Scream - Survival 2 escrita por The Horror Guy


Capítulo 35
Fright Night - Part 10


Notas iniciais do capítulo

E a coisa tá esquentando! Penúltima parte de "Fright Night!". Após isso, chegaremos a conclusão. Quais são suas teorias? Seus suspeitos? Claire pode ter lido sua mente e vai botar a boca no trombone neste capítulo disparado!



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Splash! Fez o a sola de seu sapato ao pisar numa poça rasa de água no chão negro. Deixando para trás as ondulações que refletiam distorcidamente o reflexo de Lizzie ao passar por cima da mesma. A Parede ao seu lado esquerdo era a única coisa que a acompanhava na corrida, ou será que não?

A mesma seguia reta até acabar desaparecendo do caminho, onde continuava à esquerda acompanhando o formato retangular do estacionamento. E assim depressa e se esforçando, Lizzie almejava chegar ao limite para continuar seu contorno.

O Vento gelado parecia mais impiedoso conforme aumentava a velocidade, batendo contra seu rosto carnudo deixando coradas suas bochechas com marcas rosadas como se tivesse levado palmadas. As gotas finas que caíam do céu vinham como agulhas lhe espetando tudo desde a testa ao queixo, tirando aos poucos a sensibilidade daquele rostinho duro que portava nos olhos o medo gelado no desolado e abandonado cenário de Pendleton.

Finalmente chegou ao limite após forçar a si mesma a percorrer com mais persistência, fazendo a curva para a esquerda onde agora a parede seguia uma reta de aparência interminável. Desanimou ao dar de frente com mais um longo caminho, desacelerando o passo pouco a pouco em cambaleantes movimentos de desistência, forçando a respiração para aguentar o tranco tendo a fumaça saindo de sua boca a cada vez que expirava.

Sentiu os joelhos cansarem de modo que todo o peso de seu torço recaía sobre eles. Junto a isso, os calcanhares que entortavam dando uma certa aparência de desequilíbrio no passo feito um bêbado, tudo sintoma do cansaço. "Ai, cansei" -Pensou passando a caminhar, encerrando sua maratona vazia.

Ansiosa para que tudo acabasse, imaginava que logo a parede ao seu lado tomaria uma forma de ferro e como num passe de mágica estaria de frente ao portão, que seu destino chegaria antes do que a enorme reta lhe prometia. Não conseguia ver o fim, se é que havia um. À sua direita era um espaço vazio e amplo de asfalto, que servia como a "Estrada" que os professores e companhia usavam ao sair do estacionamento. "Lógico que eles ficam com o estacionamento coberto! Nós é quem nos fodemos sendo obrigados a deixar nossos carros em vagas a céu aberto pegando Sol e Chuva, bando de arrombados!". De tão amplo, o tal caminho mais parecia a droga de uma pista de pouso, contornando os arredores da faculdade jamais se misturando com o caminho do qual era designado aos estudantes. Sendo os Professores e Alunos separados até por um portão de entrada e saída diferente de de Pendleton.

E Assim também estava ela, separada, excluída... E Sozinha, agora começando a sentir o efeito da parada abrupta da corrida cujo coração acelerado lhe causou um calor desconfortável embaixo da blusinha de lã, já agradecendo secretamente o vento gelado que lhe consumia, embora os dentes passassem a tremer talvez num reflexo psicológico de frio.

Nenhum latido ou miado.. Ruído ou grilo, apenas seus passos esticados e meio freados, volta e meia raspando sobre o chão de asfalto molhado e areoso. Nervosa e temendo o grande vazio, cantarolou baixinho apoiando-se na parede ao seguir em frente:

— "My milkshake brings all the boys to the yard.... (Parou para respirar) -And they're like, it's better than yours... Damn right... It's better than yours..." -A Música foi interrompida por um som abafado que se deu por de trás de seus ombros, distante. Um balançar grave, como o de um pano pesado sendo estendido ao vento ou algo assim, acompanhado de um rastejar veloz que desapareceu em questão de segundos antes mesmo que Lizzie pudesse dar meia volta para ver o que se passou.

E assim o fez se virando, não encontrando nada além do vazio que lhe encarou feito um predador. Tensão, foi o que lhe pegou pela garganta ao engolir seco e dizer algo que sempre achou ser a coisa mais ridícula do mundo:

—Oi?... Tem alguém aí?

Como já era esperado, não houve resposta. Mas temeu continuar o caminho, imaginando ser secretamente acompanhada, ficando a sensação de que um tipo de vulto oculto acabara de passar ali por trás, tendo se escondido a tempo para que a garota não o flagrasse, como o fantasma imaginário no quarto de toda criança com menos de 10 anos. Aquele medo antigo a assombrou novamente, um velho amigo indesejável que mais uma vez conseguiu como todas as vezes anteriores, lhe paralisar. Mas o que havia aprendido com a situação toda é que somente tomando ação é que se tem chance de êxito. Dito isso, retomou o passo em ritmo um pouco mais acelerado, tateando a parede de concreto girando a cabeça para trás a cada 5 segundos somente para se certificar.. De que realmente não havia nada lá.


