Still Alive escrita por Jubs Malfoy


Capítulo 32
Nada mais importa




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Lis reconhecera Hansel e Gretel sem nem precisar de apresentações: a reputação do casal de irmãos mais perigoso da França os precedia há anos. Antes mesmo de entrar em Hogwarts, ela já ouvia histórias a respeito deles, do que faziam, e as descrições, com certeza, não eram inventadas ou sequer exageradas.

Hansel era um homem tão alto quanto largo, seu tamanho perdia apenas para Hagrid, que era meio gigante, mas ele não tinha nada da bondade do guarda-caça. Cada braço seu era da grossura do tronco de Lis e carregado de tantas tatuagens e cicatrizes que formava uma obra de arte grotesca, mais parecendo um entalhe desgastado do que carne. Seu rosto tinha tantas cicatrizes quanto o resto do seu corpo, e seus músculos intimidadores eram desnecessariamente cobertos por uma armadura aterrorizante. Somente sua presença fazia o lugar parecer incrivelmente menor.

Sua irmã não ficava atrás. Era, pelo menos, dois palmos maior que Lis, e olha que a menina Snape não era uma garota baixa. Sua crueldade e sadismo estavam expostos no seu rosto tanto quanto no do seu irmão. Sua armadura evidenciava o corpo nada feminino, e o cabelo era raspado rente ao couro cabeludo, que era preenchido com tatuagens horrendas. Lis não conseguia evitar a ironia: para os trouxas, Hansel e Gretel foram crianças sequestradas por uma bruxa e, em algumas lendas, dedicam a vida para exterminar essa “raça pecaminosa”. No entanto, aqueles dois eram bruxos caçadores. E caçadores de trouxas.

Lis engoliu o terror que subiu pela sua garganta ao vê-los na porta do seu quarto, e escondeu a insatisfação quando anunciaram que a escoltariam até o salão, onde o Lorde Pelletier a aguardava. Lis aproveitou os momentos para estudar novamente os corredore: precisava decorar cada caminho e passagem. No entanto, seu foco não estava completamente nisso. Algo estava errado. Ela teve certeza disso quando viu os irmãos trocarem entre si caretas que deveriam ser sorrisos.

Estavam todos lá. Todos os Lordes e Ladies que permaneciam no castelo, vários soldados, incluindo a guarda pessoal de seu avô, que o cercava como sempre, até mesmo Rose e Hugo. Lis teve que se esforçar para não arfar quando viu uma mancha roxa no rosto do menino e precisou de alguns segundos para retomar sua postura implacável e decidir onde iria se posicionar. Não havia lugar sobrando perto dos Pelletier. Não, hoje ela estaria com a família. Ou o que quer que compartilhar o mesmo sangue significasse ali.

Jean se afastou do avô dela, abrindo espaço e encarando-a com um olhar significativo. Ela desviou o olhar do soldado ao seu lado para os irmãos Pelletier. Nikolai estava visivelmente ansioso, provavelmente querendo saber o que faziam ali. Kaleen estava impassível, mas Lis reparou como os olhos dela derivavam para os irmãos ruivos vez por outra. Rose e Hugo olhavam para Lis, espantados, aparentemente sem saber o que pensar, sem entender o que ela fazia ali sem o exército de aurores de Harry Potter. Lis, no entanto, apenas aguardava.

Um gesto do Lorde Cormand e os irmãos grotescos, que já haviam atravessado o salão trouxeram uma pessoa que, no momento, era mais uma massa disforme do que gente. O rapaz precisou ser arrastado, mas não foi com gentileza que Hansel o jogou no centro do salão, onde ele caiu esparramando sangue e com a barriga para cima. Arquejos foram ouvidos, e Lis precisou de todas as suas forças para segurar sua própria respiração.

