Scream - Survival 2 escrita por The Horror Guy


Capítulo 9
Sorority Row


Notas iniciais do capítulo

Em Sorority Row, a tempestade chega com força. Quem é o próximo? O fantasma monta o palco para mais um jogo de sobrevivência à moda dos clássicos do terror. Tudo isso, aos modos de fraternidade.



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—Ai, caralho!! -Resmungou Evan, que em grande dificuldade tentava fechar seu guarda-chuva assim que adentrou escancarando a porta da casa de sua fraternidade, DKY. Ainda fazendo esforço em fechar o objeto, estava irritado e ensopado. O Guarda-Chuvas obviamente não tinha cumprido sua função, o garoto estava mais molhado do que nunca! Ainda nem tinha parado para analisar como a casa estava escura, sem sinal de luz nenhuma enquanto, parado na porta, xingava o objeto que tinha em mãos:

—Anda, Porra! -O Ferro parecia emperrado. Nem ao menos rangia, não importava o quanto seus dedos molhados os forçassem. -Aff!! -Deu um basta, jogando a coisa ensopada no chão. A Chuva caía forte lá fora. Um relâmpago acendeu os céus escuros da noite por poucos segundos, iluminando a silhueta do rapaz parado na entrada na casa. Mas o relâmpago o despertou o alerta em uma certa situação. Naqueles breves segundos, conseguiu ver como a casa parecia abandonada. Quieta, e por fim, por que diabos as luzes estavam apagadas?

Com os cabelos ainda pingando e uma pequena poça de água se formando sob seus pés, Evan empurrou a porta com as costas, fazendo-a se fechar.

—Ué.. gente?! -Exclamou para a escuridão. Já levando seu braço até a parede, na lateral da porta, seus dedos escorregadios encontraram em toque trêmulos o botão. Bastou um clique para que a escuridão desaparecesse. A Sala se iluminou, mas ainda sim não bastou para que qualquer ruído ou sinal de presença surgisse. As coisas pareciam normais, por assim dizer. Os irmãos da fraternidade DKY nunca foram os mais organizados então aquele abajur torto mais à frente, ao lado do sofá parecia coisa de rotina. Ao analisar com um pouco mais de atenção, sua cabeça se ergueu ao reparar que o topo das escadas, também estava escuro. Até o tão agitado andar de cima estava dormente.

—Mas que?.... -Suspirou passando a mãos nos cabelos encharcados. Sentiu uma vibração no bolso interior de sua jaqueta de couro. Seu braço apressado já remexia por dentro da mesma, de modo desajeitado catando o celular. Estar ensopado daquele jeito chegava a ser desconfortável, ainda mais pelo frio que começou a sentir. A calça jeans parecia ainda mais apertada nas pernas, os tênis eram ma verdadeira piscina. Um pequeno tremor se deu em seus ombros e por baixo daquela jaqueta grossa de couro, sentiu seus braços se arrepiarem com o frio. Tirando o aparelho, e ficando com a coisa de frente ao rosto, leu a mensagem:

[Claire] -Chegou?
[Evan] -Sim. Atravessei o dilúvio. -Digitou com apenas uma das mãos, enquanto curvou-se, usando a outra para desatar o nó do cadarço de seu All Star, e Assim também o fez com o outro pé. Ficou ereto novamente, ansioso para ver a nova mensagem que chegara:

[Claire] -Gigi vai ficar aqui comigo. Ela está muito assustada, ofereci a vaga. Sério, to parecendo até ONG de desabrigados.

O Loiro esboçou um sorriso ao ler aquilo, digitando depressa:

[Evan] - Você não presta! Rsrsr..
[Claire] -Também te amo ;)

Forçando os tornozelos um contra o outro, retirou os pés cobertos pelas meias molhadas de dentro dos tênis. Foi um pouco difícil, mas nada impossível. Ainda com os olhos grudados no celular, apoiou as costas na porta para ter mais facilidade para levantar os pés a fim de retirar as meias, uma após a outra.

[Claire] -Bom, vo ficar aqui deitada pra acalmar a cabeça. Se precisar, tô aqui. Bjos.
[Evan] -Bjos ^^

Um forte trovão se deu, seguido por um relâmpago fortíssimo que transformou as cortinas da grande sala em verdadeiros projetores. A luz forte piscou através delas, e Evan só se preocupou em catar os sapatos do chão, enfiando as meias dentro deles. Abaixou-se rapidinho pegando o par com uma mão só. Preparava-se para iniciar sua caminhada que deixaria um rastro molhado até o banheiro quando o celular tocou. Não apenas vibrou, mas tocou. Parou na hora, descendo o olhar até o aparelho:

(Número desconhecido) - Aparecia na tela. Estranhou, mas atendeu do mesmo jeito, um pouco desentendido.

