Still Alive escrita por Jubs Malfoy


Capítulo 35
Você queria falar comigo?




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Lily mal podia acreditar na sorte que os acompanhava, apenas podia esperar que James e Lis a tivessem também. Primeiro, encontraram o tio da Lis por puro e simples acaso. Ela e Escórpio entraram uma uma taverna qualquer, discretamente (ou eles achavam) procurando informações sobre o Castelo D’Noir quando os cinco homens se aproximaram da mesa deles.

Estavam em quantidade suficiente para alarmar Scorp, e fazê-lo entrar na defensiva, mas Lily era mais perceptiva. Ela reconheceu a pequena flor-de-Lis bordada nas capas, logo acima do coração, de dois dos homens; era igual à que Lis carregava no anel negro em seu dedo, que usara para selar o pergaminho com a autorização.

Estão procurando o Castelo D’Noir?  o primeiro homem perguntou.

Ele devia ser um pouco mais jovem que o pai de Lily, embora aparentasse ter bem menos idade por detrás de sua barba fechada. Antes que Escórpio desse qualquer resposta que pudesse encrencá-los, ela reparou nos olhos do homem: um azul gélido e vivaz. Lis nunca havia descrito como era o tio dela, mas… aqueles olhos eram inconfundíveis.

Sim, senhor. Fomos enviados pela Lady Lis D’Noir ela apressou-se em responder, e a compreensão tomou o rosto do homem.

— Imagino que sejam Lily Potter e Escórpio Malfoy — antes que os dois pudessem mostrar qualquer surpresa, ele acrescentou — Minha sobrinha avisou que vocês viriam — ele olhou ao redor — mas achei que vocês seriam três.

O senhor, que ela descobriu se chamar Carlo, os levou para o castelo, enquanto ouvia toda a história. Lily aprendeu alguns palavrões novos em francês quando ele descobriu aonde James havia ido. Ele havia prometido entrar em contato com algumas pessoas confiáveis no Castelo Pelletier, descobrir se James havia chegado e como ele estava. Depois disso, ela ficou quase um dia inteiro sem vê-lo, e foi quando a sorte sorriu para eles mais uma vez.

Alvo e Maia terem descoberto uma forma deles se comunicarem quase fez Lily atravessar os corredores dançando e cantando. Teria feito isso, se não estivesse tão preocupada em achar o Lorde. Aquele castelo era inacreditavelmente enorme. Não tão grande quanto Hogwarts, mas o suficiente para conseguir se perder e ter de pedir ajuda aos criados para descobrir onde Carlo estava.

Ela bateu na porta, hesitante, e ele permitiu que ela entrasse. O quarto era lindo, mas provavelmente não era dele. Em uma das portas da antecâmara dava para ver saias de vestidos, na outra, jogos, um cavalete com uma pintura meio inacabada e um piano belíssimo, mas ele estava na última, onde uma cama com dossel e uma estante abarrotada de livros a fizeram perceber, imediatamente, a quem aquele quarto pertencia.

— Esse quarto já foi da Clarissa e, há quase dez anos, pertence a Lis.

Ele não parecia estar lá por sentimentalismo, como ela imaginara, pois vasculhava os papéis de uma escrivaninha, todos levavam a letra da Lis, fosse em inglês ou francês. Lily agradecia constantemente pelas aulas com a família Delacour, pois eram raras as vezes em que as pessoas do castelo sabiam ou se lembravam de falar em inglês.

— Ela vêm pesquisando sobre os problemas na Corte desde o verão. Aqui tem cartas trocadas com soldados, informantes… — ele deu um sorriso torto — Sempre foi muito esperta, essa menina, mas imagino que ela mal saiba a importância dessas informações, ou as teria dado a mim há muito tempo — ele continuou folheando os pergaminhos, analisando-os.

— Tem alguma informação sobre os Pelletier? — ele balançou a cabeça levemente.

— Apenas algumas citações vagas, embora… eu consiga fazer ligações indiretas pelos aliados mencionados aqui — Lily não havia esquecido o motivo que a levara até ali, mas era boa em ler pessoas, e sabia que se esperasse um pouco mais, ele deixaria escapar algumas informações — Não fico surpreso que ela não tenha prestado atenção nos Pelletier, no entanto. Imagino que o primeiro contato dela com a família tenha sido quando conheceu o Nikolai no baile.

Lily inclinou a cabeça, confusa.

— Por quê? — ele não levantou os olhos para responder.

— Não é um nome muito mencionado por aqui. Minha irmã fugiu da França por conta de um casamento arranjado com o Cormand, e meu pai se recusou a caçá-la e puni-la, permitindo que ficasse longe, embora tenha tirado qualquer acesso dela à herança após o casamento dom Severo Snape. Apesar de isso só ter durado até ele descobrir sobre a Lis. Clarissa pode ter perdido o direito como herdeira, mas uma cria de um D’Noir sempre pertence à família. Sempre leva o sobrenome, e sempre tem todos os direitos de nascença, independente do que seus pais fizeram.