Era James. Quebrado, sangrando, quase inconsciente. Cortes marcavam seu rosto, e sua roupa estava em frangalhos, com manchas de sangue fresco que fizeram Lis imaginar quanto tempo ele ficara nas mãos daqueles monstros. Não era possível. Ela partira há pouco mais de 24 horas… Não era possível ele ser tão idiota assim para ir atrás dela sozinho.

Lis precisou esconder as mãos nas dobras do vestido, para que ninguém as visse tremendo, e Jean deu um passo para mais perto dela, transferindo um calor reconfortante. Ele sempre fora como um segundo pai para ela. Cormand se levantou de seu trono e se aproximou de James, segurando-o pelo queixo enquanto o garoto tentava, em vão, se levantar. Lis leu as palavras nos lábios dele, palavras que enviaram um arrepio por sua coluna. Potter.

— Esse rapaz foi encontrado em minhas estradas ontem à noite — Merlin. Ele passara a noite com eles — Meus guardas o reconheceram como um Potter, filho daquele Auror que nos dá tanto trabalho… Nada demais, no entanto — ele levantou, girando para a multidão enquanto falava. Aquilo era um espetáculo, na cabeça dele — Até… Nos seus sonhos de delírio, ele sussurrar um nome, segundo meus soldados, de novo, e de novo, por horas — ele fez uma pausa dramática e encarou a menina D’Noir nos olhos — Lis.

Ela conseguia sentir os olhos de todos em cima dela, mas não conseguia sentir as próprias mãos. Um gelo se apoderara de seu corpo, e ela desconfiava que tremeria dos pés à cabeça se sequer respirasse. Ela voltou os olhos para o namorado, que a encarava com dor, sem registrar quem ela era.

— Então, Lady D’Noir — Cormand recomeçou, quase fazendo-a saltar onde estava — Você conhece esse garoto?

Uma segurança que ela não sentia firmou sua voz, milagrosamente.

— Conheço. James Potter — ela ousou abrir um sorriso, esperando que parecesse debochado — Não é muito inteligente. Acreditou que eu o amava, que estava do lado dele, quando eu queria informações sobre a guarda inglesa. Deve ter vindo, desesperado, pensando que eu estava em perigo — ela ganhou mais confiança com a mentira, arriscando um riso fraco — Nem imagino como encontrou o caminho até aqui. Deve ter subornado algum camponês desavisado quando perdeu meu rastro — ela imaginou que pudesse ser justificativa suficiente. Um feitiço localizador seria suficiente para rastreá-la até o condado, onde as proteções não eram tão fortes. No entanto...

Cormand a encarou, desconfiado, e por um segundo ela teve medo de tudo ter dado errado, mas ele riu, gargalhou, e se voltou para o garoto jogado, com diversão nos olhos. Para a sorte de Lis, ele estava alheio ao que acontecia, ferido demais. A ausência da surpresa por parte dele não seria problema. Por enquanto.

— Então… O que faremos com ele? Imagino que matá-lo não nos ajudaria com as negociações — Cormand falou, parecendo desinteressado.

— Deixe-o comigo — Lis se surpreendeu ao ouvir a voz do avô ao lado dela — Gostaria de interrogá-lo. Ele deve ter mais informações que a prima.

O Pelletier fez um gesto distraído. Não se importava com aquele brinquedo quebrado. Só queria atingi-la, mas aparentemente não deu certo.

— Mas ele ficará nas masmorras. Não ache que desperdiçarei mais um dos meus quartos porque você tem pena dos prisioneiros. Nem soldados. Responsabilize-se você de mantê-lo quieto — o avô dela deu de ombros — Levem-no daqui. Tirem esse garoto da minha frente. O resto de vocês… estão dispensados.

Lis acompanhou cada segundo enquanto arrastavam seu James para fora do salão. Precisou de toda a força que nem sabia existir para manter uma máscara fria, dar meia volta e sair daquele lugar. Sua mente estava a mil. Todo o seu plano, tudo o que a trouxera ali, estava arruinado. Nunca que ela conseguiria sair com os três em segurança daquele castelo. Ela não poderia escolher os Weasley, pois seu coração não permitiria, e se escolhesse James… ele nunca a perdoaria.

