Olhe nos meus olhos escrita por Kikyo


Capítulo 5
Nunca é só um sonho


Notas iniciais do capítulo

Gente, farei o possível pra não fazer aquilo que faço em todas as minhas fics (enfartar os leitores), prometo só que farei o possível, "o possível!".

E respondendo a um leitor, não terá morte nessa história, mesmo que as vezes o assunto luto seja citado (como na interação entre Emma e Lara). Não haverá porque essa fic é presente para uma pessoa que não curte ler isso (leia ~chora demais~ )



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Perdoe meu mal jeito

É que se venho em passos tortos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caminhando toda incessante
Toda desconcertada
Toda errante
É que assim que me fez a vida:
Tornou de entortar-me as costas
E de tornar minhas pernas
Pobres e indispostas
Ora um, ora outro,
Meus pés ficam para trás.

Pobre de mim, me atrevo a admitir
Tão pouco que já vivì
E a vida já veio me assolar
A morte já chega a me ameaçar
O tempo já escureceu meu olhar
A mágoa já tornou em me amargar

ArielFF

 

 

Regina acordou antes do despertador, um sonho a fez sentar rápido, suando frio. Emma remexeu ao seu lado, abriu um olho e viu a esposa sentada, respirando diferente. - Ei... O que aconteceu?— envolveu seu abraço como pode na mulher assustada.

— Não sei. - Regina sussurrou  aceitando o abraço.— Só lembro flashes, foi... - Passou a mão nos cabelos— Uma sensação horrível. Sensação de perda.

 

Emma lembrou dos medos da esposa, será que o problema da relação não havia sido resolvido?— Amor, foi só um sonho.

— Sonho é o nosso inconsciente falando conosco, Emma. Nunca é só um sonho. Somos nós, nossos medos e desejos. Eu só... Só não consigo lembrar o que é, só lembro dessa sensação que não vai embora.

— Você não vai começar outra aula sobre Lacan e Freud, ne? - tentou fazer a esposa sorrir, mas Regina permanecia séria, sobrancelha franzida.  Tentava lembrar o que a incomodava, o que causou tanto medo.

— Não fica pensando nisso, amor. - Emma esfregou as costas da esposa— Não vai ajudar em nada ficar forçando pra lembrar coisa ruim. Não se martirize.

— Você tem razão. - reencostou no peito de Emma, que acariciou seus cabelos.

— Eu sempre tenho razão. - Riu da careta da esposa.— Eu começo cedo, você sabe.

— Por falar em cedo. O que faremos com nossos hóspedes? Eu ia levar Lara pra passar o dia comigo, mas dois não posso.

— Não faço ideia. Deveriam fazer um aplicativo de babysitting delivery, tipo, entrega rápida. Droga. Sua mãe não pode ficar com eles até acharmos alguém?

— Posso ligar, mas não sei...

— Eles são fortes, amor. Podem aguentar sua mãe alguns dias.

Regina riu. - Eu não aguento. - Como era gostoso acordar e ficar nos braços de Emma assim. Há quanto tempo não faziam isso? Quando isso se perdeu? Deve ter se perdido nos detalhes.
São sempre nos detalhes que nós perdemos o que é importante, pensou.  As vezes cuidamos muito da pessoa, e isso nos torna um pouco mãe dela. A atração diminui, afinal, ninguém tem tesão por mãe. E então, vem o afastamento.  Acariciou o braço de Emma. Devido a lacuna da presença vem as brigas. Muitas vezes briga é só uma forma de chamar a atenção. E ao invés de aproximar, só afasta. Cobrança sufoca. Beijou sua esposa. Não queria perder o risco de outro afastamento. Beijou novamente e de novo.

O beijo foi ficando sedento. Era o tesão matinal. O maravilhoso tesão matinal.

