Quebrando Barreiras escrita por Gabhi, Erica


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :D
Então, OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS!!! Sério, eu não imaginei que alguém fosse ler - achei o nyah tão parado. Mas estou tão feliz por isso ♥ de verdade meus amores.
Bem, a Erica arrumou o cap. anterior, mas esse aqui ainda não. Então... perdoe-me os erros.
(Vocês acreditam que foi uma luta tirar a correção automática do word de RosÁlie? ele colocava essa droga de acento em todos.)
Então, eu preciso continuar escrevendo, só tem mais uns capítulos prontos e né, preciso terminar kkkkkkkkk
Mas enfim, boa leitura seus lindos ♥

(Capítulo betado 03/07/2017 às 18h10).



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— Por que nunca me deixou saber sobre Rosalie? — Perguntei após controlar minha respiração. Edward me beijou de novo e se sentou ao meu lado na cama, suspirando.

— Não achei que era um passado interessante de se conhecer.

— Claro que era! — disse indignada. — E outra, ela faz parte dessa família. Ela tem uma história que é... surpreendente.

— Sim, mas todas as mortes... — ele disse baixo, olhando para as próprias mãos.

— Foram necessárias. A meu ver, foram até mesmo corretas. Faz parte de quem ela é, e ela é... incrível.

— É, só... cuidado. Ainda mais com os visitantes. — fez uma careta de desprezo.

— Se refere ao tal Damon ou as Denali? — Questionei me deitando ao seu lado, passando a mão por seu peito.

— O que ela lhe disse sobre os dois? — Controlou um sorriso.

— Hum... que uma tal de Tânia tem interesse em você e que esse Damon é irresistível até para ela.

— Olha, ele só não deu em cima de Esme porque a considera como mãe. Mas o cara é... estranho, assassino e com um péssimo gosto musical. — revirou os olhos. Eu ri um pouco. — E Tânia é... um caso a parte. Ela pode ser legal, mas também pode ser um pé no saco.

— Hum... não acho que vamos ter o que nos preocupar. — Disse sorrindo enquanto subia em cima dele, o beijando. Ele, porém, me afastou. Ou talvez teremos.

— Vamos, vou fazer algo para você comer. — me puxou na cama. Bufei. Era difícil controlar esse desejo que tinha em mim, e bem, Edward não parecia ter a mínima vontade de saciá-lo, ou senti-lo também.

Antes de segui-lo até a cozinha, parei em frente ao espelho.

Sempre fui insegura com meu corpo. Seios pequenos, esquelética demais. Não tinha uma famosa curva na cintura. Já tentei, quando mais nova, academia, dança... mas me sentia incomodada em meu próprio corpo e isso me desmotivava. Fiquei sempre o patinho feio, deixando de me cuidar. Minhas poucas amigas nunca foram vaidosas também, então nunca tive um exemplo a seguir. E minha mãe, por mais que se cuidasse um monte, não estava sempre lá para me guiar. Talvez eu realmente não fosse atraente para Edward, da mesma forma que nunca fui atraente para ninguém. Comparado as modelos vampiras que ele estava acostumado, eu não lhe atraia a atenção. E, talvez, ele só estivesse comigo por caridade ou algum distúrbio vampiresco desconhecido.

Desisti de pensar nisso e o segui, o observando fazer minha comida enquanto puxava assunto sobre música clássica. Nunca fui fã de algo, podia gostar de música clássica. Mas não compartilhávamos exatamente o mesmo amor musical. Fiquei, na maior parte do tempo calada. Tentando me concentrar no que ele dizia, mas pensando em meu próprio corpo e no nosso relacionamento fracassado.

 

 

— Alice. — Chamei baixo, entrando em seu quarto. Ela sorriu e bateu a mão ao seu lado na cama. Fui pra lá rapidamente. — Será que podemos sair para conversar um pouco?

— Por que não aqui? — fez uma careta confusa. Apontei para meu ouvido e girei o dedo no ar. — Ah, claro. Privacidade.