Ela teve a impressão de ouvir uma voz chamando-a, mas ela ignorou. Não conseguia pensar com clareza. Nem sabia como havia acertado o caminho para seu quarto quando deu de cara com a porta, que empurrou sem entusiasmo, trancando-a por dentro antes de desabar contra ela, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Ela estava completamente perdida. E o pior, seu amor seria arrastado ao abismo com ela.

 

***

 

Rose precisou ser arrastada de volta para seu quarto. Ódio e dor tomavam conta do seu corpo de uma forma que ela não se importava em manter-se quieta, em ser a refém cooperativa para que seu irmão não se machucasse. Eles haviam destruído James, e riam enquanto ele estava jogado no chão, sem conseguir absorver o que acontecia ao redor.

E seu ódio, no momento, tinha nome. Lis D’Noir Snape. Ela não conseguia entender o que aquela garota fazia ali, usando um vestido bonito, com a postura de realeza, enquanto era escoltada por soldados, enquanto tomava o lugar ao lado do avô. Rose elaborou mil teorias que envolvia ela se tornando uma espiã. Afinal, aquela garota, com todas as suas máscaras, talvez fosse capaz de enrolar aquela corte, talvez a mando do seu tio, ou por conta própria. Rose se permitiu ter esperança. Até que eles o trouxeram.

Todos perceberam a surpresa nos olhos azuis da garota, que demorou muito para responder. No entanto… ninguém seria capaz... nem mesmo aquela garota seria atriz o suficiente para fingir aquele deboche, aquela leveza, quando o garoto que ela amava jazia estatelado no chão, semimorto. Não de forma tão convincente. Então Rose entendeu. Não era mentira. Provavelmente, ela até mesmo o atraíra até ali. O avô dela parecia tão satisfeito, embora tentasse aparentar desinteresse.

Quando a viu deixando o salão com tamanho desinteresse, ela gritou, e xingou aquela ruiva mimada e falsa. Chutou todos os guardas e se esguelou, mas Lis nem sequer pareceu reparar, andando para longe, enquanto os guardas do avô dela a arrastavam de volta para o quarto, enquanto Hugo chorava, de medo, de terror ao vê-la com tanta raiva. Ele implorava para que ela parasse, mas ela não conseguia.

Lembranças dela com James invadiam sua mente. Ela não era a prima favorita, sempre certinha demais para o jeito maroto dele, mas fora ele quem a ensinara a fazer amigos; fora ele quem, secretamente, impedia as outras crianças de tratá-la como sua mãe fora tratada na sua idade. Fora ele quem brigara com ela por meses por ter ficado sem ação perante as palavras do pai, por não ter ido atrás do Escórpio. Ele era seu heroi quando ela era pequena, e agora, tentara ser o heroi dela de novo, e fora traído.

Ela pôs seu café da manhã e o resto do seu intestino para fora assim que a trancaram de volta no quarto. A imagem de James jogado e sangrando voltava de novo e de novo em sua mente, forçando seu estômago a jogar fora o que já não tinha. Ela não conseguia chorar. Sua garganta ardia com a bile e com os gritos que dera. Ela sentia Hugo próximo a ela, sentia o medo dele de ela ter outro ataque. E realmente foi o que aconteceu.

Rose gritava enquanto jogava no chão tudo o que fosse quebrável naquele quarto. Vasos, pequenas porcelanas e decorações de vidro, a louça da última refeição. A dor a deixava cega e entorpecida, e ela apenas escutava ao longe o choro baixo do seu irmão enquanto ela transformava o quarto arrumadinho em uma zona de guerra, sem se importar se eles seriam expulsos e mandados de volta para as masmorras depois daquilo. Pelo menos estaremos no mesmo lugar que James. Ela pensou com amargura, soltando uma risada sinistra.

