F.P.P.G. – Projeto Peculiar (Interativa) escrita por Harleen Quinzel


Capítulo 4
Capítulo 4 – Playground


Notas iniciais do capítulo

Oi, amoressss!
Acabei de escrever o capitulo e vim deixar logo pra vocês acordarem e já saírem contando o que acharam do Playground (roubei o nome de Agens of SHIELD, risoss) e do momento aguadadíssimo deles se conhecendo (obviamente).
Me digam se está bom, se gostaram, o que deve melhorar e tudo mais!
Desculpem qualquer erro (só avisar que eu corijo), eu literalmente acabei de escrever e são 03:34 da manhã (eu deveria ter feito "não escrever de madrugada" como resolução de ano novo).
Anyway, sem mais delongas, o capítulo!
(Vou responder os comentários do capítulo passado assim que acordar, ok?)
XOXXO,
HQ



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Samantha Black não sabia muito bem o que esperar da base em que eles ficariam. Não que ela tenha imaginado alguma vez na sua vida estar no interior de um quartel militar, não como soldado. O que realmente não estava se assentando bem para ela fosse, talvez, o fato da base se chamar Playground. O quão ridículo era aquilo? Fazia com que ela se sentisse em um filme da Marvel, onde o Capitão América passaria por eles a qualquer momento, tendo, sem dúvidas, uma conversa interessantíssima com a o Gavião Arqueiro. Seus sentimentos só pioraram quando descobriu que era uma base subterrânea e o hangar era “dentro” de uma cachoeira. Ótimo, mudou da Marvel para a DC Comics, e iam encontrar o Batman, na Batcave.

Sr. Hangrove, sr. Camillo, srta. Black, bem-vindos ao Playground, nosso QH. – O General apresentou, assim que a traseira-porta do avião abriu. – Mais tarde, após apresentações, vocês serão levados a um tour pela base, às 2300, entendido?

— Você quis dizer às 23:00, certo? – A morena confirmou.

— Exatamente. A partir de agora vocês vão aprender termos militares. – A Coronel respondeu, passando por eles. – Me sigam, vou mostrar onde é o lobby principal, onde o resto de vocês está. O General nos encontrar daqui a pouco.

Samantha se viu sendo a última na fila indiana patética que se formara silenciosamente, atrás da Coronel Gray. A mulher os guia por uma série de corredores, que Sam tinha absoluta certeza de que não se lembraria, passando por um número ainda maior de salas. Oh, como ela sentia falta de Jess nesses momentos.

— Dentro dessa sala estão as outras quatro pessoas do projeto. Por favor, ajam como pessoas normais. – Gray falou, pausando brevemente antes de abrir a porta.

Na sala, decorada em tons sóbrios e alguns quadros, muitos pufes e sofás, uma TV grande e m frigobar, tudo sob um tapete persa, estavam quatro pessoas, cada uma delas sentadas em lugares diferentes. Um menino de cabelos escuros despenteados até a nuca, olhos azuis-turquesa cobertos por óculos (Harry Potter, pensou) e de pele bem pálida (até para ela), marcada por algumas sardas e espinhas, estava sentado em um dos pufes, jogando Candy Crush. Uma menina loira, de olhos azuis e feições de boneca (Sam decidiu que a chamaria de Barbie), estava profundamente concentrada em um livro médico. Uma menina de cabelos ondulados até a cintura, sobrancelhas marcantes e orbes castanhas (Clary, de uma das séries de livros estúpida infanto-juvenil), estava em uma mesa na parte de trás, assistia alguma coisa. E, por fim, um menino de cabelos castanhos desarrumados (Qual era o problema de adolescentes e pentes hoje em dia?) e olhos azuis-esverdeados (Ele seria Percy Jackson), estava sentado na divisa do espaço da sala de estar e de uma cozinha improvisada, que, na realidade, só tinha uma geladeira, um micro-ondas e uma pequena dispensa.

— Ahem. – A Coronel limpou a garganta, em alto e bom som, atraindo a atenção para si. – Srta. Black, srs. Camillo e Hangrove, vocês esperarão aqui, junto com os outros. O General vem logo.

E foi embora. Deus, Samantha se sentiu em um playground, por alguns segundos, até se lembrar que não eram crianças, eram adolescentes. Como ela sentia falta dos seus teen years. Quando ninguém se moveu ou falou nada, ela conseguia pressentir que seriam longas as semanas que passariam juntos.

— Não é agora que você faz um comentário e todo mundo se sente meio estranho, Sam? – Mark zombou.

— Infelizmente não, sr. Hangrove. Eu realmente gostaria que essa fosse a parte de ir embora. – Ela replicou. – E não me chame de Sam.

— Oh, Deus, de novo não. – Camillo reclamou. – Por favor, de novo não. Falem com pessoas novas, não um com o outro.

— Você tem razão, bro! – O personal trainer concordou, colocando um braço sobre o ombro de Daryl e apertando, de um jeito muito “bro”, antes de dirigiu sua atenção ao resto das pessoas da sala. – Eu sou Mark Hangrove. A minha direita temos meu novo bro, o inteligentíssimo sr. Daryl Camillo, futuro engenheiro alguma coisa! A minha esquerda temos a muito antipática e chata, srta. Samantha Black, que eu não sei o que faz da vida.

