The Perfect BTS escrita por BTSHunt


Capítulo 1
Kookie de Presente de Natal


Notas iniciais do capítulo

eu não estou acostumada a escrever coisas tão fofas assim, então... me ajudem.

esse primeiro cap é do Jungkook ♥ bias lindo.

dependendo de como vocês reagirem eu posto o outro (que é do V), então vamos lá.



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Eu estava exausta de tanto trabalhar na loja de conveniências do posto. Era nove da noite da véspera de natal e eu havia acabado de chegar no pequeno apartamento no prédio de cinco andares, as sacolas da ceia de Natal – que seria eu e meus ursos de pelúcia - estavam penduradas em meus braços e eu estava com dificuldades de encontrar as chaves. 

Logo eu ouvi alguém abrir uma porta e aquele cheiro de banho recém tomado invadiu minhas narinas; e tinha aquele perfume, eu conhecia aquele perfume. 

— Trabalhou até muito tarde, de novo. – me repreendeu aquela voz doce e preocupada que, apesar do tempo que nos conhecemos, eu nunca me acostumaria com ela. Sempre, todas as vezes que eu ouvia as primeiras palavras de Jungkook, eu sentia um arrepio no corpo inteiro. Era como se eu tivesse levado um tiro. 

— Ah, eu... 

Eu me virei para olha-lo, foi quando o segundo tiro veio. Os cabelos escuros estavam úmidos e caíam desalinhados pela testa, a camiseta branca aparecia por baixo do suéter cinza claro que era grande para ele, mas eu sabia que ele gostava assim, a calça preta com os habituais rasgados nos joelhos. 

— Me desculpe por ter te preocupado, Jungkook. – devo ter demorado mais do que deveria para responder, ou estava com as bochechas vermelhas de novo, porque ele sorriu com a frase. 

Ah aquele sorriso doce. Ele riu e veio em minha direção, procurou a chave na minha bolsa e abriu o apartamento para mim. 

— Eu só vou aceitar suas desculpas se começar a cuidar melhor de si mesma. 

— Você tem razão. – eu suspirei. – Pelo menos eu tenho a semana entre o Natal e o Ano Novo de folga. 

— Eu sei. – ele riu baixo e só então me dei conta que ele tinha colocado as chaves de seu apartamento sobre a bancada da cozinha e a porta do meu estava fechada, mas não tinha nenhuma mala ou mochila, nem um rosto de felicidade por ir se encontrar com seus pais – ou tristeza por ter que correr meio país de trem para chegar até eles. Era só ele ali, sorrindo como sempre fazia. 

— Espera... não era pra você estar aqui. 

— Que observadora. – ele cruzou os braços sobre a bancada e levantou as sobrancelhas. Eu adorava quando ele fazia isso. 

— Qual é, Kookie, porque você não voltou para ver seus pais? 

Eu comecei a guardar as coisas que tinha comprado e separar o que eu faria para o jantar enquanto ouvia o que me parecia uma desculpa. 

— Eu tinha que finalizar minha música solo até o dia vinte e viajar no dia vinte e um, mas eu finalizei no dia vinte e três e aqui estou eu. Não só eu, V e Suga também ficaram, mas eles foram vadiar por aí. 

— É claro que foram... 

Era a cara deles, de todo jeito. Mas por que o Kookie resolveu ficar? Como lendo meu pensamento, ele continuou. 

— Eu não fui porque queria te ver... mas como as suas compras parecem mais interessantes pra você... eu vou embora. 

Sempre dramático, Jungkook. Eu ri e joguei o pano de prato nele. – Certo, você tem razão de reclamar, eu nem te dei um abraço ainda. 

Ele jogou o pano de volta e veio ao meu encontro, eu abracei sua cintura e deixei minha cabeça em seu peito, como sempre fazia, senti seus braços ao redor dos meus ombros e uma de suas mãos acariciar meu cabelo enquanto o queixo se apoiou no alto da minha cabeça. Eu podia ficar o resto da minha vida ali, ouvindo seu coração bater e sentindo sua respiração; era uma pena que eu devia soltá-lo antes que ficasse constrangedor, mas dessa vez ele não afrouxou os braços, como sempre fazia. Seu coração também não batia calmo como sempre, estava acelerado como se tivesse corrido, mesmo que a sua respiração não estivesse ofegante. 

