Rolos da Vida escrita por camila_guime


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Ainda estamos com a Jenny... Mas logo Bels e Edward estarão pensando aki [:p]
enfim...
Boa leitura melhores leitores do mundo!
=*
ps: agradeço a todos que comentam, que acompanham:
Julia, Jessi, Marcela, Vanessa,e os demais que postam que contribuem para minha inspiração!
Obrigada a vocês! Sem isso, não valeria postar!
;*



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... Jenny, continuação...

 

 

— Desculpa filho... – Esme chorava descontroladamente na sala.

Enquanto Edward parecia atônito e paralisado em frente a ela.

 

Carlisle segurava Esme pelos ombros e o auê estava pronto.

 

Eu estava encolhida na poltrona no canto da sala. Abraçada às minhas pernas. Eu tinha falado demais!

 

— Não mãe! – Edward falou num tom mais alto do que ele costumava usar. Ele chorava também. — Como? Como pode?

 

Ele parecia mais magoado que raivoso, mas aposto que seu olhar para Carlisle bravo.

 

— Minha família me arrancou dos Estados Unidos para Alasca quando souberam que eu havia engravidado de você. Tudo por que eles não aprovavam Carlisle. Carlisle não sabia, filho. E nossas famílias fizeram um pacto para nos manter afastado um do outro. – Esme tagarelou tudo de forma aflita e chorosa, tentando parar de chorar.

 

— Assim como a família de Esme acreditava que eu era o agouro para o futuro dela, a minha família também acreditava que Esme era empecilho para minha carreira. Então, eles nos afastaram. Levaram-me para Inglaterra à força. Acredite, Edward, se eu soubesse... Se eu sonhasse que Esme estaria grávida de você, jamás teria a deixado! Eu até cheguei a pensar que ela era quem não me queria mais! – Carlisle explicou enquanto Edward se sentava no sofá.

 

Parecia que Edward estava num universo paralelo. Ele olhava fixamente para meu pai, nosso pai, e para sua mãe Esme. Seus olhos despejavam rios de lágrimas que escorriam pela sua face pálida, indescritível. Não vaia expressão em seu rosto completamente frio.

 

— Mas aí então, filho, eu tive você. E, segundo minha família, Carlisle era quem não me queria, por isso nunca fui atrás dele e te criei sozinha, alimentando aquela mentira imensa e absurda! – Esme parecia melhor pouca coisa, e parecia que não pararia de falar tão cedo. — Mas foi no doutorado, em contado com alunos de intercâmbio e tudo mais, que o destino resolveu atar minha vida com a de Carlisle de novo! Foi nossa chance de arrumarmos nossa vida. E eu não me sentia pronta para falar de você para ele, e muito menos dele para você! Eu sei que eu errei Edward, mas eu não recebi nenhuma manual de como ser mãe, de como lidar com uma situação inacreditável como essa!

 

Edward desabou contra o encosto de sofá, largou a cabeça para trás e enxugou os olhos com os dedos. Ele estava parecendo um trapo. Estava com a pior cara que eu poderia imaginar.

 

Carlisle e Esme se sentaram no sofá em frente ao de Edward e meu pai recomeçou:

 

— Mas aí... – Meu pai estava ainda ponderado e aparentemente tranquilo. — Eu descobri que você era meu filho apenas quando Esme soube que eu era viúvo. Nos reencontramos e tudo mais... Foi quando Esme decidiu te mandar pra cá, para Forks enquanto ela ia até a Inglaterra resolver certos problemas comigo.

 

— E um deles era eu! – Falei sem a intenção de ser ouvida. Mas todos na sala me olharam.

 

— Esme foi até a Inglaterra para conhecer Jenny também, e me ajudar a contar para ela toda nossa situação. Daí, como nós dois somos médicos, e havia a possibilidade de uma vida nova e tranquila aqui em Forks, com minhas chances de trabalho aqui, decidimos que Forks era nossa chance. A última coisa a ser resolvida agora era...

 

— Eu. – Edward intercalou.

 

Meu pai olhou para Esme de forma doce, e Esme ainda parecia um pouco perturbada e chocada. Ainda chorava. E eu lembrei de quando eles me falaram de tudo isso lá na casa na Inglaterra. Foi duro demais. E eu senti exatamente raiva. Meu pai tinha um filho num outro lugar, e amava uma mulher desde sempre, e ela não era minha mãe. Minha rebeldia cessou nesse dia. Eu não conseguia mais ser a adolescente normal de sempre. Tornei-me frágil e quebradiça. Eu não confiava mais em Carlisle ou Esme. Mas, em poucos dias, Esme conseguiu me adoçar. E ainda é difícil pensar que meu pai nunca amou minha falecida mãe como ele ama a Esme, mas eu não pude negar isso a ele, depois da reviravolta que foi sua via.

 

Tentei ser dócil e preferi optar pela compreensão. E, agora, a situação se inverte. Edward com certeza está como eu, senão pior.

 

— Você não tem culpa, mãe. – Edward de repente disse. Esme soltou um suspiro excessivamente aliviado. — E você também não, Cullen. – Meu pai não pareceu tão feliz, mas ficou grato também e sorriu de forma cordial para Edward. — Você foi a supermãe, mãe. Foi exatamente tudo o que eu precisei e nada me faltou. Nada. Nem mesmo você, Carlisle. Pelo menos agora eu entendi de onde você me tirou esse sobrenome! – Edward olhou para Esme de forma mais doce. Ela tentou sorrir, mas não obteve muito sucesso.

 

Carlisle e Esme se encolheram um pouco, um abraçado ao outro.

Edward se ergueu do sofá. Acho que tanto meu pai quanto Esme estavam sentindo o mesmo que eu: apreensão. Porém, Edward não falou mais nada, apenas subiu a escada e nós só ouvimos o som da porta do quarto dele se fechando. E foi só.

 

Essa conversa toda poderia ter sido mais razoável se minha boca grande não tivesse dito besteira. Porém, já estava feito.

 

Chorando, me desencravei da poltrona e corri até meu pai, que me recebeu de braços abertos. Não me importa se eu queria deixar de ser a filhinha de Carlisle frágil e quebradiça, eu só queria o abraço dele. Mas, acabei tendo algo a mais: o abraço duplo dele com Esme.

 

No princípio senti uma súbita repulsa. Quem era ela para achar que poderia interferir no abraço entre meu pai e eu. Ou ainda: quem ela achava que era para tentar assumir a posição de mãe? Mas aí, antes que eu fizesse qualquer besteira, percebi que era bom. Eu nunca fui tão acolhida. Então, de deixei ficar entre Carlisle e Esme. E, apesar da lembrança de minha mãe ter gritado dentro de mim, não parecia que ela estava me julgando mal, parecia apenas que ela estava feliz por eu ter encontrado meu consolo.

 

 

Continua galera!


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Digam num doce review ok?
teamos!!!
[;p]
bjs
Mila.



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