Oh, Deus! Samantha nunca pensou que fosse querer, implorar, naquele ponto, para ver a cara irritante do General Davies de novo, ou a cara bonita da Coronel Gray, tão cedo. Fechou os olhos, para evitar que eles rolassem diante da fala do Hangrove, e depois os abriu, se compondo. Se dirigiu diretamente para um dos sofás, o de frente para a TV e a ligou, precisava saber que sua ausência seria noticiada.

O cômodo voltou para o silêncio anterior, agora com o ruído da televisão e a conversa em voz baixa de Daryl e Mark ao fundo. O quão desconfortável aquilo poderia ficar? Enquanto nada que a interessava no noticiário era dito, voltou a checar a sala e seus ocupantes, notando que eles ainda estavam com sua bagagem. Isto é, até a porta abrir.

— Boa noite, soldados. Eu sou o General Malcolm Davies, essa é a Coronel Gray, srta. Narcisa Shafiq e sr. Lucas Henshaw. – A tão aguardada salvação chegou, a morena não pode deixar de pensar. – Quero que cada um de vocês se levante, diga seu nome e profissão, sua habilidade também, se souber.

— Mark Hangrove, vinte e três, personal trainer. – Ele falou, levantando-se do pufe que estava. – Eu não sei o que é minha habilidade.

— Daryl Camillo, dezenove anos, estava na faculdade de engenharia química. – O morena se apresentou. – Eu posso manipular o fogo.

— Irado! Meu nome é Roeen Schonell, tenho dezessete anos e estava na escola. – Percy Jackson se apresentou. – Eu posso fazer algumas coisas quando me concentro, mas não tenho certeza do nome ou muito do que posso fazer.

— Eu sou Felícia Hayes, tenho dezoito e estava cursando medicina. E não, não tenho ideia do que sei fazer. – A Barbie disse.

Elizabeth Rose Murray, dezenove, estava fazendo astronomia. – Clary-de-uma-das-séries-de-livros-estúpida-infanto-juvenil falou, da mesa em que estava sentada.

Jesse Carter, dezessete, estava estudando. – Harry Potter murmurou em um tom alto o suficiente para que eles ouvissem. – Não se o que posso fazer.

— Samantha Black, vinte e quatro, sou CEO da BlackCorp. – Sam se introduziu, notando que era a mais velha dali.

— Não se preocupe, vovó, se precisar eu te ajudo a atravessar a rua. – Mark riu, do outro lado da sala, claramente notando a mesma coisa que ela.

— Black, não responda. – Gray reclamou, ainda parada ao lado de Davies.

— Ótimo, agora que todos já se conhecem podemos fazer um tour rápido pela base, já que o relógio já marca 2300. – Davies exclamou. – Antes, algumas regras: O toque de recolher é às 2230, em ponto. Vocês devem estar em seus quartos ou se dirigindo a eles nesse horário. Os treinos começam às 0830, vocês devem tomar café da manhã e estar em seus uniformes a essa hora. Amanhã será uma exceção, já que irão pegar os uniformes e já passou do toque de recolher, por isso começará as 0900. Isso aqui não é um parque de diversões. Vocês não estão aqui para brincar, muito menos para farrear. Vidas estão em risco, e a partir de agora vocês são soldados. Alguma pergunta antes do tour?

— Senhor, não! General, não! Senhor-general? – Percy Jackson, não, Roeen Schonell, tentava achar o título certo. – Huh, algum de nós vai ser atribuído o cargo de líder ou vocês vão nos liderar quando chegar a hora?

— Nós temos alguém em mente, mas iremos confirmar se essa pessoa vai estar apta através da preparação e dos treinos. – Davies respondeu. – E é só senhor ou General, se você quiser se formal. Alguma outra pergunta? Não? Ótimo. Ao tour.

ɸ

Felícia Hayes dormia calmamente, em paz, após o dia que tivera. E era, de fato, o que precisava para reorganizar sua cabeça, reencontrar seu chão, se centrar novamente. Entretanto, a última coisa que precisava, esperava, era ser acordada por uma maldita sirene? Música de sentido? O que diabos era aquilo?

Colocou rapidamente a roupa, separada meticulosamente no dia anterior, e saiu de seu novo quarto, vendo, a sua volta, seus novos colegas de time fazendo o mesmo, alguns ainda de pijamas (ou ela acreditava que fossem).

Seguiu, sonolenta, o grupo até a sala de jantar, onde a Coronel, a srta. Shafiq e o sr. Henshaw os aguardavam, sentados na mesa onde estava o vasto café da manhã. Se esticou para pegar algumas frutas, uma torrada e o suco de laranja, vendo que a maioria não se alimentava tão bem, exceto Mark e Samantha.

— Atenção. – A Coronel demandou, assim que terminaram de comer. – Vocês serão divididos, nesses primeiros treinamentos, para podermos acessá-los de maneira melhor. Black e Hayes, vocês irão agora para a ala médica com a dra. Sawyer. Hangrove e Schonell, vocês estarão com o General Davies no setor físico. Carter, você vai com o sr. Henshaw, na ala especial. Murray, comigo na biblioteca e Camillo com a srta. Shafiq no laboratório. Os uniformes já estão em seus quartos. Sugiro que eles permaneçam arrumados para inspeções surpresas.  Estejam no lugar designado às 0900, em ponto. Dispensados.


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