A última coisa quebrável era o espelho do banheiro, mas ela parou antes de atirá-lo no chão, olhando como estava. Parecia uma louca. Seus cabelos cacheados e cheios estavam embolados, como se ela tivesse acabado de ter uma noite selvagem com alguém. Suas bochechas traziam marcas de lágrimas que ela nem percebera que escorriam. Seus braços ostentavam hematomas recentes, provavelmente feitos pelos guardas que a trouxeram pro quarto. Além disso, cortes e lacerações decoravam sua pele, efeito de ter quebrado todas aquelas coisas, mas ela não sentia dor alguma. Ela não sentia o próprio corpo.

Ela parou e encarou seu irmão soluçando. Suas mãos soltaram o espelho, que permaneceu intacto, e suas pernas cederam enquanto ela soluçava e ela se arrastou para o chão, cortando mais as mãos com algo que ela não identificou. Ela enxugou as lágrimas, para depois perceber que provavelmente estava manchando o rosto todo de sangue e soltar uma risada amarga, assustando ainda mais seu irmão. Ela estava louca.

 

***

 

A dor vinha em ondas enquanto eles apontavam a varinha para ele. Parecia que sua coluna ia se partir, e ele não conseguia mais trazer ar para seu pulmão. A dor parou por alguns segundos, dando tempo para ele respirar, mas então vieram os murros. James não conseguia enxergar direito, mas sabia que a pessoa que o batia devia ter o tamanho de Hagrid, e a força de um elefante, pois cada golpe parecia querer arrancar seu queixo do crânio.

Eles o enchiam de perguntas. Se estava sozinho, como chegara lá, mas ele não confiava em si mesmo para uma mentira convincente e apenas se calava. Ele precisava proteger sua irmã, Escórpio, e Lis. Lis… Ele sempre pensava nela, a cada golpe, a cada pontapé, a cada cruciatus que recebia. Esperava que ela não estivesse sofrendo como ele estava.

O pior vinha ao final de cada seção. Duas vozes convocavam uma terceira presença, silenciosa, que derramava em sua boca um líquido terrivelmente doce, que espalhava um bem estar em seu corpo e curava algumas de suas dores. Ele poderia jurar que sentira os ossos das costelas se remendando, e torcia para não terem feito isso de alguma forma errada. O alívio, no entanto, não durava muito. Logo, tudo recomeçava.

Eles eram criativos. Usavam lâminas afiadas, luvas de aço, os próprios punhos, botas com chumbo, cera de vela, tudo o que o fizesse gritar até que não tivesse mais voz, até que a dor em sua garganta se unisse às dores em seu corpo inteiro, até que ele estivesse tão perto da inconsciência que mal sabia direito o que falava. Era quando eles começavam com os feitiços, partindo-o com uma palavra. A dor era pior do que qualquer outra que sentira, e nenhum grito parecia suficiente para fazê-la parar.

No entanto, eles paravam. Não o permitiam chegar perto da morte, ou da loucura, embora ele soubesse que enlouqueceria se aquilo continuasse por muito mais tempo. No entanto, ele nada dizia. apenas repetia para si mesmo um nome. Um rosto. Sua luz, sua esperança em meio aquilo tudo. Lis.

James saía e entrava na inconsciência mais vezes do que podia registrar, e quase não conseguia distinguir o que era pesadelo do que era realidade. Não sabia se as cenas que se repetiam em sua mente eram passado ou ainda estavam acontecendo. A dor era real, disso ele sabia, a sentia quer dormindo, quer acordado, estava lá, o tempo todo, mais presente do que tudo.