— Não podemos fazer isso, Emma. Você sabe. - Deu um leve tapinha na perna branca. Alguém está precisando de um sol, Regina pensou olhando as pernas desnudas. Sua esposa dormir só de calcinha e camiseta não ajudava muito controlar o desejo. Tentou levantar do abraço, sendo jogada de costas na cama. O corpo forte sobre o seu também não estava ajudando muito no controle.

— Eu não sei de nada. - beijou o seio de Regina por cima da blusa azul escuro do pijama. - Você é a pessoa certinha dessa relação.

— E você é a tarada.

— Eu?! Quem é que fica atacando quem de madrugada? - beijou o pescoço da morena, espalhando mordidas leves pelo local, simplesmente, não conseguia parar.

— Isso era na outra casa. - Regina conteu um gemido ao sentir o toque em sua intimidade, infelizmente, sobre o pijama.— Agora estamos cercadas pelos quartos dos nossos filhos. - Emma adentrou o pijama da esposa com a mão, ultrapassando o limite da calcinha e tocando a pele molhada, excitada. - Não Emma. - puxou a mão atrevida.

— O alarme ainda nem tocou. Temos tempo, amor. - resmungou.

— Mas a casa ta silenciosa. - puxou a camiseta branca da loira, sua vontade era arrancar todas aquelas roupas.

— Não faremos barulho. - se encaravam, malícia nos dois olhares.

— As crianças...

— Regina, por que você ta arrumando tantas desculpas?

— Não são desculpas, só não quero parar depois de começar.

— Justo. - beijaram mais uma vez, por algum motivo, não queriam parar.

Batidas na porta.

Regina revirou os olhos e arrumou sua roupa.— Viu por que eu não queria continuar?

Emma vestiu uma calça que estava sobre a cadeira e abriu a porta.
No começo ficou confusa por ver Lara e Nicholas em pé a sua frente. Lara segurando uma bandeja com panquecas e Nico com uma jarra de suco na mão, do lado não engessado.
No segundo instante ficou preocupada, porém, durante todo o tempo, ficou feliz. Que fofos.


— Fizemos café da manhã pra agradecer. - Lara falou, sorriso de canto a canto.

Emma deu passagem para eles entrarem, e sorriu ao ver Regina passar pelas mesmas emoções: confusão, preocupação e alegria.

— Só espero que minha cozinha esteja inteira. - Regina brincou e sentou na cama, ajudando Lara com a bandeja. Analisando se eles se machucaram, de alguma forma,  com a aventura matinal. - Do que devemos a honra?

— Falaram que é pra nos agradecer - Emma pegou a jarra de suco e colocou sobre a bandeja, agora na cama do casal.

— Vocês não precisam fazer isso. - Regina olhou comovida para os irmãos.

— Meu Deus, precisam! - Emma falou de boca cheia— Que panqueca divina! Experimenta. - arregalou os olhos para Regina que a olhava perplexa.— Sério, experimenta.

A morena balançou a cabeça em negativo, reprovando a atitude da esposa e devagar cortou uma panqueca com a mão e mordeu. Emma tinha razão.

— Vocês estão de parabéns. - Congratulou os irmãos que não conseguiam conter a animação.

— Eu fiz as panquecas pra todo mundo e o Nico fez o suco. É de laranja, ele espremeu e fez.

— Divino também! - Outra vez Emma de boca cheia, Regina não a olhou feio, ainda mastigava tentando encontrar qual o ingrediente que estava fazendo a mágica do sabor.

— Quero essa receita, meu anjinho. - falou sorrindo e pegou o copo oferecido por Emma.— Quando Jesus provar esse suco vai pirar. - bebeu mais um pouco— Já faz tempo que estamos só comprando ao invés de fazer, havia até esquecido como o natural tem um gosto bom.

O despertador tocou. Dos outros quartos também.

— Vamos aproveitar que vocês estão aqui e conversamos sobre algo. - Regina pediu que os dois sentassem na cama.— Eu não posso levar os dois para a escola que trabalho, está no final do ano letivo, então, tudo é corrido demais. Eu ia levar a Lara antes e ela ficaria por lá, mas vocês dois não dá. Enfim, tiv...

