Tempos de Guerra escrita por PeaceOn


Capítulo 9
Luta na muralha


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ta top! Menos TiPo, porém mais dos outros personagens. Espero que gostem!
Boa leitura galera!



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Ao aparecerem, os quatro furiosos alegraram seus amigos, que foram recebê-los.

— Quanto tempo! (Disse Po alegre)

— Como foi a missão de vocês? (Tigresa)

— Horrível! (Louva Deus)

— Louva Deus! (Víbora)

— É verdade Víbora, não deu nada certo naquela missão suicida. (Garça)

— Está bem... Poderia ter sido melhor. (Víbora)

— Como assim? O que aconteceu? (Tigresa)

— Vamos comer no restaurante do meu pai, vocês devem estar com fome! (Po)

— Obrigado amigo! Nós contamos lá. (Macaco)

Os seis foram para o restaurante do Sr. Ping, pediram o de sempre, se sentaram em uma mesa e Víbora começou a contar.

— Nós chegamos em Meijang e fomos falar com o Imperador, que por sinal nos recebeu de muito bom humor. Ele pediu que nós fossemos a fronteira para ajudar os guardas de lá, e foi lá que tudo começou, no muro de Meijang...

Momento flashback...

Muro da fronteira de Meijang, um dia e meio atrás...

Era uma noite nublada, o muro dividia a cidade civilizada, de uma floresta imensa (a mesma floresta que Po e Tigresa percorreram por dois dias). A floresta estava cercada por uma densa névoa, que deixava a visibilidade quase nula, e essa névoa estava se ampliando e se aproximando cada vez mais do muro.

Os quatro guerreiros estavam em cima do muro, que era muito alto, ao lado deles haviam guardas com arcos, porém apenas alguns andavam pelo muro, observando a floresta, a maioria ficava sentada em barris conversando.

— Você viu? Atacaram o Imperador a uns dias atrás quando ele vinha para Meijang? (Disse um guarda enquanto conversava com outro)

— Sim, eu vi. Esses assassinos estão cada vez mais ousados, você se lembra do último ataque? (Disse o outro guarda)

Víbora ouviu a conversa e os interrompeu.

— O que vocês sabem sobre eles? (Disse Víbora para os guardas)

— Nada, só que eles atacam com ferocidade, e costumam não desistir até completarem o objetivo. (Guarda)

— Você acha que eles tentaram atacar hoje? (Víbora)

— Olha, eu acho que depois deles terem falhado no primeiro ataque, eles podem ter considerado isso, mas todo mundo sabe que essa é a cidade mais difícil de se invadir, ainda mais com as pessoas mais importantes da China aqui, eles sabem que a guarda quadruplicou aqui. (Guarda)

— Mas você disse que eles já invadiram aqui. (Víbora)

— Sim, mas foi diferente, naquele dia não haviam defesas no muro e os portões estavam abertos. Fique tranquila mestre, não haverão problemas nessa noite. (Guarda)

— Algo me diz para não ficar tranquila. (Disse Víbora voltando para perto de seus amigos)

A névoa já havia ultrapassado o muro, eles estavam praticamente cegos.

Uma flecha deu um rasante na frente do rosto do Macaco, acertando um guarda atrás dele.

— Arqueiro! (Macaco)

— Estamos sob ataque! (Víbora)

Escadas foram colocadas nos muros, vários corvos sobiam por elas. Eles eram rápidos, em questão de minutos os guardas não conseguiram segurar mais e já haviam corvos em cima da muralha.

— Vamos nos dividir! Eu e garça cuidaremos de uma metade. Macaco e Louva Deus vocês cuidam da outra! (Víbora)

— Deixa com a gente! (Os dois)

— Garça, voe para o resto da muralha, tente cobrir a maior parte possível. (Víbora)

— Mas e você? (Garça)

— Eu me viro! Agora vai! (Víbora)

Garça voou para um dos lados da muralha, enquanto isso Víbora ficou no meio e Macaco e Louva Deus correram para o outro lado.

— Eu acho bom nos separarmos também. Você que é mais rápido, continue correndo e pegue os assassinos mais da ponta, eu cuidarei dessa parte! (Louva Deus)

Os dois se dividiram também. Cada um dos quatro cobria uma parte da muralha, mais guardas chegavam para ajudar, porém eram muitos assassinos.

Com o Garça:

Garça estava voando quando viu alguns corvos com bombas incendiárias na mão, pelo visto eles queriam começar a por fogo na imensa muralha. Garça desceu num rasante, mirando em um dos corvos com a bomba, porém foi parado por um outro que o puxou para a muralha com uma corrente. Garça caiu na frente dele e rapidamente se soltou das correntes, com sua perna comprida ele derrubou o corvo para fora da muralha com um chute, atrás dele havia um barril, Garça o pegou e arremessou em um dos corvos com a bomba. O foco dele era esses "incendiários", porém o foco dos corvos era defende-los, então muitos deles partiram para cima de Garça com suas armas.

Garça se defendia mais com suas asas e atacava mais com suas pernas, dando chutes aéreos que chegavam a derrubar três de uma vez.