—Alô?
—Hello, Evan...
—Seu número não apareceu aqui, tá de chip novo? Quem é?
—Haha... não é com isso que devia se preocupar.
—Não estou entendendo, não ligou errado não?
—Liguei pra você mesmo, Evan.
—Ah.. tá. "Evan Baker, em que posso ajudá-lo?" - Disse imitando a voz de uma atendente de telemarketing.
—Que pena, você é engraçado.
—E você é bizarro, dá pra falar logo do que se trata?
—Ahm.. eu fui muito, muito levado, Evan... -A Voz demonstrou um certo sarcasmo.
—Então procure a Super Nanny, sério. -O loiro falou num tom seco de quem estava prestes a desligar, quando a voz parou sua ação:
—Carl não era tão engraçado quanto você. Embora confesso que, o desespero dele era muito divertido de assistir.
—Como é?.. -Paralisou, agora sabia exatamente com quem estava falando. -Filho da puta!
—Hahahahha!!! -A Gargalhada rouca e diabólica o fez se arrepiar ao telefone.
—Quem é você?! Eu vou acabar com a sua raça!
—Que egoísmo, Evan. Achei que você se preocupava com o bem estar dos outros. Mas pelo que vejo, está mesmo é numa missão suicida. Pedindo para morrer logo agora?
—Ninguém vai morrer aqui.
—Ah, você vai. E talvez não só você. A Fraternidade da DKY tem carne de primeira.
—Do que está falando?
—Está num filme de terror e nem se deu ao trabalho de olhar com atenção seu cenário, Evan? Que descuido.
—Eu não estou acreditando... você é mesmo pirado.
—Pirado? Eu? Acho que o verdadeiro pirado aqui, é o garoto Loiro molhado, que está parado no meio de uma casa vazia e silenciosa. E pelos meus cálculos, com essa chuva.... ninguém vai ouvir os seus gritos. Ou os de seus "Irmãos".
—O que você fez? Cadê todo mundo?
—"Boas coisas vem para aqueles que sabem esperar" -Hannibal Lecter em "O Silêncio dos Inocentes".
—É mesmo? Estou pouco me lixando pra você e seus filmes de bosta. Você acha que está com tudo? Vai se tratar, infeliz. Isso é doença.
—Doenças matam devagar, lembre-se disso. Bem vindo ao jogo, Evan.
—Vai à merda!
—Depois, agora temos que nos concentrar no seu "Survival Test". É bem típico de um filme de horror, exibir uma casa abandonada sinistra numa tempestade. Hoje você está bem no meio do clichê, do jeito que eu gosto. Não sabe o quanto me esforcei pra fazer isso direito.
—Eu vou desligar!
—E deixar que eu corte as gargantas dos seus amigos, dos quais poderia ter salvo se tivesse me dado ouvidos? Acho que não.
—O que você quer?
—Vamos fazer um joguinho. Os outros três membros da DKY que não estão em aula noturna, e nem pegando vadias por aí, estão em casa, Evan.
—Onde?
—Esse é o jogo. A Casa contém ao todo 4 closets, um sótão, um porão, um armário para a dispensa na cozinha, ao todo... 7 compartimentos onde poderiam caber uma pessoa. Ou quem sabe, um fantasma...
—O que eu fiz pra você?
—Não é o que você fez, mas o que você vai fazer para mim.
—Olha.. eu não quero saber qual é a sua, sério. Podemos encerrar essa ligação, você pode me dizer onde a galera está e deixamos por isso mesmo. Não conto para ninguém, por favor! Me tira dessa!
—E qual seria a graça nisso? Sei que é assustador. E francamente esta é a minha intenção. Afinal, o que é um bom clássico sem boas referências?
—Eu não entendo esse papo de doido.
—Então vou falar de um jeito que você entenda. Você tem três chances, em 7 de achar os seus colegas. E uma chance em 4, de encontrar a mim. Seus amiguinhos não são os únicos escondidos na casa, Evan. Meu aviso, cuidado com as portas que abrir...
—Maldito!
—Só pra constar. Se você pensa que chamar a polícia ou a segurança do campus vai resultar em alguma coisa... essa coisa será a morte de três estudantes inocentes. E acha mesmo que eu não vou saber que você ligou? Vamos, loirinho... jogue limpo.
—Não to acreditando nisso...
—É Simples. Pense nisso como um "Esconde-esconde" à moda de uma roleta russa. Que prêmios podem estar atrás das 7 portas, Evan? Bem vindo ao meu filme de terror, e desta vez... a cena é toda sua....

O Fantasma desligou. O Garoto encharcado sentiu seu pescoço arrepiar. Ao fitar aquela sala vazia, seu olhar de sobrevivente inexperiente começou a botar a cabeça para funcionar. O que podia ver?