—Sozinha perambulando.... Não acredito que caí nesse clichê... -Resmungou tentando não prestar atenção a terrível sensação de ser observada. -Se estivessem me assistindo... Estariam gritando comigo me mandando correr...


Observou como sua própria sombra lhe seguia pelo muro, ficando até maior que sua própria altura como nos clássicos filmes em preto e branco, de aparência distorcida e desproporcional, graças ao posicionamento nas luzes dos postes incrivelmente separados um do outro em uma questão de uns 8 metros de distância ou mais.


—Ai, caralho.... -Não gostou de como seu coração pareceu diminuir o ritmo, com menos batidas. Eram poucas, porém mais fortes. Golpeando de dentro pra fora no que davam a impressão de serem longos intervalos entre uma batida e outra. "Estou morrendo?" -Questionou a si mesma entrando em pavor, achando que estava para ter um tipo de ataque cardíaco. Respirou mais fundo em completa tensão com o medo se espalhando pelo corpo. Não demorou muito até que seu pavor fizesse acelerar novamente os movimentos do músculo dentro do peito, o que lhe deu a certeza de não estar com problema algum. Irônico, como o desespero a fez ter certeza de que estava mais viva do que nunca. Mas isso lhe retirou sem querer a atenção do caminho, onde seus passos meio tortos e cansados acabaram entregando o quão desorientada pela tensão estava, tropeçando no próprio calcanhar ao chutá-lo sem querer com a ponta de um dos pés indo de encontro ao chão molhado, caindo de bruços soltando um gritinho fino, que foi calado pelo impacto.

O Susto foi inevitável, assim como as palmas das mãos molhadas e parcialmente raladas ao que tentou amortecer a queda com a pouca força que tinha nelas, que acabaram raspando no asfalto úmido cheio de minúsculos pedregulhos.

—Ai, merda... -Reclamou ao contemplar as marcas pretas de sujeira sob as unhas e a palma, percebendo como ardiam estando estirada no chão. -Tinha que ser eu, né? Caralho pensa numa quenga azarada... -Seu sarcasmo pessoal e sem plateia, que se manifestou como puro teatro para mascarar seu próprio medo, uma forma de fingir a si mesma de que não estava apavorada... Foi por água abaixo. Pois ali mesmo deitada, vendo o chão em posição vertical devido o ângulo de lado em que estava, viu "Subir" diante de seu rosto um par de botas pretas e pesadas, que caminharam em questão de dois passos parando bem diante de sua face.


Tomando uma expressão cadavérica de medo, Lizzie percebeu as pontudas tirinhas pretas penduradas sobre os tornozelos escondidos da presença que balançaram ao vento. Ao virar o rosto para cima de modo trêmulo já meio que sabendo o que iria encontrar, teve o terror confirmado pela longa e esguia Capa Preta que parecia flutuar sobre seu corpo... Junto é claro, ao rosto deformado, branco e fantasmagórico da máscara tomada por um capuz, que a observou diretamente pendendo a faceta para frente deixando claro que estava ali por ela.

—Fala sério!!! -Exclamou choramingando em negação.


A Ação foi rápida por parte da coisa, debruçando-se em velocidade espantosa em direção a garota, lhe arrancando um grito agudo de horror no momento em que sua atitude de reflexo mais lógica, se proteger, foi humilde, para não dizer cretina.. Mas vamos com "Inevitável" o modo com que Lizzie ergueu as mãos sobre o rosto afim de pobremente protegê-los do ataque repentino, quando a dor lhe tomou conta tornando seu grito mais escruciante ao ver como o objeto pontudo e metálico havia lhe perfurado a mão esquerda, atravessando-a por completo ficando com a pontiaguda lâmina a centímetros dos olhos.

—Ahhhh!!!!!! Pára, pára, pára!!! -Sentiu o puxão da faca, que quase levou sua mão consigo ao ser retirada com força bruta, deixando o grande risco vermelho e profundo no centro da palma vazar o sangue que pingou sobre suas bochechas. -Chega, não faz isso!!! -Implorou inutilmente fechando os olhos por instinto ao ver o vulto descer contra si novamente. E Desta vez, acertando-lhe na altura da barriga, fincando a faca de uma vez só num golpe rápido, do qual a lâmina saiu como entrou, veloz. Uma "Espetada" do inferno que a estremeceu por completo.


Levantou as pernas agitadas tentando chutar Deus sabe o quê, pois nem se prestou a ver direito o que a atacava ou como, só sentiu a perfuração seguinte, assim como a segunda entrando por volta da cintura. E mais outra.. E mais outra, uma atrás da outra. Esses "Socos" pontiagudos que lhe faziam perder o fôlego até para gritar, onde de sua garganta passou a emitir um ruído rouco e perturbador de "Socorro" misturado com "Pare!", palavras que vinham cortadas em sílabas a cada facada rápida que rasgava sua carne.

