Preço do Amanhã escrita por Cristabel Fraser, Sany


Capítulo 35
Hurt


Notas iniciais do capítulo

Um belo dia pra todos vcs meus amados leitores. Sinto muito pela espera de quase nove meses sem PA. Eu mesma não estou aguentando mais procrastinar tanto assim, sei que sempre digo que vou manter as atualizações em dia e acabo não cumprindo, mas eu quero terminar PA o mais que depressa, pois tenho novos projetos que estou criando e só quero postar quando eu terminar PA. Agradeço de coração a cada leitor e peço mil desculpas por não ser fiel aqui. Vcs são incríveis e agradeço a cada comentário e tbm que os novos leitores sejam muito bem-vindos. Amo cada um de vcs. Espero que este capítulo supra a saudade de cada um.



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Parece que foi ontem quando vi seu rosto

Você me disse o quão estava orgulhoso, mas eu fui embora

Se eu apenas soubesse o que sei hoje, ooh ooh

 

Eu te seguraria em meus braços

Eu afastaria toda a dor

Agradeceria por tudo que você fez

Perdoaria todos os seus erros

Não há nada que eu não faria

Para ouvir sua voz de novo

Às vezes eu quero te chamar

Mas eu sei que você não estará lá

(Hurt – Christina Aguilera)

 

 

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Encaro minha imagem no espelho e não vejo mais as cicatrizes. Muito menos as olheiras que tem feito parte de mim há um tempo.

Talvez eu tenha que me adaptar a uma vida totalmente diferente. Tudo mudou muito radicalmente. Não sei se um dia volte a ser o que era. Posso até não me reconhecer mais, como agora, ao olhar meu reflexo. Acabei me tornando uma pessoa diferente. Com uma vida diferente.

— Agora só falta o toque final – diz Cinna. Ele abre espaço para que Venia coloque o broche do tordo em minha roupa.

— Querida, Plutarch está nos aguardando no estúdio. – Effie explica que até aqui terei um cronograma a seguir. — Improvisaram até isso. Quem diria que o 13 teria esse material de ponta.

Todos parecem animados. Todos menos eu.  

Caminhamos por alguns corredores. Subimos e descemos escadas. Effie me direciona para um espaço vazio.

— Todos em seus lugares. – Ouço a voz de Plutarch através dos alto-falantes.

— Katniss, a presidenta quer frases de impacto. Então, Plutarch criou essas pra você decorar – designa Effie, ao estender um cartão em minhas mãos. Ela se afasta e um outro efeito de luminosidade paira no ambiente. Um tremor inicia em minha espinha e começa a se espalhar por todo corpo.

— Por que ela paralisou?

— Acalme-se Plutarch, ela está decorando as falas. – Cinna tenta acalma-lo.

A grande verdade, é que, não quero fazer parte de nada disso.

Meus olhos pinicam por conta dos refletores. Após alguns minutos puxo o ar para meus pulmões e solto vagarosamente.

— Povo de Panem, nossa hora... – Engasgo com minha própria saliva. Faço um sinal com a mão direita para me darem um segundo. Na realidade, acho todo esse discurso uma babaquice sem tamanho. Se eles têm tanto poder de armas nucleares e uma tecnologia de ponta. Por que não atacam a Capital com toda força?

— O que há de novo?

— Já dissemos que ela está decorando – enfatiza Effie em minha defesa.

— Temos um inim-mi... – Enrijeço meu maxilar e definitivamente não dou conta de continuar. Imagens de Peeta invadem minha mente. A dor que sinto nunca vai embora.

— E é assim, que uma revolução morre. – Não posso acreditar no que meus ouvidos escutam. Meus olhos focam no dono da voz e a vontade de atacar Haymitch é tremenda, mas minha reação é outra. Saio a passos ligeiros para fora do estúdio. Não quero ter nenhum tipo de contato com meu ex mentor. Antes que eu consiga alcançar o elevador sinto uma mão firme segurar meu antebraço esquerdo. — Não vai cumprimentar seu velho amigo?

Fecho meus punhos preparando para o acertar, mas ao me virar vejo que sua aparência é tão deplorável quanto a minha.

