A Sobrinha do Riddle escrita por Kathrina


Capítulo 3
Chapter Two - Change


Notas iniciais do capítulo

Oi, Bom (Seja lá a hora que esteja lendo).
Espero que gostem do capítulo!



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1992

Mais uma vez, uma frase de um grande pensador me fez pensar, desta vez pertence a um mestiço, seu nome? Stephen Hawking. A frase que ficou pairando na minha cabeça, durante arrumava minhas coisas é a seguinte: " Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança."

Então, se pensar desta maneira... Eu seria burra, por não conseguir me acostumar, mesmo sendo considerada inteligente? Ou terei que me acostumar para não ser taxada de burra?

Isso não importa, por enquanto.

O que irei fazer agora? Ir para lareira, antes que minha mãe venha me puxar pelo cabelo.

— Tinworth

Fui quase obrigada a falar isso alto, se parássemos em um lugar errado, minha mãe poderia me matar de bronca, e isso não seria nada legal.

Até onde eu vi, a casa não é de tudo tediosa. Apesar de não haver uma televisão.

— Agora pode me contar... o que a senhora estava me escondendo? - Minha mãe se assustou ao ouvir a minha voz, e eu acabei rindo.

Ela mudou sua expressão de assustada para severa, acho que brinquei no momento errado.

— Se não te contei, - Já até sabia o que vinha depois dessa pausa. E já digo que não é justo! - talvez você não devesse saber!

Viu que injusto. Acho que essa frase foi a que mais ouvi da minha mãe durante minha vida quase toda

— Ainda bem que disse "talvez" - Falei fazendo aspas com a mão mesmo, consigo ser bem teimosa quando quero. - Essa é uma palavra que significa: "No momento não tenho sua resposta, quem sabe mais tarde"

Sim, eu sabia que esse talvez era irônico

— Você é muito inteligente. Sabe que não irei contar nada!

Ela tinha razão, eu sabia. Dei de ombros e desci as escadas em direção ao meu quarto. Teria que descobrir por mim mesma.

                (...)

— Filha, ande logo! Temos que comprar seus materiais

Tem coisa pior do que ser acordada cedo? Sim, dormir às três da manhã e ser acordada às seis. Claro que tentei dormir novamente, mas era impossível. Para ser sincera, minha mãe parece estar mais animada que eu

Me levantei com nenhum pingo de animação e tive que me arrumar, não irritar minha mãe é um bom passo para descobrir o que ela tanto esconde.

Se eu ainda não desisti disso? Bem, não desisti da mudança e é uma coisa que eu não escolhi fazer. Desistir não faz parte do meu dicionário!

Minha mãe se encontra batendo o pé, sinal que já está impaciente, e antes que ela pudesse gritar novamente, pois com toda certeza ela iria fazer isso, aparecei graciosamente na sua frente.

— Já estava na hora! - Minha mãe exclamou, mas não estava séria - Deveria te proibir de sair assim, está muito bonita.

Ok, minha mãe conseguiu me deixar sem graça. Não sei bem se ela percebeu isso, enquanto me puxava para a lareira, mas ela disse algo que me confortou

— Seu pai adoraria lhe ver! - Ela deu um pequeno sorriso, e antes que pudéssemos gritar para onde queríamos ir, minha mãe continuou um tanto baixo - Ele teria orgulho de você!

Depois disso tudo rodou. Eu adoraria descobrir quem foi meu pai, minha mãe fala tão bem dele... Será mesmo que orgulharia ele?

— Acho que já pode abrir seus olhos, temos muito para fazer ainda hoje!

Minha mãe já estava em pé se limpando, e se eu não quero me perder, devo me levantar e a segui-la bem rápido.

Não costumo dizer isso, mas o pouco que já vi do Beco Diagonal prova que minha mãe estava certa. É diferente de tudo que já vi. Até mesmo o lugar das compras bruxas da França! Agora estamos seguindo um grupo de adolescentes de vestes pretas com detalhes verdes. Se bem me lembro, minha mãe me contou que algumas pessoas costumam ir comprar seu material já vestidos. Se for assim, um grupo da casa Slytherin... Com toda certeza!