— Eu posso ficar aqui e cuidar dela. Eu sempre cuidei dela. - Nico se adiantou.

— Não é só olhar. Tem almoço também. - Emma se juntou a conversa.

— Posso fazer. Eu que sempre fiz pra ela. Não quero que vocês se preocupem com a gente. A gente se vira.

Emma e Regina conversaram através de um olhar.

— Tudo bem então. Emma ou eu vamos vir aqui e preparar o almoço, com a garantia que vocês vão se comportar no restante do tempo, até… - olhou séria para os dois— Encontrarmos alguém. Em outras palavras, apenas hoje.

Eles concordaram e levantaram da cama, seguindo para a cozinha com a bandeja e jarra. Regina e Emma trocaram um olhar de desculpas, as escapadas do almoço teriam que ser canceladas por tempo indeterminado, afinal, teriam que achar alguém bom e confiável para ficar com os dois na casa.

— Meus planos para esse almoço foram furados, mas o café da manhã foi bom. - Emma falou, olhando travessa para a esposa.

— Você não percebeu um detalhe, querida. - Regina abriu a blusa do pijama. - Não teremos mais que tomar café. Isso nos sobra um tempo valioso.

Emma levantou, voltou a calça para a cadeira e trancou a porta.

— Quanto tempo não tomamos um banho juntas, oh céus!- ajudou a morena tirar a calça. Retirando sua própria blusa na sequência.

— Cala a boca e vamos pro banheiro. - Regina sussurrou, puxando Emma pela mão.

Não conseguiriam dizer como chegaram ao box, os beijos começaram no quarto, e então,  estavam nuas, Emma pressionando seu corpo contra o da esposa na parede fria do azulejo.

— Água, querida. Vamos ligar a água. - Regina falou por entre os beijos. Sentiu sua cintura ser abraçada e em um gesto foi virada, ficou de costas para Emma.

— Pode ligar, você está mais perto. - Ouviu o sussurro rouco de desejo de sua esposa. De olhos fechados e corpo arrepiado, ligou o chuveiro. A mão de Emma seguiu o curso da água e parou nas coxas da morena.  Subindo um pouco até encontrar o que havia achado na cama anteriormente.

Regina gemeu ao toque, rebolando, sentindo a intimidade da esposa em sua bunda. Gostou  de ouvir Emma gemer, havia um certo tempo que elas não faziam isso, não o sexo em si, mas o espontâneo. Tudo sempre estava sendo corrido demais na hora do almoço. E sempre na cama. Mordeu o lábio com o pensamento, estavam se amando no banheiro, como adolescentes excitados.

Sorriu ao ver Emma colocando um pé no degrau que o azulejo fazia, estava se abrindo para os movimentos da esposa, movimentos esses que a própria morena desconhecia.

Emma segurou na cintura da esposa, estava tensa, as vezes suas mãos apertavam e puxavam o corpo da morena ao seu encontro, como se procurando maior contato. Regina sabia o que aquilo significava, assim como o silêncio repentino dos gemidos. Emma estava se segurando para não gozar, mas isso não era uma escolha permitida, e não era Emma que estava no comando. Pegou uma mão da esposa e a trouxe para seu seio, obrigando os corpos colarem mais. Em pouco tempo Regina sentiu o corpo da esposa tremendo sobre o seu, gostaria de poder assistir as feições de prazer, mas por enquanto, apenas sentir bastava.


— Isso foi uma loucura. - Emma falou ofegante, se referindo ao que nunca haviam feito juntas, a nova posição e ao manejo dos quadris que não sabia que Regina possuía.— Eu fui rápida demais, não consegui segurar. - Se desculpou enquanto virava a esposa.

— Tudo bem, você pode se redimir. - Regina abraçou os ombros fortes, deixando um pedido subentendido.
Emma entendeu o pedido.
Pegou as coxas morenas e levantou a esposa, usando a parede como apoio. Quanto tempo não fazíamos isso, assim, Regina pensou e gemeu alto ao sentir os dedos a penetrarem, de surpresa. Como sentiu falta dessa posição... e nem havia percebido isso.


