Imaginarium: O encontro com blackdog. escrita por SweetDream


Capítulo 1
Imaginarium: O encontro com blackdog.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Imaginarium: O encontro com blackdog.

Passos rápidos eram dados por entre a mata ao fim do dia. O coração batia num ritmo acelerado devido à caminhada difícil pelo chão íngreme e rochoso da floresta, e pela raiva que a assolava. Nina apertava o livro antigo e grosso nos braços, e nas costas a mochila pesada já lhe cansava e doía-lhe a coluna. Andou mais alguns minutos antes de encontrar uma clareira á qual julgou ser um excelente local para montar acampamento, ao se aproximar um pouco mais do local, deparou-se com um círculo de cogumelos brancos que eram iluminados pelos últimos raios de sol que transpassavam as copas das árvores. A moça de tez negra achou intrigante a posição dos fungos e aproximou-se de maneira curiosa, colocou a mochila no chão e entrou dentro da formação natural, instantaneamente uma luz branca a envolveu, no susto Nina largou o livro que caiu fora do círculo. A luz a envolveu e a transportou para outra dimensão. Ao seu redor tudo cintilava, sentia a cabeça rodar e os olhos arderem em contato com a luminosidade do local. A moça estava deitada com as mãos apoiadas no chão, os fartos cabelos encaracolados que estavam presos num coque estavam soltos, caídos pelo rosto. A visão embaçada já começara a voltar ao normal, foi quando pode ver no chão de vidro seu reflexo. Nina se assustou ao ver a cor dos olhos e de seus cabelos negros, atingirem uma tonalidade branca e os olhos ficarem num tom azul acinzentado. Imediatamente a moça levou as mãos aos cabelos sendo tomada por uma histeria.

—Meu Deus! Eu estou idosa, estou cega?! Socorro! Eu vou morrer! – Nina levantou-se em pânico e começou a correr pela sala ampla. Num momento voltou os olhos para uma formação rochosa que de imediato percebeu ser um cristal de tamanho fenomenal sendo atraída por ele, Onde parou ainda com as mãos na cabeça, ficando hipnotizada.  

Neste instante uma mulher morena, que aparentava ser uma raposa a interceptou, lhe fez algumas perguntas de forma rápida e ríspida, as quais Nina ainda tomada pelo susto não conseguiu responder. E antes que pudesse responder algo, foi agarrada pelo antebraço de forma brusca por uma espécie de ogro, com uns dois metros de altura e cabeça de javali. A moça gritava para que fosse solta, mais seus protestos foram totalmente ignorados pelo espécime. Logo Nina encontrara-se numa espécie de masmorra, onde fora trancafiada numa cela suspensa sobre um lago.  O coração batia ainda mais acelerado que antes e a cabeça doía ao ponto de parecer pesar-lhe sobre o pescoço, enquanto apertava a grade da cela com força na vã tentativa de abri-la. Nina deu um suspiro, murmurando em lástima, já quase vencida pelo atual destino, quando viu uma sombra negra de baixo da água vindo em sua direção. A moça ficou apreensiva e um arrepio frio lhe subiu a espinha. A sombra ergueu-se da água e em questões de minutos pôs-se em frente à cela fitando-a com seus enormes olhos negros de nuances vermelhas cor de sangue, que  sussurrou sorrindo de canto – Nina...

— AHHHHHH!- Um grito estridente foi ouvido assim que Sweet abriu os olhos e de relance tentou esmurrar a moça que segundos atrás estava com o rosto próximo do seu, sussurrando o nome que havia deixado para trás assim que acidentalmente adentrou o mundo de Eldarya.

— HAHAHAHAHA! – A moça de longos cabelos lisos e rosados, gargalhava satisfeita, colada no teto do quarto de Sweet de cabeça para baixo tal qual um morcego.

— Mais que merda! – Esbravejou a outra levantando-se bruscamente da cama com os cabelos desgrenhados e as mãos sobre o peito que batia acelerado, tanto pelo pesadelo quanto pelo susto que a intrusa lhe dera. – Isso não tem graça sua aberração dos infernos! Eu vou te matar sua praga. Como ousa entrar no meu quarto e ainda por cima me chamar de Nina. Mas que porra você pensa que tá fazendo!?. – Proferiu furiosa perdendo o autocontrole que nunca deteve em controlar seu poder de domínio sobre o gelo, fazendo com que a cada grito a temperatura do quarto caísse, enquanto jogava travesseiros e alguns pequenos objetos para cima, na vã tentativa de acertar a outra que a fitava divertida.  