Entramos numa construção antiga e grande, bem majestosa.

— Feche a boca, - bufei e minha mãe riu e continuou - devo dizer que eles não gostam. - Olhei para frente, vendo alguns duendes - Bem-vinda ao maior e único banco bruxo querida! O Gringotes.

Observava tudo bastante atenta, eram tantas coisas. Ouvi minha mãe murmura o"1001" para um duende que estava no balcão, foi aí que percebi que quase me perdi dela. Me pus a seguir ela novamente, e entramos em um carrinho de trilha.

Seguimos pela toda trilha, sem medo, bem um pouco de nervosismo da minha parte. Mas, nada demais.

Minha murmurou algo, assim que passou pela porta do cofre, então me juntei a ela. Logo uma coisa passou na minha cabeça "Como Tom Riddle não esvaziou esse cofre?"

— Mãe, de quem era todo esse dinheiro? - Perguntei assim que saímos do banco. Juro que eu tentei, mas curiosidade está no sangue.

Minha mãe estava distraída, acho que com a lista de materiais. Mesmo assim me respondeu

— Acha que eu não trabalho menina? - Eu iria me defender, mas ela impediu continuando - E também tinha a herança que caiu para sua vó. Coisas de adultos

Já até sei o que vinha por aqui, "Você é muito nova para entender... E blábláblá", por isso resolvi mudar de assunto.

— Mãe, a senhora nunca fala muito do meu pai para mim - Fiz uma pausa, enquanto observei ela olhando um caldeirão - Me diz, como ele era? Não características físicas.

Minha mãe pagou o cadeirão, e riscou ele da lista.

— Ele era inteligente... - Ok, pelo menos ela me respondeu - Bonito, engraçado e bastante pensativo. Acho que foi isso que me atraiu nele. Tudo que fazia era pensado bem antes! - Ela fez uma pausa e continuamos a andar - Você é parecida com ele, tem os mesmos hábitos. - Ela me puxou para entramos em uma loja, a Floreios e Borrões.

Eu gostaria mesmo de ter conhecido meu pai

— Era isso que irritou meu tio? Ele ter esses hábitos? - Perguntei enquanto passávamos em meio de todas aquelas pessoas

Minha mãe bufou, será que era irritação pelo o que perguntei?

— Meridith, sem tocar nesse assunto. - Ela fez uma pausa - E pegue o livro de Porções Intermediárias. Irei pegar o do Lockhart.

Ela se afastou de mim resmungando que Hogwarts já teve professores melhores. Continuei o caminho até o fim do corredor, que não estava tão cheio e peguei o meu livro.

Já estava saindo, para encontrar minha mãe, quando um grupo de mulheres acabou me derrubando e eu levei a pessoa mais próxima de mim para o chão também.

— Olha por onde anda! - O garoto falou se levantando.

Não é possível que ele não viu a confusão que está aqui. Agora a culpa é minha?

— Como se eu quisesse cair - Resmunguei, enquanto me limpava.

Se Hogwarts for cheia de pessoas assim, eu dispenso. Obrigada!

— Filho vamos logo! - Um homem idêntico ao garoto falou, bem parece ser o pai dele, o garoto ainda olhava para mim com um ar superior. O que minha mãe disse mesmo sobre o uso de magia sem permissão? Ah, é proibido - Ande, Draco

O homem iria puxar o garoto, e eu quase falei "Tchau, azedo!". Quando minha mãe apareceu

— Esse tumulto te impediu de passar? - Antes que pudesse responder, ela continuou - vamos sair logo daqui, antes que eu atire algo naquele ser.

Estava na frente da minha mãe, quando uma voz surgiu atrás de nós

 - Achei que não iria falar comigo - Quer dizer, comprovou. O loiro estava parado. Minha mãe revirou os olhos, e fez um sinal para que eu seguia.

