Grissom não conseguiu ir para casa, fora direto para o laboratório, preferia ficar lá do que dormir e ser incomodado pelos seus pensamentos ou pesadelos. Estava quase no fim de seu turno quando Sara chegou. Estava acompanhada de Morgan e Julie, era incrível como seus colegas de trabalho não a largavam, quando não eram as duas, era Nick e Greg, e até seu supervisor estava toda hora na volta da perita.

— Como foi a saída de mulheres? – D.B. Russel falou assim que percebeu as meninas chegarem.

— Foi ótimo. Compramos muitas coisas. – Morgan falou animada.

— Nunca vi tanta coisa de bebê na minha vida. – Julie completou.

Elas então avistaram os peritos Greg e Nick vindo de outra direção e chamaram eles com a mão.

— E o melhor foi a ultra sonografia.

— Verdade. – Sara sorriu. – Foi tão lindo ouvir o coraçãozinho bater.

— Já deu para ver algo? – Greg perguntou assim que se aproximou.

— Claro. – Morgan virou os olhos.

— Falo do sexo.

— Sim! – Sara sorriu. – Por isso chamei vocês. Acho que teremos mais um menininho pro time, e um menino nada envergonhado. – Ela riu.

— Sério? – Greg comemorou.

— De verdade? – Nick sorriu.

Todas as meninas assentiram com a cabeça. Nick pegou Sara pela cintura, a levantou e a girou ali no corredor mesmo.

— Já podemos pensar em nomes. – Julie brincou.

— Na realidade eu já pensei. O bebê se chamará Arthur. – Sara falou, e todos a fitaram de um modo estranho. Obviamente era estranho ela homenagear o ex-marido que fez tanto mal, colocando o segundo nome dele em seu filho.

— Tem certeza?

— Por que todo mundo tem que ficar perguntando se as coisas são sérias, se eu tenho certeza, se não estou enganada. – Ela rolou os olhos. – O filho é meu, e eu coloco o nome que eu quiser. – Falou por fim encarando Nick.

— Calma, ninguém aqui está dizendo nada. A gente só está espantado, vamos dizer que você tem nos dado uma noticia bombástica atrás da outra. – Ele riu. – Mas Arthur é um nome lindo. – Ele piscou.

Greg então se abaixou na altura da barriga de Sara.

— Estamos ansiosos pela sua chegada Arthur.

— Agora que já sabemos o sexo, já podemos começar a comprar coisas para o quarto do bebê. –Até seu chefe já estava demonstrando a felicidade por essa criança.

— Ainda não vai dar. – Sara fez careta. – Estou no meu apartamento de solteira, já coloquei ele a venda, quero comprar um local maior. Meu apartamento é um ovo, não irá caber nem o berço lá. As coisas que compramos já ficaram empilhadas em um canto, não quero que estraguem.

— Olha Sara, minha casa é grande e desde que minha filha mais velha se mudou de cidade tem um quarto vago, se quiser levar as coisas do bebê para lá para não ter que comprar tudo de ultima hora, e aí quando conseguir se mudar, nós te ajudamos a colocar as coisas no lugar.

Sara sorriu, não tinha como negar, isso deixaria tudo muito mais prático. Olhou novamente um por um, e tinha certeza, seu filho seria extremamente amado, a falta do pai seria complementada com todo o amor que estes tios “postiços” tinham para dar.