Conseqüências de Uma Traição escrita por NelianeMalfoy


Capítulo 11
Estratégia




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Draco estava tão compenetrado em observar sua amada e Potter, que não percebeu a aproximação de Pansy. Ele somente se deu conta quando ela se agarrou em seu pescoço, o fazendo levantar assustado.

 

– Pansy, o que você está fazendo aqui? – Esbravejou o loiro se livrando dos braços da morena.

 

– Eu que pergunto! O que você está fazendo escondido atrás dessa mureta? – Exigiu a sonserina com um olhar desconfiado.

 

– Não lhe interessa – Rosnou impaciente.

 

– Eu sou sua namorada, você me deve explicações – Parkinson reclamou indignada.

 

– Desde quando você me cobra alguma coisa? – Falou Malfoy com desdém.

 

– Você não me engana Draco, não sou burra, me nego a te perder. Eu sempre suportei as suas traições calada, mas agora você está indo longe demais – Murmurou a morena antes de dar as costas e adentrar no castelo.

 

– E agora mais essa! – Bufou passando as mãos no cabelo pensativo e decidiu ir falar com seu padrinho, antes que fosse tarde demais. Daria um jeito em sua namorada mais tarde.

 

Enquanto isso, Harry e Virginia começavam a se entrosar cada vez mais, não se dando conta que há poucos minutos atrás estavam sendo vigiados.

 

– Então Harry, como está a Hermione? Ela já se acertou com o meu irmão? – Interrogou a ruiva.

 

– A Mione sempre do mesmo jeito, não larga um livro nem por um segundo. Ela e o Rony ainda estão naquele impasse se assumem ou não publicamente o namoro – Confessou o grifinório.

 

– Entendo! - Sussurrou triste a sonserina.

 

– Amanhã vamos ter aula de poções no mesmo horário. Será que daria para nós sentarmos juntos? Nunca trabalhei com você numa poção – Sugeriu o moreno.

 

– Não sei Harry! Talvez se a Helen não sentar comigo, mas amanhã vemos isso – Explicou a ruiva.

 

– Tudo bem, eu não quero forçar nada – Sorriu meio-constrangido.

 

Nesse mesmo instante, nas masmorras, Snape corrigia vários pergaminhos dos alunos do sexto ano, no intuito de esquecer um pouco das preocupações que o assolavam a mente. Sua herdeira estava lhe tirando o sono, já não sabia mais o que fazer para ter certeza que ela estaria agindo corretamente e não jogando seu sobrenome no lixo, por causa de seus hormônios. Soltou a pena em cima do penúltimo pergaminho que tinha pegado para corrigir, fechou os olhos apoiando a cabeça entre as mãos. Ficou por alguns momentos naquele transe, quando de repente algumas batidas na porta ecoaram pela sala, o trazendo de volta para a realidade.

 

– Entre! – Severus gritou frio.

 

– Padrinho nós precisamos conversar – Falou Draco ao adentrar no local, fechando a porta.

 

– Eu digo o mesmo, creio que talvez eu saiba o motivo que o trás aqui. Agora se acomode e fale logo – O mestre de poções ordenou sem paciência.

 

– Vou direto ao assunto, não quero enrolar! Eu queria pedir sua colaboração em relação à Gina, sei que o senhor não está contente comigo, mas creio que sou melhor opção que o Potter – Confessou o loiro.

 

– O que você quer dizer com isso? – Inquiriu o professor levantando uma das sobrancelhas.

 

– Eu estou gostando da sua filha e o Potter também, e nessa competição, eu acho que seria melhor se ela ficasse comigo ou estou enganado? – Malfoy revelou sua preocupação.

 

– Você sabe que a prefiro com você, apesar de não concordar muito. Draco, para eu lhe ajudar, você terá que prometer que vai dispensar a Pansy e não se envolver com mais ninguém. Terá que se concentrar apenas na Gina, está me entendendo, antes ela feliz com o detestável do Potter, que infeliz com você – Rugiu o diretor da sonserina.

 

– Eu entendo a sua preocupação padrinho. Mostrarei que sou digno de sua confiança – Declarou o loiro meio-confiante.

 

– Prometo que tentarei intervir ao seu favor no que for possível, sem que minha filha desconfie. Sei que você não veio só para isso, qual é o outro motivo que o trouxe aqui? – Perguntou o mestre de poções se levantando.

 

– Hoje de manhã segui sua filha e fiquei a vigiando, sei que não deveria agir dessa maneira, mas não pude me controlar. Nesse meio tempo que a observei, flagrei o Potter levando flores para ela, e eles devem estar ainda conversando a beira do lago – Confidenciou o loiro cruzando os braços.

 

– Isso é problemático e creio que você tem um pouco de culpa no que está acontecendo – Acusou Severus, pegando uma xícara de chá numa escrivaninha.

 

– Como assim? Não entendi sua colocação – Pediu confuso o monitor-chefe.

 

– Não se faça de idiota Draco! Você já não se deu conta que minha filha fica triste quando lhe vê com a Parkinson? – Bufou – O Potter é apenas uma maneira dela se esquecer de você ou se vingar – Sussurrou a última frase.

 

– Eu nunca reparei, como sou tonto, então era por causa disso que ela não agüentava ficar no mesmo lugar que eu e a Pansy! – Divagou se levantando

 

– Bem se é somente isso que veio fazer aqui, me deixe terminar de corrigir os pergaminhos, preciso ficar sozinho – Gesticulou para Malfoy sair.

