Descendants 2 escrita por America Jackson Potter


Capítulo 9
Auradon Secret




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Ah, querida Isabelle, eu sei quando sua mãe está mentindo e você é bem parecida com ela nisso. 

— Chershire Cat 

...

No fim de semana, para ser mais exata sábado, houve a grande festa de aniversário de Auradon.

Ah, e como foi linda aquela festa. Não, não estou falando dos fogos de artifícios que iluminaram os céus por logos minutos, nem pela grande partida de críquete real – perdi uma boa grana apostando no rei Tritão. Mais fotos clique aqui.

O que realmente foi lindo naquela festa foi como ninguém percebeu que eu estava lá observando tudo e todos. Sim, eu vi tudo de realmente interessante.

É Rose Bezerra, estou falando de você e do selinho que deu no Gil. Posso não considerar selinho como algo realmente importante, mas dessa vez valeu.

A grande editora chefe do Jornal de Auradon Prep pensou que ia passar despercebido seu vestido. Não esqueça Ariana: as pessoas notam quando alguém pega o vestido da irmã. Principalmente quando ele foi usado na mesma ocasião. É Melody Mermaid usou o mesmo vestido no Aniversário de Auradon ano passado. Fotos das duas aqui.

Não pense que eu esqueci de você Ally. Sim, eu também vi que você resolveu roubar cinco cupcakes da barraca. Sabia que o dinheiro deles vai para o orfanato de Auradon? Bem, acho que não.

Sabe o que é mais legal disso tudo? É que vocês, a realeza de Auradon, pensa que, como estão no mundo perfeito, não terão problemas. Mas vou falar uma coisa para vocês: estou aqui para mostrar seus defeitos, podem ser pequenos ou grandes, não me importo de expô-los. 

Juízo Auradon, tem alguém espiando. Keen C.

...

— Como assim não dá para rastrear? — Ally disse entre dentes. — Você é um hacker, você devia conseguir!

— Eu já disse: é um site anônimo criptografado. É mais difícil do que você pensa. — Carlos falou pacientemente fechando o laptop. — Tenho mais coisas para fazer, Ally.

— A diretora vai ficar sabendo e...

— Ela já sabe. — Carlos apontou para a porta. A garota bufou e saiu batendo o pé. Jay saiu do banheiro quando a porta do quarto bateu.

— Ela já foi né?

— Já. — Carlos abriu o laptop e voltou a mexer nele, Jay se aproximou do amigo.

— Posso não entender muito bem disso tudo, mas eu sei que isso é o mapa da escola e esse pontinho vermelho é onde de onde surgiu o blog. — Jay comentou. — Você sabe, não é?

— Mal pediu para eu achar logo que foi criado o site. — Carlos disse fechando a aba.

— Não falou para ela por que?

— Ela é chata demais. Só isso. — Carlos riu. — E não comente com ninguém, só nos quatro sabemos.

— Evie, Mal, você e eu? — Carlos afirmou. — Não vou falar nada.

— Que bom. — Carlos deitou na cama e seu celular vibrou. Era uma ligação de Evie, que Carlos colocou no viva-voz para Jay escutar também.

— Não é para vocês dois disserem nada sobre a Mal. — A voz atrás da linha disse.

— Oi para você também Evie. — Jay disse rindo. — O que aconteceu com a Mal?

— Bem... é difícil de explicar.

— Onde vocês estão? — Carlos perguntou.

— Shopping. — Evie falou. Os garotos ouviram um grito estridente. — Calma, você não está parecendo ninguém. Não, nem a Audrey, já te disse.

— Evie. — Carlos chamou.

— Desculpa. Hã, Mal está comprando novas roupas. Ela disse que precisa parecer mais uma princesa e coisa e tal.

— Não quer ser ataca pela Keen C? — Jay perguntou.

— Não. Ela não quer ser a “vilã”.

— Isso tem a ver com o sonambulismo? — Carlos perguntou.

Também. Depois eu explico direito. Tenho que ir, ela está tentando voltar com as antigas roupas... MAL! — Evie gritou na linha. — Você não está parecendo a Audrey, já te falei! Tchau, meninos! — Evie desligou. Carlos e Jay começaram a rir muito imaginando a amiga num vestido rosa cintilante.

...

Isabelle estava andando pelo vilarejo perto da escola. Não tinha vontade de ir para a escola então deu a desculpa que estava doente e ia buscar algum chá que ajudasse na falsa dor de garganta.

Parou em frente a uma vitrine. Via um belo casaco vermelho com um broxe dourado.

— Devo admitir que o casaco ficaria bem em você, alteza. — Isabelle tomou um susto, fazia tempo que não ouvia a voz de Cheshire Cat. Ela se virou e encarou o mais velho estreitando os olhos.

— O gato sumido apareceu. — Ele balançou a cabeça, fazendo a garota pressionar os lábios. — Kaya sabe que está aqui?

— Não. E não conte a ela. — Cheshire pediu. — Gostaria muito de vê-la, mas não posso. O tempo é curto e meu assunto aqui é com vossa majestade.