A sua direita: Um sofá, com um criado mudo ao lado contento um abajur torto. Almofadas espalhadas pelo tapete. Possíveis sinais de confusão. A TV tela plana na parede, as cortinas que cobriam as janelas das quais passavam os clarões dos relâmpagos. Após o sofá, uma poltrona giratória enorme de couro preto, e ainda no mesmo amplo espaço, a mesa de pebolim. Após ela, Uma copa cozinha mais adiante, após a sala, separadas apenas por um balcão de concreto relativamente baixo, na altura da cintura. A cozinha, óbvio era bem visível e bagunçada como sempre. Em sua frente: Um corredor que atravessava em linha reta a casa. Tendo em sua direita a tal sala e cozinha já ditas. No fim desse corredor, uma porta de tela que dava para o quintal dos fundos. Em sua esquerda: A parede repleta de Posters de mulheres, misturados com quadros com fotos de "Irmãos" que foram "lendários" na história da fraternidade. A escada que subia em linha reta acompanhando a tal parede, dando para o escuro e sombrio andar de cima. Embaixo da escada, era visível ao passar pelo corredor, uma porta de madeira que daria acesso ao porão. Onde ir primeiro? Sua mente se perguntava, quando o estalo de uma ideia apareceu:

—Claire! -Sussurrou a si mesmo. Lembrando-se que o assassino poderia estar escondido próximo, e poderia ouvir sua ligação, Evan decidiu mandar mensagem. Ainda com o celular em mãos, deslizou por sua lista de contatos até parar na Diaba, digitando:

[Evan] -Claire, o assassino está aqui! Chame a Reese, ou a polícia eu não sei! Ele está na DKY!!! O.O

Seu nervosismo era tanto, que não conseguiu esperar para ver se a garota visualizou a mensagem ou não. Tacou o celular de volta no bolso de dentro da jaqueta, soltando de uma vez os sapatos que segurava religiosamente com a outra mão, gelando de medo até com o som que eles fizeram ao acertar o piso.

—Isso não tá acontecendo...

Um raspar ao longe chamou sua atenção. Parecia que alguém ou alguma coisa estava esfregando, ou se esfregando contra um pedaço de madeira. Evan não se moveu, procurava com os olhos, tendo os ouvidos ainda mais atentos para saber de onde vinha o som. Era um ruído abafado, provavelmente vindo debaixo de alguma coisa, ou por trás de alguma coisa. Coçou a nuca cheio de tensão, esticando o pescoço tentando ver alguma coisa, quando o ruído surgiu mais forte. Desta vez, era mais como uma batida. Essa pequena pancada denunciou a localização. Estava vindo da dispensa!

Caminhou trêmulo e devagar, deixando para trás pegadas molhadas. Se via passando ao lado da escada que, conforme ele passava pelo corredor do meio da casa, os degraus subiam deixando-o para trás. Seus ouvidos podiam detectar o som do pavor cada vez mais próximo. Evan nem percebeu, mas tinha andado mais rápido do que pensara, já estava passando em frente a portinha do porão, tendo a sua esquerda, a cozinha. Aquela área ainda estava um pouco iluminada devido a forte luz da sala, mas não o suficiente. Esticou seu braço dando passos mais rápidos, encontrando o botão, e num clique iluminando aquele pedaço. A Cozinha se revelou por completo. Mas a porta de tela que estava bem na sua frente a poucos metros, roubava a atenção. A mesma balançava devido ao forte vento da tempestade, e com a escuridão impedia que o garoto visse se algo estava do lado de fora, sua imaginação tratou de assustá-lo ao imaginar uma figura sombria parada ali atrás da tela, observando-o feito uma assombração, pronta para matá-lo de susto do próximo passo que desse. E esse passo se deu, tão involuntário.. e tão desconstruído quanto o susto que Evan levou ao ouvir o ruído bem ao seu lado esquerdo. Não havia percebido, mas a porta da dispensa já estava ali, próximo ao seu ombro esquerdo. Seu medo fazia o tempo voar de alguma forma, nem havia se tocado que chegara até ali. Era como se a casa tivesse se movido e aquela área tivesse de repente se aproximado do rapaz.

—Merda... -Disse baixinho. Encarando a porta. O estrondo do um trovão pareceu balançar as paredes, embora isso não tivesse realmente acontecido. Eram os próprios ossos do loiro que dançavam em terror. Sua respiração, com muito mal ritmo fazia seu peito tremer, e a fumacinha branca de frio se mostrava por entre seus lábios. Suas mãos e pés estavam frios, e os pingos de água que desciam de seus cabelos escorriam pela nuca e testa, acrescentando ainda mais desconforto. Sua mão era a primeira a estar na linha de chegada: A Maçaneta. Duas coisas poderiam acontecer. Evan poderia abrir aquela porta e encontrar um dos irmãos, apavorado e em estado de choque, possivelmente ferido. Ou, libertar a morte para cima de si mesmo. A escolha, foi feita. Apertou delicadamente a maçaneta, girando-a....