Após muitos chutes e golpes potentes com suas asas, Garça chegou no primeiro incendiário (eram quatro), o corvo começou a chuta-lo e socá-lo com sua mão direita, pois a esquerda segurava a bomba. Garça tinha que tomar muito contato, pois a bomba reagia ao impacto, então, se ela caísse, os dois iam morrer incendiados. Garça apenas se defendia, se preocupando muito com a bomba. Em um dos socos do corvo, Garça conseguiu segurá-lo com suas asas, acertar suas pernas e, soltando o braço do corvo, pegar a bomba da sua mão. Ele rapidamente a jogou contra os corvos que subiam pelas escadas. O corvo com quem ele lutava, tendo suas duas mãos livres, se lançou da direção de Garça, caindo com ele da muralha. No ar Garça se soltou e deixou o corvo cair sozinho, roubando dele três adagas.

Garça voltou para cima da muralha e viu os outros três incendiários juntos, ele se lançou contra eles, alguns corvos pularam na frente, ele os acertou com as adagas. Garça ficou com o caminho limpo, eram três incendiários contra um dos cinco furiosos. Garça correu na direção deles e lançou seu famoso "asas da justiça", o vento derrubou os três, que colocaram as bombas em seu peito para que não tocasse o chão. Garça voou até eles e rapidamente pegou as bombas, antes que eles levantassem, e as arremessou novamente contra os corvos que subiam. Ele rapidamente foi combater os três que acabavam de se levantar, chutes foram dados, dois caíram mas um resistiu, esse o atacou com uma faca. Garça desviou do ataque e chutou a batata da sua perna esquerda, em seguida dando um golpe poderoso com sua asa no pescoço do corvo, que caiu no chão sufocando.

Garça voltou para se encontrar com seus amigos.

Enquanto isso, com Víbora:

Vários corvos haviam cercado ela, diferente de Garça, o problema dela era quantidade, e não alvos específicos.

Víbora aproveitava o fato de ser rápida, sempre que a atacavam com uma lança, ela sobia pelo cabo e acertava a cabeça do atacante, pegando a lança com seu rabo e a girando para acertar outros em volta. Alguns a atacavam com espadas, mas ela era esperta, ela se enrolava no braço dos atacantes e o controlava, acertando outros inimigos com a espada, se defendendo e logo em seguida acertando o corvo que ela envolvia. O problema dela eram os que usavam arcos, porque ela não tinha muito o que fazer além de desviar das flechas e se aproximar aos poucos.

Em questão de minutos Víbora derrubou todos os guardas que a cercavam, ficando livre de problemas por alguns segundos. Rapidamente, mais inimigos chegaram e sua batalha continuou.

Enquanto isso com Louva Deus:

Louva Deus tinha uma vantagem, ele era pequeno e rápido, passando quase despercebido. Ele ia pegando alguns corvos pelo pé e jogando-os para fora da muralha, acertando nervos que paralisavam seus inimigos, subindo neles e os atacando pelas costas, dentre outros golpes que ninguém sabia de onde vinham.

De repente ele viu uns corvos que subiam com barris nas costas, eles o deixavam em cima da muralha e iam lutar. Louva Deus não entendeu o porque daquilo e foi se aproximar para ver, só que rapidamente outros corvos chegaram e ficaram em volta do barril. Louva Deus os derrubou com facilidade, pulando de um pro outro, acertando todos.

Ele abriu a parte de cima do barril e apenas viu água, não entendendo o porque do barril. Mais corvos chegaram e Louva Deus esqueceu do barril e voltou a lutar com eles.

Enquanto isso com Macaco:

Macaco além de ter quatro "mãos" tinha sua calda, que ele usava para roubar as armas dos corvos e atacá-los com elas, ele pegava duas espadas, duas lanças, e partia para cima dos inimigos, acertando-os em pontos fatais. Macaco dava chutes potentes enquanto pulava para desviar de golpes, seguidos de golpes com suas armas.

Macaco viu a mesma cena que Louva Deus, um corvo deixando um barril na muralha. Igual ao seu amigo, ele foi ver o que era, e novamente, apenas água. Mais corvos apareceram e Macaco teve que voltar a luta.

Garça após derrubar os incendiários voou para falar Víbora

— Garça, você viu esses barris que eles estão deixando? ( Víbora/ haviam deixado barris perto de Víbora também)

— Não, o que tem neles? (Garça)

— Água! (Víbora)

— Como assim? Para o que eles usariam água? (Garça)

— Eu não tenho ideia. Chame o Macaco e o Louva Deus, vamos nos reunir aqui de novo! (Víbora)

— Pode deixar! (Garça)

Garça foi voando chamar os amigos, que rapidamente foram para a posição de Víbora.

Ao chegar eles se reuniram para ver o que fazer, pois a estratégia não estava dando muito certo.

— O que nós vamos fazer? (Macaco)

— Não dá para continuarmos assim, não está dando em nada! (Víbora)

Eles viram um corvo com uma bomba incendiária ao lado de um dos barris e, em segundos, entenderam tudo, aquilo não era água, era isopropanol. Os quatro correram na direção do corvo com a bomba, porém ele soltou a bomba, que caiu no chão e explodiu, criando uma super explosão que jogou os quatro para fora da muralha. Por sorte, todos caíram no lado de dentro da muralha, em cima de telhados. A última coisa que eles viram com suas vistas embaçadas e seus olhos fechando foi a parte de cima da muralha indo aos ares, após isso, apagaram.

