Zodíaco, os treze reinos. escrita por Benny Simpson


Capítulo 1
Zodíaco


Notas iniciais do capítulo

Zodíaco está dividido em treze reinos.

Áries – Território dos Lobisomens é uma zona livre onde se pode viver qualquer um desde que siga as leis dos lobisomens. Uma das províncias principais do reino de Áries é Terradon – uma comarca portuária, dominada por vigaristas se quiser sumir do mundo sem deixar vestígios, Terradon é o lugar certo.

Touro – Dominado por bruxas, governado pela Família Wells, um poderoso clã de bruxos das trevas, apesar de a maioria dos habitantes serem bruxos há outros vivendo entre eles, mas evitam conflito com as bruxas e seguem suas leis. A capital de Touro é Hermethica – a cidadela dos bruxos.

Gêmeos – O reino também é conhecido como Reino Espelhado por ser o único em toda Zodíaco que é formado por Ilhas e Cidades-Aéreas. A Ilha Draconia é a maior de todos e a Cidade-Suspensa de Halcya é a capital do reino. Em Gêmeos possuí nove ilhas habitáveis cinco das quais tem vulcões ativos, e das Cidades-Aéreas a mais baixa é Gillion que está há nove mil pés do oceano. O rei de Gêmeos é Lusipher, um dragão de fogo.

Câncer – Outro reino livre também dominado pelos lobisomens. Sua capital é Viperon, uma metrópole habitada por todo tipo de gente, é onde Morgana foi criada e onde começa tudo.

Leão – Reino dos vampiros, sua capital é Nefrin, a cidade principal dos vampiros, anualmente eles se reúnem em Nefrin – o que fazem nessas reuniões só os vampiros sabem e eles nunca contam – Apenas humanos e vampiros vivem lá, nenhuma outra criatura entra.

Virgem – Reino livre, outrora era dominado por werecats, mas deixaram suas terras. Em Virgem se encontra a floresta de Amanopia, chamada de floresta sombria onde as plantas carnívoras são gigantescas e adoram carne de pessoas. Também á uma grande variedade de animais mágicos e comuns habitando a floresta. E no centro de Amanopia encontra-se Chimeria, um reino feérico extremamente difícil chegar lá e os poucos que chegam não conseguem sair como chegaram, pois as fadas não são gentis com invasores.

Libra – Um reino de vampiros, diferente de Leão, em Libra qualquer pessoa pode viver desde que esteja disposto á seguir as leis da Irmandade Ankh, um clã de vampiros excêntricos e perigosos. Em libra se encontra Necros, a cidade fantasma. É inabitável por que um bruxo traiu a esposa (bruxa), furiosa a bruxa tirou a vida da cidade obrigando todos os habitantes irem embora, nada cresce no solo, a chuva que cai do céu é acida, o ar fede, as noites silenciosas pregam peças na cabeça das pessoas e os dias são sempre nublados. Nem mesmo os vampiros sobrevivem naquele lugar sem enlouquecer.

Escorpião – O reino trancado, sua rainha fora a fada Eileen, mas depois que ela morreu todos deixaram o reino. Dizem que em Escorpião está localizada Darillium, uma metrópole subterrânea habitada unicamente por humanos, nenhum ser sobrenatural pode entrar graças á um feitiço feito por Eileen que criou a cidade subterrânea onde os humanos pudessem viver seguros durante grande guerra sobrenatural – Darillium é tão bem protegida que nem mesmo sobrenaturais amigos dos humanos podem entrar tão pouco humanos com más intenções para com outros de sua espécie. Outros, porém, diz que em Escorpião está a passagem para Therra, um mundo reverso, literalmente o submundo. É apenas uma lenda sem provas de que realmente exista.

Serpentário – Zona Proibida, é um reino prisão. É uma enorme Ilha isolada onde apenas navios fantasmas consegue chegar. É um lugar perigoso para se habitar considerando que todos seus habitantes são seres sobrenaturais extremamente perigosos e humanos levados para diversão dos prisioneiros. Em Serpentário se encontra a província de Kremna, onde alguns ousados prisioneiros mantêm seus humanos e suas crias. Os navios fantasmas passam pelo reino proibido duas vezes ao ano levando novos prisioneiros e procurando nova tripulação.

Sagitário – Reino polar e livre, governado por bruxas é um lugar pacifico para se viver. Humanos que se arriscam á fugir de seus senhores e sobrevivem para chegar em Sagitário é enviado em segurança para Darillium. A baixíssima temperatura é controlada pelas bruxas que manipulam o tempo.