— É alteza. — Ela segurou um bufo. — O que você quer? — Ela ergueu uma sobrancelha.

— Tomar um chá. — O gato indicou para o outro lado da rua, onde a loja de chás do pai de Max estava. — Sua mãe me enviou, Isabelle.

— Você... espere, como você saiu da Ilha? — a ruiva estava confusa, Cheshire parecia um pouco apreensivo.

— Prometa-me que vai tomar um chá comigo e prometo-lhe que respondo tudo o que você quer. — Ele disse sério. Os dois atravessaram a pequena rua e se sentaram em uma mesa vaga perto de uma enorme janela. O homem pediu uma xícara de café e um chá de camomila.

— Primeira pergunta: como atravessou a barreira? — Isabelle cruzou os braços.

— A magia do País das Maravilhas não é anulada lá. É diferente, tem propriedades mágicas diferentes do que a varinha da fada madrinha. — Chershire sussurrou. Os olhos de Izzy brilharam, havia tido uma ideia, mas essa não era a hora de compartilhar.

— Por que está aqui? O que minha mãe quer?

— Você pode se meter em grandes confusões. — Ele disse quando os pedidos chegaram. A ruiva levou a xícara de café direto para os lábios. — Sua mãe teme que você vá enfrentar.

— O que está acontecendo que vocês não estão me contando? — Isabelle falou entre dentes.

— Só fique dentro de Auradon. — Chershire deu um gole no café.

— Por quê? — Isabelle ergueu uma sobrancelha. — Eu exijo saber!

— Chershire! Quanto tempo! — Uma voz animada soou antes que a garota tivesse sua resposta. — Não sabia que estava na cidade. — Era o dono da loja que vinha todo feliz para perto deles.

— Estou resolvendo alguns assuntos. — Cat deu de ombros sorrindo. — Não tinha planos de passar muito tempo em Auradon.

— Entendi. — Os olhos do Chapeleiro se voltaram para a garota ruiva. É, Max e ele eram parecidos. — Ora, pelas cartas do baralho! Eis aqui Isabelle Carmim de Copas! — Ele tirou o chapéu e fez uma reverência tosca. Izzy não conseguiu esconder o sorriso. — É um prazer finalmente conhece-la, vossa alteza.

— Ele não está sendo irônico. — Chershire sussurrou rindo. Ela não conseguiu dizer nada, apenas balançar a cabeça.

— Alice adoraria conhece-la, você não se parece nada com sua mãe. S...

— Chapeleiro! — O gato o interrompeu. — O que ia falar mesmo?

— Que ela se parece com o pai, isso sim! — O homem disse rindo e saiu de perto.

— Animado ele, não? — Mentiu tomando o resto da xícara.

— Ah, querida Isabelle, eu sei quando sua mãe está mentindo e você é bem parecida com ela nisso. — Chershire soltou a risada pelo nariz e tomou o resto do chá.  

— Deve saber então que eu ainda quero respostas. — Isabelle sorriu ganhadora. Mas seu sorriso se formou numa careta de ódio quando percebeu que o homem estava na forma de gato e desaparecia de poucos em poucos segundos.

— Tudo terá seu tempo garota. — A voz dele foi a última a desaparecer por completo.

...

A barreira dourada era iluminada com o sol da tarde. As aulas estavam terminando, Daiana estava impaciente. Precisava encontrar o Valete para lhe mostrar o que havia descoberto. Saiu correndo da sala quando o alarme estridente soou, fazendo com que sua avó gritasse lembrando a todos que os desenhos teriam de estar prontos até amanhã. A garota não se importou, afinal sua Lady Tremaine sempre estendia os prazos dos desenhos da neta.

— Victor! — Ela gritou entrando no vestiário masculino. Vários garotos olharam ela entrando, que não deu a mínima. Estava tentando achar o amigo.

— Você não pode vir aqui. — Ele a puxou pelo braço.

— Estou nem aí se você está só de toalha. — Ela deu de ombros. — Até gosto do que vejo.

— O que você quer? — Ela estendeu uma pequena folha. Victor tomou o papel da mão dela e a encarou. — Onde achou isso?

— Não importa, é verdade?

— Me espera... do lado de fora. — Daiana revirou os olhos.

— Anda logo! — Ela gritou saindo do vestiário.

— Qual o seu lance com ela? — Bryan, o filho do Lobo Mal, perguntou amarrando os sapatos.

— Nenhum. Nem sei o que está acontecendo entre nós. — Victor vestiu a camiseta.

— Então eu posso chama-la para sair?

— Não acredito que o código ainda existe. — O meio loiro revirou os olhos.

— Jay e Gil podem ter se mandado, mas o código de irmandade ainda existe. — Bryan deu de ombros. — Você tem que sair mais com a gente, Valete, está perdendo a graça.

— Posso pensar. — Victor o encarou e saiu do vestiário. Viu Daiana sentada no banco perto do vestiário cutucando as unhas. — Pronto. Estou aqui.

— Pode começar a falar: você sabia?

— É complicado. — Victor suspirou sentando ao lado da menina. — Ouvi meu pai falar com a Rainha algo sobre isso, mas não posso xeretar.