Abriu a porta de uma vez, como se faz com um Band-Aid, e assim que a dispensa foi escancarada, o relâmpago iluminou o rosto choroso e amedrontado de um rapaz, que sentado em uma cadeira dentro da dispensa, estava amarrado pelos tornozelos e pulsos, dos quais ele os erguia para frente a fim de arranhar a porta. A quanto tempo aquele garoto estava ali dentro? Evan notou em choque, como a boca do menino estava fortemente amordaçada, e como a baba escorria por entre seus lábios. A língua estava impossibilitada, parcialmente sendo esmagada pela mordaça, assim o impedindo de falar. Os olhos já vermelhos de tanto chorar realçavam o medo e a confusão que aquele pobre irmão da DKY havia se metido, e nem ao menos sabia o porquê.

—Austin! EU vou te tirar daí!

O loiro se ajoelhou perante o colega, percebendo que a maçaneta da porta havia sido arrancada no lado de dentro. O Garoto talvez jamais fosse conseguir sair, se não fosse por ele. A medida que o Loiro arregalava os olhos se tremendo todo diante da vítima, o refém apenas concordava com a cabeça, abocanhando involuntariamente a mordaça ,tentando dizer alguma coisa que não saía por entre seus soluços. O menino se sacudia na cadeira, praticamente histérico se não fosse por sua incapacidade de gritar.

—Calma! Calma! Eu preciso tirar você daí!! -Dizia passando as mãos por trás da nuca do rapaz, tentando desatar o nó da mordaça. -Fica calmo!
—Urrgh!! Errgh!! -O menino balbuciava.
—Pronto! -Evan puxou o pano que o calava, vendo-o tomar um longo fôlego de alívio, abrindo a boca para finalmente falar.
—Evan, corre! Sai daqui!
—Não posso deixar vocês aqui!
—Como assim?! -Exclamou Austin, indignado.
—É um jogo! Eu não posso perder!
—Cara, me desamarra e vamos sair daqui!
—Não tem só você aqui! Gerard e talvez Bucky podem ter sido pegos também!
—Caralho, não tem mais ninguém aqui... -Austin choramingava enquanto tinha seus pulsos desamarrados. -Eu não vi ninguém, eu juro! Vamos dar o fora!
—Sshhhh!! Você tem que ficar quieto!
—Estou aqui faz três horas! É sério eu não ouvi ninguém pelo amor de Deus me tira daqui!
—Quem te colocou aqui?!
—Eu não sei!
—Como assim não sabe!
—Foi um cara de máscara, porra. Eu não sei!

O loiro congelou. Engoliu seco, e neste instante, sentiu a vibração em seu bolso interior, tirando as mãos do colega que resmungou:

—Que merda você tá fazendo?!!
—Austin, cala essa boca por favor!!

Abaixou a cabeça, fitando o celular. Era uma mensagem de Claire:

[CLAIRE] -Saia da casa! Agora! Não interessa quem está aí ou não. Saia correndo sem olhar pra trás! Tudo é uma armadilha!!! Não confie em ninguém!!

"Não confie em ninguém". Aquela frase o fez reconsiderar sua ação. Evan se levantou, observando o amigo, que tentava desamarrar os tornozelos:

—Você está mentindo, Austin...
—Ficou louco?!
—Eu sei que tem mais irmãos nessa casa.
—Eu já disse! Não tem ninguém.
—Ah, é? Não foi o que eu ouvi.
—Você tá pirando, Evan.. eu vou cair fora daqui!
—Fique a vontade, mas não chega perto de mim! -O loiro se afastou.
—Que isso, cara?!
—Como vou saber se você está mentindo?
—Toma essa mentira então, palhaço. -Austin terminou de desatar os tornozelos, deu para ver como estavam vermelhos. Mas Evan ainda sim não confiava. Claire já havia lhe contado a história toda numa noite de bebedeira. Sobre como Juliett, a quem ela jurava ser uma de suas melhores amigas, e da qual parecia ter a inteligência de uma esponja, era na verdade um gênio do crime. A desconfiança dentro de si, cresceu. Não sabia se algum dos irmãos da DKY poderia ou não estar envolvido nessa coisa doentia. O pensamento lhe corroeu a mente, e saiu em forma de palavras, secas e amedrontadoras:

—Austin... se quisessem te matar, já teriam feito isso. Mas se você quer me matar, estou é te dando oportunidade. -Disse sério, respirando de modo ofegante.
—O que você está fazendo? -Questionou o menino limpando as lágrimas, levantando a cabeça para fitar Evan, que respondeu numa rápida ação:
—Desculpe!
—Hey! Não!!

