Rosete e a Academia de Ficções escrita por Bruxa da Luz


Capítulo 1
Capítulo 1 - Nova Casa, Nova Vida


Notas iniciais do capítulo

Quero avisar novamente que isso é um remake de Rosete e a Academia de Ficções. É como se fosse uma segunda versão. Terá coisas muito importantes que irão mudar, portanto, quem leu a primeira versão, é melhor ler essa ou ficará perdido da segunda temporada.
Espero que gostem!
Boa leitura!



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Nasci em um mundo, dimensão, entendam como quiserem, onde os personagens de romances famosos e conhecidos criaram vida e agora vivem como pessoas comuns. Se ainda não entenderam o que estou dizendo, eu explicarei de maneira mais clara. Já ouviram falar do Fantasma da Ópera? Ou do Cavaleiro-Sem-Cabeça ou da linda e trágica história de Romeu e Julieta? Agora os imagine vivos, no mundo real, casados, ou não, e tudo o que escreveram sobre eles não passa de uma lembrança do passado. Digamos que hoje é a época onde os personagens já estão com as vidas feitas.

Quem eu sou? Meu nome é Rosete Le Roux, a filha única do misterioso Fantasma da Ópera. Sim... Estou falando daquele homem mascarado de voz maravilhosa que assombrava um teatro em Paris e que desapareceu após ser abandonado pelo amor de sua vida. E sim, ele se deu bem após os ocorridos de sua história... Mais ou menos. Casou-se e, obviamente, eu nasci. No entanto, meu pai ficou viúvo assim que a mãe que eu nunca conheci deu à luz. Trágico? Pra ele, acho que sim. Como nunca vi nem sequer uma fotografia dela, eu não sofro por isso. Sinceramente, não sei nem o seu nome, prefiro não tocar em assuntos delicados com ele. Já sofreu demais para uma vida. Mas eu e o meu pai estamos bem. Entendemos-nos, adoramos música, tanto cantá-las quanto tocá-las, e eu o admiro muito. Quero ser como ele quando for mais velha.

Bom, por motivos pessoais nos quais prefiro não comentar, estamos nos mudando. Sim, saímos de Paris para morar numa cidade escondida do mundo. Essa cidade não é tão grande, mas tem espaço o suficiente para os Personagens. O termo ‘’Personagem’’ é usado para pessoas como o meu pai e seus descendentes, que pertence a um mundo de ficção. Somente nós conhecemos a existência dos Personagens. Os outros, que não pertencem a livro algum, acham que tudo é fantasia ou historinha. Mas não é. Nós estamos aqui e queremos viver a nossa vida. Mas isso não é tão importante. É apenas uma informação que nos diferenciam, o que não é legal. Afinal, temos carne, ossos, sentimentos e vida como qualquer ser humano.

Voltando à minha vida, ao chegar à cidade de trem, uma carruagem nos esperava fora da estação. Recebemos a notícia de que havia sempre uma casa feita especialmente para cada novo habitante. Provavelmente, construíram uma casa que combine com o Fantasma da Ópera. A viagem foi tranquila, porém entediante, então espero que o resultado seja muito bom. Ao chegar, percebemos que a nova casa era um pouco afastada das outras. Tinha um estilo gótico, era grande, de dois andares, as paredes eram cinza e o telhado escuro. Pelas janelas, dava para perceber que tinham cortinas vermelhas.

— É bonita, não? – Meu pai perguntou. Ao olhá-lo, percebi que ele sorria.

— É sim.

Quando a carruagem parou, nós descemos. Andamos até as portas e meu pai colocou a mão nas maçanetas das portas duplas, mas antes de abri-las, alguém fez isso por nós na parte de dentro.

— Ah! Sejam bem vindos! – Exclamou um homem que usava terno escuro e uma cartola da mesma cor na cabeça. Era esbelto e pálido. Seu longo cabelo era loiro e liso e seus olhos eram esverdeados. Se fosse para descrevê-lo, eu diria que ele era um jovem homem muito bonito, mas meio sombrio.