—Huhuhu. Nunca vi um humano tão escandaloso assim... – A rosada desceu do teto de forma felina e apoiou-se sobre a escrivaninha do quarto da outra, cruzando as pernas grossas levemente torneadas, adornadas por uma meia ¾ preta. – Acho que seu treinamento de controle de temperatura é que foi para o inferno, não? – Indagou com o tom de voz carregado em sarcasmo.

— Grimoire, porque insiste em me atormentar? – Perguntou entre dentes, tentando controlar a temperatura enquanto vestia o robe preto e transparente no corpo nu.

— É divertido. – Deu de ombros. – Acho que esse robe está tampando sua nudez da mesma forma que o kero tenta esconder o chifre com um chapéu. – Sorriu de canto, se divertindo com as trapalhadas da outra.

—Ah! Quer saber? Cansei desta porra, e que se foda, aqui não tem nada que você não tenha visto. – Disse com as mãos na cintura.  – O que quer de mim? E como descobriu aquele nome?

— Realmente. – Disse com desdém passando os olhos rapidamente pelo corpo da outra dentro de toda aquela transparência desnecessária, para logo voltar-se para os olhos azuis quase brancos da outra – Não é o que eu quero, mas sim, o que Ezarel quer. E... Conhecer a presa é a melhor artimanha para capturá-la. – Proferiu séria, voltando-se tranquilamente em direção à porta. Mas foi interceptada por Sweet que pôs as mãos frias em seu ombro. 

A moça de longos cabelos brancos e tez negra de aparência pálida. Sentiu um arrepio percorrer a espinha, mas logo o ignorou, voltando à atenção para a rosada que a fitava nos olhos com inexpressividade na face pálida.

— Você... Não me engana. – Disse séria, num sussurro.

— Eu nunca quis enganá-la. – Sorriu doce, reação que deixou sweet intrigada, mas sem transparecer. – Todos nós possuímos segredos rainha do gelo... Mas você não tem que se preocupar comigo, eu não sou tão má quanto você acha.

Sweet sorriu de canto, soltando um bufido baixo com certa ironia.

— Nem você mesma sabe o que é. Não passa de uma relhes criatura que se esconde na sombra. Os outros podem até não saber, mas eu sei que por baixo deste corpo humano, se esconde algo tão asqueroso quanto seu comentário anterior. Mas não se engane comigo, eu estou mais colada em ti que sua própria sombra. E qualquer deslize seu, eu mesma te mando de volta para o inferno. – Sweet estreitou os olhos que possuíam um brilho sombrio e retirou as mãos dos ombros da outra, revelando uma queimadura de frio marcada na forma de suas mãos na pele pálida.

Grimoire olhou para o ferimento que logo cicatrizou, sorrindo novamente com uma expressão de contentamento. Virou-se para Sweet, ficando mais próxima da moça que era alguns centímetros mais baixa que si.

— Não tem com quê se preocupar docinho de pesadelo. Acredite, se eu quisesse matá-la, sabe que eu já teria.

— Não conte com isso, criatura.

— Talvez nós duas morreríamos, mas com certeza a morte seria a coisa mais doce que eu encontraria neste mundo. – Disse sarcástica, porém com uma ponta de desprezo.

— Chega com essa palhaçada Grimoire. Disse que veio a mando de Ezarel, mas desde quando virou amiguinha dele? E afinal o que ele quer comigo? Hoje é sábado, dia da minha folga. – Disse irritada.

— Realmente “cê” é agridoce. – A rosada sorriu. – Eu sinceramente, não faço ideia, mas você acha que eu perderia uma oportunidade de importuná-la, querida? 

— Não me chame de querida! – Grunhiu enquanto a outra lhe dava as costas e saia do quarto fechando a porta.