Austin teve o vislumbre da escuridão novamente, ao ver a porta se fechando em sua cara. Evan acabara de deixar um colega de volta a uma situação nada agradável e expondo-o a um tremendo perigo. Ou será que havia trancado um duas caras assassino num lugar de onde não conseguiria sair, estando amarrado ou não? A dúvida é a maior inimiga daqueles que não sabem em quem confiar. Uma coisa era certa, As palavras de Claire valiam de alguma coisa dada sua experiência com massacres. Evan decidiu não arriscar, dando as costas para a porta da dispensa que era atingida fortemente por pancadas dadas por Austin, que aos berros implorava para sair:

—Me tira daqui!!! (Bang Bang Bang!!) - Eu quero sair daqui!!!

Ouvir aquela porta se remexer com o colega desesperado lá dentro quase o fez chorar. Não queria sentir vergonha de si mesmo, mas queria ao menos considerar o que Claire havia dito. Devia mesmo sair dali do jeito que estava e correr para Deus sabe onde? Caminhou em frente deixando a cozinha para trás, tendo a porta da frente como mira principal. O medo de morrer ou de ser gravemente ferido o pegaram de jeito. Gigi sobreviveu dando no pé. Então por que isso não funcionaria com ele? Andava desnorteado com a cabeça quase explodindo tomada por possibilidade assustadoras do que poderia lhe acontecer, quando uma mensagem de texto chegou. Parando a caminhada por aquela passagem que cruzava o térreo, Evan pegou o celular mais um vez, e nem teve tempo de olhar o que recebera pois uma segunda mensagem havia chegado quase que ao mesmo tempo. Na notificação da tela, estavam presentes dosi envios recentes. Claire & Número desconhecido. Optou por ver a de Claire primeiro, clicando em seu ícone na tela:

[CLAIRE] "-Estou indo pra aí! Se escapar me mande mens. Me encontre em algum outro lugar, me avise!"

—Droga.... -Movia os dedos pensando no que digitar, mas não conseguia pensar em nada. Com um susto que o deixou congelado, o aparelho tocou em sua mão. Outra chamada estava sendo recebida. Era o número desconhecido. Atendeu:

—Oi.....
—Desligue o celular. -Disse a voz em leve tom de comando. -Estou te dando uma única chance de fazer as coisas direito. Se sair desta, todos os garotos morrem. E serão as suas digitais que serão encontradas nesse banho de sangue.

De repente, a porta já não parecia mais tão tentadora. Evan já estava se sentindo mal por deixar um colega a mercê do perigo, trancado na dispensa onde as pancadas e gritos de socorro abafados não paravam de acontecer ao fundo. E agora, além covarde desconfiado, seria um assassino? Não mesmo. Ouvia o longo "Beep" na linha quieto e ofegante. O psicopata havia desligado. O loiro retirou o telefone da orelha de modo lento e incrédulo. Estava mesmo tendo cada um de seus passos observados por alguém. Não poderia arriscar. Fez o que lhe foi dito, desligou o celular vendo a tela escurecer diante de seus olhos, tornando a guardá-lo com desgosto no bolso. Seu pescoço girou na direção das escadas:

—Que merda, que merda, que merda... -Repetiu em nervosismo. Chegando ao pé da escada, apoiou-se no corrimão, se obrigando a subir os degraus, um a um. A cada passo, a bendita coisa dava um leve rangido, tornando explícita sua presença naquele ponto. Subindo desconfiado do que poderia haver lá em cima naquela escuridão, Evan se afastava cada vez mais dos ecos desesperados que vinham da cozinha. Tremendo, ouvindo seu coração que também parecia pedir por socorro dentro de si. Tinha medo até da própria sombra, que o acompanhava na lenta subida, piscando em flashes conforme os relâmpagos surgiam.
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—Anda logo, atende!! Atende!! -Claire roía as unhas forçando o celular contra a orelha. Ia de uma lado para o outro, desesperada. Estava em seu dormitório, de vez em quando olhava discretamente para a fresta na porta do banheiro, onde Gigi se encontrava tomando banho. Claire não queria que a menina percebesse o que estava acontecendo, torcendo para que ela não saísse do chuveiro e começasse a fazer peguntas. -Aarrgh!! Evan, que merda! -Cochichou cheia de raiva. Chamava... chamava, mas ele não atedia. Finalmente, um ruído se deu na linha, e a voz do Loiro surgiu:

—E aê!
—Evan, caralho eu tava mega preocu..
—Você me ligou, mas é o seguinte. Eu não posso te atender agora. Então vai arrumar o que fazer, ok? -Respondeu a voz dele na secretária eletrônica.
—Ahh!!! -A Diaba soltou um berro de ódio tacando o celular na cama, Apertando os cabelos prestes a arrancá-los.
—Claire, tá tudo bem aí?! -Gigi gritou de baixo do chuveiro.
—Tá sim! Só não to achando um brinco! -Mentiu.