— É...

— Vamos comigo no mercado, precisamos comprar bebida. As Denali adoram vinho e seria legal ter alguma coisa a oferecer para comer.

— Sou a única que come, Alice. — disse erguendo as sobrancelhas. Ela suspirou. — Ainda não entendo como vocês não comem, mas bebem.

Ela riu e deu de ombros. Então me fez levantar e foi pegar uma roupa dela para vestir. Enquanto me trocava em sua frente, não resisti e perguntei:

— Você me acha bonita? Sei lá... atraente?

— Claro que você é bonita, Isabella! — ralhou comigo, um tanto indignada. — Por que ainda duvida disso?

Dei de ombros e terminei de vestir. Porque ultimamente só tenho motivos para duvidar.

Fomos conversando sobre banalidades até o mercado. Só quando tive certeza que não havia ninguém da família que decidi puxar o assunto.

— Não me sinto bem. Comigo mesma, com Edward... não sei se me sinto bem nem com vocês.

— Comigo? — perguntou me olhando assustada, estacionando o carro. — O que eu fiz?

— Você... — engoli em seco, criando coragem pra falar. — Você me deixou junto com ele, Alice. E você era minha melhor amiga.

— Eu sou sua melhor amiga. Não devia ter deixado aquele idiota me convencer de fazer um ato tão horrendo como aquele. Ninguém na família quis fazer. Mas ele meio que nos obrigou...

— Mesmo assim, eu precisei tanto de você... Eu... eu só não me sinto bem. Vocês me largaram e então voltaram como se tudo fosse normal. Não consigo me sentir normal com Edward novamente.

Ela respirou fundo e segurou minhas mãos. Demorei um pouco, mas a encarei. Me surpreendi um pouco ao ver lágrimas em seus olhos.

— Eu me arrependo todo maldito dia de ter feito isso com você, Bella. De verdade. Me diz que você pode me perdoar. Não me preocupo se vai ficar ou não com o otário do meu irmão. Mas só não posso perder você de novo. — Implorou, apertando ainda mais forte minha mão. Eu respirei fundo e beijei seu rosto.

— Mas precisamos falar sobre ele. Não consigo... não consigo me sentir bonita o suficiente para ele, nem mesmo sinto que ele é o suficiente para mim agora. Não consigo... quebrar isso que ficou depois do abandono.

Ela soltou nossas mãos e saiu do carro. A segui. Enquanto caminhávamos para o mercado, eu falava, falava e falava. Ela segurava minha mão e ouvia. E então tentou defendê-lo, dizendo que eu era linda sim, mas Edward que não estava pronto, que ele não queria me machucar, que ele cometeu um erro, mas todos cometem erros.

Eu não queria alguém para defendê-lo ou para criticá-lo. Eu queria alguém para me defender e me guiar a uma solução. E não esperar que “o tempo resolvesse tudo” ou falar que tinha problema maior para lidar – que era Victória, a louca.

Nunca havia me sentindo assim antes, mas tudo que eu desejava agora era correr para os braços de minha mãe e pedir conselhos a ela.

 

Desviei o olhar do treinamento de Emmett e fiquei olhando minhas unhas, sem cor. Comecei a me lembrar das unhas de Rosalie e, enquanto pensava no quão inferior era, comecei a refletir sobre tentar deixá-las iguais. As de Rosálie estavam azuis dois dias atrás, e hoje estavam vermelha escura. Achei que seria uma boa forma de me aproximar dela se pedisse para que ela fizesse minhas unhas.

Estava quase entrando em outra filosofia profunda sobre mim mesma quando Jasper sentou ao meu lado. Olhei para ele de sobrancelha erguida.

— Sabe, eu adoraria conseguir sentir suas emoções nesse exato momento para saber porque de tantas caretas. — Disse brincalhão, olhando Emmett e Carlisle treinando.

— Ah, também gostaria de saber o que estou sentindo. — sorri de leve e continuei o encarando. Ele finalmente me olhou e sorriu.