Eles foram acordados por guardas no outro dia, sem entender muito bem o que havia acontecido, ao olharem para a muralha viram que todo seu superior estava destruído e que os corpos ainda não haviam sido tirados de lá.

Por sorte a explosão também matou muitos corvos. Em número pequeno eles foram derrotados pela guarda especial, que eliminou os corvos que restaram.

De volta ao restaurante... 

—... E foi isso. (Víbora)

— Caraca! (Po)

— Não acredito que eles conseguiram destruir parte da muralha. Parece que cada vez o exército deles fica maior. (Tigresa)

— É, eles não são fáceis. (Macaco)

— Não, não são. (Tigresa)

Os seis terminaram de comer e foram para o palácio, eles ainda tinham que contar essa história para Shifu.

Ao chegarem no palácio Shifu foi falar com eles, Po e Tigresa foram falar com Sábio, que havia ido ver como os dois estavam.

Sábio disse que não haveriam mais treinos pelo dia devido a luta, os dois então, foram para seus quartos descansar.

Os quatro contaram a mesma historia para Shifu que ficou pasmo, ele nunca imaginou que os corvos fariam um ataque desse tamanho. Shifu apresentou Sábio para eles e disse que fossem descansar.

O dia passou, os guerreiros descansaram e só foram sair de seus quartos na hora do jantar.

Todos comeram juntos, menos Shifu e Sábio, que já haviam comido.

Ao terminarem foram direto para seus quartos, eles não viam a hora de descansar.

No quarto dos homens:

— Eai Po? Como foi ficar esses dois dias sozinho com a Tigresa? (Macaco)

— É Po, o que rolou? (Garça)

— Conta ai! (Louva Deus)

— Como assim? Nada, foram dois dias normais, a gente acordava, treinava, comia, lutava, comia de novo e dormia. (Po)

— Qual é Po, pode confiar na gente! (Macaco)

— O que vocês estão insinuando? (Po)

— A gente? Nada! Só estamos perguntando o que aconteceu. (Garça)

— De verdade, nada! (Po)

— Se você diz... (Louva Deus)

— Vamos dormir, estou com sono. (Po)

Os quatro se deitaram e dormiram.

Enquanto isso, no quarto das mulheres:

— Eai Tigresa? Como foi ficar aqui com o Po, só vocês dois, no palácio de jade? Tão romântico!

Tigresa contou tudo que havia acontecido, a noite que ela cuidou da mão de Po, os treinos juntos e quando ele ofereceu seu braço de mordaça para ela.

— Tigresa! (Disse Víbora furiosa)

— O que? (Tigresa)

— Ele provou, não pela primeira vez, mas pela terceira ou quarta, que ele te ama, e você continua aqui, se segurando! AHHHH! Que vontade de te bater! (Disse Víbora mais furiosa)

— Ele não provou nada, apenas foi um bom amigo. (Tigresa)

— TIGRESA! (Víbora)

— Não dá Víbora! Eu não consigo! (Disse Tigresa, vendo que não ia conseguir fugir do assunto)

Víbora ficou ao lado de Tigresa sentada na cama.

— Tigresa, o que está acontecendo? (Perguntou Víbora, colocando seu rabo no ombro de Tigresa)

— Víbora, não dá! Eu não aguento mais sofrer, não conhecer meus pais, o Shifu nunca se orgulhar de mim, eu já fui abandonada muitas vezes, e eu não quero ser abandonada de novo. (Disse Tigresa, com um ar triste)

— Tigresa, se o Po fosse te abandonar ele nunca faria essas coisas que ele faz por você. (Víbora)

— As coisas não funcionam assim Víbora. (Tigresa)

— Tem alguma coisa mais que te assuste? (Víbora)

— Eu tenho medo de amar! Tenho medo de me apaixonar e me arrepender! De deixar que o amor tome conta mim! (Disse Tigresa com um ar muito triste/ Víbora jurava ter visto uma lágrima escorrer do olho da felina)

— Tigresa, por que você tem medo de amar? (Víbora)

— Porque o amor enfraquece as pessoas. (Tigresa)

— O amor não enfraquece as pessoas, ele as torna mais fortes, mais felizes... Pare de se impedir Tigresa, você pode se surpreender com o amor. (Víbora)

— Chega desse papo, estou com sono. Boa noite Víbora. (Disse Tigresa friamente, já se deitando na sua cama)

— Boa noite amiga. (Víbora)

Tigresa demorou para dormir, ela ficou horas olhando para o teto, pensando no que conversará com Víbora, afinal, mesmo não gostando do amor ela não podia mentir para si mesma, ela não podia se enganar e dizer que ela não gostou daqueles momentos, que ela não se sentiu segura na noite que dormiu com Po, que ela não teve vontade de beijar sua boca na noite passada, mas nesse momento seu sono começou a chegar e ela dormiu.


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