Descendants 2 escrita por America Jackson Potter


Capítulo 19
Finally, We Have a Meeting




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Os dois se gostam, isso é muito perceptível.

Gil LeGume

...

Mal se via em uma encruzilhada: de um lado tinha Ben em perigo e do outro, sua mãe com a varinha mágia da Fada Madrinha e seu cajado. Teria que escolher para qual lado iria seguir. Se iria impedir sua mãe ou se iria salvar seu namorado. Não sabia se daria tempo de fazer os dois, não sabia quanto tempo Ben poderia ficar preso à corda ou o tempo que Malévola ficaria ali antes de dominar o mundo.

Era uma escolha difícil. Evie saberia como ajudá-la, Jay e Carlos iriam fazer de tudo para atrasar todos os eventos. Mas eles não estavam ali, Mal estava sozinha e isso a assustava.

— Cadê a filha que me enfrentou? — A voz de Malévola soou. — Cadê a filha que eu criei para ser melhor que eu?

A garota balançou a cabeça e tapou os ouvidos. Era uma escolha difícil e quando escolheu que iria salvar seu amor, era tarde. A corda se partiu e viu Ben cair. E sua mãe não estava mais ali. Mal começou a chorar, havia fracassado, tinha que haver mais tempo.

...

— MAL! — Evie estava sacudindo a amiga, demorou um tempo para a de cabelos loiros acordasse. Sentiu que sua blusa estava ensopada de suor e seu rosto estava molhado. — Foi só um pesadelo...

— Pareceu tão... tão real, Evie — Mal cobriu o rosto e voltou a chorar. A melhor amiga abraçou-a.

— Foi um sonho ruim. Seja lá o que foi, não foi real. Você está bem, quem estava em perigo está bem ou quem estava te perseguindo, não existe — Evie disse suavemente. — Quer conversar?

— Não — a loira balançou a cabeça. — É melhor dormirmos.

— Vai ficar tudo bem, okay? — Evie pegou as mãos da amiga e sorriu. Mal tentou sorrir de volta, mas balançou apenas a cabeça.

Evie voltou para a cama do outro lado do quarto e deitou-se. A outra demorou para adormecer, mas voltou a se deitar. Observou o teto, havia pequenos pontinhos brilhantes nele. Evie havia pedido tinta florescente de tecido e como havia sobrado muita tinta, as duas resolveram pintar o teto para ele não ser igual a todos.

Volte para a mamãe. Estou à sua espera, Mal. Você sabe onde me encontrar.

A garota respirou fundo e ignorou a voz em sua mente. Não existe ninguém na minha mente, apenas eu. Fechou os olhos e tentou dormir. Havia conseguido e sonhou que tinha um unicórnio num campo todo florido.

...

— Quero o trabalho na minha mesa para semana que vem. — Wendy disse apagando o quadro. — Já que alguns de vocês não vão fazer as provas finais do semestre, preciso deste trabalho. Alguma pergunta?

Ally ergueu a mão. A garota se remexia do lado de Isabelle. Wendy cedeu a palavra para a garota.

— Precisa ser em dupla?

— Sim, e é com seus parceiros de mesa. — Izzy bateu com a cabeça na bancada. Iria ser um trabalho longe e teria que ter paciência. Muita paciência.

O sinal bateu e Isabelle se arrastou para fora da sala.

— O que ela tem? — Gil perguntou quando encontrou as garotas.

— Vai ter que fazer trabalho com Ally. — Kaya disse.

— Meus pêsames — Harry bateu fraco em um dos ombros da ruiva que ainda estava se arrastando pelos corredores.

— O presente de Natal da prof. Wendy não pode ser devolvido. — Isabelle resmungou, colocando a cabeça no ombro de Uma.

— Animação. Falta um mês para o Natal! — Kaya sorriu. — Vocês disseram que queriam alugar um apartamento para ficarmos em Auradon, ainda querem?