Ele tinha uma pequena impressão de ter sido mudado de lugar, de estar em um salão enorme e de uma mão fria tê-lo tocado, acompanhada de uma voz arrastada. Tinha a impressão de tê-la visto em um vestido lilás, ou era azul? Mas não sabia se era real, afinal, ele a via o tempo todo, em todos os seus sonhos e delírios…

Um pano frio foi posto em sua testa, e ele viu uma mulher de feições fortes e uniforme de guarda preto molhá-lo de novo e repô-lo antes de ele mergulhar novamente para o nada. Da segunda vez, um copo frio com água fresca foi empurrado em seus lábios, e ele tinha a leve sensação de estar sem roupa. Não que se importasse mais. Sentia seu corpo queimando, estava com febre, e não conseguia registrar muito mais do que toques suaves em seu corpo.

Quando finalmente conseguiu se manter acordado o suficiente, percebeu que estava em uma masmorra. Era parecida demais com as que tinham em Hogwarts, e ele se deu conta do porquê de Lis se sentir incomodada com a própria sala comunal, às vezes. Dois guardas o encaravam, e ele reconheceu o senhor negro de uma das fotos.

— Jean — a palavra saiu quase um murmúrio, mas o homem o olhou com um olhar repreensivo antes de empurrar um prato pelas grades.

Era uma sopa fria e um pedaço de pão, mas estavam deliciosos e pareciam conter algum tipo de poção de cura misturada a eles. James provavelmente não deveria confiar, mas o homem apontou uma insígnia em seu peito: uma flor-de-Lis rodeada de luas e estrelas. Seu olhar era penetrante, e ele entendeu o que queria dizer. Então tomou a sopa a pequenos goles, inseguro do próprio estômago, e se permitiu mordiscar o pão, antes de devolver os dois para o guarda.

Ele se avaliou. Estava com a mesma roupa de quando saíra, mas ela estava quase destruída e com manchas de sangue que ele acreditava pertencer a ele. No entanto, sua pele parecia quase limpa, como se alguém o tivesse banhado em sua inconsciência, e os cortes já estavam quase fechados. Não era agredido há, no mínimo, umas oito horas. No entanto, continuava com dor, uma dor constante e, talvez menor do que a que sentia antes. Mais suportável do que a pós-sectumsempra, com certeza.

Uma capa, que não era dele, estava dobrada, para servir de travesseiro, e ele aceitou o convite. Provavelmente passara o dia, ou dias, desacordado, mas estava mais do que exausto. Seus olhos se fechavam com uma facilidade incrível, e rla melhor ele estar aninhado e acolhido contra a parede e uma capa velha do que simplesmente apagar ali, no chão.

Ele acordou com sussurros. Os guardas não estavam perto dele, no momento, e ele ouvia uma voz feminina falar com autoridade, antes de se tornar quase suplicante. Estava escuro demais. apenas alguns archotes iluminavam o lugar, e ele não tinha noção de se era noite ou dia. Ele ouviu passos, e se encolheu na parede.

Não era uma silhueta masculina, parecia usar vestido e uma capa, e ele se afastou de seu canto, se aproximando das grades. Ele ainda não conseguia ver quem era, mas percebeu como a figura parecia hesitante em se aproximar e, ao mesmo tempo, desesperada. Ela se ajoelhou em frente às barras que o mantinham trancado, e ele ainda não conseguia ver com nitidez seu rosto, no entanto… Ele reconheceria aquele cheiro em qualquer lugar.

Ela abaixou o capuz e aqueles olhos azuis o encararam. Havia tanta dor, tanto medo ali, e ele estendeu a mão para tocá-la. Precisava ter certeza de que não era um sonho, de que ela estava mesmo ali. Seu anjo... A única por quem suportara todo aquele sofrimento. Ela parece bem. Ele pensou com satisfação.

A dor tomou seu corpo todo enquanto ele acariciava seu rosto, enquanto enxugava as lágrimas que surgiram nos olhos dela, enquanto avançou para beijá-la, sentindo aquele sabor doce em seus lábios. Mas ele não se importava. Não existia dor, não existia mais nada que tivesse valor para ele. O mundo que se danasse. Ela estava ali. Sua Lis estava ali. Viva e inteira. Era somente aquilo que importava agora.


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