Ele balançou a cabeça. Sentia-se culpado por sua irmã ter ficado longe, por sua sobrinha ter crescido odiando a Corte, e por fim, por tê-la deixado ficar com o Lorde Pelletier naquela noite. Se sequer desconfiasse que ela se envolveria com ele, ou que ele iria para a escola dela, semanas mais tarde… Teria dissuadido ela, empurrado a sobrinha para algum camponês bonito que fosse filho de um aliado seu, já que ela parecia querer tanto esse tipo de diversão. Ela o ouviria, e entenderia, e não se meteria em toda essa confusão. Ninguém sabia desses seus pensamentos, no entanto, e ele não os diria em voz alta.

— Então — ele pigarreou, falando com a ruiva no quarto. Tão diferente de sua Lis, com aqueles olhos selvagens — Você queria falar comigo?

E Lis contou a história toda sobre a engenhoca americana que permitiria que eles entrassem em contato com a Inglaterra, para fazer planos, trocar informações, e Carlo D’Noir ficou em algo entre o entusiasmo e a incredulidade. Aquelas coisas curiosas que os americanos inventavam! Ele sempre dizia ao pai que ficar tão isolados do progresso do mundo bruxo não era bom. A menina havia dito que combinara com os amigos no dia seguinte, no mesmo horário, e Carlo concordou, deixando-a voltar e contar ao amigo as novidades, enquanto ele se dirigia ao próprio escritório.

Aaron o aguardava lá. Carlo havia recebido a notícia da chegada dele no território há algumas horas, ele havia demorado para aparecer no castelo. O lorde era um dos mais novos do círculo de amizades de Carlo, apenas seis anos mais velho que Lis, e fora treinado por ele assim como a menina fora. O cabelo loiro dele era cortado como um soldado, ao contrário dos outros lordes, que gostavam de mantê-los até os ombros.

— Eu devia ter imaginado que ela não pretendia vir para cá. Sempre se jogou na frente do perigo. Eu devia ter mandado alguém para escoltá-la — Carlo dispensou as palavras do amigo com um gesto, sentando à mesa e colocando os papéis que achara no quarto da sobrinha em cima dela e escondendo o rosto entre as mãos.

O lorde entendeu o recado e tomou uma cadeira em frente à mesma mesa, suspirando. Carlo sabia o quanto Aaron gostava de sua sobrinha. Esperava que não ficasse muito decepcionado quando soubesse que ela já havia escolhido a própria companhia. Ele podia sentir a animação dela ao contar, apesar de toda a guerra, que estava namorando o garoto Potter.

— Não estou preocupado com ela, Aaron. Ela sabe se cuidar, nós, com certeza, fizemos o possível para garantir isso nos últimos anos — o homem anuiu com a cabeça — Mas se aquele garoto Potter morrer nas mãos de Cormand... — ele balançou a cabeça — Não podemos permitir isso. Precisamos invadir o castelo antes que ele decida que seria útil dar um aviso ao auror inglês.

— Não temos homens suficientes, Carlo. Todo o exército dos Pelletier é composto de bruxos, e quase todos os do seu pai estão com ele. Nós temos alguns que lutariam em seu nome, mas ainda assim, não bastariam. Seria um massacre.

Sempre a voz da razão, aquele homem. Sempre a pedra firme em meio à tempestade, e por isso era o segundo no comando, o imediato de Carlo. Mas ele não tinha as informações que ele tinha. Lis não percebera que ao mapear as outras cortes, revelara a incrível falha na segurança dos Pelletier, mas ele, sim. E ainda havia os aurores da inglaterra, ele pediria para falar com Harry Potter no dia seguinte, ele apresentaria o plano que já se formava em sua mente.

— E se eu disser que podemos consegui-los?

 

***

 

O quarto de Nikolai sempre seria organizado demais para Kaleen. Os livros sempre, meticulosamente, organizados em ordem alfabética; as anotações e papéis etiquetados e guardados em suas gavetas, tudo sempre muito limpo, nem uma meia fora de seu armário, onde era apropriado. O lugar sempre brilharia demais para o gosto dela, em tons brancos e dourados, nem um sinal da cor Pelletier em qualquer um dos móveis ou tapeçarias.

O seu próprio era sempre uma zona, nem mesmo os criados e elfos domésticos tinham autorização de organizar, embora a mágica daquelas criaturas fosse eficiente em limpar sem tirar nada do lugar. Negro, roxo e prata dominavam, junto com papéis e pergaminhos colados com feitiços adesivos em todas as paredes, onde pudesse ver todos os seus projetos mais recentes e acrescentar detalhes que lembrava de última hora. Os tecidos eram escuros, pois ela costumava manchá-los de tinta com frequência, e tinha preguiça demais para limpá-los com magia.