— Talvez eu não te reconheça mais – digo.

— Vamos lá eu aguento. Expresse a raiva que está sentindo.  

— Você jurou que protegeria o Peeta.

— Eu sei.

— Vou te odiar pra sempre por isso.

— Também sei disso, mas era o risco que estava pronto a correr. – Seu tom soa verdadeiro, mesmo assim, não consigo ficar parada sem fazer nada.

— Você devia ter salvado o Peeta! – Começo a chorar e a esmurrar seu peito. — O Peeta tinha que estar aqui comigo. Tínhamos uma família. Eu te odeio Haymitch. Te odeio! – vocifero o quanto minha garganta aguenta.

— Eu sinto muito, Katniss – lamenta me abraçando. — Eu pedi a ele que não se afastasse de você na arena nem por um segundo. – Meu corpo treme. Sinto que estou desmoronando por dentro. Minha mente revive toda a última noite que passamos juntos na arena. Isso é mais do que consigo suportar.

— V-você nos deixou no escuro. – Mesmo gaguejando consigo expressar minha indignação.

— Não tive escolha.

— Não acredito em nada mais do que diz – declaro, ao me afastar de seu abraço.

— Jamais a culparia. Eu mereço seu desprezo, Katniss. – Ele se afasta um pouco e alonga o pescoço de um lado para o outro. — Era arriscado demais. O Snow estava todo tempo vigiando. Plutarch teve um árduo trabalho em despistar e juntar um grupo rebelde na Capital. Os que sabiam eram os tributos que estavam com você e Peeta na arena, menos os Carreiristas – ele explica.

— De nada adiantou, já que, o Peeta, o Doryan e nem a Johanna estão aqui.

— Você tem toda razão. Eu tinha que ter protegido o Doryan e tê-lo arrastado comigo. Mas ele tinha sumido no último minuto. Não consigo nem fechar os olhos pra dormir – lamenta. — No entanto, ainda temos a Coin e o pessoal dela. Eles têm um plano. – Ele dá de ombros.

— Estão me usando, assim como a Capital – declaro.

— Katniss pense por um momento. Eles estão conseguindo manter seu filho vivo. Nós do 12 nunca imaginamos um avanço medicinal assim. Sua mãe é ótima, mas talvez não conseguiria nem fazer seu parto, dadas as circunstâncias. – Ele tenta me convencer.

— Odeio que me deem ordens. Não fui com a cara dessa tal Coin – confesso sentindo toda raiva explodindo dentro de mim.

— Pois é, não estou satisfeito com algumas coisas, mas prefiro estar ao lado deles do que continuar vivendo em um mundo ao qual estávamos.

Nisso tenho que concordar com ele.

— O que sugere?

— Beetee está tentando a todo custo um contato com os operadores de Plutarch na Capital. Sugiro que trabalhemos com a Coin e os demais. Você, faça a sua parte e eu cuido do resto. Tudo bem?

Não consigo confiar nele como antes. Todavia, concordo em trabalharmos juntos. Tenho que fazer isso por minha família.

Retorno para onde estava e após beber alguns copos de água. Reviso a leitura do cartão que me entregaram. Quando finalmente decoro as frases vou para meu posto. Effie sugere que eu levante o rosto e olhe para a câmera.

— Povo de Panem, temos um inimigo. E ele é o Snow. Ele corrompe tudo e todos. Joga os melhores de nós, uns contra os outros. Parem de matar por ele.

Escuto aplausos assim que termino.

Mais tarde, Coin faz um pronunciamento a toda população e mostra minha performance. Beetee editou rapidamente e já havia conseguido transmitir para os distritos.

 

 

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Após o jantar penso em ir até o hospital ver Benjen. No entanto, sou detida antes mesmo de adentrar a enfermaria.

— Reunião na sala do Comando. – Estranho a jovem que me chama e mesmo a contragosto, desvio meu caminho seguindo até o Comando.

Os corredores estão bem vazios. Todos já devem estar em seus compartimentos. Quando estou a alguns passos da porta de entrada do Comando, me sobressalto com o que está rolando lá dentro.