Capricórnio – O reino dos vampiros. É um reino sobrenatural, nenhum humano ou simpatizante de humanos é bem vindo em Capricórnio. Não há escravos nesse reino, não por que querem a liberdade dos humanos e sim por que os moradores não confiam nos humanos.

Aquário– Um reino livre cujo regente atual é uma fênix chamado Vincent. Em Serpentário se encontra Kastopheria, uma província portuária por onde milhares de pessoas passam por dia, seja para entrar seja para sair de Zodíaco, existe também a comarca de Sabalom, uma zona comercial onde se vende de tudo, desde pedras pegadas no chão até passagens para o mundo dos mortos. É um lugar terrível e sem leis.

Peixes – Reino submerso, dividido em norte onde se encontra Levithia – no passado foi Ilha onde as fadas habitavam no inicio das Eras, agora é uma cidade submersa pertencente ás sereias. E no sul se encontra Sireen – A maior das cidades submersas, onde nenhum humano jamais foi.



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Há muito e muitos anos atrás

Zodíaco é desde o inicio dos tempos governados por seres sobrenaturais. Dragões, Fadas e os Werecats. O País Zodíaco era dividido em reinos grandiosos e o povo convivia tão pacificamente quanto o possível, afinal nenhuma sociedade é inteiramente perfeita. Entre no meio deles havia os humanos, o meu povo. Nós aceitávamos as ordens que recebíamos, adorávamos nossos reis e rainhas, pois mesmo estando em guerra contra outros reinos, eram leais para com aqueles que viviam em suas terras e dependiam deles por que eles também dependiam de todos nós.

Mas nem todos de nós, humanos, via as coisas como eram. Grupos se formavam em pequenas sociedades secretas e tramavam contra os lideres, Os Ancestrais queriam algo que apenas os dragões e as fadas possuíam, ambicionavam a magia. E usando de toda astúcia que possuíam observaram, estudaram e aprenderam a dobrar a natureza á sua vontade. Indignados pela traição dos humanos ao fazerem uso de magia, os Dragões os atacaram com fúria. A guerra entre homens e feras durou por décadas e milhões de vidas se perderam levando á quase extermínio dos humanos até que as Fadas se envolveram na guerra e para manter a paz, expulsaram os Dragões para as Ilhas Vulcânicas e Cidades Flutuantes de Gêmeos.

A paz não fora inteiramente restaurada por que a confiança que as Fadas tinham nos humanos sofrera grandes abalos e os humanos passaram a se rebelar, guardando segredos e estudado magia. Para aqueles humanos que usavam magia, desde a guerra, eram chamados de Bruxos e esses estudiosos da magia não paravam de estudar e aprender e quebrar as leis da natureza. Os bruxos descobriram algo poderoso, algo que as Fadas chamavam de maldições e que era de uso proibido por inúmeras razões, mas os bruxos não se importavam com os detalhes, sabia que aqueles feitiços chamados de Maldiçoes deixariam seus exércitos mais fortes, mais poderosos e era apenas o poder que eles queriam.

A primeira grande maldição que os bruxos fizeram foi ligar lobos selvagens aos humanos. Levaram muitos anos para aperfeiçoar a Maldição do Lobo e quando finalmente conseguiram criar um lobisomem, criaram outros. E o exercito de lobisomens serviram as bruxas por muito tempo até que outro grupo de bruxas decidiu exterminar aquela espécie que estava aumentando e criando suas próprias leis muitas das quais iam contra as leis das bruxas. A Revolta Sanguinária durou por mais tempo e desta vez as Fadas nada fizeram para impedir, de um lado bruxas e lobisomens, e do outro lado bruxas e uma nova espécie de criaturas ainda mais letal que os lobisomens, criaturas notívagas que bebiam sangue e se regeneravam tão rapidamente quanto eram feridos, Vampiros.

Quando as Fadas souberam que um determinado grupo de bruxas ultrapassou os limites da Lei dos Mortos, então elas baniram as Bruxas e os Vampiros para o extremo leste, para o devastado Reino de Peixes, onde aprenderiam a conviver uns com os outros. Mas as feiticeiras e os vampiros não aceitaram aquelas decisões e fizeram uma proposta para os Dragões de Gêmeos, destruir todas as fadas. E os dragões aceitaram, planejavam vingar-se das fadas por terem sido banidos e a oportunidade era mais do que ideal. Conseguiram apoio de outros que assim como eles achavam que as fadas não possuíam o direito de controlar Zodíaco.