"O que fazer, o que fazer???" Fitava seu celular caído próximo a seu travesseiro quando uma ideia surgiu. Ela estalou os dedos se atirando na cama logo após exclamar: -É isso!
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Sentada no banco do motorista lambendo a ponta dos dedos, que continham os restos doces e melequentos do hambúrguer que acabara de jantar, Reese soltou um arroto generoso. Dando pequenas palminhas na barriga, respirando fundo encostando a cabeça no banco, em expressão de alívio, dizia:

—Ai.. ufa! Benza Deus... ah, eu juro que nunca mais janto Macdonald's.

Seu estômago borbulhou fazendo um ronco estranho, e logo sentiu um possível refluxo. Cobrindo a boca e comprimindo a garganta, Reese prendeu a respiração sentindo uma pressão na boca do estômago. Não conseguiu falar por achar que fosse vomitar, e assim empurrou a mão contra boca, ainda mais forte tendo um certo tranco para segurar o que fosse sair, quando um "Gloop" veio a tona, e escapando por entre sua boca que se abriu sozinha, um novo arroto surgiu, ainda mais forte que o anterior. A Segurança riu de si mesma em baixas gargalhadas:

—Ah! Hahah! Olha o Tiranossauro! Hahah, bebê não me assusta mais assim não, viu? -Disse olhando para a própria barriga, como se falasse com o sanduíche dentro dela. Em meio a risada, tomou um pequeno susto ao de repente, ouvir o telefone do carro tocar. -Ah, cacete! -Deu um pequeno pulo no banco. Próximo a marcha, estava o telefone que fora instalado na viatura de "Segurança de Pendleton". Tirou o aparelho do gancho:

—Segurança do campus?
—Reese! -A Voz de uma garota aflita surgiu na linha.
—Ahm.. em que posso ajudá-la?
—Reese! Pelo amor de Deus, Mulher. É a Claire!

A moça revirou os olhos quase bufando pensando "Porra, era só o que me faltava":

—O que foi dessa vez, menina? Não tem um bêbado nu com dormindo embaixo na sua cama de novo, não é?
—Não! Para da palhaçada! A Coisa é séria!
—O que foi?
—É o Evan!
—Quem?!
—Ai, caralho, porque que você...(chiado).... só....(chiado) ica... (chiado)... lá na....(chiado) Pariu!!
—Garota, fica calma por favor. -Reese respondeu irritada. -A Chuva tá deixando essa ligação uma merda. Por que não fala mais devagar?
—Vai.. (chiado) Foder! (Chiado). D.. (Chiado) DKY!! D- K- Y, Mulher! DKY!!
—DKY?
—Você é surda?!
—Ok, o que está acontecendo?
—Tem (chiado).... gente..... (chiado)... Assassino!!!
—Você disse assassino?! -Reese se ajeitou no banco, finalmente começou a levar a garota a sério.
—É!!! Quer que eu soletre?! Vou te dar um cacete com um alfabeto de plástico se não for até a DKY agora!! O Assassino está na casa, Reese! O Assassino está na casa!!!
—Tá, tá, tá!! -A segurança girou a chave, dando a partida. O Ronco do motor surgiu. -Claire, eu vou até la, fica calma. Onde você está?
—Eu Não tenho tempo pra essa merda! -Respondeu irritada ao telefone, desligando na cara de Reese.
—Claire!... Claire?... -Reese percebeu o que ocorrera ao escutar o "Beep" interminável de ligação encerrada. -Ah, ela não fez isso! -Tascou o telefone de volta no gancho, fazendo cara de indignação. -Vadia de merda, não posso nem fazer digestão... -Disse ao acelerar o carro, que saiu seguindo em frente no meio da maldita chuva com a sirene ligada.
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—Ok... -Evan suspirou. Naquele corredor escuro no andar de cima, praticamente como diz a expressão "Segurando o cu na mão". De frente ao seu próximo desafio, a porta do armário de tranqueiras do segundo andar. -Por favor, que ele não esteja aí.. por favor... -Respirou fundo, temendo abrir e dar de cara com a Morte. Com a mão já na maçaneta o loiro pensava na atitude que havia tomado com seu colega Austin, do qual já não podia mais ouvir. Será que valeria a pena continuar procurando os irmãos? Quem podia garantir que o assassino não havia mentido e deixado apenas um único garoto como refém? As palavras de Austin "Não vi mais ninguém!" assombraram Evan. Ele começou a se questionar se tudo não era um tipo de jogo doente onde não daria em nada, a não ser sua possível morte. Talvez o assassino só tivesse pego Austin, como o mesmo havia dito. E estaria em algum cômodo escondido, se divertindo com o sofrimento do garoto enquanto procura por seus outros companheiros, que nem sequer estão lá. Só esperando o momento certo. O momento em que ele abrira alguma porta, e ali, bem ali.. o assassino o pegaria de jeito. Esse pensamento estava fortemente presente na mente do rapaz. Mas ainda com todas as dúvidas, ele só pedia uma coisa neste momento: Que o assassino não estivesse atrás daquela porta. Aquela em específica. Pois se estivesse, suas chances de sobrevivência cairiam para menos de 50%. O armário de tranqueiras, era um tipo de santuário para os Rapazes. Ali, guardavam-se as coisas que os membros da fraternidade ganhavam ao longo do ano. Troféus de jogo, garrafas de bebida, calcinhas e até mesmo bonecas infláveis. Mas era atrás do taco de Baseball da liga de Pendleton que Evan tinha a esperança de encontrar. Isso é claro, se não recebesse do escuro uma facada repentina. "Não confie em ninguém", Se lembrou de Claire, e como ela contou que foi corajosa no massacre de Ashville, dando socos, correndo no escuro no meio de um tiroteio. Ele não estava numa situação muito diferente. E quem sabe, as mesmas regras se aplicam? Tomou a pouca coragem que tinha. Seu tamanho e força física eram grandes demais para pouca coragem no momento. Evan se consolou com a ideia de que podia vencer isso, que podia encher de porradas e golpes quem tentasse golpeá-lo. Bastava ser rápido o bastante.

