Still Alive escrita por Jubs Malfoy


Capítulo 28
Memórias


Notas iniciais do capítulo

Aos que esperaram pacientemente uma continuação, minhas sinceras desculpas. Esse ano foi uma loucura. A Stef, que me cobra esse capítulo há algumas semanas, obrigada por me apoiar. Boa leitura!



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— Sev, querido, acorde. Você estava tendo um pesadelo.

Severo Snape encarou a ruiva ao seu lado. Clarissa sorria, preocupada. Eles estavam juntos há seis meses, e não era a primeira vez que ele a acordava daquela forma: gemendo e se debatendo no sono. Ela se aproximou dele com os movimentos manhosos, os olhos azuis sugavam sua alma; olhos tão jovens e inocentes, mas que já haviam visto mais do que uma mulher da idade dela deveria ter visto. Ele havia se apaixonado por aqueles olhos, aquelas sardas, aquela boca. Logo ele, que acreditava não ser possível se apaixonar por mais ninguém.

— Me conte, Sev… Me conte com o que você sonha toda noite. O que te atormenta tanto?

Ele suspirou. Não queria falar, tinha medo de como ela reagiria, mas não havia nada que ele não fizesse quando ela sussurrava daquele jeito. Então, ele contou, em meio à dor, e às poucas lágrimas que ainda lhe restavam. Contou como se apaixonara, e como perdera o único amor que conhecera na vida. A traição. As mortes. Seus pecados. A vida dupla. O medo e a dor com que convivera a vida toda. As cicatrizes em seu corpo e alma. Contou como o amor o salvara e a gratidão o redimira. Revelou, pela primeira vez, o quanto ainda lutava para sobreviver cada dia.

O silêncio se fez ao fim de toda a história. Ele nem conseguiu olhá-la. Nunca havia dito tais coisas a ninguém. Tinha certeza de que ela iria embora, de que se daria conta de como ele era destruído por dentro e o abandonaria. Mas quando ele conseguiu coragem para encará-la… não apenas ele estava em lágrimas.

 

A lembrança se esvaneceu, avançando no tempo. Ela não o abandonara…

 

Eles dividiam a cama. Abraçada a ele, ela traçava com os dedos a cicatriz no braço esquerdo do amante. A Marca Negra sumira junto com o Lorde das Trevas, mas um corte retalhado permanecera; algo como um raio, ou uma queimadura. Formava um par medonho com as marcas das presas de Nagini em seu pescoço. Severo se incomodava com elas, e isso não escapara à atenta menina D’Noir.

— Não tenha vergonha de suas cicatrizes — ela sussurrou — elas são o registro do que você passou, do que precisou fazer para sobreviver.

Clary sentou, descobrindo o busto e a barriga. Tudo nela emanava leveza e juventude; mesmo em um momento como aquele, somente vê-la o fazia sorrir. No entanto, o sorriso sumiu quando ela apontou para o próprio corpo. Severo já a tinha visto daquela maneira diversas vezes, decorara cada sarda, cada pedacinho e, com certeza, reparara naquelas cicatrizes que Clarissa não exaltava com histórias divertidas, como fazia com as outras, e que agora traçava com os próprios dedos.

Eram duas linhas finas, alguns tons mais brancos que a pele dela. Uma começava nas costelas, e terminava no umbigo. A outra saía de seu pescoço, atravessava o colo e ia até o seio esquerdo. Pareciam ter sido cortes feios.

— Minha vez de contar uma história triste, Sev — ele a cobriu novamente, e ela se encostou na cabeceira da cama — Pra começar, meu pai me prometeu em casamento aos 16 anos. Sim, isso é comum de onde eu venho — ela suspirou, ele ouvia atentamente — Cormand, era o nome dele, apenas cinco anos mais velho que eu. Eu não queria me casar. Queria terminar a escola, ter um trabalho, esperar alguns anos antes de formar uma família, de preferência bem longe dali. Meu pai não me ouvia. Minha mãe apenas dizia que eu tinha sorte de ele ser jovem, bonito, e gostar de mim… mas ele não era bom.

