Amor proibido escrita por Bora ser feliz


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!!!!! OMGGGG QUE SAUDADESSSS!!!!!! Gente depois de séculos longe da fic, finalmente, consegui criar coragem e dar uma paradinha pra vim aqui postar um capítulo que eu já havia escrito há um tempão(eu devia ter criado vergonha na cara e postado antes, eu sei kkkk).
Esse capítulo não é tão grande :´( porque eu fiz apressada, mas espero que vocês gostemmmm!!
Enfim, saudades de vocês amorecass S2!!



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Alaric andou ao lado de Sebastian encarando firmemente a multidão que se concentrava a sua frente.

Fazia algumas horas que havia deixado Roslyn adormecida no quarto antes de ter certeza que havia não somente um guarda, mas dois frente a porta e um no corredor frente às escadas, zelando por seu sono.

Quando viu o soldado morto com uma poça de sangue embaixo da cabeça, soube que o atacante o apunhalou por trás. Revelando o covarde que era.

O quarto estava intacto a não ser pelas cobertas jogadas para o lado de qualquer jeito e o fogo apagado. Fora isso não havia nem sinal de que alguém havia entrado.

Mais de uma coisa Alaric sabia, Roslyn não estava viva porque tinha pés rápidos. Não. Estava viva porque quem quer que fosse a pessoa que a havia amedrontado queria deixar uma mensagem.

E ela era nítida.

A guerra dentro do próprio clã estava prestes a começar.

E eles não mediriam esforços nem mesmo para poupar a vida de um deles.

—Estão todos aqui?

—Sim.

Sebastian olhou com olhos de águia todos reunidos no meio da parte central do clã, cochichando baixinho como se proferissem injúrias contra o líder do clã.

A presença intimidadora de Alaric foi o suficiente para todos se calarem.

Ele olhou lentamente no rosto de cada um, tentando desvendar um possível culpado. Foi quando seu olhar cruzou com um olhar acusatório e furioso.

Edward.

—O que mais prezo entre meus homens é a lealdade cega. A confiança em minha liderança. E o que não tolero, sob nenhuma circunstância, é a covardia. No entanto, quando tomei este clã vi rebeldia refletida nos olhos de cada um. Eu fui paciente, até mesmo, compreensivo com cada estupidez que vocês fizeram. E o que recebi em troca?

O farfalhar das árvores preenchia o silêncio tenso e acusador dos aldeões.

—Reuniões clandestinas no meio da noite estimulando a guerra contra o meu poder. Por isso, não haverá mais clemência por minha parte. Qualquer transgressão, por menor que for, receberá a punição imediata e sem piedade. Qualquer pessoa que for vista após a refeição da noite será punida e qualquer suspeito que tramar contra mim será enclausurado nas masmorras.

Ele mirou o olhar em Edward.

—E qualquer um que ouse um movimento que seja contra a minha esposa para me atingir, terá os membros cortados foras da forma mais lenta e dolorosa possível. Sintam-se avisados.

Ele esperou que a informação fosse digerida por todos. Demorando-se o olhar lentamente nos rostos apreensivos, assustados e furiosos antes de dar a palavra final.

—Agora, eu pergunto, quais de vocês irão ser leais a mim?

A reverência foi hesitante, quase forçada, com um misto de rebeldia e promessas de vingança. Porém, naquele momento, Alaric recebeu a reverência com um reconhecimento singelo, com a desconfiança marcada em seu peito mais forte que as marcas das cicatrizes em seu rosto.

*****

Alaric observou em silêncio Roslyn desfazer os nós dos fios ruivos, alisando com os dedos as mechas suaves.

Ela ergueu os braços totalmente alheia ao fato de estar sendo observada, fazendo voltas e voltas com o cabelo até formarem uma trança intrincada.

Ele se aproximou sem fazer barulho até estar perto o suficiente para permitir que uma mísera corrente de ar passasse pelos corpos separados.

—Roslyn.

Ele observou a forma como os ombros dela tencionaram em uma respiração profunda.

—Alaric.

A pequena saudação fez o coração dele pulsar de uma forma prazerosa.

Ele estava virando um fracote repleto de frescuras perto da esposa.

—Veio me buscar?

A indagação simples o fez erguer uma sobrancelha questionadora, sentindo que não gostaria do que viria em seguida.

—Para onde exatamente?

—Para o salão. Estou particularmente faminta esta noite.

Finalmente, Roslyn se virou para ele, deixando-o subitamente sem fala.

—Vamos?

—Roslyn...-ele parou para lembrar do que diabos queria falar antes do seu olhar se perder no colo desnudo. -…de onde veio esse vestido?

Ela deslizou os dedos pelo vestido sedoso com um sorriso doce no canto dos lábios.

—Era da minha mãe. Marion disse que era um dos seus preferidos.

Ele quase sorriu junto com Roslyn, apenas pelo mero fato de que quis sorrir por algo que não fosse perverso ou sujo. No entanto, o sorriso se desvaneceu rapidamente como se as lembranças amargas pesassem demais para serem acompanhadas pelos cantos dos seus lábios.

—Rosie…-Alaric lutou com as palavras. Lutou contra os sentimentos que começaram a pulsar latentes em seu peito de forma a desnorteá-lo. Mas, quando olhou para a expressão expectante e triste de Roslyn, as palavras fluíram livres como o córrego de um rio. -…você está linda.

Um sorriso tímido e cauteloso voltou a florescer nos lábios vermelhos,  preenchendo-o por uma satisfação por tê-lo colocado ali.

—Obrigado. -Ela piscou e a expressão se desfez para dar lugar a uma euforia contagiante que cintilava nos olhos desfocados. -Podemos ir?