— Peeta não pode estar dando nenhuma informação que não possui. – A voz de Beetee sobressai em meio as discussões.

— Ele virou um fantoche nas mãos da Capital. – Alguém grita, mas não sei quem é.

— Um fantoche da Capital não, do Snow – diz outro.

— Estão torturando a Mason e sabe-se lá quem mais deles! – esbraveja Plutarch. — Pelo o que meu informante disse, ela não nos entregou.

— Temos que tirá-la de lá ou vão matá-la. – Reconheço a voz de Haymitch.

— Na verdade, temos que resgatar todos eles.

A discussão entre eles é intensa. Até que, a voz de Coin sobressai dizendo:

— Não vou arriscar meu pessoal. Isso é indiscutível.

— Presidenta, eles são inocentes. Não podem pagar esse preço – argumenta Plutarch.

— Todos nós temos um preço a pagar Sr. Heavensbee. E o seu papel aqui não é se opor a uma ordem minha. – Se eu já tinha o pé atrás com essa mulher. Agora sinto um ódio mortal por ela.

A vontade que tenho é de entrar e matá-la, porém, posso colocar todos que amo em risco. Desacatando qualquer ordem que seja que me deram, dou meia volta e vou a procura da minha irmã.

Meu corpo inteiro treme. Minhas mãos e meus lábios estão frios. Forço os olhos, pois querem se turvar.

Peeta está vivo.

— Precisa de ajuda? – Uma mulher me segura. Nem reparei que estava caindo.

— Preciso ver a minha irmã.

— Primrose Everdeen, não é? – assinto com a cabeça. — Acabei de vê-la saindo do hospital. Podemos alcançá-la.

— Acho que consigo sozinha – digo, sentindo minha voz estremecer. A mulher parece relutar em me deixar sozinha. Apesar de tudo que sinto, a tranquilizo. Reúno o pouco de energia que me resta e sigo o corredor a procura de Prim. Só a vejo no saguão dos elevadores. — Prim!

Sinto minhas pernas falharem, mas assim que me vê me abraça.

— Katniss, o que houve?

— Não quero falar aqui.

Ela compreende minha descrição e acabamos dentro de uma sala de suprimentos escolares.

— Agora me conte o que está acontecendo – ela fala segurando minhas mãos entre as suas.

— Acabei de descobrir que eles sabem o que está acontecendo com a Johanna e o... – Não consigo conter a enxurrada de lágrimas que vem à tona. Apesar disso, consigo contar tudo que escutei. Ela fica impressionada.

Estou abraçada a minha irmã quando a escuto dizer:

— Não faz ideia do poder que você tem. – Me afasto só para a encarar. — Escuto muitos comentários sobre você pelos corredores. Depois do impacto do seu vídeo. Muitos te idolatram.

— Nada disso está ajudando os outros na Capital.

— Mas você é o Tordo. O símbolo da revolução. Pode pedir o que quiser e eles têm que te dar – enaltece ela.

— Mas e o Benjen. Já estão fazendo de tudo por ele.

— Coin nunca deixaria você ou o Benjen morrerem. Ela perdeu uma filha quando a epidemia de varíola matou metade do 13. Quero dizer que, não fariam mal a vocês – conclui.

— Já sei o que vou fazer. – Uma esperança se acende dentro mim. Farei minhas condições se quiserem me manter como o Tordo. — Às vezes me esqueço que já é uma adulta, Prim.

— Já tenho quase dezenove – lembra ela.

— Não queria que nossas vidas estivessem tão à mercê da sorte – confesso. — Não consigo imaginar Peeta sendo torturado... Deve estar sentindo falta da Hope. – Volto a chorar e novamente minha irmã me ampara.

— Vai dar tudo certo. Agora posso ver algo diferente.

— O que você vê? – pergunto enxugando as lágrimas.

— Esperança – diz convicta. — Tivemos muitas perdas no 12, mas creio que não foram em vão.

— Eu te amo – digo a abraçando.

— Também te amo.

Ao chegarmos em nosso compartimento Hope ainda está acordada.