 Sweet bufou de raiva. Sentou-se na cama com as mãos no rosto lembrando-se do pesadelo e das palavras de Grimoire. “Conhecer a presa é a melhor artimanha para captura-la.” Naquele momento todas as suas suspeitas tomaram a forma de fatos reais. Assim que caiu em Eldarya a criatura que se aproximou na cela só podia ser Grimoire, pois assim que o mascarado misterioso a libertou avistou um ser disforme, magricela e gosmento se arrastando pelas escadarias, o mesmo se escondeu quando a viu, e no mesmo dia apareceu Grimoire. Sweet pensava juntando os fatos, isso tudo poderia ser loucura se na mesma noite na biblioteca, enquanto tentava achar o mesmo livro que perdera na passagem de cogumelos, vira Grimoire atrás de uma das prateleiras, ela estava disforme, com uma metade mostro e a outra mulher, como se terminasse de se transformar. Sweet sem querer derrubou um objeto da estante e a sombra passara diante si feito um raio. Algum tempo pensou estar louca, mas naquele mundo bizarro tudo poderia ser real, seus próprios poderes eram reais, a existência de ogro, um rapaz com chifre de unicórnio, uma mulher raposa, um elfo sarcástico que era praticamente seu mestre e um vampiro bulinador. Estava claro que Grimoire não poderia ser uma mulher normal, e com certeza ela não era.  

—Que lindo já faz mais de meia hora que mandei chamá-la e a senhorita fica aí cochilando? – Ezarel entrou no quarto sem bater.

Sweet se ergueu no susto, mas logo pôs as mãos na cintura e rindo de canto proferiu. - Lindo mesmo é você entrar assim no meu quarto sem bater, tá gostando do que vê sensei? – Indagou sarcástica.

O elfo de cabelos azulados ficou sem reação, com o rosto corado enquanto olhava os trajes de dormir da pupila, Sweet revirou os olhos e limpou a garganta, fazendo Ezarel se virar de costas e sair do quarto.

— Sua abusada, te espero em cinco minutos na sala de alquimia. –Gritou um tanto perturbado, enquanto andava rápido pelo corredor.

Inferno do cacete, Sweet resmungava sozinha enquanto passava pelo corredor dos guardas.

—Deveria lavar essa boca- Kero advertiu sem graça.

— Ah Kero “cê” me conhece, eu estou sem paciência hoje. – Falou vencida, cumprimentando o moreno com um abraço, deixando-o corado e ainda mais sem graça.

— Que houve?– Perguntou meio sem jeito.   

— Ezarel mandou aquela demônia do cabelo rosa me acordar. – Proferiu com desdém.

— Você não devia falar assim das pessoas sabia? – Indagou inquisidor.

—Ah Kero! Aquilo lá né de Deus não meu filho, Eu vou indo, que estou com fome e o sensei vai surtar se eu não aparecer logo.

A moça saiu deixando um Kero sem entender nada, “Deus” ele repetiu, sacodindo a cabeça, em Eldarya o Deus que ela se referia praticamente não existia, e fora isso ela era meio pancadinha, disso ele não tinha duvidas, mas não podia negar que Sweet era uma boa pessoa. O unicórnio voltou a fazer seus afazeres.

Na sala de alquimia Ezarel estava concentrado em uma fórmula. Fechou a cara quando viu a moça se recostar no balcão comendo um pedaço de pão e bebericando o suco que estava em suas mãos.

— Como é teimosa em Sweet, já disse inúmeras vezes que não pode comer aqui na sala. – Proferiu observando a reação química de cor azul clara dentro de um frasco.

— E eu já disse inúmeras vezes que não pode ficar me chamando no dia da minha folga.

— E eu já lhe disse que folga não existe pra você. – Deu seu melhor sorriso estendendo uma folha para a moça que continha um desenho de uma rosa azul.

— O que devo fazer com isso? – Indagou curiosa fitando o desenho.

— Está e a sua primeira missão sozinha. – Disse ainda sorrindo como se aquilo fosse uma simples ida ao parque de diversões. – Não se preocupe, é simples. Você só tem que ir a floresta do sono à noite e me trazer essa rosa que desabrocha a meia noite, ou seja, essa é a sua única missão. Então vai ou foge? – Indagou travesso.

— Mas é claro que vou. – Falou convicta.

—Ótimo! Antes de sair passe aqui, vou lhe dar os itens que irá precisar para a missão.

— Escuta, se a missão é só à noite, porque mandou Grimoire me acordar a esta hora da manhã? – A moça o fitou de maneira irritada.

O elfo a fitou mudo por alguns instantes, antes de dar um largo sorriso para a moça que já estava ficando impaciente com a demora do mestre.

— Porque você fica mais bonita quando acorda irritada. – Piscou travesso, enquanto Sweet abaixava a temperatura da sala perseguindo um assustado Ezarel pela sala de alquimia.