— Nossa verdade. Mas não temos dinheiro. — Gil balançou a cabeça. — O dinheiro que eles nos dão, não dá para alugar um apartamento.

— Rose não tinha te convidado para passar com ela? — Uma perguntou.

— Ela vai ir à uma festa de Natal, têm bastante gente convidada. — O garoto deu de ombros.

— Ah, então é isso que a Ariana está tentando me levar — Harry observou. — Vai, cara. Não posso ficar sozinho com um bando de princesas e príncipes, não rola. Já basta a aula de Química III.

— Espera. — Isabelle levantou a cabeça. — Quem está organizando a festa?

— Não sei, por quê? — Gil deu de ombros.

— Burros, se for a Coroa que estiver dando a festa, será no Castelo da Fera! — Izzy sussurrou. — É perfeito. Faça as duas convidares as duas — ela apontou para Kaya e Uma. — Já tenho o meu convite.

Max estava passando por eles, acenou e seguiu em frente. Todos haviam entendido o que Isabelle queria.

— Você está usando ele — Uma balançou a cabeça.

— Mal também usou o Rei. — A ruiva sorriu.

— Ok, mas olhe ela agora — Kaya disse enquanto a amiga começou a andar, indo para perto de Max.

— Eu não sou ela. — Isabelle gritou para os amigos.

— Os dois se gostam, isso é muito perceptível. — Gil comentou vendo a ruiva se afastar.

— Rose te ensinou essa palavra, não foi? — Kaya riu entrando na sala de Química.

— Com certeza. — Gil balançou a cabeça. — Temos que nos preocupar com o Max?

— Deixe Izzy caminhar sozinha, ela precisa de espaço. — Harry seguiu Kaya.

...

— Oi, tudo bem? — Izzy perguntou assim que chegou perto de Max.

— Ei, está anima em. — Max riu.

— Bem, eu preciso. Vou ter que aguentar Ally para fazer o trabalho da Wendy. — Isabelle revirou os olhos. — Ah, esqueci que você gosta dela e ela é sua meia-irmã.

— Não, o casamento foi adiado. — Max balançou a cabeça rindo de canto. — Meu pai pediu mais tempo.

— O que ele está esperando? Uma forma de arranjar alguém para Alice?

— Posso te contar se você realmente aceitar sair comigo.

— Qual é a sua, ein? — Ele deu de ombros. — Está bem, eu sou muito curiosa e você ganhou. Mas eu quero saber de tudo. Tipo de quando ela começou a ficar assim ou seu namoro com ela.

— Certo, princesa de Copas — e lá estava ele fazendo a reverência tosca. — Depois dessa aula está bom para você?

— Hm... hoje é quinta, não tenho nada para fazer – em nenhum dia da semana -, então pode ser. — A garota riu.

— Então te vejo depois.

...

Max estava na porta da sala de Artes Básicas esperando Isabelle, que não segurou o riso quando o viu.

— Te vejo depois? — Gil perguntou à Isabelle.

— Hã, não. — A ruiva balançou a cabeça. — Tire um dia de folga igual a mim!

— Não, obrigado — O garoto balançou a cabeça rindo e se virou para Max. — Se quebrar o coração dela, só digo que eu quebro seu pescoço.

— Acho que é provável que ela quebre o meu — Max riu, um pouco mais para desesperado. Isabelle não conteve o sorriso irônico. — Podemos ir? Ou seu guarda-costas vai querer ir junto?

— Ah, não curto ficar de vela — Gil sorriu e seguiu os colegas para fora da escola.

— Harry e Gil são praticamente meus irmãos, por isso que ele agiu assim. — A ruiva disse andando ao lado de Max. — Eles têm mais medo de alguém quebrar meu coração de novo, do que eu.

— De novo? — Max ergueu uma sobrancelha.

— Ah, nada.

— Conte, eu já vou me abrir com você mesmo — Max sorriu.

— Você vai me contar sobre a Ally.