A voz dela estremeceu, e ele viu a dor remanescente em seus olhos. Ela se encolheu antes de continuar, abraçando os joelhos.

— Eu via como ele tratava os criados,a crueldade. Eu não podia ficar ali. Dois meses naquele castelo, um dia antes do meu casamento, eu fugi. Conhecia o caminho, mas estava a pé, e ele descobriu que eu havia fugido. Ele me caçou, Sev, como se eu fosse um animal. Sabia para onde eu iria,e quando me encontrou, apenas sorriu. E aquele sorriso…

Severo a viu se encolher ainda mais. A cada palavra dela, a raiva surgia nele, mas não interrompia a história. Não era a primeira vez que ela a contava — ele percebeu — mas com tantos detalhes… podia apostar que ele era a única pessoa a ouvi-los. Não tentou abraçá-la, apesar de querer, pois ela não deixaria.

— Ele me tinha lá, à sua mercê, mas acredito que estava possesso demais para tentar me forçar; queria provar que eu era dele. Ele tinha uma adaga, sabe? As pessoas chamavam-na de Estripadora, por conta do que que ele fazia com ela. Ele cortou minha barriga quando rasgou meu vestido. Enquanto eu gritava, ele ria.

Uma lágrima desceu, mas ela não parou.

— A segunda ele fez devagar, sussurrando que eu era sua, descrevendo o que faria quando me tivesse no castelo, quando fosse sua esposa — ela suspirou, controlando a respiração — Ele não pretendia parar nessa, mas antes que pudesse começar outra, eu reagi. Não sabia lutar — ela riu em meio às lágrimas — pacifista até a morte, havia me recusado a aprender, mas conhecia o básico. Chutei Cormand entre as pernas, e peguei a adaga que ele deixou cair, acertando em sua coxa. Com sorte, pegaria na artéria femoral e ele teria que voltar ao castelo; na pior das hipóteses, o atrasaria e me daria tempo. Eu peguei o cavalo dele e fugi.

Ela se endireitou e enxugou as lágrimas, e ele soube que o pior tinha passado. Apesar de toda a raiva que sentia, daquele homem, que machucara sua mulher, do pai dela, ele não falou nada. Severo apenas a abraçou, e ela voltou a deitar no peito dele, uma forma já familiar aos dois.

— E então? O que aconteceu? — ela riu, e retornou às carícias, raspando as unhas na pele dele.

— Um fazendeiro trouxa me encontrou. O filho dele, Jean, estava sendo treinado para a guarda do meu pai, e o homem me reconheceu. Ele sumiu com o cavalo, e a esposa cuidou de mim. Sem magia, demorei duas semanas até ficar boa: os cortes foram profundos. Eles conseguiram um lugar para mim em uma caravana de circo que ia para o sul, perto demais da Beauxbatons pra que eu pudesse ignorar. Olímpia permitiu que eu fizesse os N.I.E.M.s sem o sétimo ano, e perguntou à McGonagall se ela conhecia alguém para me empregar aqui… o resto você já sabe.

 

Ele realmente sabia. A memória voltou alguns anos, e ele se viu, vinte anos mais jovem

 

… arrumando as malas. O Ministério exigira dois anos de serviço obrigatório após o julgamento, e esse tempo havia acabado. Diria à McGonagall que estava de partida. Para onde? Ele não sabia. Precisava encontrar um sentido pra vida, agora que o filho de Lily não precisava mais da ajuda dele. A porta da diretoria abriu antes de ele bater.

— Severo, entre, eu estava mesmo precisando falar com você.

Havia outra pessoa com a diretora: uma menina, não parecia ter mais de 17 anos, mas não carregava inocência ou curiosidade juvenil no olhar, apenas uma impassibilidade fria. Ele abriu a boca para falar o que fora fazer ali, mas Minerva o interrompeu.

