Conseqüências de Uma Traição escrita por NelianeMalfoy


Capítulo 13
Conversas e Decisões




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Quando Virgínia saiu do salão comunal da sonserina, aparentando em sua face uma falsa calma, Draco sentou-se no sofá perto da lareira. Por mais que o loiro tentasse se acalmar diante daquela situação difícil, não estava conseguindo, culpava-se pela confusão que meteu sua amada. A única coisa que poderia fazer era esperar o desenrolar daquela conversa e torcer para que seu padrinho não fosse muito severo na punição que com certeza estava matutando.

 

Enquanto isso, Gina, aproximava-se a passos lentos da sala de seu pai, apesar da sensação térmica ser fria nas masmorras, as mãos dela estavam suadas, demonstrando o seu nervosismo. Antes de Virginia adentrar no escritório, respirou fundo e ajeitou os cabelos que estavam meio bagunçados, girou a maçaneta e entrou.

 

– Que bom que não demorou – Snape falou num tom frio, que não era acostumado a falar com sua filha, pois queria assustá-la um pouco – Sente-se!

 

– Antes que você fale alguma coisa, quero falar que não foi minha culpa, a Parkinson que começou – Tentou se defender a ruiva.

 

– Por acaso essa briga foi por causa do senhor Malfoy? – Perguntou incomodado, pois já sabia da resposta.

 

– Não vou mentir, digamos que foi. Sei que você não quer que eu me envolva com o Draco, porém eu gosto dele, nós nos gostamos – Declarou a herdeira dos Snape.

 

– Virgínia, eu sei que não posso mandar nos seus sentimentos, mas ainda sou seu pai e sei o que é melhor para você! – Gesticulou apreensivo o diretor sonserino – Então, como você não está seguindo nenhum conselho que lhe dei, serei forçado a tomar uma medida drástica

 

– Por favor, não me transfira de colégio, gosto tanto de Hogwarts – Implorou a sonserina desesperada, esperando o pior.

 

– Claro que não farei isso, mas também não espere que eu passe a mão em sua cabeça e deixei isso tudo que aconteceu por isso mesmo – Explicou o mestre de poções.

 

– O que você decidiu? – A garota inquiriu cruzando os braços.

 

– Pegue suas roupas e coisas no dormitório da sonserina e as leve até o quarto que fica do lado dos meus aposentos, de agora em diante vou ficar cuidando de você de mais perto – Severus ordenou e levantou-se da cadeira – E não quero reclamações! Pela briga serei obrigado a tirar 30 pontos da sonserina – Falou desgostoso.

 

– Está bem – Concordou a ruiva desolada – Mais alguma coisa?

 

– Como você vai para o salão comunal da sonserina, diga para o Senhor Malfoy vir até aqui, que preciso conversar com ele – Pediu sério.

 

Sem responder mais nada, Gina, saiu do recinto e rumou até o salão comunal e durante a curta caminhada, algumas lágrimas teimavam cair de seus olhos. Não acreditava que seu pai estava tentando separá-la de seu amado, pelo menos ela ainda podia vê-lo, pior seria se fosse obrigada a trocar de colégio e tudo por culpa da cretina da Pansy.

 

Ao entrar no salão comunal, Gina se deparou com Draco sentado de frente para a lareira, muito pensativo. Surpresa com a cena que presenciava, Virgínia se aproximou do sofá e sentou-se ao lado de seu amado, sem ser percebida por ele. Aproveitando que não tinha ninguém no salão comunal, inclinou-se e o abraçou, fazendo com que o loiro voltasse à realidade, meio assustado.

 

– Calma, meu amor! Sou eu – Murmurou à ruiva, erguendo o rosto e o encarando.

 

– Você está bem? – Perguntou apreensivo.

 

– Não muito bem, sabe como meu pai é – Respondeu cautelosa.

 

– Espero que ele não tente afastar você de mim – Sussurrou o loiro inquieto, abraçando a garota.

 

– Em partes o que ele vai fazer é tentar isso, mas eu não entendo o motivo, já que ele é seu padrinho. Ele deveria apoiar o nosso namoro – Falou a ruiva indignada.

 

– Eu não o culpo! Foi essa minha fama não muito boa com as garotas, que fez seu pai temer o nosso envolvimento, Gina – Respondeu tristemente.