— Quem é você?! – Meu pai perguntou enquanto dava um passo pra trás.

— Meu nome é Dante Fiction. Pode-se dizer que eu sou o fundador da cidade e mando aqui.

— ‘’Manda’’? – Perguntei, curiosa.

— Mas o que é isso? – Ele se aproximou de mim. – Estou na presença de um descendente do Fantasma da Ópera?! Eu não esperava que fosse uma menina! Quantos anos tem?

— Quinze.

— Mas é só uma criança! Que gracinha! – Ele sorriu, animado.

— Como é? – Cruzei os braços.

— Desculpe! É que eu não estou acostumado em falar com pessoas mais novas que eu. Mas sei cuidar dos meus jovens. Não precisa se preocupar em procurar uma escola para ela, Fantasma. Só há uma na cidade. E é perto daqui. Espero que consiga fazer muitos amigos, pequena.

— Meu nome é Rosete, senhor.

— Lindo nome. Bem... Eu tenho outros assuntos a tratar. Espero que gostem de sua nova casa. Foi preparada especialmente pra vocês. As suas malas estão na sala, prontas para serem desfeitas.

— Obrigado. – Disse o meu pai.

— Bem... Foi um prazer em conhecê-lo pessoalmente, Fantasma.

— Igualmente, senhor Fiction.

Apertaram as mãos. Fiction se aproximou de mim e colocou a sua mão no alto da minha cabeça, fazendo-me sentir os seus dedos finos no meu cabelo negro.

— Foi bom conhecê-la também, Rosete.

E saiu, entrando na carruagem que nos trouxe e se afastando da nossa casa.

— Esse cara é estranho. – Comentei.

— Não discordo de você, meu anjo. – Papai fechou as portas. – Vamos conhecer a nossa casa?

— Claro.

Andamos até entrar na sala, que era enorme, como um salão de baile. As janelas pareciam maiores por dentro. Elas estavam escondidas atrás das cortinas vermelhas que eu havia visto do lado de fora. Não tinha muita coisa nas paredes amareladas, deve ser porque os retratos não foram pendurados, obviamente, pois acabamos de chegar. Haviam uma porta no lado direito e outra no lado esquerdo. Por fim, havia uma enorme escada para o andar de cima.

— Impressionante. Espero que tenha um quarto para colocarmos o órgão.

— Você trouxe aquele órgão?

— Não, aquele era grande e não daria para trazê-lo. Mas pretendo comprar outro.

— Bom. Eu espero que nosso quarto seja confortável.

— Por que não vá para o andar de cima? Eu vou verificar por aqui.

— Por mim, tudo bem.

Então, nos separamos. Eu subi a escada enquanto o meu pai entrava na porta do lado direito. O corredor não era tão grande, mas tinha um bom espaço. Já consigo imaginar o quão bonito ficaria se colocasse uns retratos aqui e um vaso de rosas ali. Decidi entrar na primeira porta. Ao abri-la, percebi que era apenas o banheiro. Era limpo e tinha uma banheira pequena. Que chique...

Fechei a porta e abri a próxima. Era uma sala com um tamanho razoável e tinha alguns instrumentos no canto: um piano, dois violinos e uma flauta. Aqui seria uma boa sala de música. Pena que aquele órgão da nossa antiga casa era grande. O jeito é pegar um menor. Fechei a porta e abri outra. Agora sim, um quarto. E já estava um pouco decorado. O papel de parede era preto, ao contrário da maioria das outras partes da casa. Havia uma cama de solteiro com um cobertor arroxeado, um guarda roupa de madeira escura, a janela era grande e estava coberta por uma cortina da mesma cor que o cobertor da cama.

— Um cômodo diferente. Legal. – Comentei.

Com certeza, esse seria o meu quarto.

— Rosete! Pode me ajudar?! – Ouvi o meu pai me chamar e corri imediatamente para a escada. Ao descer, eu fui até a sala da porta direita, que me levou até um lugar repleto de estantes cheias de livros... Como uma biblioteca.

— O que foi, pai?

— Ajude-me. – Papai estava tentando empurrar uma estante, que era enorme.