— O que aconteceu, Kookie? – eu disse contra seu peito. 

— Nada, por que? 

— Esse não é o ritmo normal que o seu coração bate, aconteceu alguma coisa. 

Ele riu e me soltou, fui obrigada a soltá-lo também; ele se sentou no banco alto da cozinha enquanto eu me apoiei no balcão ao lado dele. 

— Você decorou meus batimentos cardíacos? 

Ele ainda estava rindo e levantou as sobrancelhas, eu senti meu rosto queimar. 

— Não, é que... esquece. Se não aconteceu, eu fico feliz. 

— Ah. – ele respondeu e passou o polegar pelo lábio inferior. Eu segurei a respiração sem perceber e meus olhos que estavam fixos nos seus caíram involuntariamente em sua boca, o que não era para acontecer já que estávamos muito próximos. 

Ele deu um pequeno sorriso de lado e o ar escapou dos meus pulmões por reflexo; sem muito o que fazer, eu disse qualquer coisa que coubesse para me afastar dele. 

— Bom, já que você está aqui e sozinho, eu vou preparar nosso jantar de Natal. 

— Na verdade... – ele se levantou, veio até mim e segurou as minhas mãos entrelaçadas com as suas. – é você que estava sozinha e é você que vai jantar comigo. 

— Não, eu não quero comer nada queimado, Jungkook. – eu franzi as sobrancelhas para ele, me lembrando da última vez que ele tentou cozinhar. Minha panela ainda se lembrava daquilo. 

— Não menospreze as minhas habilidades, isso magoa meus sentimentos. – ele fez uma carinha triste que me fez querer pegar o rapaz no colo, mesmo ele sendo mais alto do que eu. 

— Aw! Eu nunca iria ferir seus sentimentos, Kookie. – eu sorri para ele, esperando que seu rosto melhorasse, mas ao invés de um sorriso, ele ficou sério e levou minhas mãos até a sua boca. 

— Promete? – ele perguntou e eu pude sentir seus lábios roçarem meus dedos enquanto ele falava. 

— Prometo. Sempre. – eu respondi mais rápido do que deveria, é claro, mas como eu poderia dizer outra coisa para ele? O Jeon Jungkook, o rapaz mais lindo do mundo que tirava minha atenção de qualquer coisa, que tirava o meu ar e me deixava sem chão? Eu nunca diria não. 

Dessa vez ele sorriu, daquele jeito fofo de quando me viu no corredor e o meu mundo parecia mais brilhante com isso. Me sinto uma boba apaixonada. Quem dera um dia eu fosse a razão do sorriso dele, talvez um momento de inspiração, talvez um momento em que ele pensasse em mim enquanto eu estivesse longe. Quem dera. Nunca seria. 

Conformada, eu sorri de volta e me dei conta que ele estava me puxando até o meio da sala. 

— São dez horas, eu posso te esperar no meu apartamento às onze? 

— Pode, mas se eu sentir cheiro de queimado, a gente vai pedir uma pizza. 

— Combinado. - Ele me abraçou mais uma vez, um pouco mais forte e eu senti minhas pernas fraquejarem. Deus, por que ele estava fazendo isso comigo? – Esteja linda. 

— Não peça milagres de Natal antes da meia noite. – eu respondi contra seu peito. 

— Você é linda de qualquer jeito. – ele disse baixo, o que eu pensei ter entendido errado. 

Quando eu levantei o meu rosto, ele estava levemente corado, o que me fez entender que ele realmente tinha me elogiado, eu agradeci e ele sorriu, mordendo o lábio. Mais um tiro. Deus, ele não podia ter permissão para morder o lábio daquele jeito, nem mesmo para segurar um riso, nem sob qualquer circunstância porque... era perfeito demais para existir. 

Ele saiu do meu apartamento e eu demorei dez minutos para conseguir andar. Parte de mim queria gritar enquanto a outra gritava freneticamente que se eu o fizesse ele ouviria; explicar porque eu tive um ataque histérico seria muito interessante. “Ah, eu gritei porque você é lindo demais.”. Novidade... ele ouvia isso mil vezes por hora.  

