Crônicas de luz e sombras escrita por Luiz Cláudio Rolim


Capítulo 10
Parte 7: A prisão de sangue


Notas iniciais do capítulo

Depois de dois especiais voltamos com o capítulo 7 de Aiko, espero que gostem e boa leitura



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Escuridão, grito dos corvos, animais ferozes em meio as matas. O lugar onde o homem levava Aiko era muito diferente da rota em que ela entrou, eles estavam num lugar chamado floresta sombria onde os pioriores tipos de coisas que se pudesse imaginar poderiam aparecer. Aiko então acorda e acha aquele ambiente muito estranho, tinha começado a dormir pela noite e acordou na mesma noite?, Pensou ela.

—Que tipo de lugar é esse. Diz ela se dirigindo ao homem da carruagem.

—Não se preocupe é apenas um atalho.

Poderia até ser um atalho, mas aquilo deixou Aiko um preocupada, Pela mesma rota em que estava, poderia rapidamente ter chegado a prisão, afinal, são apenas oito quilômetros até lá, parecia que tinha percorrido muito mais que isso e ela tentava tirar a ideia da cabeça de que estava sendo levada para própria morte. Ela fala novamente.

—Senhor, creio que já devíamos ter chegado a prisão, me avisaram que era apenas oito quilômetros e que não iria demorar.

—Oito quilômetros? Hahaha, não me faça rir garotinha, a prisão deixou de existir nesse mundo.

—Como assim?, Ela não existe mais?.

—Existe. Mas o concelho do reino usou a magia para transferir essa prisão para outra dimensão, alguns dias atrás poderia ser mesmo apenas oito quilômetros, mas devido a segurança de lá está em risco, usaram uma magia chamada "dimensão oculta" a mesma que o Deus do nimbus usou contra seu irmão o mandando pra outra dimensão, só que essa é muito mais fraca que a do Deus.

—Então se é assim, me leve até lá.

Continuaram então seguindo o caminho em silêncio, Aiko não conseguia acreditar que o homem gentil que lhe ofereceu carona estava com um tom tão maligno, esse sorria com um olhar sombrio, estava tramando algo. Eis que chegam a um tronco gigante com uma passagem bastante peculiar, era impossível ver o lado de dentro por ser muito escuro.

—Por aqui garotinha você com certeza irá chegar a prisão de sangue, fiquei sabendo que esse foi o lugar em que selarão a dimensão, se tiver sorte chegará a salvo.

Ela então desce dá carruagem e vai em direção a entrada, rapidamente o homem fica a sua frente impedindo a sua passagem.

—Nada disso mocinha, você só passará daqui se me entregar o medalhão. Disse ele sorrindo para ela

—Mas... Do que você está falando?, Por que quer tirar ele de mim?

—Fiquei sabendo que os obsidianos são muito ricos e poderosos, um deles me disse que estava a procura do medalhão e tornaria rico que o encontrasse.

—Você não entende senhor, esse medalhão é bastante perigoso e se cair em mão erra...

—Cale-se sua pequena vadia. (Puxa uma faca da cintura), -Acha mesmo que me importo em qual mão esse medalhão irá cair?, Por muito tempo passei trabalhando no campo alimentando animais idiotas para ganhar mixarias, agora que posso ser rico não vou deixar essa chance passar.

—Infelismente não vejo escolha. Aiko então se afasta e suas mãos começam a brilhar, essa é a forma de ataque dos magos de luz, pode ser muito perigoso se aproximar dessa forma.

—O que?, Não me admira muito terem dito que você era uma garotinha perigosa, Sua magia de luz é muito parecida com a usada no clã bara, vou mostrar então um presentinho a você que fabricaram recentemente.
Ela não se intimidou com as ameaças do homem em nenhum segundo, já estando pronto pro ataque, o homem puxa um objeto estranho e curvo, ele posiciona nas mão e então o aponta para Aiko.

—Acho que não conseguirá me atacar dessa distância.

Um barulho acontece, fumaça se dicipa no local. Aiko cai no chão com sua perna ferida, rapidamente ela começa a chorar e se contorcer de dor, uma forma de ataque estranho e peculiar que ela não tinha visto.

—Hahahahaha, viu o que acontece com que não me obedece garota?, Isso que acabou de acontecer foi algo que entrará para os livros, você deve está pensando o que aconteceu mas não se preocupe eu irei explicar. Isso que lhe atingiu eles chamam de bala, pequenos projéteis que contém pólvora e revestimentos de chumbo, deve doer né?, Mas como é Aiko que não se atira em Arcos ou com as mãos eles criaram outra ferramenta. Isso que está em minha mão é chamada de pistola, um brinde ao novo século, ganhei de um dos obsidianos antes de viajar, gostou?

Aiko mesmo ouvindo o homem não conseguia falar, a dor consumia seu corpo por inteiro, ela sentia que o projétil que a acertou ainda estava dentro da sua perna. O homem então se aproxima dela caída no chão e retira o medalhão do seu pescoço.

—Desculpe garotinha, eu nunca quis ser malvado. Ouvi um ditado que dizia "dê poder a alguém e ela mostrará seu carácter", acho que era isso que me faltava.

O homem então se vira pra seguir o caminho e entregar o medalhão, Aiko incorformada com a situação começa a emanar uma ira e ódio gigantescos que aconteceu, uma luz forte cobriu todo seu corpo chamando a atenção do homem, ele começa a se assustar com o que vê e em sua presença não era mais uma garota.

—Quem é você ? Diz o homem

Rapidamente esse ser estranho pega o homem pelo pescoço e o sufoca até a morte, ele tentou se defender com a arma que usava mais foi inútil.