— É quase a mesma coisa — ambos riram. — Então?

— Se eu estiver inspirada, quem sabe?

— Não confia em mim?

— Não é isso... — Isabelle balançou a cabeça. — Onde vamos?

— Como decidimos isso agora, acho que a Loja de Chás do meu pai é o lugar perfeito. — Max indicou em direção a vila que havia perto da escola. — Tenho desconto lá.

— Que piada péssima — Isabelle riu e seguiu ele para a loja de chás.

Era um caminho curto. Não demoraram muito para chegar à loja de chás. Isabelle sentou-se na mesa que Max havia indicado e ele foi pedir as bebidas. A ruiva ainda enfatizou que não queria chá.

— Aqui está seu chocolate quente com creme — Max entregou a caneca para ela. — E para mim uma boa xícara de chá de alecrim.

— Eca — ela fez uma careta e ele riu. — Então, comece.

— Pensei que iria esquecer.

— Sou curiosa, anda!

— Vamos lá — Max suspirou. — Hã, quer minha teoria de por que Ally é assim? Ou meu namoro com ela?

— Seu namoro, primeiro.

— Certo. Namoramos por um ano e... meio? É, foi isso. — Max tomou um gole da xícara antes de prosseguir. — Começamos a namorar era no final do primeiro ano e terminamos no final do segundo, antes das férias de verão, antes de chegada de vocês. Acho que esse foi um período longo para mim, pareceu anos. Mas foi divertido a experiência.

— E como vocês começaram e terminaram?

— Não sei bem, quando percebi eu estava beijando ela quase todo dia. Mas como terminamos eu lembro, todos lembram, na verdade. — Mais outro gole. — Brigamos feio e o pior: foi na frente da escola inteira.

— Uh, tenso.

— É talvez, mas ela precisava enxegar o lugar dela em tudo. — Max deu de ombros. — Brigamos por causa de você, de todos os alunos novos que estariam chegando da Ilha. — Isabelle não pode deixar de arregalar os olhos, Max riu fraco e prosseguiu. — Ela não aceitava, e nem aceita, vocês aqui. Não conheceu a Audrey, então não sabe como a Ally era com essa garota. Mas resumindo: se Audrey pedisse para que Ally pulasse num penhasco, ela pularia. Aí eu disse que não aceitava isso, que Ally precisava ter uma opinião só dela e ela teve, jurou que nunca iria gostar de vocês.

— Por quê?

— Porque Audrey foi perdoada por Mal. — Max deu de ombros. — Longa história isso.

— Que complicado.

— Pois é. — Isabelle tomou um gole do chocolate. — Agora você. 

— Não — Izzy balançou a cabeça engolindo o líquido quente.

— Ah, por favor. Te conto minhas teorias da Ally e ainda sobre o casamento do meu pai e dela. — Max sorriu. — Eu adoraria saber o que você passou.

— O que é passado, é passado. — Isabelle assentiu. — Ally era obcecada por você, não era?

— Ela chamava isso de amor, mas para mim sempre foi obsessão. E não mude de assunto, conte logo.

— Por quê? — Max fez uma carinha de cachorrinho pidão e ela revirou os olhos. — Você não vai desistir né? Está bem: já tive meu coração partido.

— Sério?

— Uhum. E o pior de tudo é que minha mãe que planejou tudo.

— Detalhes, Princesa dos Corações.

— Aff, tudo bem. — Isabelle bebeu um pouco do chocolate quente. — O nome dele é Victor, ele é o filho do Valete, e desde pequena eu tinha uma quedinha por ele. Minha mãe descobriu e fez ele me pedir em namoro. Fiquei muito feliz e ela por eu estar assim, mas ela dizia que uma Rainha precisa ser forte. Não levava isso a sério. Só que aí ele me traiu. Kaya e Uma me levaram para ver, enquanto Gil e Harry estava me procurando para dizer o que iria acontecer. Os dois ouviram Victor conversar com Daiana, filha da Drizella.

