Inumana. escrita por Warden Dresden


Capítulo 3
Grandes mulheres podem ou não querer homens, sabe?


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez com um novo capítulo de Inumana, que estava em um pequeno hiatus. Esse é o antepenúltimo capítulo, mas outros dois serão fantásticos, eu prometo. Além do mais, não poderia deixar algo que gosto tanto de escrever e que acho tão importante abandonado ao relento, certo?

Então, deixem nos comentários suas opiniões ou suas histórias que ficarei muitíssimo feliz em ser útil de qualquer forma. Além disso, quem precisar de algum conforto pode me chamar nas MPs que estou disponível para conversar.

Podem puxar minha orelha por quaisquer erros ortográficos.



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Você sorri, radiante e confiante como há muito não se sentia, com a respiração leve em seus pulmões e o mundo inteiro a seus pés, pronto para ser conquistado. Sorri porque pode encarar as pessoas e conversar com elas sem se preocupar com o que ele pensará disso mais tarde, sem se importar como ele irá reagir quando estiverem sozinhos, porque o mandou a merda da forma mais firme e debochada que conseguiu antes de cair em uma risada divertida e deleitada. Sinceramente, aquilo tudo foi um peso tirado do seu peito e quase pôde ouvir o som de suas correntes douradas e belas tal qual o sol caindo no chão e se desfazendo como pó.

Suas amigas abraçam-na entre risadas esganiçadas quando chega, erguida em seu salto alto mais bonito e enrolada no seu vestido que já criava mofo após passar tanto tempo guardado por causa dele. Acha que nunca se sentiu tão liberta quanto naquele momento onde conversa animadamente com um garoto qualquer sobre quais são seus seriados favoritos. Não há um olhar pesando em suas costas e a certeza de que, quando chegar em casa, viverá afogada em brigas intermináveis sobre aquele assunto e em lágrimas copiosas de raiva, desespero e tristeza. Você é livre, simplesmente livre, para fazer o que quiser durante aquela noite e por todas que vierem, se assim desejar.

Dança e dança as novas músicas – aquelas que era permitida ouvir são quase dolorosas agora; as novidades pulsam em seu corpo – até sentir os pés doendo insuportavelmente e sua cabeça estar girando mesmo sem uma gota de álcool correndo em seu sangue. Está rindo junto de todas aquelas garotas com quem dividiu uma vida inteiro e fora quase proibida de encontrar porque são más-influências e não quer que aquele momento acabe jamais. Reitera cada segundo dispensável enquanto as luzes do lugar que está piscam, cegando-a parcialmente para o que quer que ocorra. Seu rosto dói de tanto sorrir, entretanto, não para.

Agora, depois de tanto tempo infernal, pode se mexer livremente sem as cobranças de um relacionamento que detestava, mas não terminava porque todos diziam que ele era um marido perfeito e já empurravam o casamento em seu colo. Enfim, tem a vida sua mente e um futuro brilhante inteiro sem amarras de um homem indesejado e filhos que parecem ser mais um incômodo do que amores para toda vida. Quer reclamar seu lugar no mundo, se apaixonar de verdade por alguém que entenda suas vontades, viver uma vida incrível, ser incrível, ter filhos apenas quando quiser e amá-los com todo o coração, mas não parar de viver por eles.

No amor, no medo, no ódio, nas lágrimas você é uma mulher orgulhosa, defeituosa e impetuosa. Tem a mania de sorrir demais, querer demais e fazer demais. Não ama pouco, não conquista pouco ou se contenta com pouco. É uma garota com sonhos de ser rainha, primeira-ministra, deusa, senhora do universo ou qualquer outra coisa assim e que, ainda assim, vai se formar da faculdade com as maiores notas possíveis, conseguir todos os diplomas existentes e ser a melhor mulher que passará por esse mundo e um exemplo para qualquer um que deseje subir e subir sem parar até alcançar as próprias estrelas.

Isso tudo sem nenhum cara de mente fechada que quer controlar cada passo seu, que quer que seja menor do que ele quando é um lixo desses, uma pedra qualquer enquanto você é o mais brilhante dos diamantes. Naquela noite, no entanto, dança e sorri como uma pessoa normal sem grandes ambições porque também quer ser normal à medida do impossível.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Espero que sim, porque escrevo cada capítulo com todo o carinho do mundo para todas as mulheres ou meninas que podem ler isso.

Deixem comentários com o que acharam disso tudo.
Abraços,

Palavra.

PS: Vocês todas são magníficas.