A verdade é que a minha respiração ainda falhava e eu tinha o coração acelerado; essa não era a reação normal do Kookie comigo, ele não se comportava desse jeito comigo. Ele me abraçava mas não emanava sentimento disso, ele me olhava mas sempre com ternura e não com aquele brilho nos olhos que estava hoje. Ele mordia os lábios e passava a língua por eles, mas como reflexo, não olhando diretamente para mim, não com aqueles olhos que procuravam e mostravam alguma coisa que eu não acreditei ser o que era. JEON JUNGKOOK FLERTANDO COMIGO? Eu devia estar louca. Ou ele estava brincando comigo. 

Devia ser isso. 

Eu tomei um banho e sequei o cabelo, vesti uma blusa de lã vermelha que ficava justa, mas eu queria combinar com a decoração de Natal; o jeans era o que eu tinha ganhado dele há uns meses atrás, preto e rasgado como os dele. Lápis nos olhos e um brilho com gosto bom nos meus lábios machucados pelo frio e o meu celular exibiu o horário em uma atualização de rede social. 23:10h. Atrasada. 

Corri para a sala e abri a porta do apartamento, só para dar de cara com Jungkook sorrindo, apoiado no batente da porta; ele sabia que eu ia me atrasar. Ele tinha tirado o suéter, a camiseta parecia bem fina eu quis abraçá-lo de novo. 

— Não é novidade. – ele riu. 

— Ainda bem que você sabe. – eu rolei os olhos e sorri.  

Kookie me estendeu a mão depois de me ver fechar a porta e eu a aceitei para entrar no apartamento que cheirava a flores e a comida. O apartamento era pouco mobiliado, já que eles ficavam ali só quando não moravam nos estúdios da BigHit; a mesa de jantar estava posta para duas pessoas e uma pequena vela aromática do lado de dois botões de rosa branca faziam a decoração, junto do jantar que parecia muito bom. 

— Você não fez isso... 

— A comida não. – ele riu e puxou a cadeira para mim. Ah, Kookie, eu derreteria de tanta fofura agora. 

Nós jantamos conversando sobre o novo álbum e as expectativas dele sobre tudo isso, lavamos a louça e sentamos no grande sofá da sala que parecia uma cama com almofadas. Era perfeito para o Tae dormir. Em algum momento eu me desliguei completamente da TV e notei que Jungkook me observava todo este tempo; ele havia me abraçando quando sentamos e estava muito perto agora. 

— Está me olhando de um jeito estranho de novo, Kookie. 

— Não consigo evitar. – ele sorriu um pouco e o meu coração falhou uma batida. 

Um silêncio confortável se instalou, tudo que eu queria era aproveitar este momento de paz ao lado de quem... eu amava. É, era isso. Pena que nunca seria recíproco. Senti o rapaz se mexer e então olhei para ele, aquele sorriso de canto que deixava claro que ele ia aprontar alguma coisa estava ali e o deixava absurdamente lindo. Eu precisava me focar mais no que ele dizia e não no rosto dele. 

— Eu... posso te dar um presente? Quero dizer... um presente de Natal. 

Senti um frio na barriga e borboletas no estômago. 

— É claro Kookie. O que é? 

— Surpresa. – ele parecia muito feliz com isso e mordeu o lábio por reflexo; eu prendi a respiração. – Feche seus olhos. Por favor. 

Eu estava um pouco desconfortável com isso, mas eu pularia de um prédio se ele me pedisse, então... eu cruzei as pernas sobre o sofá e ele fez o mesmo, ficando de frente comigo; eu observei seu rosto mais uma vez antes de fechar os meus olhos e esperar. 

— Promete não abrir até eu pedir que abra? 

— Prometo. 

Só acabe com essa tortura. 

— Até hoje eu... eu preciso dizer que eu tive medo. Medo de como as coisas seriam e o que eu faria... tem sido bem confuso. Tae conversou muito comigo esses dias e... Yoongi quase me sufocou com a almofada algumas vezes. 

Eu ri baixo, meu coração já estava disparado neste momento e eu não sabia ao certo aonde ele queria chegar com aquilo. 

— Então... eu só vou entregar o seu... presente. E você pode escolher o que fazer com ele. Certo? 