—Eu vejo seus pecados e assim se faça a punição celestial. Disse o ser estranho.

Era Aiko que dizia essas palavras, ela era esse ser. Sua aparência mudou completamente, ela parecia mais velha e o seu corpo era o de uma mulher, sentiu sua voz engrossar e seus cabelos crescerem, não era mais uma criança. Tinha em torno de 18 anos agora, ela olhava pro seu corpo e via o que se tornou.

—Será... Eu matei uma pessoa?, Não... Eu apenas fiz com que a justiça fosse feita, ele não fará mais nada de mal a ninguém.

Ela então coloca o medalhão no pescoço mais uma vez e entra na passagem do tronco para se dirigir a dimensão da prisão.

Logo quando entrou na dimensão seu corpo voltou a ser o de uma criança comum, teria voltado a seus sete anos de idade. Sua perna já não doía mais é o buraco que foi provocado tinha cicatrizado, ela achou muito estranho o que tinha acontecido mas não poderia parar. As dimensões ocultas são apenas buracos sem luz, para se chegar ao local desejado precisa seguir em linha reta até encontrar a outra passagem, um desvio no caminho e você nunca mais sairia de lá, Mizei ensinou isso a Aiko e ela já sabia qual era as consequências. Em cinco minutos de caminhada Aiko chega a prisão, um lugar bastante sombrio e sujo, as manchas de sangue em toda estrutura do local mostravam o por que do nome, varios cipós cobriam toda a prisão e por elas seriam onde Aiko irá subir até a cela do homem misterioso. Não tinham guardas do lado de fora, o que facilitaria a entrada, ela então vai ao local indicado e sobe pelos cipós até a cela do segundo andar, lá encontra um homem com sua mãos bastante feridas e barba longa, típico de quem não consegue se cuidar a muitos anos.

—Ei eu estou aqui. Disse ela

O homem rapidamente se alerta e olha para cavidade dá dela com grades, ele então se surpreender com o que vê.

—Muito obrigado por ter confiado em mim, rápido por favor, alguém pode te ver do lado de fora, derreta as barras com seu poder.

Aiko então usa sua magia de luz para derreter as barras, ela entra na cela e então começa a encarar o homem com bastante curiosidade.

—Você não é nenhum galã como eu pensei.

—Como ousa dizer isso num momento crucial desses garotas. Zen percebe que mesmo ela sendo inteligente era bastante sincera e rebelde.

—Tá bravinho só por que fui sincera.

—Bem, isso não importa agora, você está com o medalhão?.

—Está aqui, é esse no meu pescoço, um homem hoje cedo tentou roubar de mim então se tentar alguma coisa eu sei usar magia ouviu seu feioso?.

—Por favor mais respeito. O medalhão não me importa, só precisava de sua ajuda para sair daqui, como é uma maga de luz, sabe usar dimensões certo?

—Não, tudo que aprendi até agora foi magias de ataque.

—Não é algo ruim, bem eu vou lhe explicar. Para usar magia de dimensões você deve posicionar magia de luz na palma de sua mão e tocar em alguma coisa sólida, como o chão por exemplo, depois feche os olhos e imagine que tivesse um buraco abaixo de sua mão esse buraco dará acesso a alguma das milhares dimensões existentes, se quiser guarda algo nelas você precisa apenas jogar o objeto no buraco, se quiser retirar esse objeto você tem que pensar nele.

—E o que isso me ajudaria nesse momento?.

—Eu escondi minha katana numa dessas dimensões, como me conectei com você com um círculo de magia, alguns dos guardas viram e colocaram bloqueios de magia em minhas mãos, retire a espada e dê ela pra mim.

—Como irei fazer isso?

—Bem, pegue no meu ombro e em seguida possicione a mão no chão para abrir o buraco, eu me encarrego de pensar na katana.

Ele então se ajoelha próximo a Aiko para que ela alcançasse seu ombro. Ela põe a mão no chão e abre o buraco, Zen então puxa sua espada e Aiko fecha o buraco.

—Vou mocinha foi muito simples. Aiko então olha para espada e vê que tem nomes escritos com sangue nela.

—Oque são essas palavra na espada?. Aiko esconde a espada em suas costas e finge que não a ouviu.

—Perguntei que letras são ess...

—Não temos tempo, um dos três sacerdotes está vindo pra cá, vamos fique atrás de mim.

Zen então saca sua espada e com apenas um corte ele consegue abrir a porta da sela, Aiko então puxa pela sua cintura.

—Se você mesmo escondeu essa espada na dimensão, por que não fugiu antes?

—Estou destinado a morrer faz alguns anos, eu sabia que tudo isso poderia vir a acontecer e então decidi não ser precipitado.

Eles saem da cela e vão parar no corredor do segundo andar, não tinha nenhum guarda no local. Aiko então pergunta novamente.

—Quando derretido as barras dá cavidade na parede você conseguiria passar facilmente, por que não formos por ela?, Seria mais seguro.

—Tenho outra coisa que preciso fazer, preciso me vingar de um certo alguém.

Alí estavam pai e filha juntos, Aiko ainda não tinha percebido que Zen era seu pai mas sabia que podia confiar nele, várias lutas poderiam aparecer e ichin se diria a prisão momento.

Vinha ichin montado em um cavalo pelo caminho.

—Sinto muito Zen, seu pulguento assassino, mas terei que tirar a sua vida em frente a sua filha.

 

 


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Notas finais do capítulo

Vocês acharam que estariam livres de especiais? Estão enganados, mais um pequeno especial para vocês logo em seguida, espero que gostem e boa leitura.



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