***

Algumas horas passaram-se até o cair da noite. A lua adentrava o quarto, enquanto Sweet terminava de se arrumar; vestiu um traje todo preto, que consistia numa calça de couro que moldava as pernas levemente torneadas, botas de salto alto, blusa de alça fina acompanhada por um espartilho que moldava-lhe a cintura fina, uma capa com capuz, e por último atrás das costas encontravam-se suas duas espadas, e mantinha os cabelos longos e brancos presos num coque com alguns fios levemente desgrenhados, dando a aparência de um coque bagunçado. Realçou os lábios com batom roxo e seguiu para a sala de alquimia.

— Ual! Isso não é um encontro é uma missão. – Ezarel comentou assim que Sweet entrou na sala.

— Não é só porque é uma missão que vou andar igual um bagulho por aí. – Deu de ombros escorando-se na porta com os braços cruzados.

— Aqui está o material que precisará. – Estendeu-lhe um tubo de ensaio grande e um bisturi enrolado numa tira de couro.

—É só isso?

— Sim, agora vá e boa sorte. – Disse sério e confiante.

Sweet assentiu e caminhou em direção à saída.

—Sweet!-Ezarel chamou atenção da moça que o fitou séria.

—Só não morra. – Exibiu seu melhor sorriso.

—Nem em sonho você consegue ficar sem fazer piada. – Sorriu conformada.

Logo Sweet deixou o quartel general de Faery, sendo seguida de perto por Grimoire que se movimentava nas sombras. Sweet sentiu por breves instantes uma presença e o mesmo arrepio de antes subiu-lhe pela espinha, estreitou os olhos e olhou de canto, não visualizou nada, porém sabia que não estava sozinha, mais que isso, sabia quem estava em sua cola, no entanto fingiu não perceber.

Grimoire sorriu de canto, realmente Sweet não era de se menosprezar.

 Em questões de minutos Sweet havia chegado á floresta do sono, tampou a boca com uma mascara, para não respirar a fumaça das plantas tóxicas que faziam os forasteiros desprevenidos apagarem. Grimoire chegou uns dois minutos atrás e se pôs acima da copa de uma árvore, observando Sweet se movimentar rapidamente sem fazer o mínimo barulho, pensando em como uma pessoa escandalosa poderia ser tão discreta.

Em questão de segundos, Sweet seguida por Grimoire que estava oculta nas sombras, chegou até um imenso ramalhete de rosas azuis que ainda não estavam desabrochadas. E aguardou contando os minutos no relógio de bolso.

—Cinco, quatro, três, dois, um. – Com o bisturi cortou a rosa com delicadeza e a colocou dentro do tubo de ensaio, vitoriosa por ter achado tudo muito fácil. Guardou seu “suvenir” dentro da bolsa que carregava consigo e pôs-se a voltar.

Mal dera três passos e ouviu um uivo, semelhante ao de um lobo da terra, mais muito mais alto e sinistro. Respirou fundo e apertou os punhos com força, era um black dog e pelo som ele não deveria estar muito longe. Grimoire que estava em cima da copa de uma árvore próxima a Sweet percorreu com os olhos o perímetro, mas não avistou nada. Voltou os olhos para Sweet que se movia de forma rápida e silenciosa, se afastando do ruído que havia ouvido. Alguns metros a frente Sweet se deparou um black dog, pensou em despistá-lo primeiramente, mas enquanto se afastava surgiu outro, e mais outro. Grimoire estava séria, fitando a cena com extrema frieza, enquanto Sweet estava rodeada por uma matilha de black dog’s, eram em torno de onze e a moça estava no meio rodeada pelas feras das trevas. Uma parte de si se amedrontou, queria fugir. Por instantes sentiu medo, nunca ouviu falar que black dog’s atacavam em bando. Naquele instante pensou nas palavras de Ezarel dizendo para si que não morresse. A moça fechou os olhos e desembaiou às espadas das costas, ficando com a postura reta. Em questões de segundos lembrou-se da missão de resgatar o jovem Kappa com a ajuda de Nevra, na qual deram com a infelicidade de encontrar um black dog e conseguiu se livrar dele com a ajuda de Nevra. Mas agora estava sozinha, só “com a coragem e duas espadas” e a fantasminha nada camarada que com certeza estava assistindo sua desgraça escondida em algum canto segurando o brioco. Sorriu de canto com os próprios pensamentos, fitando os animais que avançaram contra si.  Neste momento um brilho sombrio brotou nos olhos azuis quase brancos, junto a um meio sorriso irônico nos lábios levemente carnudos pintados com batom roxo, fazendo a temperatura ciar de forma drástica. Com uma espada decepou o pescoço do primeiro animal que veio contra si, em seguida vieram mais dois, Sweet deu um chute em um fazendo-o se chocar contra uma arvore, enquanto partia o outro ao meio. Os animais recuaram um pouco, talvez sentindo pelos amigos mortos, enquanto outros observavam o animal que foi lançado contra a árvore se erguer com dificuldades.