A Grande Guerra dos Elementos durou mais de cem anos. As Fadas ainda seguiam a Lei da Vida, e como matar causava nelas efeitos devastadores, muito da espécie se sacrificaram para acabar com a guerra aprisionando seus inimigos em Peixes e afundaram o continente inteiro sobrando na superfície apenas algumas pequenas ilhas inabitadas. A magia corrompida das bruxas de Peixes as transformou inexplicavelmente em criaturas com guelras e nadadeiras. Os vampiros recuaram quando compreenderam que as Fadas eram capazes de tudo para vencer. Os Dragões hastearam suas bandeiras brancas e a guerra finalmente acabou.

Mas o meu mundo nunca mais foi o mesmo.  Para meu povo, os humanos, foi dada a chance de exercer o poder que tanto ambicionavam, sermos lideres do mundo que habitávamos. Houve sucesso e fracasso. Como magia era perigoso, decidiram por tornar algo proibido. Bruxas eram odiadas pelos humanos. Vampiros eram caçados. Lobisomens eram renegados por todos. Werecats se esconderam em suas formas mais inofensivas e se misturavam á paisagem de tal modo que nem mesmo um sobrenatural era capaz de percebê-los. Os Dragões tomaram posses de Cidades flutuantes e Ilhas vulcânicas onde viviam livremente de acordo com suas leis. E as fadas. Bem, as protetoras de Zodíaco nunca mais foram as mesmas, algumas se esconderam na natureza assumindo suas formas naturais, outras se misturaram aos humanos e alguns se ocultaram nas sombras.

Os humanos desenvolveram ciências e tecnologias para vários fins, tentaram substituir a magia e até determinado ponto funcionou. Mas a sede de poder dos humanos ainda era grande e conflitos surgiam por todos os lados, humanos contra humanos. Suas razões variavam entre muitos motivos principalmente preconceito e a cobiça pelo poder de dominar. Por mais de mil anos as coisas funcionaram de acordo com os critérios humanos, mas enquanto meu povo se matava por ideais conflitantes, os sobrenaturais nos vigiavam. Espreitavam-nos, pacientes. Esperaram até o momento certo e quando encontraram uma brecha atacaram. Não houve uma guerra de sangue e cinzas, esta guerra fora diferente, fora uma Guerra Fria. Os vampiros foram os primeiros, assumiram o controle das coisas criando novos lideres, lideres humanos controlados por eles. Depois vieram os lobisomens aparando as pontas, esses foram ainda mais inteligentes ao controlar o povo de modo que conquistaram a confiança dos humanos. E assim as criaturas da noite se tornaram regentes supremos de Zodíaco.

Mas isso foi no passado. Há muito e muito tempo atrás, em um passado que só existe nos livros. Meu povo serve aos sobrenaturais. Somos escravos e não temos opções além de servi-los. Mas assim como no passado eles nos espreitaram, agora somos nós quem aguarda pela vingança. Não vai demorar, logo seremos livres.

Apocalíptica Jacqueline

— Jacqueline, eu preciso que se arrume. Temos um compromisso para o jantar.

A voz suave do vampiro chegou à piscina onde os escravos limpavam o sangue da ultima festinha de Pearl Nyx, sua senhora. Jacqueline, a humana que servia a família Nyx desde os onze anos apenas deixou o escovão e saiu como que hipnotizada pela voz de seu amo. Os outros escravos trocaram um olhar preocupado, sabiam que Jacqueline era capaz de ouvir o vampiro, mas como ela conseguia isso era um mistério. Havia comentários de que ela havia sido amaldiçoada por alguma bruxa e por isso tinha aquela estranha capacidade de ouvir melhor que os outros humanos, mas eram apenas comentários e os humanos faziam comentários e suposições sobre tudo.

Orion Nyx tinha quase quatrocentos anos de existência, fora transformado em vampiro aos 27 e era dono de um banco de sangue especializado em sangue tipo B, um tipo bem raro, pois grande parte da população humana de Terra-0 tinha sangue tipo AB ou O. Quando era humano Orion era escravo sexual de uma vampira Nyx chamada Clarissa, a vampira tinha segredos que foram confiados ao jovem somente depois que ele fora transformado em vampiro e ao longo de um século fora treinado para assumir os negócios da Família, Clarissa exterminou toda sua família de mortos-vivos sugadores de sangue e o deixou no comando para formar uma nova geração com ideais mais altruístas. Infelizmente não funcionou como o planejado, enquanto humanos seus servos de confiança eram altruístas o bastante para se sacrificarem uns pelos outros, depois de transformados se tornavam egoísta o bastante para matarem impiedosamente sem se importarem com as consequências. Resultando na desistência de Orion por formar um clã de vampiros que lutassem pelo que ele e Clarissa consideravam certos.