— O que está fazendo?

— Há uma passagem secreta aqui atrás. Percebi isso ao mexer nos livros. Mas, ao tentar abrir, ela emperrou.

— Claro. O clássico das passagens secretas...

— Ajude-me a empurrar.

— Tudo bem.

Eu o ajudei, o que facilitou em abrir uma passagem para uma porta, onde estava tudo escuro. Percebi que tinha uma escada para algum lugar, provavelmente, embaixo da casa. Fui dá o primeiro passo para descer, mas meu pai me impediu.

— Não vá, Rosete. Pode ser perigoso. Mais tarde, eu verei o que há por aqui. Se não for nada demais, posso fazer uma sala nova.

— Por que o porão é sempre seu?

— Você pode ficar com o sótão para guardar as suas coisas.

— Nós temos um sótão?

— Você não encontrou um?

— Não tive tempo para procurar.

— Dê uma olhada mais tarde. Por que você não dá uma volta pela cidade enquanto eu cuido das coisas por aqui?

— Até parece que vou deixá-lo desfazer as malas sozinho.

— Eu a chamo quando precisar de algo.

— Se você diz... – Nisso, eu me afastei.

Fui até a minha mala e peguei o meu livro favorito, ‘’Cinderela’’, e saí. Eu não gosto de ficar fora de casa, mas fazer o quê? Vejo a bela luz solar bater na parte livre do meu rosto enquanto ando pelas calçadas. Eu uso máscara, entende? Não, não é porque eu tenho o rosto deformado como o Fantasma da Ópera. Tenho os meus motivos. Melhor não tocar nesse assunto. O fato é que eu estava tão distraída com o meu livro que nem deu tempo de desviar do livro que veio sei lá de onde e acertou na minha cabeça. Vi uns cacos de vidro caírem e olhei para o lado, percebendo que eu estava na frente de uma mansão enorme, cuja uma das janelas estavam quebradas, o que fazia os gritos de alguém brigando no andar de cima ficarem mais altos.

Saiu de dentro da casa, um rapaz loiro de olhos castanhos e que tinha corpo de bailarino que usava uma camisa branca de abotoaduras e uma calça azul escuro correu pra fora da casa e se aproximou de mim com expressão preocupada.

— Mil perdões, senhorita! – Ele pegou o livro que fora jogado pela janela e depois voltou a me encarar. – Acertou em você?!

— Eu estou bem. – Falei, enquanto massageava a parte dolorida na minha cabeça, um ato que ele percebeu e isso o preocupou ainda mais.

— Eu realmente sinto muito.

— Sério. Eu estou bem. O que está havendo lá dentro?

— Bem, é nisso que dá quando os seus avôs, que são inimigos, moram na mesma casa. Você é a nova moradora, não é?

— Rosete Le Roux. – Estendi a minha mão para cumprimentá-lo e ele a apertou e sorriu.

— Prazer. Meu nome é Bertoli Montecchio.

— Montecchio? Tipo Romeu Montecchio?

— Esse é o meu pai.

— Então isso faz de você o filho do Romeu e da Julieta?

— Exatamente.

— Agora entendi o porquê de seus avôs brigarem.

— É o castigo da minha vida. Mas, se me permite perguntar, eu não a conheço.

— Nós acabamos de nos conhecer.

— Eu sei, mas eu quis dizer sobre a história de sua família. Quer dizer, todos nessa cidade tem uma história, se é que me entende.

— Ah sim! Eu sou a filha do Fantasma da Ópera.

Bertoli arregalou os olhos.

— Fantasma da Ópera? Ah! Isso explica a sua máscara! Eu conheço a história de seu pai. É muito boa.

— A sua também é boa, apesar de que dizia que seus pais morreram no final.

— É... Nem todos tem um final feliz. Ainda bem que, na vida real, está tudo bem com eles. Ou eu não teria nascido.

— Faz sentido.

— Bem, eu tenho que consertar a bagunça antes que meus pais chegam. Eles odeiam quando o vovô Montecchio e o vovô Capuleto brigam.