— Sente-se Severo. Esta aqui é Clarissa, nossa nova professora. Escute, eu sei que o seu tempo aqui terminou, mas… estava pensando. Estamos tendo dificuldade em encontrar um professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, então pensei que você poderia assumir o cargo esse ano, enquanto explica à Mademoiselle D’Noir como funcionam as coisas por aqui. É o primeiro trabalho dela, começar com tantas turmas… você sabe como é difícil — ele assentiu, ela havia falado tudo aquilo muito rápido, mas fez uma pausa — Isso se você quiser, é claro.

Ela o encarou. Por algum motivo, ela queria mesmo que ele ficasse, e ele aceitou. Os professores de DCAT não duravam muito, mesmo. A diretora fez ele acompanhar a garota pela escola, mostrando as salas, e explicando a dinâmica de Hogwarts. Ele a achava muito nova para ser professora, mas imaginava que ela não corresponderia às suas expectativas. Para começar, ele esperava que uma garota tão jovem e tão bonita fosse, no mínimo, um pouco mais alegre, mas não. A única emoção que ela demonstrou foi um leve espanto ao saber que daria aula nas masmorras, e voltou à indiferença total quando se acostumou à ideia.

Até mesmo para os padrões dele, aquela menina era bastante anti-social. Não mantinha conversas além de assuntos de trabalho, nunca comia com os outros professores no Salão Principal, e quando o fazia, era sempre a última a chegar e a primeira a sair. Quase um mês se passou antes de ela falar direito com ele.

— Por que todos os professores dizem que o cargo de professor de DCAT é amaldiçoado? — ele se surpreendeu com a pergunta trivial e com a curiosidade genuína em seu rosto, o que a deixava mais parecida com a idade que tinha, mas respondeu com naturalidade.

— Os professores não costumam durar mais de um ano. Tem uma rotatividade bem grande desde antes de eu estudar aqui.

— E você pretende passar mais do que um ano? — ele hesitou, era uma pergunta pessoal que ela estava fazendo? Ela estava tentando começar uma conversa?

— Não… apenas espero sair porque me demiti, não porque morri ou perdi a memória — ela parou o que estava fazendo e o olhou, espantada. Os olhos muito azuis, arregalados.

— Isso aconteceu de verdade? — ele confirmou, e ela fez algo que ele não esperava: riu. A risada aumentou até que ela estivesse gargalhando. Ele apenas a encarava, surpreso — Desculpa — ela se controlou, enxugando algumas lágrimas de riso — Eu sei que é trágico, mas, é tão absurdo — ela riu de novo, e dessa vez pôs a mão no braço dele — Boa sorte, você.

A convivência ficou mais fácil depois. Ela se mostrou bem mais alegre e aberta do que parecera a princípio, e ele foi o primeiro professor de DCAT em décadas a permanecer por mais de alguns meses. Dois anos depois, ele não sabia como, se apaixonou por ela. Aconteceu aos poucos: no começo, apenas gostava de estar com ela, de virar a noite trabalhando, e quando percebeu, estavam discutindo sobre sentimentos que ele nem se dera conta de que existiam.

Ela deu o primeiro passo. O primeiro beijo. Foi ela quem escapou do quarto em uma noite de tempestade, pedindo para dormir com ele, e então, por causa das provocações dela, nenhum dos dois dormiu aquela noite. Eles não eram namorados, não tinham uma definição para o que eram, mas compraram um apartamento em Hogsmead para passar alguns fins de semana, feriados e as férias de verão. Ideia dela, claro. Fora ela, também, quem começara com aquele assunto.

— Parece que você tem horror até à palavra “casamento” — não era a primeira discussão deles a respeito daquilo — Você me ama, eu sei disso, e eu também te amo. Eu te dei seu tempo, sabia que havia coisas que não havia superado, mas e agora? Por que não?