 

– Creio que seja esse o principal motivo – Afirmou a ruiva se levantando.

 

– O que o padrinho queria com você? – Malfoy Inquiriu.

 

– Não sei como falar, mas ele decidiu me tirar do dormitório que divido com as outras garotas e me transferir para um quarto ao lado do dele – Confessou cruzando os braços e se segurando para não chorar – Sabe, podia ser pior, meu pai poderia me transferir de colégio alegando que queria proteger minha integridade moral.

 

– Eu nem sei o que faria se ele lhe trocasse de colégio por minha causa – Draco gesticulou levantando-se e abraçando sua amada por trás.

 

– Eu acho que devemos ser mais cuidadosos de agora em diante, porque a vigilância dele para cima de mim vai ser dobrada – Sugeriu em voz baixa a herdeira dos Snape.

 

– Não se preocupe, daremos um jeito de nos encontrarmos, ele querendo ou não – Cochichou o loiro no ouvida de Gina.

 

– A propósito, antes que eu me esqueça, meu pai quer falar com você agora – Falou se virando para o rapaz e o beijando calorosamente, para desejar boa sorte.

 

– Então preciso ir, antes que ele me dê uma detenção por ficar me esperando – Despediu-se, saindo do salão comunal e indo até a sala do diretor da sonserina.

 

Nesse mesmo instante, Pansy era atendida por Madame Pomfrey, que a examinava cuidadosamente, para logo lhe dar algumas poções para beber, fazendo quase de imediato a morena melhorar os cortes e inchaços que começavam a ficar visíveis.

 

– Espero que não fique nenhuma cicatriz no meu rostinho bonito – Comentou Parkinson preocupada.

 

– Creio que não vai ficar – Falou seca a enfermeira, pois não agüentava mais as falações da sonserina.

 

– É bom mesmo, senão minha mãe iria ficar muito furiosa – Pansy revelou desdenhosa.

 

De repente a conversa monótona que paciente e enfermeira estavam tendo, fora interrompida por uma coruja, que batia insistentemente contra o vidro da janela. Pomfrey curiosa se aproximou da janela, a abrindo e em seguida pegando o pergaminho, correu o olho um instante no que estava escrito e respondeu no mesmo papel com um aceno de varinha, amarrando o pergaminho na perna da coruja e a deixando ir.

 

– Se recomponha senhorita Parkinson, o professor Snape a quer em sua sala imediatamente – Ordenou a enfermeira.

 

– Mas eu não me sinto bem ainda – Alegou temerosa.

 

– Eu digo que a senhorira já está liberada e não discuta comigo – Pomfrey disse ríspida.

 

– Então se é assim, me retiro – Pansy grunhiu antes de se levantar e sair da ala hospitalar.

 

Enquanto isso, um Draco apreensivo se aproximava da sala do diretor da sonserina. Pela primeira vez em sua vida, ele não estava gostando do sentimento estranho que aos poucos tomava conta de seu ser. Apesar de sempre ter gostado de fazer esse caminho em anos anteriores, agora parecia que aquela alegria tinha desaparecido e dado lugar a agonia e ao medo. Somente notou a mudança no tratamento de seu padrinho, depois que esse descobrira por quem a filha estava apaixonada. O problema não era ele ter sido o cara que tinha conquistado o coração de Gina e sim a fama de cafajeste e promiscuo que tinha ganhado em Hogwarts, pelo número de garotas que passaram por suas mãos. Não demorou muito para bater a porta e ouvir a voz fria de Snape o mandando entrar.

 

– Sente-se Draco – Severus apontou para a cadeira a frente da escrivaninha.

 

–Antes que o senhor fale algo, quero afirmar que Gina é inocente. Ela não merece ser castigada por minha culpa – Suplicou o loiro.

 

– Farei de tudo para que ela não seja punida, o máximo que fiz foi tirar pontos da sonserina pelo comportamento dela – Confessou o mestre de poções – Sorte da Virginia, eu ser o diretor da sonserina, senão nem quero pensar o que aconteceria.

 

– Prometo que a protegerei da fúria de Pansy – Malfoy declarou.

 

– Eu não tenho tanta certeza assim, por isso a estou transferindo para o quarto que fica ao lado do meu – Snape afirmou sério.