— Eu entendo. Acho que vou continuar a leitura do meu livro...

— Rosete! – Ouvi a voz do meu pai. Mas já?

— Ou terei que voltar para a minha casa.

— Nossa! Até gritando a voz do Fantasma é boa. – Disse Bertoli, sorrindo.

— Eu tenho que concordar. – Ri. – Parece que eu tenho que ir também.

— Tudo bem. Eu lhe mostraria a cidade, mas...

— Eu entendo que você precisa resolver esse problema familiar. Pode ir... Hã... Bertoli, não é?

— É. – O loiro sorriu e se afastou, indo até a porta da mansão.

— Foi um prazer em conhecê-lo.

— Igualmente. Até logo.

— Até.

Ele abriu a porta e gritou logo em seguida:

— Vovô! Você quase matou uma pessoa aqui fora!

Retornei à minha casa correndo. Vi o meu pai no andar de cima, me observando enquanto eu entrava. Subi as escadas e o procurei pelos quartos, sendo que ele estava no último, que era vazio e tinha paredes avermelhadas.

— O que foi, pai?

— O que acha do quarto? – Ele perguntou.

Olhei em volta. Era apenas um cômodo grande, vazio, as paredes eram avermelhadas como sangue e o piso era de madeira, como todo o chão da casa.

— Hã... Legal? – Chutei qualquer palavra para respondê-lo.

— Pode ser o seu quarto de estudos, se quiser.

— Sério?

— Sim. Em Paris, você disse que não havia um lugar diferente em casa para estudar ou para se sentir mais à vontade para levar os seus colegas de escola. Eu lembro que muitas vezes você usou o palco do teatro.

— Você ficava louco com isso.

— É verdade. Como eu já tenho a minha sala de trabalho, o porão e o meu quarto, você pode ficar com o seu e com essa sala. Lamento por não ter nenhum sótão.

— Tudo bem, pai. Eu posso ter dois cômodos pra mim. Obrigada.

Ele sorriu.

— Daqui a pouco, é hora do jantar. Tentarei procurar algo para a gente comer.

— Tudo bem.

— Você vem?

— Não. Eu fico para planejar o que farei com essa sala.

— Como quiser. Eu já volto. – Ele caminhou até a porta.

— Tá bom. Cuidado. E não chegue muito perto da enorme mansão de paredes brancas. É lá que a família do Romeu e da Julieta moram e pode ser que algo caia em sua cabeça.

Ele riu.

— Entendi.

E papai saiu, me deixando sozinha no quarto.

— Muito bem... O que eu faço com esse lugar? – Me perguntei.

Eu tive algumas ideias. Posso começar o meu próprio quarto de música! Hum... Talvez não. Eu gosto de tocar com o meu pai, o que me faria tocar ao lado dele sempre e deixar essa sala empoeirando em poucos dias. Que tal um quarto de livros? Hã... Melhor não. Já temos uma biblioteca lá embaixo. Então... Acho que uma sala para as minhas visitas seria uma boa, mas... Duvido que eu consiga fazer tantos amigos ao ponto de precisar de uma sala para falar com eles. É muito provável que eu faça ao menos um amigo e, se tiver que trazê-lo pra casa, eu o acomodaria no meu quarto, que tem espaço o bastante.

Parece que, no final, essa sala não terá utilidade alguma.

No entanto, eu olho pra cima e percebo que há alguma coisa no teto: Algo escondido atrás da tinta caindo aos pedaços. Curiosa, eu desço e pego uma cadeira que vi na mesa de jantar, que deve ter sido colocada graças ao senhor Fiction, eu acho. Eu a levo pra cima com dificuldade, já que tive que subir as escadas com a cadeira, e a coloco embaixo do negócio no teto. Agora, ficando mais alta, eu pude alcançar. Tirei a tinta e percebi ser uma pequena porta quadrada, como um alçapão.

— Parece que achei o sótão.