— Porque eu não te mereço, Clarissa! — ele exclamou, expondo o que o consumia antes de sentar, pondo a cabeça entre as mãos — Você é jovem, tem 22 anos, eu tenho mais de quarenta. Você merece alguém da sua idade, querida, alguém que te acompanhe em todas as suas aventuras, que tenha a vida toda a te dar, assim como você tem para viver. Você não quer se prender a mim, acredite. Não quer se prender a um homem destruído que nem eu.

Ela se ajoelhou, tomando o rosto dele nas mãos, sorrindo daquela forma que o fazia parecer uma criança, apesar dos anos que os separavam.

— Você ainda não entendeu as minhas prioridades, não é? Eu não ligo pras nossas idades, não ligo em ser filha de um conde e você, um professor — ela acertou o que ele pensava sem falar — Eu me importo em ser feliz. E você me faz a mulher mais feliz do mundo a cada dia. Eu posso passar a vida inteira em Hogwarts, ou em uma casinha em uma vila qualquer, porque eu quero uma vida chata e monótona com você, quero ser chamada de Sra. Snape, acordar com você ao meu lado. Quero ser sua esposa, Severo Snape.

Ela sorriu...

 

E não havia nada que ele não fizesse para vê-la sorrir daquela forma. O mesmo sorriso que o ganhava todos os dias na forma de uma mini-Clarissa, que nasceu não muito tempo depois. A lembrança mudou, e embora ele não tivesse ideia do que esperar, soube o que era antes de sua versão mais jovem falar:

 

— Grávida? — ele encarou a esposa. Os dois não tinham muito tempo de casados e não evitavam aquilo, mas ele não imaginava que aconteceria tão cedo.

Clary o olhava, em expectativa. Com certeza estava pulando de alegria por dentro, pois segurava o ventre como se já conseguisse sentir aquele broto de vida dentro dela, mas talvez estivesse com medo da reação dele. E por ela, para não magoá-la, ele pegou aquele pouquinho de felicidade e esperança que brilhara com a notícia e aumentou, rindo e carregando-a. Por dentro, o medo o consumia.

Como ele iria conseguir ser pai? Ele não tinha nenhuma referência. O pai dele agredia sua mãe, o maltratava, nunca soube ser amoroso; pelo menos, ele não se lembrava de qualquer momento assim. E se ele fosse tão ruim quanto? E se ele destruísse aquela criança como fora destruído? Nunca se perdoaria… Clary não o perdoaria.

Aqueles pensamentos permaneceram em sua mente por muito tempo. Sete meses e meio, para ser mais exato. Se Clary percebera o medo dele, não fizera nada para pressioná-lo, apenas irradiava aquela alegria crescente dela, contagiando-o. Eles deixaram Hogwarts quando ela entrou no oitavo mês, e não retornariam por um bom tempo. Não muito depois, ela deu à luz. Após horas de parto, e mais alguns minutos organizando o retorno para casa, ele entrou no quarto do St. Mungus. Clarissa, parecendo cansada, mas imensamente feliz, já segurava a filha deles nos braços.

— Quer segurar ela, Sev? — ele pegou o bebê, sem jeito, e a olhou. Tinha os olhos azuis como o da mãe, e os poucos pelos mostravam que seria ruiva. Ela se revirou nas mãos dele, e Severo se perguntou como o seu mundo todinho poderia caber naquele pacotinho de lençol azul. Ela era tão pequena. Ele a aproximou para beijá-la, o cheiro era tão bom que ele não conseguiu não sorrir. Aquelas mãozinhas minúsculas agarraram o cabelo dele, que já passava do ombro.

— Já conseguiu decidir entre Annabelle e Serafine? — ele riu; eram os nomes que ela sugerira caso fosse uma menina. Clarissa riu também.