— Que saudades assim. - Emma pensou alto, deixando escapar a falta que sentia de ter esse poder. O sexo de casadas retirava a dominância e a vontade genuína de dar prazer. Trazia apenas o egoísmo do desejo e hábito.


Fazíamos por hábito, isso não vai mais acontecer, pensou antes de morder devagar o queixo da esposa.
Regina estava de olhos fechados, perdida em suas sensações. Como era gostoso admirar a esposa assim, tão entregue. Agora era oficial, elas nunca mais fariam sexo por hábito, fariam por amor e desejo. Lembrou de como sua esposa fez algo inédito minutos atrás. Lembrou da sensação gostosa de sentir Regina rebolando em sua intimidade, esse novo descobrimento, com certeza, seria repetido.
Mordeu novamente o queixo da esposa, queria que ela abrisse os olhos, queria ver o desejo nas pupilas dilatadas.
Regina abriu os olhos, fazendo Emma perder o ar por alguns segundos. Sua esposa a olhava como uma predadora. Na verdade, as duas se olhavam assim... Mordendo os lábios... desejando tanto aquele momento. Era tudo recíproco demais.

Regina subiu uma mão até os cabelos loiros molhados, precisava de mais contato, precisa de um beijo feroz.

E foi beijada.

Foi beijada com desejo e amor. Foi beijada enquanto gozava como há tempos não fazia.

Elas haviam se reencontrado de alguma forma.

***

Emma entrou na cozinha, estranhando o silêncio. Olhou ao redor, Nicholas e Jesus se encaravam em pé, ao lado da mesa.


— O que está acontecendo aqui? - perguntou a todos.

— Quem é ele? - Jesus perguntou em tom agressivo.

— Primeiro vamos acalmar essa voz aí.  Você ta falando com sua mãe, garoto.

Jesus olhou para Emma por alguns instantes, abaixou a cabeça e pediu desculpas. Segundos depois seu olhar voltou grave para Nicholas.

Emma não entendeu aquele atrito. O menino fisicamente parecia ser tão novo, uma criança de, talvez, nem 11 anos. Por que Jesus estava se comportando como se Nico fosse um oponente?


— Eu vou repetir, o que está acontecendo aqui?

— Jesus ta bravo com meu irmão. - Lara saiu em defesa.

— Isso é só ciúmes, mãe. - Blandon falou, sentado à mesa enquanto atacava uma panqueca. Sorria para o sabor.  - Ficou irritadinho porque Marianna achou o garoto bonito.

— Eu não falei isso! - Marianna se defendeu, ainda em pé, perto da pia.

— Falou o que então? - Emma pegou um copo, colocando mais suco. Estava se divertindo com a situação, apesar da delicadeza que exigia.

— Falou que sou diferente. - Nico ainda estava de pé, encarando Jesus. Mas não havia agressividade em sua voz

— Diferente pode ser muita coisa - Marianna se defendeu de novo.

— E qual foi sua intenção? Qual coisa que você quis dizer? - Emma sentia a preocupação lhe coçar a cabeça, não estava mais divertido.

— Que ele parece com você e Blandon. - Jesus jogou, as palavras também foram ouvidas por Regina que entrava na cozinha.

Não era ciúmes de irmão.

— Achei que havia ensinado coisas a respeito de preconceito. - Regina falou, mãos na cintura imponente— Não há diferenças de etnias nessa casa.

— Quem é ele? - Dessa vez à pergunta veio de Blandon, era curiosidade, em nada lembrava o tom do irmão.

Emma e Regina se sentiram culpadas. Elas eram mães, deveriam estar ali cedo para apresentação e explicações. Não poderiam ser adolescentes excitadas. Essa fase já passou. Esse pensamento rodou a cabeça de ambas, não poderiam mais ser espontâneas como haviam sido aquela manhã.