Empurrei a portinha para cima e ela abriu. Era uma espécie de tampa que precisava se encaixar para poder ser fechada. A deixei de lado e observei o que tinha ao redor. Estava escuro, mas não me impediu de analisar todo o sótão. Não parecia uma coisa mal tocada por anos, com poeira e tudo mais. Para a minha surpresa, estava limpo aqui encima. E como é grande. Dava para fazer uma sala de aula de tanto espaço que tem.

Pena que era muito alto para a cadeira que eu estava usando no momento. Não dava para subir mais, o que me obrigou a fechar a portinha e descer novamente. Levei a cadeira de volta para o seu lugar na mesa de jantar, que ficava perto da cozinha. Decidi voltar ao meu quarto, que ao menos estava um pouco arrumado graças ao Senhor Fiction. Incrível como ele conseguiu mandar fazer uma casa confortável pra mim e para o meu pai. Ele parece ser uma pessoa cheia de segredos.

Enquanto eu pensava sobre isso, percebi que os meus pés me levaram para a biblioteca, aquela que tinha a passagem secreta. Eu quero ver o que tem lá embaixo. Pode ter qualquer coisa! Um labirinto, armadilhas, segredos, entre muitas opções! Com certa curiosidade, eu procurei a estante que escondia a porta para o ‘’porão’’, mas escutei o meu pai me chamar antes de ir para a terceira estante.

— Rosete!

— Já vou, pai! – Percebi que eu havia bagunçado a biblioteca com os livros que havia tirado de duas estantes. Mas não daria tempo de arrumar tudo antes de ir ao seu encontro, então eu deixei do jeito que estava. Saí e fui à cozinha, onde meu pai se encontrava, perto do armário. – Oi, pai.

— Olá. Eu não consegui trazer muita coisa. Espero que goste de torta de maçã.

— Está ótimo, pai. Pelo menos, não passaremos a noite com fome.

— Eu prometo uma refeição melhor a partir de amanhã.

— Não se preocupe com isso, pai. Deixe que eu pegue os pratos.

Fui até o armário, onde estava guardado alguns pratos brancos e talheres. Papai me ajudou a arrumar a mesa e ele mesmo serviu um pedaço de torta pra mim e pra ele. Assim que se sentou, começamos a comer.

— Essa torta é boa. – Falei, após saboreá-la.

— Que bom que gostou.

— Está bom para o senhor começar uma vida nova em um lugar estranho, pai?

— Bem, nós estamos precisando de um lugar para viver em paz. Quando recebi a carta desse Dante Fiction, eu achei que estávamos caindo numa armadilha, mas soube através de um amigo que essa cidade é um lugar seguro para pessoas como nós viver.

— Se você diz...

— O que foi, anjo? Não gostou da nova casa?

— Não é isso. É que não deixa de ser tenso pensar em estudar em uma nova escola.

— É normal pensar assim. Eu confesso que também estou nervoso por causa do meu trabalho. ‘’E se as pessoas daqui não gostarem do que eu faço?’’, é o que eu pensei a viagem toda até aqui.

— Você é um excelente compositor, pai. Sei que conseguirá ter o sucesso que tinha em Paris.

— Qual sucesso? Como compositor ou como Fantasma da Ópera?

— Os dois. – Sorri.

Continuamos com a conversa enquanto terminávamos a torta. Quando acabamos, eu ia lavar a louça, mas após o meu pai descobrir a bagunça que fiz na biblioteca, ele me mandou arrumá-la enquanto ele mesmo cuidava dos pratos.

Após arrumar tudo, percebemos que já estava tarde e ele me mandou ir dormir. Peguei o meu pijama na mala e fui tomar banho. O que é ruim quando eu vou tomar banho ou quando vou dormir, é porque tenho que tirar a máscara. Dói quando toco nesse lado ferido do meu rosto. Digamos que eu tenho um machucado que ainda não foi curado. Eu tento usar a máscara tanto para esconder essa ferida quanto para evitar a dor. Ao entrar na banheira, me vi forçada a lavar o rosto ao perceber que estava sangrando. Sentir a água em contato com o corte fez arder muito. Mas, enfim, consegui tomar o meu banho.

Após me vestir, eu me deitei debaixo daquele cobertor roxo e caí no sono.


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