 

– Padrinho, você poderia ao menos confiar em mim – Falou nervoso.

 

– Se eu confiasse em você, nem quero imaginar como estaria à reputação de Gina, com certeza não diferente da fama da senhorita Parkinson – O diretor sonserino murmurou alterado.

 

A conversa entre os dois sonserinos começava a ficar perigosa a cada momento que se passava, de repente, aquele clima foi quebrado por batidas na porta.

 

– Entre senhorita Parkinson – Vociferou alto o mestre de poções.

 

– Com licença professor – A morena pediu, antes de sentar-se do lado de Draco.

 

– A senhorita poderia me explicar o que foi aquilo que aconteceu no dormitório feminino do sétimo ano? – Inquiriu o diretor sonserino.

 

– Eu fui agredida! – Respondeu a morena confiante.

 

– Pelo que ouvi, a senhorita provocou a pessoa que lhe agrediu – Cruzou os braços e a encarou friamente – Então, a surra que você levou, foi bem merecida.

 

– AH! Já sei! Você quer proteger a sua querida filha, não é? Por isso está dando razão a ela – Pansy bufou acusando o mestre de poções.

 

– Não me desrespeite, senão lhe darei uma detenção. Quem manda aqui sou eu e não você – Murmurou entre dentes o diretor sonserino.

 

Draco apenas observava a discussão entre sua ex-namorada e seu padrinho surpreso, pois nunca em sua vida, imaginou que Pansy fosse desrespeitar alguém como Snape. Isso indicava que ela seria uma inimiga muito perigosa para ele e Gina, teria que pensar em um jeito de neutralizar Parkinson.

 

– Se você não punir ela, vou falar tudo o que aconteceu para Dumbledore! – Sussurrou indignada, por seu plano estar quase fracassando.

 

– Fique sabendo senhorita Parkinson – Silibou venenosamente o sobrenome da garota – Eu tenho uma testemunha que afirmou ter presenciado você provocar a senhorita Snape e tenho certeza que ela não se preocuparia em falar o que sabe para o diretor. Então, eu aviso, fique com o bico calado, pois já dei a punição a Gina, descontei pontos da sonserina.

 

– O que o senhor pretende fazer com a escandalosa da Parkinson? – Perguntou Draco indiferente a presença da morena.

 

– Muito bem lembrado, senhor Malfoy. Senhorita Parkinson, eu lhe darei uma punição até leve, por começar a briga, que a fez parar na ala hospitalar. Você irá ajudar o Hangrid na coleta das flores da alma e da dormência que só florescem em noites de lua cheia – Sorriu Diabólico.

 

– Mas isso não é justo! – Exclamou desesperada.

 

– Se não quiser da próxima vez uma detenção pior, pense antes de agir, se conseguir. Agora pode ir – Gesticulou com a mão e voltou a corrigir um pergaminho.

 

Pansy saiu da sala do diretor morrendo de raiva de tudo que tinha acontecido e pela proteção que Snape estava dando a sua filha. Nesse meio tempo decidiu que ficaria um curto período quieta como se tivesse desistido de se vingar, porém agiria nas sombras, matutando um plano mais perfeito.

 

– Padrinho, eu acho que vamos ter que tomar cuidado com a Pansy, com certeza ela vai armar outra para Gina – Comentou o loiro.

 

– Isso não é novidade, é óbvio que ela não vai desistir. Pensando nisso, eu decidi que a Gina vai dormir no quarto ao lado do meu – Revelou.

 

– Pode ser que de noite ela esteja segura com o senhor, mas de dia quem garante? – Indagou preocupado.

 

– Como foi você que colocou minha filha nessa situação, creio que seria sua obrigação cuidar dela nesse período – Explicou o mestre de poções.

– Eu entendo, prometo que farei o possível para ela ficar segura – Malfoy garantiu.

 

– É bom mesmo, agora pode se retirar que tenho provas a corrigir.

 

Draco se levantou da cadeira e saiu em rumo ao salão comunal da sonserina para ajudar sua amada a trazer os pertences para o novo dormitório e alertá-la sobre sua ex-namorada.

 

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Continua

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Notas finais do capítulo

Muito obrigado por lerem a minha fic. Por favor, continuem comentando para mim saber se minha história está boa ou não.



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