A pulga do fantasma e outros poemas escrita por Curupira


Capítulo 3
Diversos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/721873/chapter/3

 A marca da corda

Solitárias são as larvas corrompidas

Se alimentam de minhas entranhas semivivas

Até que com olhar fúnebre de espanto

Do profano túmulo me levanto

Obra mortal não mais me importa

Quando minha humanidade jaz morta:

Todo tempo é um instante

Todo instante é esgotante

Ao redor de toda terra necrosada

Como da vil carne crocante

Lembro-me de ser enforcada

Preciso vingar-me d'um amante

Tenebrosa é a noite chegada

Ímpeto segue da tempestade

Todo ódio é uma vaidade

Contudo, não me sinto culpada

Atravesso as ruas, macabra

Procuro indícios da velha casa

Em que morta fora encontrada

Após uma peleja ser exagerada

O parado coração volta a arder

Sinto o terrível odor de um covarde

Meu ex-marido me torna a ver

Uma vingança torna-se realidade

 

Mareja à beira mar

O céu cobre o mar como em papel de embrulho

A branca crista cacareja para o azúleo

Espuma que surge sua forma lastreia

Estique-se até alcançar a areia

Da pesca continuam trazendo o manjar

Despede da terra e adore Iemanjá

A rede recolhem, em suma vazia,

Navegam a rotina rumando em ruína

Vivem da matança em plena pobreza

O olho: na beira do mar mareja.

Meu amor

No amor sempre insisto

Que até eu como maldito

Escrevo um verso inocente

Para uma paixão ainda vigente

Transformado

Trabalhoso

em completo

tédio viver.

Curioso

foi o projeto

de novo ser.

Abandonei

os preceitos

antiquados,

se conceitos

 transformados

necessitei.

Repetidas

as horas de

muito labor

e feridas

nas mãos, com dor.

Completude

falta no ter,

pouco querer

tem tornado

libertador ;

transformador

para o eterno

e arruinado

o moderno.

 

Não compreendo

 

A confusão de nossas causas

Não é ser feliz todo objetivo?

Não queremos as mesmas coisas?

Então o que falta para nos unirmos?

Por que toda causa humana jaz morta?

Tantas vertentes e nenhuma resposta?

É violência de cada parte e demagogia

Quão difícil pode ser salvar uma vida?!

Não gosto de sofrer, conheço os sutras

Conheço o caminho e meus mudras

Meu sofrimento ... , meu sofrimento ... É egoísmo

E quanto as mulheres? as gays? as crianças? o racis

mo? ...

Não penso apenas na minoria, admito

Todo direito humano tem princípio

Mas o opressor se liberta pelo oprimido

 

Educação, educai-vos, também preciso!

Abro as perniciosa tampas de meu raciocínio

Sou claustrofóbico, e eu me permito

Quão difícil é respeitar nossos direitos?

A ética universal toma forma individual?

Por que? Ó seres humanos perfeitos

A cada leitura sou mais depressivo

Também sou demasiadamente humano

E sou muitos anos e ...ano e ...ano ...

Tento o melhor e não consigo

Até que venho desfalecer sozinho

Desfaleço


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A pulga do fantasma e outros poemas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.