— Precisando de um psicólogo? Olha, eu fiz várias aulas... acho que posso ajudá-la.

Eu ri um pouco e respirei fundo, ajeitando minha posição na pedra.

— Todo mundo já me ouviu e vai me ouvir agora de novo, mas... não é a mesma coisa. — disse baixo, olhando os Cullen ao redor. Edward treinando com Rosalie, Emmett com Carlisle e Alice e Esme mais brincando do que lutando. — Só... acho que estou diferente.

— É claro que esta. Ninguém fica igual após uma decepção. Mesmo que tente. — ele disse com convicção. E o encarei um pouco, enquanto ele continuava. — Sei que a assustei e magoei, Bella. E não consigo ex...

— Jasper. — o interrompi, segurando sua mão. — Eu não te culpo pelo que houve. Nunca te culpei. Eu não te culpo porque é quem você é, seus instintos. Eu estava no meio de vampiros e sabia que eventualmente algo assim aconteceria. Só não esperava o que veio depois disso.

Ele respirou fundo e apertou minha mão.

— Por muito tempo eu tive problemas de lidar com meu dom, Bella. — desviou o olhar enquanto falava. — Eu tive que lidar com minhas emoções intensificadas após me transformar. Minhas emoções por conta da guerra que me matou. E depois, demorei dois anos até entender que sentia o que os outros sentiam, e começar a separar as emoções dos outros das minhas, a bloqueá-las, reconhecê-las... Demorei décadas, e até hoje eu sinto problemas com isso.

Continuei calada, o ouvindo. Novamente, me questionava porque Edward se preocupava tanto em me manter afastada dele. Me indignava. Jasper parecia ter uma história tão surpreendente quanto Rosalie. Uma história na qual me identificaria e me faria querer ouvir mais e mais.

— Naquele dia, não era a minha sede que tive que lidar. — continuou, agora me olhando. — O seu sangue, como sabe, é maravilhoso. E eu tive que lidar com ele exposto no ar. Mas eu também tive que lidar com a sede incontrolável de mais seis vampiros, que tentavam se manter presos no chão para não te machucar. Por um momento, eu esqueci que era você ali, sangrando, quem você era, como bloquear as emoções dos outros e só pensei no sangue.

— Eu imagino. — sussurrei, com medo de falar algo e fazê-lo parar de conversar comigo.

— Por isso, quando Edward disse que teríamos que ir embora, ajudei a convencê-los de que era melhor. Eu não conseguia lidar com minha vergonha e te encarar novamente. Não conseguia lidar com a culpa. E a culpa de Edward estava me deixando louco. Então, quando decidimos partir, corri com Alice para o mais longe dele. Não queria lembrar de minha caída.

Pensei em falar algo, até abri a boca. Mas não consegui. Não sabia o que dizer a ele. Eu deveria dizer que ele não precisava se sentir culpado, que estava tudo bem e que entendia. Mas ele já sabia disso.

Após um tempo, soltei sua mão e decidi falar.

— Como você se transformou?

Quando ele ia falar, Edward nos interrompeu.

— Vou levar Bella para comer algo, treine um pouco com eles.

Ambos se encararam um pouco, Jasper assentiu e, após um profundo olhar sobre mim, foi embora sem dizer nada. Não contestei enquanto Edward me levava de volta para sua casa. Novamente, me senti horrível por sua interrupção, frieza, e a desconsideração sobre eu querer ou não ir para casa comer.


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Notas finais do capítulo

Olha, eu particularmente to meio pé atrás com a fic. Sei lá, faz tanto tempo que não escrevo, meio que esqueci como funciona mesmo esse mundo kkkk
Por favore, se vocês tiverem ideias, sugestões, críticas construtivas, podem mandar que eu aceito de bom grado viu? ♥
Então é isso, sexta que vem eu posto um novo capítulo.
Deixem seus comentários para fazer minha alegria :D kkkkk
Até depois amorecos!