Kaleen não se importou de bater antes de invadir o quarto do irmão, encontrando-o em um raro momento de descontração, jogado sem camisa na cama enquanto lia um livro bem antigo. Ele a olhou, não muito surpreso, e esperou que ela sentasse na poltrona ao lado da cama.

— Casamento? Com a Snape? De onde surgiu isso?

Ele fechou o livro com um movimento só e respirou pesado ao sentar, os músculos definidos contraindo e esticando de uma forma que a deixava anatomicamente fascinada. Se não preferisse passar o tempo planejando e lendo, faria os exercícios com ele, da mesma forma que a Lis, e não teria os braços e pernas tão magros. O que a salvava, era a gordura que seu corpo acumulava nos quadris e lhe dava uma silhueta razoável. Não que ela se importasse com isso na maior parte do tempo. Os poucos garotos com quem havia ficado não reclamaram, tampouco.

— Não venha me dizer que é porque vocês estão apaixonados. Ela não me engana, muito menos você. Na verdade, principalmente você.

Ele não se importou em levantar. Apenas deu um sorriso de lado e deu de ombros.

— Então não tenho muito o que dizer. Você jogou minha única justificativa por água abaixo.

— E que tal a verdade?

— A verdade não é algo que você queira conhecer, maninha — ele levantou e bagunçou o cabelo dela de uma forma que a fez sibilar. Ele sabia que ela odiava quando ele fazia aquilo — Então não me pergunte, pois não vou poder responder.

Ela olhou para ele, indignada, demonstrando mais emoção em alguns minutos do que geralmente mostrava em dias.

— Estou cansada de você me escondendo as coisas, Nik! — ela levantou de vez — Tenho quase dezoito anos, não sou mais criança! Você não pode ficar me protegendo a vida inteira.

Ele suspirou e fechou os olhos, engolindo em seco.

— Eu não tenho nada a te dizer, Kaleen. Você já pode ir — ela paralisou. Ele nunca a havia expulsado antes, mas se manteve impassível.

— Ótimo, então. Tchau.

Kaleen saiu pelo corredor, quase querendo chorar. Duas respirações foram suficientes para se recompor antes que seu pai cruzasse o corredor, acompanhado de um lorde que ela mal conhecia. Ele era jovem, bonito e brilhante demais para ela. E sorriu como um lobo ao vê-la.

— Filha! — seu pai a cumprimentou com um sorriso satisfeito, como se esperasse encontrá-la naqueles corredores — Venha, deixa eu te apresentar ao lorde Jean Chevalier. Monsieur Chevalier, essa é minha filha, Kaleen.

O lorde se dobrou em uma reverência bajuladora, o cabelo não era deixado até os ombros, mas cachos castanhos caíam sobre seu rosto no gesto. Kaleen manteve seu rosto desinteressado enquanto ele beijava sua mão com um sorriso. Seu pai apresentava vários lordes por semana quando ela estava no castelo, e ela sabia que iria querer casá-la com algum deles, então se recusava a ser minimamente simpática com eles.

— Gostaria de dar uma volta, mademoiselle? — Kaleen congelou por alguns segundos, e ela quase via o pai começar a responder por ela. Ela não queria andar com ele, mas não tinha nenhuma desculpa para dizer não.

— Kaleen! — uma voz melodiosa atravessou o corredor, e Kaleen viu um vestido azul com cinza vir balançando em sua direção, acompanhado de curtos cabelos ruivos — Finalmente te encontrei! Você está atrasada para o nosso chá.

A morena não demorou muito para entrar na história dela, mesmo não sabendo porquê a Snape estava fazendo aquilo por ela. Não ia recusar a oportunidade de escapar de um passeio com alguém que detestava sem nem ao menos conhecer.

— Mas é claro, como eu pude esquecer? — sua voz era suave, se forçasse demais, seu pai desconfiaria — Eu tenho que passar um tempo com a garota que logo será da família — ela virou para o lorde — Quem sabe passearemos outro dia? — Com sorte, aquele ali ficaria pouco no castelo.

Lis abriu um sorriso enorme, parte de uma máscara bem feita, agarrou o braço de Kaleen e a arrastou na direção dos quartos, tagarelando coisas sem sentido para continuar a personagem.

— Por que fez isso, Snape? — ela deu de ombros, as duas já andavam em um ritmo normal.

— Eu ouvi ele te chamando pra sair, e conheço a peça. Odeio aquele homem — ela fez um gesto vago com a mão, indicando o corredor que elas deixaram para trás.