— Ele irá ficar alguns dias com a gente. - Emma começou— O nome dele é Nicholas, é irmão da Lara.

— Isso não é uma família? Deveriam ter perguntado se a gente queria antes de trazer um estranho pra casa. - Marianna estava nervosa, nem entendeu ao certo o motivo daquela raiva. Só não queria os dois ali.

Nico coçou o braço engessado enquanto olhava para o chão. Suas bochechas estavam rosadas, assim como as de Lara, que abraçava forte sua ovelha. O chão parecia interessante a ela também.
Eles conheciam bem o sentimento de não serem desejados em algum lugar, mas isso não abstraía o quanto incomoda.

Blandon não entendia o que estava acontecendo. O que estava de errado ali. No dia anterior todos estavam preocupados com a criança, então... O que aconteceu?

Olhou para Emma sem graça perto da porta da geladeira. Ela estava próxima de Lara e Nico. Se saissem juntos, ninguém teria dúvida que são mãe e filhos. O mesmo não acontecia com Jesus e Marianna. Seria esse o motivo?

Lembrou das várias vezes que saíram juntos, e em como as pessoas olhavam diferente quando os gêmeos falavam “mãe”, o que não acontecia quando era Regina a ser chamada de mãe.

 

Os gêmeos estavam em um misto de ciúmes e medo.

— Elas sabem o que é melhor não só pra gente, mas pros outros. - Blandon decidiu intervir.— Não sabemos nada deles, talvez eles estejam precisando muito de um lugar.

— Eles não tem um lugar pra ir. - Regina olhou para os gêmeos— E eles não tem ninguém... além de nós.

Marianna trocou o peso dos pes. Conhecia bem aquela história.

— Blandon, leva meu carro, tenho que conversar com sua mãe. - Regina falou,  estava visivelmente preocupada.

— Vocês não vão brigar, ne?— O jovem homem perguntou as mães, apreensivo, assim como o casal de gêmeos atrás dele.

Regina engoliu a seco, não havia percebido como Emma e ela brigavam tanto antes, e em como isso afetou sua família - Não querido. Temos apenas que resolver detalhes do almoço hoje.

Blandon assentiu com a cabeça, pegando sua mochila e olhando preocupado para os irmãos, que o acompanharam  em silêncio.

— Eu não sabia que eles sentiam tanto nossas brigas assim. - Emma falou quando ouviu a porta fechar.

— Estávamos nervosas demais pra pensar neles. - A raiva cega e nos faz egoístas, Regina pensou, se sentindo culpado por ter criado um ambiente inóspito de convivência para a esposa— Desculpa Emma. - Estava se desculpando pelas brigas antigas novamente.

— Depois vemos isso. - Puxou Regina até a sala— Eu não esperava essa reação dos gêmeos. Eu jamais tratei eles diferente do Blandon, então... - Passou a mão nos cabelos— Eu não sei nem como fazer essa pergunta.

— Eu também não saberia responder se você perguntasse. Quando ficamos tão ausentes que nem reparamos coisas assim? Ciúmes não nasce do nada, precisa de semente da insegurança pra germinar.

Emma olhou a esposa alguns segundos. - Eu te deixei insegura, não duvido que tenha deixado eles também.

— É diferente. Eles são filhos. Eu sou esposa. Sempre terei ciúmes de qualquer mulher ou homem perto de você.

— Usa a mesma lógica com os filhos. São duas crianças novas aqui e eu sou mãe. Mãe + crianças órfãos = gêmeos preocupados.

— Você não é a única culpada. - Olhou o casal de irmãos sentados, olhando para o nada— O que vamos fazer, Emma?

— Eu não sei.


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Notas finais do capítulo

Há uma leitora que comentou: "espero que aceitem bem os irmãos", lembro que li isso e me segurei pra não responder o q vcs leram nesse cap.

Pessoas são complicadas ou somos nós que complicamos a empatia?(forma de entende-la, colocar no lugar dela)



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