—Vamos lá.. -Abriu a porta com tudo, encarando a escuridão que ela guardava. A primeira vista, sem sinal de nada. Nem de psicopata, nem de membro de fraternidade chorando feito garotinha. Ficou alguns segundos ainda parado perante o espaço escuro aparentemente vazio, até que sua mão adentrou a escuridão. Esticando o braço para frente, sentiu entre seus dedos o que era com certeza uma correntinha fina. Sabia o que era. Puxou-a para baixo e imediatamente, a lâmpada se acendeu, balançando de um lado para o outro alternando as sombras das tralhas que haviam sido enfiadas ali ao longo do ano letivo, trazendo consigo o cheiro de pó. Seus olhos percorreram aquele amontoado de objetos inúteis, um em cima do outro naquele cubículo que mal caberia uma pessoa dentro pela total falta de espaço restante. Deu um passo à frente adentrando ao armário, desviando a cabeça da lâmpada que balançava, para não ser atingido por ela. Tentava de forma rápida e objetiva ver tudo o que poderia lhe ser útil, até que, no canto inferior esquerdo embaixo de um agasalho rosa cheio de manchas brancas nojentas... estava o que procurava. O Bastão de Baseball. Ele catou o taco segurando-o com firmeza nas duas mãos, apertando os dedos entre o objeto de madeira, que continha uma faixa colada na base escrito "Pendleton Squirrels", como o time era chamado. Suspirou um pouco mais aliviado, agora sentia que teria uma chance de luta. Andando para trás, puxou novamente a cordinha apagando a luz, saindo de dentro daquela bagunça colando as costas na parede do corredor. Fechou os olhos segurando o taco contra o peito, engolindo seco. Virou-se, encarando o corredor dos quartos. Quantas portas ainda havia para investigar?

—Que bosta.. por que não peguei uma faca na cozinha? -Proferiu encarando a passagem escura, morrendo de medo. Mas com o rosto sério demais para admitir. Tornou seu olhar na direção oposta, vendo as escadas. Era tentador voltar lá para baixo.

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Abrindo o guarda-chuvas apertando o botão na base do objeto, Claire começava a correr deixando o prédio dos dormitórios. Apertou os passos ficando debaixo daquele dilúvio, puxando a touca da blusa a fim de cobrir os cabelos o máximo que podia. Seus tênis davam pequenas afundadas no gramado ensopado que cercava o prédio. A Diaba começava sua cruzada pelo pátio principal da Universidade, tendo os intensos pingos de chuva acertando como balas seu guarda-chuva. Mas ela não se importava, mirou no horizonte e passou a correr feito um lince:

—Que droga, Evan!! -Sob relâmpagos e trovões, Claire Ripley iniciava sua odisseia para salvar seu loiro bundudo. -Eu juro que na próxima vez eu vou transar com ele! Com força! -Dizia a si mesma enquanto pisava fortemente em poças espalhadas pelo gramado, sujando os sapatos com os respingos daquela água fria e barrenta. A Diaba tomava fôlego, se esforçava. Parar estava fora de questão. Passou por debaixo das luzes dos postes espalhados pelo enorme pátio, fazendo das luzes o seu guia para se orientar em sua jornada.