—Porque eu sinto que não irei gostar do que se passa nessa cabecinha ruiva?

Ele afagou a têmpora lisa capturando uma mecha encaracolada no dedo, aproximando-se um passo.

—Bem, desde que estabelecemos uma trégua entre nós…

—Estabelecemos?-A indagação de Alaric foi acompanhada pela sua expressão dúbia.

—…achei coerente que me levasse ao salão para fazer a refeição com todos os outros do clã.

—Roslyn. -O chamado de aviso não a parou.

—Que mal há em apenas uma refeição, Alaric? Não somos inimigos batalhando por um pedaço de terra, somos marido e mulher independente das circunstâncias em que casamos. E, o único que quero nesse momento, é mostrar que não estou amedrontada por causa do ataque de ontem.  

Talvez tenha sido a expressão obstinada no rosto de Roslyn, talvez tenha sido a maneira como as palavras marido e mulher soaram incrivelmente acolhedoras para Alaric. Mas, com um suspiro resignado, ele consentiu.

—É melhor você não abusar da sorte, Roslyn.

Ele disse em um resmungo entrelaçando os dedos nos dela, já se tornando um hábito difícil de abandonar.

 

O falatório alto preencheu os ouvidos de Roslyn de maneira reconfortante, ela podia sentir facilmente a alegria dominando o seu peito.

Dedos ásperos se apertaram em volta dos seus como se estivesse preparados para contê-la em uma provável fuga. No entanto, naquele momento, apesar de todo o ressentimento que ainda guardava em seu coração por Alaric, lutou por banir os pensamentos amargos ao menos por aquela noite.

Ela ouviu o momento em que as cadeiras se arrastaram ruidosamente contra o chão em reconhecimento a sua presença.

—Minha senhora.

Roslyn reconheceu a voz do amigo de Alaric com um sorriso amigável.

—Sebastian.

A refeição transcorreu de forma leve, com Sebastian atualizando Alaric sobre as notícias do clã. Roslyn se manteve alerta a tudo que Sebastian discorria, capturando cada palavra avidamente, a medida que comia o pão seco.

Estava tão entretida em manter a atenção nas palavras de Sebastian que não notou o momento em que moveu a mão para o lado errado e sentiu algo esbarrar contra os dedos.

—Cuidado.

O aviso de Alaric foi acompanhado pelos dedos em seu pulso, contendo o movimento estabanado da sua mão.

Ela esperou o momento em que ele iria repreendê-la, como inúmeras vezes o pai fez, no entanto calmamente Alaric soltou sua mão e colocou o cálice, que quase havia derrubado, em sua mão.

—Obrigado.

Sebastian observou a cena com verdadeiro interesse, notando o cuidado de Alaric com Roslyn. Seu amigo estava perdido e nem ao menos notava.

Ela passou o restante da refeição se entretendo com a conversação leve entre Alaric e Sebastian se arriscando a soltar algumas palavras que foram recebidas de modo acolhedor.

Ao final, Alaric a pegou pela mão para levá-la de volta para o quarto e finalizar aquela noite agradável. No entanto, ele a levou para um local diferente, barulhento e animado.

Pensou que estivessem fora da fortaleza, mas não sentia a brisa fria característica daquele período, então supôs que ainda estavam dentro dela.

—Aonde estamos?-A curiosidade pulsou inquietante em seu íntimo.

—Os meus homens gostam de se reunir algumas vezes após a última refeição. E eu não vou correr o risco de perdê-la de vista, ainda mais, agora, com metade do clã querendo se rebelar, com o seu apoio, e um provável assassino querendo sua cabeça.

Com um puxão, Roslyn se livrou do seu aperto, voltando o rosto lívido de fúria para ele.

—Desde quando eu virei sua prisioneira?  

Alaric abriu a boca para retrucar, mas foi impedido pela aproximação de Sebastian.

—Interrompo?

—Não. -A forma forte e clara como Roslyn falou parecia que o último que queria era estar ao seu lado.

Mas, o que infernos aquela mulher queria que ele falasse?! Que a queria ao seu lado naquele noite para poder mostrar aos seus homens o quanto a sua esposa era bela? Que queria poder segurar sua mão quente e pequena sabendo que Roslyn preferia estar com ele do que com o bastardo de Edward? Que queria que ela sorrisse para ele como sorria quando estava na presença de outros aldeões, deixando as charmosas covinhas, que só havia notado a pouco tempo, aparecerem apenas para ele?

Bem, ele queria tudo isso. Mas, jamais, nem sob ameaça de morte, admitiria aquela óbvia fraqueza que seu coração inútil tinha desenvolvido.

Roslyn era quase uma praga contaminando e devastando cada pedaço do seu ser sem nem se dar conta do estrago que causava.

E não seria ele a alertá-la.

—Com sua licença, minha senhora.

Alaric se afastou, forçando-se a pensar que Roslyn era só mais uma mulher com encantos que o haviam enlaçado de uma forma inexplicável.

Durante o restante da noite, os homens ignoraram o olhar de possessão do senhor das terras sobre a sua esposa e a maneira como sempre a tinha sobre as vistas. Ignoraram o momento em que Alaric os deixou para se aproximar de Roslyn quando ela passou a oferecer sorrisos acanhados a Sebastian. Ignoraram, até mesmo, o momento em que ele a conduziu para fora do enorme salão com uma mão em suas costas, deslizando quase imperceptivelmente até os quadris em uma carícia suave, e que por mais inconcebível que fosse para os soldados crêem, inegavelmente protetora.


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Notas finais do capítulo

AAHHAHAHAHAHAHAH *-*
Comentários??!!! Sim, non?
Bjs lindas, maravilhosas, divas do meu heart!!! Até o próximo S2
P.S: desculpem os erros!!!