar próximo da cela, Wolverine sentiu o cheiro residual de Ohana nela e já levantou a cabeça. Intrigado sob que circunstâncias elas teriam se encontrado ele vai para perto da grade, sentando-se na pontinha da cama.

Akemi: /Desculpe, sr. Rogan! Estive com sua mulher enquanto ela estava cativa aqui, nos aproximamos um pouco e eu não estou entendendo por que o sr. está fazendo isso?! Vai destruí-la, ela o ama muito…/

Aliviado pelo motivo do cheiro, ele sorri e responde:

Wolvie: /Não se preocupa, guria. O Amor de verdade nunca morre…/

Ela vai para a cozinha, pega o café instantâneo e na volta, coloca suavemente a mão sobre a mão do canadense que estava segurando uma das barras e sorri.

Akemi: /O que precisar de mim, só dizer, ok?…/ - e continua sua ida para a escrivaninha.

Kaoru: /Você é muito doida, Akemi! Se o Sagara te pega conversando com o prisioneiro! Você estaria encrencada… Eu também simpatizei com os dois, eles não merecem essa separação. Não merecem que as coisas terminem assim… A esposa disse que não tinha um endereço para ficar, mas que sabia o nome de uma pessoa e eu a ajudei a conseguir o endereço, espero que ela fique bem!.../

E Logan ouve sorrindo o que as duas conversavam mudando as feições em seguida e ouvindo a voz de Saitō num canto da cozinha.

Sagara: /Desse jeito vão achar que o senhor merece ser morto antes do prazo, rindo por ir para a prisão de segurança máxima, com uma pena de morte a jato no dossiê; podia pelo menos fingir que está desolado, sr. Dylan!/

Wolvie: /Espero que esse seu cargo político de merd@ esteja bem a altura, Saitō! Afinal, você fez por merecer…/ - ele disse baixo, sabendo que o Capitão seria capaz de ouvir.

Ele termina de mexer o café enquanto sai rindo para sua sala e essa foi a última vez que os dois se encontraram. Infelizmente, o desdobramento da vida política de Sagara não faria mais parte da realidade de Logan, por longos 6 meses… Ou felizmente? Afinal, quando se têm amigos telepatas e psíquicos a distância física passa a ser uma mera formalidade.