— Vou cuidar com muito carinho. – eu respondi, ainda de olhos fechados. O que era? Ele sabia da minha coleção de pelúcia, era possível que ele tivesse encontrado alguma coisa que eu ainda não tenha, o que me deixaria explodindo de felicidade. 

— Eu espero que sim. – ouvi a risada baixa que fez meu corpo se arrepiar por reflexo. 

Jungkook se mexeu, eu não sei bem para onde e logo depois, o meu coração parou por alguns segundos. Eu senti sua mão quente sobre meu rosto, o polegar deslizando devagar pela minha bochecha e depois para a nuca; respirei fundo e soltei o ar com um sopro leve enquanto tudo da minha mente se resumia a... nada. Senti a respiração dele próxima, o nariz roçando de leve o meu e no instante depois, seus lábios sobre os meus. Se fosse um sonho, eu não queria acordar mais. 

Os lábios macios estavam colados com os meus, esperando uma reação, certamente. Ele os separou por um momento antes de depositar outro beijo fofo, e mais um; foi quando eu senti sua língua pedir passagem e sua mão apertar minha nuca com mais força. Qualquer resistência ou incredulidade que eu tivesse, tinha acabado ali. Levei minha mão até o seu cabelo e o puxei de leve, sentindo o sorriso de lado antes de aprofundar o beijo que me deixou sem força nas pernas. 

Infelizmente precisávamos respirar, então Kookie quebrou o contato mordendo fraco meu lábio inferior, puxando-o devagar. Ele colou sua testa com a minha e passou a língua pelos lábios, mordendo logo depois; eu senti meu corpo esquentar com isso. 

— Feliz Natal. - ele sussurrou para mim com um sorriso. 

Eu ri baixo. Era o melhor presente que eu poderia ganhar na vida.  

*** 

CENA BONUS: 
— Kookie, já passa da uma da manhã, eu preciso ir. 

— Por que você não pode ficar aqui comigo? 

Porque eu vou agarrar você e arrancar essa maldita camiseta? Porque eu vou deixar as coisas ficarem mais sérias do que eu acho que você quer? Porque eu não acho que você queira o mesmo que eu? 

— Por que não. - eu respondi, ignorando todos os motivos gritantes na minha cabeça. - Nos vemos mais tarde, Ok? 

— Hmm. - ele resmungou, sem me impedir de ir até a porta dessa vez. 

Estava trancada. Quando ele tinha trancado? Talvez em uma das dez vezes que ele me impediu de sair do seu apartamento. Antes mesmo que eu me virasse, senti Jungkook me prender contra a porta, de frente para ele, as mãos entrelaçadas com as minhas. 

— Fica. 

Sua voz não era mais do que um sussurro baixo e absurdamente gostoso. 

— Eu não posso... 

— Você não pode ou não quer ficar? 

Meu peito pesou pelo simples fato dele imaginar que eu não queria continuar com ele. 

— Eu quero, mas... eu não... 

Tudo que Jungkook ouviu foi "eu quero", depois disso ele beijou o meu rosto e desceu dando leves beijinhos e chupões pelo meu pescoço, embaralhando meus pensamentos e impedindo qualquer fala. Ele subiu os beijos até minha orelha e meu corpo inteiro sentiu o arrepio; ele riu baixo e voltou a me olhar, colando o corpo inteiro no meu pela primeira vez. Senti sua respiração falhando e seu coração que parecia querer sair do peito, senti em seu corpo o quanto ele queria que eu ficasse enquanto suas mãos envolviam minha cintura, me prendendo junto dele.  

Corri minhas mãos devagar pelos braços de Jungkook e o vi jogar levemente a cabeça para trás quando cheguei nos ombros e desci pelo peito, onde eu costumo apoiar a cabeça quando o abraço; ele entreabriu os lábios e soltou o ar por eles, fechando os olhos por um momento. 

— Kookie... 

— Ainda quer ir? 

— Não. Eu fico. 

Ele abriu um sorriso lindo, misto de felicidade e perversão. Eu não iria a qualquer lugar, porque não existia lugar que eu quisesse ficar mais do que ali. 


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Notas finais do capítulo


gostaram do tipo de fanfic e tudo o mais? comentem pra eu postar o próximo

2beijo



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