— O que quer de mim? – a voz baixa e delicada de Jacqueline o tirou de seus pensamentos.

Jacqueline o servia há oito anos. Tinha uma personalidade considerada sem graça pela maioria das pessoas que a conheciam, falava pouco ou quase nada, era obediente e discreta. E graças á ele, era uma assassina perfeita. Quase ninguém era capaz de desconfiar da moça pequena de ombros caídos, olhos pretos de olhar tristonho, cabelos castanhos cortados muito curtos, e nenhuma curva exuberante que um vestido de bom corte pudesse destacar. Pearl brincava maldosamente que a escrava era um garoto entrando na pré-adolescência, sem nenhum traço marcante.

— Hoje vou apresenta-la a um amigo, ele tem interesses em você.

— Que tipo de interesse? E que tipo de amigo?

— Esteja pronta as oito e descobrirá.

O bistrô La Fontaine estava cheio de sobrenaturais, Viperon era uma província de comercio do Reino de Câncer, e as noites eram movimentadas, principalmente por vampiros e humanos que os serviam. Jacqueline percebeu os olhares dos clientes do bistrô direcionados ao homem bonito de orelhas pontudas, cabelos vermelhos e olhos prateados sentado em uma mesa de canto, não se surpreendeu quando Orion se direcionou para aquela mesa e puxou a cadeira para ela.

— Sou eu a serva, é meu dever fazer isso – ela repreendeu seu amo que não lhe deu atenção.

— Beatrice tinha razão – comentou o homem de cabelos vermelhos – Para alguém que se importa tanto com humanos, você cuidou muito mal dessa menina.

— Não me culpe por ela ser esquisita – respondeu Orion se virando para a humana. – Jack, este é Dragomir de Gillion. Meu amigo.

— Não são amigos – comentou pegando um pãozinho de abobora e mordendo – Talvez sócios ou aliados ou companheiros estranhos em alguma aventura imoral, mas amigos vocês não são.

— Por que acha isso, criança? – questionou o dragão Cristal

— Um vampiro amigo de um dragão? No teatro e na literatura é possível, no mundo real nem pensar. É como um dinossauro ter um Lhamacórnio alado.

Dragomir desviou o olhar confuso para Orion.

— Eu não faço ideia do que seja um lhamacórnio. Mas vamos ao que importa, negócios. Quero acabar logo com isso.

Dragomir colocou um athame de prata com entalhes rúnicos sobre a mesa, o metal reluzente atraiu olhares ansiosos e Jacqueline ficou nervosa diante daqueles olhares.

— O que está acontecendo, senhor? – perguntou torcendo as mãos debaixo da mesa – Para que serve essa faca?

— A partir de hoje as coisas ficarão por sua conta, Jack. Não se preocupe, terá auxilio.

— Do que está falando?

— Apocalíptica – disseram os dois homens

Aquelas palavras soaram como sinos nos ouvidos de Jacqueline que se levantou agarrando o athame e se movendo com a habilidade de uma bailarina pelo salão. Como uma coreografia macabra os clientes se levantaram tentando se proteger da prata fria que lhes cortava e perfurava impiedosamente. Desde que era uma criança no abrigo á espera de um amo para servir, ela conhecia aquela palavra, Apocalíptica. Sua lembrança mais antiga a relacionava com várias outras crianças usando branco dentro de cilindros que emitia uma engraçada luz azul-clara. Depois vinha o gigante de olhos azuis no abrigo, ele lhe sussurrara “... e quando ouvir o chamado, Apocalíptica, não corra, não fuja”, ela sempre achou que aquele fosse seu nome, mas as educadoras do abrigo lhe nomearam de Jacqueline e ela aceitou o novo nome. Aos onze anos o gigante de sua infância retornou para buscá-la e somente ele até então lhe dizia aquela palavra estranha que descobriu não ser seu nome.