Kaleen parou quando as duas estavam longe o suficiente.

— Ué, parou por quê? — ela franziu as sobrancelhas. O que aquela garota queria?

— O chá era apenas encenação — ela falou o óbvio.

— Idaí? Você tem algo para fazer? 

— Não… — ela pretendia passar no quarto dos Weasley, mas não iria admitir isso. Fora que, provavelmente, não deveria fazê-lo fora do turno dos guardas D'Noir. Os Pelletier a delatariam ao seu pai.

— Então. Comer um pouco nunca fez mal para ninguém — ela fechou um pouco a expressão — Fora que eu to meio sozinha por aqui… Por favor.

E então Kaleen pôde entender o que diziam sobre olhos de cachorrinho perdido. Um suspiro. Ela se arrependeria disso, com certeza. Revirou os olhos e olhou para a Lis, que parecia, realmente, sozinha demais. Kaleen também nunca teve muita companhia, além das damas tagarelas. Então ela enlaçou novamente o braço com o da garota.

— Tudo bem… Um chá. Mas se você não me conseguir um bolo de chocolate, eu volto para meu quarto.

 

***

 

Já era a quarta vez que eles entravam em contato com os franceses e, felizmente, para Alvo, seu pai desistiu de mantê-lo fora dos planos. Carlo D’Noir se mostrara uma pessoa objetiva e útil, o lorde sempre ao lado dele era sempre racional e extremamente inteligente, sempre cobrindo as falhas em todos os planos.

Os aurores estavam reunindo forças, fazendo planos, e tudo indicava que atacariam em duas semanas. No momento, estavam fazendo reconhecimento do território Pelletier, dos soldados, das locações dos guardas e exércitos. Aparentemente, estavam tão ocupados com alguns planos perto da fronteira, que o lugar onde eles estavam reunidos estava relativamente desprotegido, comparado aos outros.

O plano era inutilizar o transporte mágico ou não das bases mais próximas, para que não conseguissem dar socorro quando o ataque ocorresse. O maior problema, no entanto, era o treino anti-magia de todos os soldados franceses, que usavam roupas e materiais feitos para comper feitiços e silenciar maldições lançadas a eles.

Naquele dia, no entanto, a ligação foi por outro motivo: Carlo finalmente havia conseguido entrar em contato com pessoas dentro do castelo. Demorou, mas ele tinha notícias dos primos e do irmão de Alvo. Lily e Escórpio pareciam apreensivos, do outro lado da imagem projetada. Maia havia enviado um dispositivo para eles, algo que avisaria quando eles precisassem que a comunicação fosse estabelecida, e ele o utilizara imediatamente ao receber as notícias.

— Pronto, a ligação está estável. Pode nos dizer o que descobriu — O pai de alvo estava sentado em uma cadeira, o semblante sério enquanto aguardava.

— Certo. Apenas confirmamos a informação de que os irmãos Weasley estão lá. Estão bem, pelo que parece. Meu pai ainda está garantindo a segurança dos dois. Se depender dele, nenhum ferimento será feito aos dois. Embora… tenha havido um interrogatório, quando Arcturo se ausentou. Não acredito que existirão mais desses.

Alvo não conseguia deixar de sentir que ele estava começando pela notícias mais amenas. Todos tinham uma certa noção de que Rose e Hugo estavam relativamente bem, pela carta dela.

— E o James? — Gina se adiantou, aproximando-se de Harry ao perguntar.

— Creio que ele não tenha tido a mesma hospitalidade. Segundo meu contato, ele está bem, agora. Também está sob a proteção do meu pai, mas parte do motivo para um ataque tão urgente ao castelo é que eu não confio em Cormand Pelletier, e ele pode, muito bem, decidir que o garoto não é mais útil. Não queremos que isso aconteça. Por hora, no entanto, está bem o suficiente, ninguém tocará nele. Não duvido que a minha sobrinha tenha pedido pela proteção dele aos soldados, mesmo se não tiver pedido diretamente ao meu avô.

— E a Lis? — a pergunta não veio de Severo Snape. Não, ele sabia o quão bem a filha se virava por lá, mas os outros não, principalmente para Minerva Mcgonagall.

Carlo abriu um sorriso tranquilizador.

— Tenho certeza de que vocês não precisam se preocupar com ela. Lis é parte desta corte, tem sangue D’Noir. Meu pai nunca deixaria qualquer um encostar um dedo sequer nela sem perder a mão. Fora que nós a treinamos muito bem — ele riu junto com o lorde ao seu lado, como se fosse uma piada interna, e ninguém mais entendeu — Agora, precisamos desligar. Vamos entrar em contato com os nossos homens disponíveis aqui, e procurar por quaisquer informações. Temos quinze dias para invadir o Castelo Pelletier e acabar com essa guerra.


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