 

Draco saiu pensativo da sala de seu padrinho, nunca imaginou que Severus fosse tão observador assim. Se quisesse a ajuda dele para ficar com Gina, teria que terminar com Pansy, não podia mais adiar o inevitável, falaria com ela ainda hoje.

 

Algumas horas tinham se passado e a lua começava a se mostrar no céu, conseqüentemente com esse fato o grande salão estava cheio de alunos saboreando suas refeições. Na mesa da sonserina, do mesmo lado Draco e Gina estavam sentados comendo e de frente para eles Pansy, que não parecia muito feliz com alguma coisa. A ruiva nunca a vira com uma cara tão feia, como se estivesse frustrada com algo, notou também que a morena a olhava às vezes com um olhar raivoso. Entre umas garfadas e outras, olhou para o loiro e percebeu que este tentava não encarar muito a namorada, algo definitivamente estava errado. Até que Parkinson bateu com tudo o garfo na mesa, fazendo Malfoy encará-la.

 

– Pansy não faça escândalos – Vociferou o monitor-chefe.

 

– Pare de suspense e me diga o que você quer tanto conversar seriamente comigo! – Exclamou exasperada a morena.

 

– Em particular, não aqui na frente de todos – Falou friamente o loiro.

 

– Depois da nossa discussão pela manhã, tenho sérios pressentimentos sobre essa tal conversa, se for o que estou imaginando, prepare-se que tornarei sua vida num inferno – Sussurrou ameaçadoramente a sonserina.

 

– Como se eu tivesse medo de você – Malfoy sorriu cinicamente – Já acabou? Quero resolver isso de uma vez.

 

– Sim, vamos logo. No seu quarto ou na torre de astronomia? – Perguntou se levantando.

 

– No meu dormitório – Respondeu seco, esperando a morena sair do salão principal, para logo se aproximar da ruiva.

 

– Hoje colocarei fim ao meu namoro ridículo – Cochichou no ouvido da herdeira dos Snape.

 

– Ela parece desconfiar disso. Por favor, tome cuidado – Pediu aflita.

 

– Não se preocupe com esse assunto tenho tudo sob controle – O loiro tranqüilizou.

 

– Espero que você esteja certo – Virginia declarou.

 

– Amanhã quero saber direitinho o que você fazia com o Potter perto do lago – Murmurou a encarando nos olhos.

 

– Não precisa ficar com ciúmes, ele é apenas um amigo. Como você ficou sabendo do meu encontro? – Gina inquiriu.

 

–Tenho minhas fontes – O loiro afirmou convicto.

 

– Agora vá, antes que aquela louca volta aqui – Ordenou impaciente, querendo se livrar do interrogatório de seu amado.

 

Malfoy deu um beijo na bochecha da ruiva, a fazendo corar, para logo fazer o que ela pediu. Levantou-se e foi em rumo ao seu quarto para resolver o empecilho que o atrapalhava em conquistar a filha de seu padrinho.

 

Não muito longe dali, Snape observou atentamente tudo o que ocorreu na mesa de sua casa, principalmente a parte que o chamou atenção foi quando Parkinson e Draco pareceram discutir. Praguejou quando viu o loiro tão perto de sua herdeira, estava certo que tinha dado a sua aprovação, mas só depois do termino do namoro de Malfoy.

 

Do outro lado do salão, na mesa da grifinória, Hermione, Harry e Rony acompanharam curiosos os comentários que se seguiram após o quase escarcéu de Pansy. Quem parecia mais mexido com tudo que ouviu e presenciou era o garoto que sobreviveu.

 

Potter estava com um mau pressentimento sobre aquilo tudo. Para se acalmar resolveu falar com seus leais amigos, que já esperavam por isso.

 

– Eu acho que essa discussão mais me pareceu um final de namoro quase inevitável, claro que pelo lado do Malfoy – Deduziu Harry.

 

– Aquela doninha está aprontando alguma coisa. Você viu o jeito como ele e a Gina se encararam? – Weasley bufou indignado.

 

– Não gosto muito de adivinhações, porém pressinto que Draco vai deixar à namorada e vai tentar conquistar sua irmã, Rony - Granger falou convencida.

 

– Se for isso, o Malfoy que se prepare que não vou deixar barato, eu juro! – Rosnou o menino que sobreviveu, fazendo seus amigos o olharem incrédulos.

 

– Você pode contar comigo, Harry, sou seu amigo. No dia que você marcar o encontro entre eu e a Gina, vou tentar dar uma força – Assegurou o ruivo.

 

– É melhor você não fazer nada, Rony, você poderá estragar a conquista do Harry – Intrometeu-se a morena.

 

– Está bem, não vou falar nada – Weasley concordou tristonho.

 

Nesse mesmo momento, Draco adentrava em seu dormitório aliviado, pois finalmente iria conseguir o que tanto almejava, esperava que Pansy não dificultasse as coisas. Avaliando pela conduta dela pela manhã e no jantar, talvez isso não fosse possível e tão fácil como imaginara a princípio. Deu alguns passos e encontrou a morena desnuda sentada na poltrona com uma garrafa de firewisky na mão. Parecia compenetrada em alguma coisa, porque nem notou sua presença no lugar. Aproximou-se mais um pouco e tocou no ombro da garota a fazendo, o encarar com mágoa no olhar.

 

– Por favor, Draco, não diga o que eu estou imaginando. Não diga que acabou! – Pansy levantou-se e se jogou em cima do loiro, que a empurrou repugnado.

 

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Continua

 


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado por estarem lendo a minha fic, espero que tenham gostado desse capítulo. Por favor, me deixem comentários me dizendo o que estão achando da história.
Beijos!!



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