Apocalíptica era uma espécie de código, uma palavra-enfeitiçada ou uma palavra de comando. Ela respondia inconscientemente por que em algum lugar dentro de si sabia que não devia fugir, aquela palavrinha com ares de caos e destruição significava que ela tinha que lutar. E era isso que ela fazia. Orion a ensinou á matar tão impiedosamente quanto um vampiro, apesar de sugerir que estava a preparando para ser um deles, nunca ficou claro a que “um deles” ele se referia. Talvez a treinasse para ser uma Nyx ou apenas uma vampira ou quem sabe algum outro tipo de sobrenatural. Ela não entendia quais os planos que seu amo tinha para ela e não questionava, confiava em Orion apesar dele ser tão misterioso.

O cheiro de sangue estava fazendo Orion apertar as laterais da mesa com todas suas forças para não se deixar levar pelo seu lado sanguinário. Diante dele, Dragomir sorria divertindo-se em ver a tortura por qual o vampiro passava estando próximo de tanto sangue.

— Achei que sendo dono de um banco de sangue já tivesse aprendido á lidar com essas situações, amigo.

— Vai se ferrar, Drago – rosnou o vampiro.

Jacqueline parou perto da mesa deles, sua roupa estava molhava de sangue, o piso parecia um espelho d’água vermelho e o athame na sua mão ainda reluzia prateada.

— Treinou bem a sua assassina, Orion. Ela está pronta para a guerra – informou o dragão se levantando – Boa sorte, Jacqueline.

A humana apenas o olhou sem interesse, e quando ele fechou a porta ela enfiou o athame do coração de Orion que sorriu ao sentir-se livre da sua existência amaldiçoada. E ao sair do bistrô, Jacqueline derrubou um castiçal sobre uma mesa sabendo que não destruiria seus rastros. E correu, não para fugir e sim para sobreviver. A guerra estava se aproximando, ela precisava se reunir com os aliados de Orion e aguardar novas instruções. Mas seu amo estava morto e ela não precisava mais seguir as regras dele. Agora ela era livre, uma criminosa que seria caçada, contudo, livre.


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Notas finais do capítulo

Você é um: ( ) Humano ( ) Sobrenatural

Está lutando pelos: ( ) Humanos ( ) Sobrenaturais

Nome:
Apelido:

Idade (mais de 15 e menos de 999):

APARÊNCIA (lembrando que é uma ficção retrofuturista sobrenatural, então pode ter cabelo verde e olhos lilases).

Olhos:

Cabelos:

Marcas (manchas, tatuagens, cicatrizes, piercings):

Estilo (como se veste):

Outros (cor da pele, altura, peso e qualquer coisa que descreva a aparência dele (a)):

CARACTERÍSTICAS

Personalidade (personalidade introvertida é mais do que apenas tímida, não fique só nos adjetivos):

Qualidades (é simpática, sério gente? Se essa é a única qualidade é melhor que a lista de defeitos seja enorme):

Defeitos:

Gostos:

Desgostos:

Medos (não tem medo de nada, ótimo, vou causar dor no seu personagem):

Manias:

Passatempos:

Habilidades (nada de poderes, é só coisas que faz melhor que os outros):

Inabilidades:

Outros (quesitos de saúde, alergia, transtornos psicoemocionais, esquisitices):

HISTÓRICO

Família (nome, idade e qualquer coisa que considere relevante):

Amigos (nome, idade e qualquer coisa que considere relevante):

Ocupação (os humanos são escravos):

Passado:

OUTRAS INFORMAÇÕES (Se não é humano o que você é? antecipando que dragões,
fadas e fênix não estão disponíveis, mas se quiser criar um humano que é escravo de uma fada, por exemplo, tá tudo certo).

( ) Bruxa
( ) Lobisomem
( ) Sereias
( ) Vampiro
( ) Werecat

Foi enfeitiçado? Qual sua maldição? Por quem foi amaldiçoado? Por qual motivo?

AVISO IMPORTANTE.
Se eu gostar de seu personagem e não gostar da história dele ou de algum detalhe em sua personalidade, tenha certeza que farei alterações para ficar de acordo com minha história. Então, caso você seja um leitor que ama muito sua criação para vê-lo alterado de acordo com as necessidades de uma autora, não me envie nenhuma ficha.

CASO QUEIRA SABER UM POUCO SOBRE AS CRIATURAS DE ZODÍACO ANTES DE CRIAR SUA FICHA...

