5 anos depois...

POV Annabeth:

A brisa fresca batia em meu rosto a medida que eu andava. Observava a plantação de morangos ao meu redor e não pude deixar de ficar imprecionada com sua beleza vibrante.

Naquele momento estava emersa em meus pensamentos.

O tempo passou depressa. Foram longos anos de estudos e pesquisas que trouxeram os melhores resultados.

Finalmente, eu tinha terminado o curso de arquitetura e urbanismo. Percy terminou a alguns meses atrás o seu de biologia marinha, e já estava estagiando.

Agora, que eu era definitivamente uma arquiteta, assumiria a empresa de minha mãe aqui mesmo em Nova York, enquanto ela cuidaria do resto, lá mesmo em San Francisco.

E por incrível que pareça, Atena estava constantemente vindo me visitar. Nossa relação de mãe e filha estava cada vez mais forte, e para melhorar ainda mais, ela havia finalmente aprovado meu namoro com Percy. Claro, só depois de conhecê-lo melhor.

Ainda me lembro daquele dia como se fosse ontem. Sem dúvidas, foi muito engraçado. Acho que nunca havia visto Percy tão nervoso antes.

Mas, logo depois ficamos quites, pois chegou o meu dia de conhecer Poseidon oficialmente. Porém, graças ao deuses, tudo ocorreu bem. Depois de muito tempo implicando um com o outro, acabamos virando bons amigos.

E ao falar em amigos... não poderia deixar de lembrar deles também.

Ah, eles também estavam muito felizes. Ano passado, durante nossas férias da universidade, viajamos todos juntos para o Caribe. Foi sem dúvidas a melhor viagem do mundo. E, por incrível que pareça, todos mantiam seus relacionamentos também! Fiquei até sabendo que Jason tinha planos de pedir Piper em casamento. Fiquei muito animada com a notícia.

Além de todos esses fatos, nesse período, eu continuei morando no condomínio. Isso só permitiu que eu e Percy continuássemos com nosso relacionamento cada vez mais sério.

Cinco anos de namoro. Dava para acreditar?

Tudo parecia um conto de fadas, embora, não fosse exatamente assim. Como todo casal, nós discutíamos, mas nosso amor sempre falava mais alto, então, nos perdoávamos facilmente.

Ainda perdida em pensamentos, lembrei do mais importante de todos. Eu precisava compartilhar com Percy o mais rápido possível.

De repente, senti mãos envolverem minha cintura e me virei com um sorriso no rosto.

Ele havia ido no carro pegar cestas para colhermos os morangos.

Depois de entregar a minha, saimos andando pelo campo e colhendo. Melhor que a aparência deles era o seu gosto.

Ficamos conversando e nos deliciando com eles. De repente, Percy me puxou para um outro caminho, onde os morangos eram ainda mais bonitas.

— Como você encontra lugares como esse? - perguntei rindo e colhendo mais alguns.

— É minha especialidade. - ele sussurou no meu ouvido.

— Certo, acho que eu posso conviver com... - mas parei de falar quando avistei uma caixinha no chão.

Olhei para Percy para ver este também havia notado, mas ele continuava a colher os seus morangos. Então, decidi voltar o olhar para aquela caixa tão deslocada naquele campo. A curiosidade me consumiu, logo a peguei do chão e abri.

Para minha surpresa, encontrei um objeto delicado.

De quem seria?

— Percy - chamei-o assim que peguei o objeto do chão. - Olha o que encontrei. Você acha que alguém esqueceu aqui? - perguntei mostrando para ele.

Quando ele viu, respondeu com um sorriso:

— Ah sim, com certeza tem dono. - falou se aproximando e o pegou da minha mão.

— E como vamos devolver? - perguntei preocupada.

— Eu conheço a dona.

— Conhece é? - perguntei cruzando os braços. - E quem seria?

— Você. - ele afirmou rindo.

— O que você está tentando me dizer, Percy? - indaguei com um sorriso nos lábios.

— Annabeth, é simples. Eu não posso existir em um mundo onde você não exista. O tempo, imagino, acabará por convencê-la.

Então, se ajoelhou em minha frente, e abriu a caixa, revelando o anel que eu antes havia admirado.

— Você é tudo o que estava faltando na minha vida, e eu espero sinceramente poder ser o mesmo para você. Tudo que eu tenho a fazer é agradecer: pela vida que eu nunca imaginei que teria um dia, pelo amor que eu nunca imaginei que fosse capaz de sentir... E depois de 5 anos juntos, sinto que nosso amor só se fortaleceu. Eu te amo muito e não tenho dúvidas de que você é a pessoa certa para mim. Annie, você quer casar comigo?

Eu estava surpresa com aquele pedido.

Mais uma vez aquele cabeça de alga planejou tudo e eu não suspeitei de nada! Mas, minha resposta era óbvia.

— Sim, mil vezes sim. - sussurei abrindo um sorriso e sentindo as lágrimas caindo pela minha face.

Ele o colocou no meu dedo e quando se levantou eu o beijei lentamente, saboreando o gosto doce de seus lábios. Naquele momento, eu queria estar o mais perto possível dele. Não queria que ele fosse embora. Precisava dele na minha vida naquele dia, e no dia seguinte, e depois.

— Você me faz sentir a mulher mais amada desse mundo. Como você consegue ser tão irritante, carinhoso, romântico e... perfeito? Claro que eu quero me casar com você. Não tenho a menor dúvida.

Ele sorriu e me beijou novamente.

— Eu estava pensando em comprar uma casa. Mas aí eu lembrei: por que comprar uma casa se a minha noiva pode fazer a nossa própria? O que você acha? - ele questionou encostando sua testa na minha.

— Acho uma ótima idéia. - falei abraçando-o.

— Lembre-se sempre sabidinha, não importa a dificuldade que passarmos, em todos os momentos, você pode sempre contar comigo. - ele sussurou no meu ouvido - Eu te amo.

— Nós também, Percy. - susurrei de volta.

— Nós? - ele perguntou confuso.

Balancei a cabeça em afirmativa.

— Espera ai, você quer dizer que...?

— Sim, cabeça de alga, eu estou grávida. - afirmei rindo.

Ele ficou radiante e me girou no ar. Depois me encheu de beijos.

— Um bebê? - ele perguntou impressionado.

— Sim, um bebê. - ri com as mãos em minha barriga.

— E quando você descobriu? - ele indagou curioso.

— Dois dias atrás. Mas estou só com algumas semanas. - declarei me divertindo com sua reação.

— Ah, não poderia ser mais perfeito! - Percy exclamou empolgado. - Então vamos começar a planejar tudo. Você tem que fazer o projeto da nossa casa e vamos começar a construir. Ah e não esqueça de colocar o quarto do bebê! Mas vai ser que cor? Azul? Pode ser azul, Annabeth? Ia ficar tão bonito! Mas, espera vai ser menino ou menina? - ele questionou confuso.

— Calma, Percy. Nós ainda temos muito tempo para pensar isso! - afirmei gargalhando.

— E como sua mãe irá reagir? - ele perguntou preocupado.

— Ela não irá se opor. Afinal, se você parar para contar - sussurei - ela me teve com 18 anos. Já eu, tenho 22. - falei rindo.

— Ah, então ótimo! - ele comentou feliz - Não se preocupe, mesmo assim eu já vou começar a planejar tudo e...

Eu não tinha dúvidas que aquela seria a família perfeita.