— Que foi seu bando de filhos da puta! Estão com medo de uma garota? - Isso é só o começo do show.

Logo os animais encheram-se de ira, como se tivessem entendido as palavras da moça voltaram a atacá-la, mais ferozes que antes. Faltavam oito, quando Sweet decepou mais dois, amputou as patas dianteiras de outro para depois fincar a espada em seu crânio, neste momento outro se aproximava por trás para mordê-la quando Grimoire soltou da árvore, decepando a cabeça do animal com as mãos transmutadas em longas unhas pretas e esqueléticas, e lançando quase ao mesmo tempo a machadinha no outro animal que avançava contra Sweet, fazendo-o ficar pendurado no tronco da árvore pela cabeça presa na machadinha.

—E eu que pensei que você não fosse de nada. – Disse a rosada séria, colada costa a costa com Sweet.

— Não sabia que era fofoqueira ao ponto de interferir no meu showzinho. – Disse entre dentes enquanto estripava outro animal.

— Não gosto de ficar nos bastidores quando a festinha fica interessante. – Proferiu decepando outro animal com as garras, sem que Sweet visse.

Logo Grimoire tinha retirado a machadinha da árvore matando outro animal com a mesma, já com as mãos humanas, pintadas perfeitamente com esmalte preto.

Sweet lançou uma das espadas contra o pescoço de outro animal que voltara-se contra Grimoire, fazendo a rosada fitá-la um tanto surpresa.

— Este foi o último Honey. Que foi? Achou que você iria ser a única salvadora da noite, não mesmo. – Sorriu estendendo a mão para outra que aceitou de bom grado sorrindo.

As duas estavam cobertas de sangue de black dog quando retornaram ao Quartel General, Grimoire ia em direção ao corredor dos quartos, quando virou-se para Sweet.

— Nada mal para uma humana. - Piscou divertida.

—Nada mal para um demônia. – Sorriu para outra.

Ambas deram as costas, indo cada uma para o seu destino. 

Sweet adentou a sala de alquimia, e depositou a bolsa com a rosa sobre o balcão, retirando-a da bolsa e entregando a um Ezarel bestificado, olhando a moça coberta de sangue.

—O que... Ouve? – Indagou por fim.

— Não se preocupe sensei, a missão foi cumprida. Estou viva.– Piscou e sorriu batendo continência, retirando-se em seguida para seus aposentos, diante o olhar estático de Ezarel que permanecia com a rosa em mãos.

Imaginarium...

O que seria?

Um pássaro mitológico, um demônio, uma feiticeira?

Nada se sabe deste mundo, que se funde com a realidade e se confunde entre sonhos e pesadelos.

Mais um dia se passou, e me pergunto o que é real ou não.

Estou presa nesta realidade que aprisiona minha carne e minha alma.

Nada mais interessa desde que Nina morreu.

 Meu nome é SweetDream, mais agridoce do que doce, mais torturante do que sonhos podem ser.

Na penumbra o que um Grimorio tem de humano,

Não é tão diferente do um humano tem dentro de si; a parte incontestável de uma besta.

Isso talvez seja a única coisa real em mim.

Meus sentimentos pulsando forte entre o amor e o ódio.

E hoje é certo de que há mais ódio que amor em mim.

 Mais um dia amanheceu diante o sol quase imaginário de Eldarya.


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Notas finais do capítulo

Gente como Não podemos colocar mais do que uma imagem, deixo o link no qual me inspirei para os looks das moças:

https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/95/5c/e6/955ce65f621df6a94c454b4bf81a5b94.jpg

Acho que não preciso explicar que as iniciais das letras na imagem é destinada ao look de cada uma né?

E aí pessoal curtiram ou não?

Beijos até o próximo desafio da senhorita Selkie.



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