Uma Noite de Amor escrita por Amélia


Capítulo 6
Dupla de Trabalho


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curtinho. Boa leitura ♥



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Amélia Borelli, 27 de agosto.

Havia um jardim com flores perfumadas e belas, o verde era algo magnífico naquele lugar. Olho para o lado e me deparo com o Leonardo, ele está com uma pequena flor que logo estende para mim. Nossos sorrisos se encontram, nossas bocas se selam, mas algo de errado acontece. Alguém nos separa e diz “Estou observando você, garotinha’’.

Levantei assustada, eu tive um sonho meigo e ao mesmo tempo ruim sobre o Leo, e um papel misterioso. Alguém havia deixado um bilhete no meu armário ontem, provavelmente alguma brincadeira boba, mas isso não saiu da minha cabeça. Afinal, quem iria escrever que estava me vigiando? Alguma espécie de assombrador? Não contei sobre isso para ninguém, pois deve ser uma brincadeira estúpida daquele colégio. Porém, não vou negar que isto tem me atormentado até nos meus sonhos.

Fui para o colégio sem tomar café, nem me despedi dos meus pais. Pela primeira vez não cheguei atrasada, precisava conversar com alguém sobre aquela cartinha anônima que não parava de sair dos meus pensamentos. Isso é o ponto negativo de ser uma pessoa muito paranóica, achamos que existe algo em coisas sem sentidos. Alguém teria que colocar na minha cabeça que eu estava sendo nada mais do que uma idiota. Esse alguém era a Lorena.

Ela estava sentada com um copo de café em mãos no refeitório. Usava uma jaqueta fina e o uniforme escolar. Seu cabelo estava preso em um coque desajeitado que ficava perfeito na Lorena. Sentei-me em frente a ela, o que a fez olhar com uma expressão assustada.

— Chegou cedo, isto é algum tipo de milagre? – falou ela dando uma risadinha irônica.

— Não enche Lorena, preciso falar com você sobre algo sério – disse e ela que estava tomando goles de café, parou.

— Leonardo de novo? – perguntou Lorena.

— Desta vez não, alguém deixou um bilhete no meu armário como se estivesse me observando e sabendo de algo ao meu respeito. – falei seriamente.

Estendi o bilhete para ela, o olhou e disse:

— Saber o que? Você é toda certinha Amélia, isso só poder ser alguma idiotice de alguém do sei lá, sexto ano. – falou ela dando de ombros.

— Exagerei? – perguntei acalmando meus pensamentos.

— Sim, não tem cabimento coisas desse tipo.

Ela estava certa, eu já sabia disso no fundo, mas precisava que alguém abrisse meus olhos para isto. Fomos para nossas classes, tudo estava tranqüilo. Sentei logo na primeira carteira para que eu não tivesse que me distrair com os olhares do Leonardo. Tudo realmente tranqüilo, até meu professor resolver passar trabalhos em duplas, porém a felicidade se despediu quando ele disse que o mesmo iria escolher os companheiros de trabalho. Eu não ficava nem um pouco à vontade com quem não possuía intimidade, e o trabalho também não saia muito bom como esperado.

Minha apreensão estava dominando meu corpo quando ele anunciou as duplas.

“Amélia e... Leonardo.”

Uma pitada de felicidade se apossou de mim, mas logo ela se foi, e o medo substituiu seu espaço. Eu não quero precipitar as coisas e nem estragá-las, tudo bem, eu sei que é apenas um trabalho, nada de mais. Porém, eu sou a rainha da impulsividade, posso estragar tudo em uma simples palavra. E eu não quero isso, não quero que o Leo tenha uma imagem minha diferente da que sou.

O sinal soou, as pessoas levantaram das carteiras até minhas amigas tinham saído. Mas eu estava lá sentada como se a cadeira estivesse com cola e eu não conseguisse sair. Queria pensar nos últimos dias, em tudo o que aconteceu tão rapidamente, dei um suspiro e guardei meu material na minha bolsa, crente que não havia ninguém naquela sala exceto eu mesma. Estava errada, de novo.

— Então... O professor nos colocou juntos no trabalho – disse o Leo que estava parado em frente a minha mesa olhando para mim com aqueles olhos verdes brilhantes.

Fiquei meio surpresa com sua aparição tão de repente.

— Oi Leo, não vi que você estava aqui – falei assustada.

— Não precisa ficar assustada, só sou eu – falou dando um sorrisinho, lindo por sinal- Então, você pode ir à minha casa para fazermos o trabalho.

— Sua mãe não se importa de levar estranhos pra casa? – falei brincando.

— Ela adoraria te conhecer – disse rindo.

— Então está bem, só não posso à tarde porque tenho treino, você sabe.

— Sábado você está livre?

— Claro.

— Mando o endereço pelo telefone – falou Leonardo saindo sorrindo.

Mas espera aí, como ele tinha meu número?


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