— Bem, você é o Valete em treinamento. — Daiana sorriu.

— E daí? As regras lá de casa não são as mesmas.

— Okay. — Daiana se levantou. — Qual o castigo se você xeretar?

— Depende, um mês dentro do quarto, ter lições cansativas ao sol, ser o assistente pessoal de Iracebeth. Ou se estivéssemos no País das Maravilhas: “contem-lhe a cabeça”!

— Hm, você pode conviver com isso. — Daiana sorriu o puxando para fora da escola.

— Ei, o que você está fazendo?

— Xeretando. — A loira sorriu. — E sabe onde conseguimos respostas? Na loja de penhores Wolf.

Atravessaram o cemitério correndo. Daiana estava arrastando Victor por boa parte do caminho. Quando chegaram a loja, os dois se entre olharam antes de entrar.

— Como posso ajudar os dois? — Bad Wolf, em sua forma humana, sorriu atrás da bancada.

— Precisamos de uma informação sobre um negócio que você pode ou não ter feito. — A garota se aproximou.

— Não falo informações das minhas vendas, Daiana Tremaine. — O mais velho falou. — Ah não ser que tenha algo valioso em troca.

— Quanto vale essa informação? — Victor tirou o papel do bolso e entregou ao lobo.

— Bem, pó de fada é algo bem raro. — Ele disse apoiando o peso em um dos pés.

Victor olhou para Daiana. A garota estava remexendo a mochila e puxou um saquinho de veludo vermelho.

— Bem, tenho os brincos de Tanzanita. — Daiana comentou enquanto o mais velho abria o saquinho. — Joia rara, cor forte, preciosidade, deve valer não acha?

— Justo, o que querem saber do pó de fada?

— Alguém da casa Heart comprou pó de fada? — Victor ergueu uma sobrancelha.

— Não, mas seu pai queria saber se eu tinha. — Bad Wolf disse franzindo a testa. — O Rei confiscou tudo alguns anos atrás.

— Você sabe por que meu pai queria isso? — O loiro sussurrou. O mais velho abriu a boca, mas o sino da loja tintilou, fazendo com que os garotos tomassem um susto e Wolf pegasse uma folha de papel começando a escrever nela. Cruella de Vil havia entrado na loja.  

— Aqui está o seu recibo. — Ele entregou o papel e recolheu os brincos. — Sua tinta deve chegar para o fim da semana.

— Obrigada. — Diana sorriu fraco lendo o papel.

— Tinta?

— Manter o loiro, sabe? — Daiana o puxou para fora da loja antes de Creulla se aproximar do balcão. Assim que afastaram da loja, Daiana mostrou o papel para o amigo.

— Limite Sul, hoje, às 00:30. — Victor leu. — Ele sabe de alguma coisa que não sabemos. Se não tiver nada que preste, você vai ter vendido os brincos atoa.

— Quem disse que aquelas pedras são verdadeiras? — A garota riu.  

...

Ariana estava no jardim tomando uma xícara de café com Rose, que lia pela milésima vez Alice no País das Maravilhas. A ruiva se irritou quando percebeu que a amiga estava escondendo alguma coisa.

— O que aconteceu?

— Nada. Já disse.

— Você sabe de cor e salteado essa história. Você até odeia como narram!

— Nunca disse isso... dessa forma. — Rose tirou os olhos do livro e olhou a amiga com um pequeno sorriso antes de voltar a ler.

— Rose, te conheço. Me conta logo. — Ariana fechou o livro da amiga.

— Não é nada.

— Okay, vou achar Ally para confirmar isso. — Rose segurou a amiga pelo pulso.

— Não faça isso, ela vai procurar minha mãe e...

— E o quê?

— Meus pais brigaram. — Ela suspirou. — Minha mãe acha que Gil é igual ao pai, meu pai não concorda com isso.

— Deixa eu adivinhar: sua mãe disse que ele estava pensando igual à um vilão? — Ariana franziu a testa.

— Não foi a intenção dela dizer aquilo... agora eles estão brigados. E nem é por minha causa! — Rose tampou os olhos. Ariana tirou as mãos da amiga do rosto e a encarou.

— Não pense nisso. — A ruiva balançou a cabeça e limpou uma lágrima que ameaçava a sair. — Você gosta dele, não é?

— É confuso.

— Não, você pensa que é confuso para ter que concordar com sua mãe. — Ariana sorriu fraco. — O que você quer?

— Ficar com ele. — Rose sussurrou. — Mas...

— Mas nada garota! Você o quer, e ele também, eu acho. Você não vai desistir dele porque sua mãe não gosta de um vilão. Eu pensava que ela era mais mente aberta para isso — Ariana revirou os olhos dramaticamente arrancando um riso da amiga.


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Notas finais do capítulo

Ficaram em saber qm é o ator que dá o rosto para cada garoto da fic? Bem, acessem os links para descobrir quem é quem!
https://www.polyvore.com/heroes/set?id=222430754
https://www.polyvore.com/villains/set?id=222430727



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