— Que... complicado. — Max não sabia o que realmente dizer. No momento, queria dar um olho roxo para esse tal de Victor.

— É, ainda mais que depois disso tudo, Victor disse que estava realmente apaixonado por mim.

— Nossa... Bem, entendi porque Gil quer te proteger. Você tem amigos verdadeiros.

— A gente se dá bem, nada de mais — a ruiva balançou a cabeça mordendo o lábio. — Mas acho que seria estranho não ter eles por perto... ei! Você está desviando o assunto.

— O que quer saber mesmo?

— Porque Ally é assim — Isabelle se revirou na cadeira, achando uma posição confortável para senta-se e ouvir a história. — E sobre o casamento do seu pai.

— Certo então — Max riu. — Eu acho que Ally age assim porque quer chamar a atenção, sabe? Quer que as pessoas a notem, mas como alegre e boa, defensora de todo o bem e isso implica nela em não gostar dos habitantes da Ilha.

— E deixa eu adivinhar, seu pai vai casar com Alice porque ela quer que a filha tenha um pai, mas esqueceu da parte que vocês dois namoraram?

— Resumiu tudo. Acha complicado?

— Não, já estive em situações piores. — Ela deu de ombros e tomou o resto do chocolate. Encarou Max por alguns minutos em silêncio, pensando que talvez ele saberia sobre porque a Alice havia destruído o País das Maravilhas.  

— O quê?

— Hm nada. — Max percebeu que ela estava escondendo algo, mas não insistiu.

Os dois ficaram conversando sobre coisas alegres, ele estava toda hora tentando animar a garota. Era estranho, mas Max tinha a necessidade disso, de fazer realmente as pessoas ao seu redor felizes, especialmente a garota ruiva sentada em sua frente. Não a conhecia direito, não a entendia direito, mas tinha essa vontade dentro de si. Era algo como... o destino agindo, talvez?

A ruiva estava focada na conversa, mas quando um cara de sobretudo preto e chapéu entrou no lugar, o foco da garota foi para ele. O homem sentou-se na bancada e pediu um chá. Tirou o sobretudo e o chapéu os colocando num banco ao seu lado. Agora ele estava com um terno azul e Isabelle percebeu a gravata preta. Era Cheshire, com certeza. Ele viu que a ruiva havia percebido. Pegou o café que havia pedido e saiu da loja colocando o chapéu e o sobretudo.

— Me desculpe. Eu gostaria de ficar e tentar entender o final da sua história com fadas e duendes, mas eu preciso ir — Isabelle pegou a bolsa e o casaco.

— Certo tudo bem...

— Juro que te recompenso — ela disse e atravessou a porta. Cheshire estava encostado na cerca tomando o café. — O que está fazendo aqui?

— Nada de mais — ele tomou o café dando de ombros. — Mas e você? Estava tendo um encontro pelo visto.

— O que você quer?

— Sua mãe descobriu que outra pessoa sabe do Cetro. — Ele indicou para a bolsa. — Está furiosa, sabia?

— Oh desculpe, mas agora eu tenho chances de... — ela se interrompeu ao ver que o gato havia a levado para outro lugar. — Onde estamos?

— Na floresta, perto da sua escola. — O homem respondeu. — Está de castigo, ordens da sua mãe. Não sai da escola até ela decidir.

— Isto é bobagem. Você vai me vigiar é?

— Quem sabe — ele deu de ombros. — Vossa majestade também sabe que você continua com o plano, ela não está contente.

— Que se dane! Ela não é mais rainha e muito menos se preocupou comigo. Não acho que ela tenha direito de me tratar assim. — Cheshire desapareceu antes de ouvir as reclamações da garota. Isabelle bufou e foi em direção à escola.


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Notas finais do capítulo

Não gosto de ficar mendigando comentários, mas por favor, não esqueçam de deixa-los, eles são importantes para mim e para o adiantamento dos capítulos.



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