— Mamãe, senti saudades! – Ela pula diretamente para os meus braços. A abraço com toda força e inspiro seu cheiro delicioso. A cada dia que passa ela está mais esperta e mais parecida com ele.

— Também senti saudades. – Passo as mãos em seus cachos castanho e desvio meus olhos para minha mãe. — Ela se comportou?

— Me fez várias perguntas e consegui desviar as respostas ao máximo. – Sei que ela está tentando se manter firme, mas por trás de seus olhos, noto preocupação.

— Mãe, acho que não conseguiremos guardar tantos segredos de Hope. Ela é muito esperta para pouca idade.

— Eu sei querida. Ela tem se distraído bastante com Buttercup. – Reviro os olhos. Não compreendo como esse gato horroroso sobreviveu. Minha irmã pôde ficar com ele, desde que, cuidasse muito bem da higiene e desse as devidas vacinas.

Na hora de dormir, Hope dá um pouco de trabalho. Ela quer dormir a todo custo comigo. A verdade, é que, desde que estive no hospital tem dormido com a Prim ou minha mãe. Eu sinto muita vontade de dormir abraçada a ela, mas devido aos pesadelos não consigo. Tenho medo de assustá-la. Por fim, após cantar nossa canção, ela dorme nos meus braços e logo a coloco para dormir com a Prim.

Como imaginei minha noite é agitada pelos pesadelos.

— Ela vai vencer, Effie. E voltará novamente como uma vitoriosa, que é, para casa. E você, vai acompanhá-la na Turnê da Vitória, pra garantir que ela e o bebê fiquem bem.

Vejo Peeta conversando com Effie antes de irmos para a arena. Tento tocar seu rosto, mas não consigo. A cena do sonho muda e agora estamos deitados sobre a cama na Capital.

— Você irá contar para o bebê tudo o que sabe sobre mim, não vai?

Ele faz carinho em meu ventre. Tento beijá-lo e falho inutilmente. Peeta desaparece como fumaça. Novamente as imagens mudam. Estou correndo por corredores frios, tentando alcançar a voz de Peeta.

— Me mate, mas não a machuque!

Chego até uma porta. Tento abri-la e não consigo. Os gritos de Peeta se intensificam. Olho através de um pequeno vidro e tudo o que vejo é seu sangue por todo o local. Esmurro a porta tentando gritar para pararem. Chamo Peeta, mas parece que minha voz não sai. Começo a chorar desesperada e me sentindo inútil por não conseguir fazer nada. Meu corpo escorrega até o ladrilho. 

Eu te seguraria em meus braços. Afastaria toda sua dor. Agradeceria por tudo que fez por mim. Não há nada que eu não faria para ouvir sua voz novamente. Às vezes eu quero te chamar. Mas eu sei que você não está aqui.

— Acorde, Katniss... – Me sobressalto. A quanto tempo Prim está me chamando? — Outro pesadelo, não é? – anuo com a cabeça. — Você sempre chama por ele. Tome. – Ela estende um copo de água e bebo sentindo as mãos tremerem. — Tente voltar a dormir. Precisa reunir forças para exigir suas condições a Coin – sugere ela, deitando-se ao meu lado.

— Obrigada – sussurro. — Não sei o que faria sem você, Prim. – Ela está afagando meus cabelos. Esse gesto me conforta até eu pegar no sono.

Pela manhã, Esdras e Delly pedem para passar um tempo com a Hope. Permito que ela vá, assim se destrai. Amália, minha sogra não está falando comigo. De certo modo, parece sentir raiva de mim por tudo o que está acontecendo. Ainda assim, tenho a sensação de que a qualquer momento ela vai partir pra cima de mim.

Durante o café da manhã tento memorizar o que preciso dizer a Coin, até que, avisto alguém. Caminho até ele que parece hipnotizado pelo dejejum em sua bandeja.

— Por favor, diz que não vai me atacar como fez com o Haymitch – defende Finnick.

— Não vou. – Me sento ao seu lado. — Só quero conversar com você. – Não o vejo desde que ataquei Haymitch. O que fiquei sabendo era que estava no hospital. — Vejo que está de alta.

— Pois é, os médicos estão cansados de me darem calmantes – brinca.