—Claire? -Gigi saiu de dentro do banheiro com uma toalha enrolada na cabeça, e outra no torso, em meio a uma nuvem de vapor que veio com ela, olhando em volta no cômodo não entendendo porque a Diaba não estava mais lá. -Mas o que?... -Disse estranhando.

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Com a ponta do bastão, Evan empurrou a porta de seu próprio quarto. A mesma rangeu terrivelmente ao se abrir devagar. Seus pés molhados sentiram o carpete. Aquele lugar era seu sinônimo de conforto. Mas não hoje. Observou com cuidado antes de entrar. As duas camas, a dele e de seu colega de quarto Gerard, Cada uma num canto oposto do quarto. Entre elas, haviam duas janelas relativamente grandes que davam vista para a casa ao lado. Do lado direito, poucos centímetro após o pé da cama de Evan, havia um Closet embutido na parede com portas brancas com pequenas fendas feito uma persiana. Empunhou o bastão deixando-o pouco mais alto que seu ombro:

—Tem alguém aqui?... -Falou para o vazio. -Se tiver alguém aqui, faça um barulho. -Adentrou ao cômodo, ainda hesitante.

O que Evan não podia ver, era seu colega Gerard deitado de bruços embaixo da própria cama, amarrado com os pulsos para trás e com os tornozelos entrelaçados. A mordaça fortemente colocada em sua boca o impediam de dar qualquer aviso. Mas o garoto podia ver os pés de Evan, se aproximando. De olhos enormes, em completo desespero tendo seus abafados gemidos calados pela força da tempestade e das gostas grosseiras de água que batiam contra as duas janelas, o menino se via incapacitado de pedir socorro, ou avisar da desgraça. Tentou se arrastar um pouco para frente contendo uma forte vermelhidão nos olhos. Talvez de choro, mas sabia que se tentasse fazer isso, a corda enrolada em seu pescoço o apertaria cada vez mais. A Corda, feita em formato de forca no pescoço do garoto, estava presa a cabeceira da cama, que, coberta estrategicamente por travesseiros impossibilitava que Evan ou qualquer um enxergasse os nós ali feitos.

—Tem alguém aqui?... -Perguntou novamente, desconfiado. E após poucos segundos de silêncio, um ruído pareceu vir de dentro do Closet. Algo havia balançado um pouquinho a porta. Coisa que, se não prestasse atenção, não perceberia. -Oi?.. sou eu.. Evan... -O loiro levou o olhar até seu Armário, apertando o taco com mais força, erguendo-o um pouco mais. Engoliu seco se aproximando devagar, sem saber da agonia de Gerard que ao ver o amigo indo na direção do Closet, fez repetidas vezes sinal negativo com a cabeça, tentando ao máximo esboçar um gemido ou qualquer coisa que chamasse atenção do amigo. Mas cada vez que fazia isso, a porta do Closet dava mais uma pequena sacudida, abafando sua tentativa. Fazendo com que o garoto não fosse ouvido por Evan.

Mais um passo...

—Quem é que tá aí?! -Evan se assustou com o movimento que vinha de dentro do Closet. A única luz que entrava no quarto era a da casa do vizinho, que passava por entre as janelas fazendo do Loiro que estava parado quase paralelo a elas, uma grande e escura silhueta com um taco de Baseball nas mãos.

—Não.. não.. -Gerard tentava exclamar por debaixo da mordaça, mas tudo o que saía era um gemido intraduzível que era abafado por relâmpagos e pela madeira da porta do closet que rangia, dando alusão a algo que estava preso lá dentro. Assim, o garoto amarrado embaixo da cama, não aguentou e teve de fazer alguma coisa. Tentou se arrastar usando o próprio queixo. Encostando-o no carpete, e virando a cabeça na tentativa de puxar o resto do corpo, do qual se esgueirava como uma serpente para se arrastar. O Carpete logicamente, diferente de um piso de madeira, não deixava vestígios dos sons agoniados das pancadas de queixo do menino. Uma batida, e um deslize.. uma batida.. e um deslize. Seu queixo ardia com a tarefa devido a forma áspera do carpete, mas Gerard não parava, tomado pelo desespero. Então, se pôs a acelerar o ritmo ao ver que Evan já estava perante ao Closet, pronto para abri-lo....


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Muito obrigado por acompanhar! Evan vai sobreviver? O.O Até a próxima galera! Por favor, comente o que achou! ♥ Amo vocês!



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