A última coisa que eu ouvi deles foi um "Infelizmente terei, pois sou educada". Minha mãe é demais, eu sei.

Fiquei perto do balcão, e vi que o tumulto ficou cada vez maior. Tinha um menino ao lado do homem, que eu tenho quase certeza que é o Lockhart, pela foto do livro.

O menino parecia assustado e olhava para todo os lados, e assim que ele olhou para mim, eu tive uma sensação estranha.

— Mãe, posso sair daqui? - Ela me olhou estranho - O que? Odeio ficar com sensação de estar em um formigueiro.

Nós passamos pela multidão de pessoas, a maioria mulheres, que gritavam eufóricas. Aparentemente estamos bem. E seguimos para a loja de varinha. Olivras.

— Só não entendi o porquê eu preciso de uma varinha.

Minha mãe balançou a cabeça negando.

— Amor, você não vai praticar feitiços não-verbais! - Ela exclamou enquanto se aproximava da bancada. Viu essa era uma das vantagens de ir para Uagadou. - Bom dia, sr. Olivaras!

Um homem meio baixo e estranho apareceu. E com estranho, eu quis dizer, estranho demais.

— Bom final de dia, srta. Gaunt! - Ele se pronunciou, me assustando - Ainda me lembro quando entrou animada por aquela porta. Pelo de unicórnio, 26 cm, farfalhante, salgueiro, boa para encantamentos, estou certo?

Olhei para minha mãe, ela não pareceu hesitante em concordar

— Agora precisamos achar uma para essa pessoinha aqui!

Que tipo de teste deve ser feito para achar uma varinha perfeita... Quer dizer, para a varinha me achar?

— Vamos medir seu braço, qual é o seu dominante?

Dei um pequeno sorriso

— Os dois.

Estiquei-os, e ele mediu os dois. Ele estava anotando em uma prancheta, quando o sino que tem na porta tocou. Um pequeno grupo ruivo entrou

— Já irei atende-los, varinha para a Weasley mais nova? - A ruiva mais velha concordou - Deixa eu acabar com ela. Bem, vamos começar por uma de  22 cm, Azevinho, e pelo de Testrálio femea adulta. - Ele me entregou uma varinha, e nada de especial aconteceu, e isso aconteceu com as últimas três que ele me entregou.

Já estava irritada.

— Calma, isso costuma acontecer - A ruiva me falou, e eu olhei para minha mãe, que concordou com a cabeça.

— Creio que possa ser essa, - Ele disse com uma caixa na mão - ela não aceita quase ninguém e tive que a guarda-la pois ela é rara. Sabugueiro, 22 cm, fina e flexível, chifre de unicórnio. - Ele me entregou, e eu estava relutante para pegar, mas assim que peguei senti algo em mim. - Com certeza é essa! Você é a primeira pessoa que eu vendo um exemplar!

Eu olhei para a pequena varinha na minha mão e minha mãe estava conversando com o homem estranho.

— Mãe, temos mais coisas para fazer? - A mesma concordou e se juntou a mim - Obrigada senhor Olivaras. Boa sorte, ruiva! - Murmurei a última parte enquanto saíamos.

Nós fomos para a madame comprar os dois uniformes. E enfim, estávamos em casa. Sem multidões, sem pessoas não educadas, só eu e minha mãe.

— Gostou da mudança?

Seria melhor ir para Uagadou, mas até que não foi tão ruim.

— Gostei da minha varinha! - Exclamei e ela riu. - Preferiria praticar os feitiços não verbais, mas... Ela é tão linda. Não lembro se ele disse se é boa com algo...

Minha mãe pareceu pensar um pouco.

— Me parece ser boa com defesa. - Ela foi se afastando - Você precisará. - Isso saiu como um sussurro.

Se Hogwarts é tão seguro, por que eu precisaria me defender? Isso não faz sentido! Ou faz... Sinceramente, ainda não sei. Mas eu irei descobrir.


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Notas finais do capítulo

Bem, até o próximo!
Espero mesmo que tenham gostado



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