— Fico feliz em ver seu bom humor.

— Me recuso a deixar que os pesadelos me arrastem para as profundezas sombrías – argumenta ele. — É duas vezes piores sair de uma crise do que entrar nela. – Vou em frente e conto a ele os últimos acontecimento e as condições que farei nesta manhã. — Acha que a Coin vai aceitar?

— Só continuarei sendo o Tordo, assim – concluo.

— E se disser a Coin que posso contribuir com os pontoprops? – sugere ele, parecendo um pouco mais animado.

Concordo e sigo meu caminho até a sala de Comando. Plutarch está ao lado da Coin. Ela me recebe e fica me analisando enquanto me preparo para exigir minhas condições.

— Então Katniss, qual é o assunto que quer tratar? – pergunta Plutarch.

— Preciso de uma concessão para continuar sendo o Tordo – falo sem atropelar as palavras.

— O que está tentando nos dizer? – Plutarch parece confuso.

— Quero que enviem uma equipe para resgatarem os vitoriosos que a Capital mantém.

— Não. – Coin fala pela primeira vez.

— Nenhum deles têm culpa de nada.  

— Civis não fazem exigências aqui – determina ela.

— Eles vão morrer se não fizer nada pra ajudá-los – brado com veemência. — Eu não serei mais o Tordo!

Passo dos limites e sou retirada da sala. A cara que a presidenta me olhou não foi nada amigável. Porém, Plutarch me traz a notícia de que, depois de muito relutar, Coin concordou em resgatar os vitoriosos. Ele se gaba informando que usou de sua persuasão. Conta também que Finnick começará a participar dos pontoprops. Me ofereço para participar da missão de resgate, mas negam meu pedido.

Nem sei o que pensar sobre os últimos eventos. Só sei que sinto uma mistura de emoções.

— Ei, Catnip! – Viro para encarar Gale. — Vou participar da missão de resgate dos vitoriosos na Capital – comenta. — Não vai me desejar sorte?

— Que a sorte esteja sempre a seu favor, soldado Hawthorne – digo vendo um sorriso enviesado em seu rosto. — Eu queria ir também, mas não deixaram.

— Pois é, agora têm a sua família e precisam de você aqui.

Antes que eu comente algo, a garota que me avisou sobre a reunião no Comando, surge sorrindo. Contudo, noto que o sorriso é direcionado ao Gale.

— Também vou participar da missão. Quero muito conhecer os vitoriosos. – Ela se comunica com muita facilidade com ele.

Observo por um instante suas feições. Seus cabelos são um tanto mais claro que os meus e está devidamente trançado. Os olhos parecem um castanho bem claro, mais pra verdes.

— Katniss, deixa eu te apresentar uma amiga. – Finalmente a garota me nota. Admito que sinto certo desconforto quando me observa dos pés à cabeça. — Essa é a Valla Bash.

— Já nos vimos, mas não fomos apresentadas formalmentes – cumprimento, apertando sua mão.

— Você é famosa. Um ícone – nota ela. — Sou aqui do 13 mesmo.

— Há poucos jovens aqui, não é mesmo? – pergunto estranhando, pois, pelo que Prim me disse, quase não restou pessoas na pandemia de varíola.

— Digamos que sou uma sobrevivente.

— Se me derem licença, preciso ver a Hope – disfarçadamente os deixo.

Hope diz que quer ficar um pouco mais com o tio e a deixo indo em direção ao hospital. Visitar Benjen alegra parte do meu dia. Ainda vai precisar pegar mais peso para receber alta e os médicos estão otimistas com a vontade dele de viver.

— Os cabelos dele lembram os do Peeta – examina, minha mãe de onde o observamos.

— Não vejo a hora de segurá-lo nos braços.

— E você vai.

A verdade é que quero Peeta aqui conosco em breve para compartilharmos esse momento juntos ou não sei se sobreviverei.





 

 

 

 

 







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Notas finais do capítulo

E aí me contem o que acharam?
Próximo capítulo será um bônus e ambientada na Capital.
Já estou editando ele.
Bjs e por favor, digam o que estão achando.



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