— Humanos são escravos. Mesmos os que vivem em povoados não são livres, são servos com permissão para ter famílias cujos membros pertencem desde o nascimento á seus senhores. Maioria dos humanos são propriedades de vampiros, bruxas e lobisomens. Alguns humanos são treinados para fins muito específicos, existem humanos cuja função é unicamente doar sangue para bancos de sangue de vampiros, outros humanos são usados como procriadores em laboratórios genéticos, a maioria faz trabalho que os sobrenaturais não querem fazer. Devido aos modos de vida é raro encontrar um humano com mais de 60 anos.

— Bruxas são livres, a maioria se dedica a medicina ou alguma área da biologia ou física ou química ou matemática. Alguns bruxos vivem um ciclo de vida curto – entre 60 e 90 anos – outros usam magia para viverem mais que isso. Muitas bruxas usam zumbis e espantalhos e fantoches como servos para não escravizar humanos e outras bruxas usam humanos como cobaias, principalmente os cientistas. Como em HP, os bruxos de Zodíaco voam em vassouras, usam varetas mágicas e fazem poções complicadas. Quer se proteger de uma bruxa? Não crie confusão com elas.

— Lobisomens não nascem lobisomens a maldição é passada por ferimento ou mordida. Vivem em alcateia liderada por um alfa. Existem várias alcateias e para controle de população os alfas escolhem quem será transformado. Mais uma vez, seguindo os clássicos, os lobisomens de Utopia não viram lobos, viram criaturas humanoides com características lupinas (como Remo Lupin em O prisioneiro de Azkaban, HP). O melhor meio de se defender de lobisomens é usando prata ou acônito. Depois de transformado uma pessoa continua envelhecendo, mas por causa da regeneração rápida alguns lobisomens demoram a aparentar uma idade avançada.

— Sereias são seres psíquicos, capazes de entrar na mente de qualquer ser vivo, alguns usam melodias para controlar determinado numero de pessoas. As sereias de Zodíaco tem um ciclo de vida de duzentos a trezentos anos, envelhecem muito mais devagar que os humanos. Elas nascem na superfície onde vivem até a pré-adolescência (onze ou doze anos) quando o corpo sofre as mutações e ganham guelras, membranas entre os dedos, nadadeiras e escamas em algumas partes do corpo, então vão para debaixo d’água onde vivem até a primeira troca de peles que pode ocorrer entre os 13 e os 29, quando ocorre a primeira troca de peles há uma cerimônia onde o sereiano decide se quer permanecer com nadadeira e viver no mar ou se quer ter pernas e viver na superfície. A segunda e última troca de peles ocorre entre os 80 e os 100 anos. Os que na primeira troca de peles opta por viver como um ser da superfície não troca mais de pele, apesar do longo ciclo de vida e mesmo optando por pernas o sereiano precisa ficar em contato com água por isso a maioria vive no litoral ou perto de rios e lagos ou tem piscina em casa. Aqueles que optam pelas nadadeiras ainda voltam em terra para procriar.

— Vampiros não nascem. Humanos são transformados quando seus donos decidem, mas isso não significa que muitos vampiros de um bando não possam ser parentes consanguíneos. Bebem sangue humano ainda que alguns tentem sobreviver de sangue animal, mas esses são fracos. NÃO existe nenhum amuleto ou magia ou ciência que os permita sobreviver á luz do sol, como os vampiros clássicos os de Zodíaco queimam até a morte quando em contato com a luz solar. Podem controlar suas vitimas por determinado tempo. Estaca no coração ou decapitação são os modos mais fáceis de matá-los, isso se tiver coragem de brigar com um vampiro, os vampiros tendem a matar uns aos outros por inúmeros motivos. A grande maioria dos vampiros aparenta ter entre 17 e 30 anos.

— Werecat tem a aparência dos homens-gatos de doctor who, mas podem assumir uma forma humana comum ou a de um gato doméstico. São poucos deles pelo mundo, a espécie foi quase exterminada pelos Dragões Cristal durante a Guerra, os poucos que ainda existem vivem discretamente apesar de sua natureza aventureira. O ciclo de vida dos homens-gatos é curto, variando de 70 a 110 anos.

— Encantados são humanos sobre feitiço de bruxas ou fadas ou dragões, suas maldições não podem passar para outras pessoas, nem mesmo para filhos. É como um castigo que deve ser cumprido. Sobre maldições lembre-se de que apenas fadas, bruxas e dragões podem amaldiçoar. Os Encantados ou Amaldiçoados – varia da opinião de cada vitima – pode sofrer de qualquer feitiço mesmo uma coisa trivial como cacarejar quando escuta o próprio nome á algo sinistro como virar monstro em noites de luar.



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