— Mudei de ideia. Vamos chamá-la de Lis — ele arqueou a sobrancelha — O quê? Os outros eram desnecessariamente grandes, e pesados demais. Lis é uma flor, umas das minhas favoritas. É curtinho, leve, combina, não combina? — ela o olhou, com insegurança, e ele soube que não era por causa do nome. Ela estava com medo, queria saber se ali, vendo a filha, as dúvidas dele foram sanadas. Ela não conseguiria irradiar tanta felicidade se ele não estivesse feliz também.

Severo olhou para a filha de novo, como se a analisasse. Ela merecia ser feliz. Naquele momento ele decidiu ser o melhor pai que pudesse ser. Falharia, com certeza, mas não a abandonaria, nunca, faria ela tão feliz quanto pudesse.

— Lis D’Noir Snape… — ele sorriu, olhando para a esposa — É, combina.

 

Uma lágrima desceu em seu rosto. 13 anos, fora o quanto durara a história deles. Tão pouco tempo e, ainda assim, ele nunca foi mais feliz na vida do que fora durante aquele tempo. E Lis… nunca se arrependera dela. Achava que nunca conseguiria superar a morte da Clarissa se não fosse pela filha.

No começo, achou que estava destruído demais para conseguir cuidar dela direito; cometeu o erro de deixá-la dois anos na França, e se arrependeria eternamente por isso. Mas ela crescera maravilhosamente, e era seu orgulho. Afastando o pensamento, enxugou os olhos e focou a penseira. Ainda tinha uma lembrança que precisava ver.

 

Ele tinha acabado de pôr uma Lis de quatro anos para dormir, e Clary o esperava na sala com um pedaço de jornal. Ele identificou os nomes Cormand Pelletier e Arcturo D’Noir. Havia uma foto de um homem com suas esposa e dois filhos, que pareciam ter a idade de Lis.

— Sei que tenho estudado francês, mas ainda não entendo direito o que diz aí.

— Cormand entrou no Ministério Francês — ela respondeu, com uma careta — Aparentemente, ele e meu pai se odeiam agora, não concordam em nada no trabalho, e passam mais tempo discutindo sobre os pontos de vista deles do que sobre as leis. Meu irmão achou que eu gostaria de saber o que causei fugindo de casa há dez anos.

— E por que eles não se gostarem é culpa sua?

— Cormand nunca perdoou meu pai por não ir atrás de mim e me forçar a casar com ele — ela deu de ombros.

— Sempre me perguntei porque ele não fez isso.

— Acho que… apesar de tudo, ele continua sendo meu pai. Ou talvez minha mãe tenha pedido para me deixar em paz. Ele disse que eu tinha decidido o meu destino, e que ele não me receberia caso eu cansasse da “vidinha de professora” e quisesse voltar. Como se eu fosse querer.

— Cormand se casou…

— É, e teve dois filhos. Não sei os nomes deles…

 

Agora ele sabia. Kaleen e Nikolai Pelletier. Ele queria ter se lembrado daqueles nomes antes. Não fez a associação. Ele nunca teria permitido que sua filha ficasse com aquele rapaz, caso soubesse. Apesar de se sentir paradoxal, estava aliviado pela filha ter escolhido o Potter.

A porta da diretoria abriu, e McGonagall entrou. Ela se exaurira muito desde a morte de Dumbledore, mas esses últimos meses pareciam ter sido os piores.

Ainda aqui, Severo? Está muito tarde. O que está fazendo?

Procurando algo útil.

Tal pai, tal filha. Vocês deveriam descansar. Não podemos fazer muita coisa ela se aproximou da Penseira Clarissa? ele assentiu, ela suspirou  Quem diria que vocês dois ficariam juntos… Ela faz falta. Mas, agora, sua filha precisa de você, Severo. Vai pro seu quarto, durma, que eu preciso fazer o mesmo.

Boa noite, Minerva.

Boa noite, Severo.


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