—So... (Spift!) -Cor.. -(Spitf) -Ro!.. (Spift) -Pa.. (spift) -Re! -Eram tantos impactos dolorosos contra o tórax, que nem sabia dizer onde exatamente estava sendo alvejada. Mas a agonia certa se dava toda vez em que a ponta da lâmina parecia ser freada por um dos ossos de suas costelas raspando sobre os mesmos sem conseguir ir mais fundo, saindo de seu corpo apenas para retornar em outro ponto no milésimo de segundo seguinte.

A Vermelhidão líquida aparecia em rodelas sobre a blusa de lã enquanto as pernas se debatiam no chão molhado com o que restou dos gritos. O que apareceu ser a última investida do fantasma, lhe acertou em cheio no lado direito do peito perfurando o seio, provocando uma reação parecida com a de um soluço na garota, que abriu os olhos enfim arregalando-os em choque parando de se debater.

Não acreditou na tamanha tortura que esta última entrada lhe causou. Perplexa com uma dor que jamais sonhou que existia. Não respirava, não se movia... Mas ainda via e ouvia claramente. Lizzie não queria morrer, e seu corpo parecia corresponder a isso, como se prolongasse sua sobrevivência ou seu sofrimento de propósito, até que ela desistisse desse mundo.

Sangue já escorria pelos lábios tremidos conforme a boca se abriu, e aquele som horrível do ar tentando entrar por suas vias enquanto era impedido pelo espesso sangue que obstruía sua entrada vieram. Engasgos intermináveis de agonia entre lágrimas.

A luz deixou seus olhos no momento em que as pupilas dilataram diante do deformado rosto de "Ghostface" refletido neles, quando a faca foi retirada com um esguicho vermelho espesso que derramou-se sobre a blusinha na altura do peito.
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Reunidos no escuro, estavam os quatro alvos de pé à beira da total angústia ou esperança. Parados diante da porta que levava ao corredor do prédio da diretoria, tendo certeza de que o "apagão" do estacionamento fora causado de propósito pelo psicopata, dado ao fato de que o corredor branco e longo se mantinha normalmente iluminado, intocado. O ponto crucial era decidir seguir por ele e abandonar o breu do estacionamento ou não.

Alheios ao que havia acabado de acontecer a Lizzie, pensavam que a qualquer minuto ela estaria esmurrando aquela portão de ferro junto Paul e Kenny. Esperariam para ouvir seus gritos desesperados? Ou tentariam a todo custo abrir aquela merda? Mandar mensagem também é uma opção...

Reese tomou ação, indo em frente perante ao grupo adentrando de uma vez ao corredor apontando seu revólver por todo o perímetro, assim como nos filmes de ação que tanto assistia. Por mais que fosse uma atitude certa a de verificar se não havia algo ou alguém ali na distante reta de paredes brancas para surpreender o grupo, ainda sim ela demonstrava sem querer ter se divertido mais do que devia com o tal ato. Só faltava mesmo era colocar as costas contra a parede segurando a arma perto do peito e dar um sinal de "Livre" para que o trio seguisse. Tão Bruce Willis... Mas não aconteceu.

Sem reação, Ed, Claire e Kirstin não se moveram como ela, ficando entre o corredor sem adentrá-lo, e entre o restante da escuridão do estacionamento sem recuar. Em cima do muro, basicamente.

Silenciosamente e sem contato visual, Claire estendeu a mão para Edward ao seu lado, balançando a mesma indicando pedir-lhe o celular. Amigos há tanto tempo, entendeu o recado de primeira vasculhando os bolsos retirando na hora o aparelho, entregando-o.

—Obrigada. -Disse satisfeita. A Tela foi desbloqueada no que puxou o ícone em forma de cadeado para o canto inferior, revelando os aplicativos espalhados no mural. A intenção era mandar uma mensagem a algum dos três que estavam do lado de fora, obviamente, mas antes que pudesse tocar na lista de contatos, o telefone vibrou em sua mão sem emitir um Ringtune, e logo apareceu no canto da tela o número "1" com uma cor vermelha junto ao ícone do aplicativo "Spread", uma notificação acabara de chegar.

Tocou no mesmo, abrindo em seguida. Arregalou os olhos na hora, mas não gritou ou bateu o pé. Fechou a tela imediatamente de modo discreto engolindo seco o que acabou de ver... E nem adiantaria fechar os olhos.. Pois a imagem de Lizzie ensanguentada caída no chão repleta de marcas vermelhas no tórax não sairia de sua cabeça tão cedo.

Pensou em chorar, ou ter algum tipo de reação como por exemplo fazer um escândalo como sempre fez. Mas sua mente racional acabou vendo uma oportunidade naquela morbidez. Decidiu que não contaria sobre Lizzie a ninguém, nem mesmo a Edward. Assim, se alguém do grupo mencionasse a morte dela, saberia que tal seria o assassino. Já imaginava Kenny, Kirstin ou até mesmo Paul deixando escapar pela boca em algum momento algo sobre a morte da garota, e é nesse momento em que se imaginou tomando a pose de "Fodona" e questionando "Como sabe que ela está morta? Eu não te contei e ninguém aqui estava sabendo", E pronto! Pegamos o canalha. "Pobre garota", pensou. Mas resolveu com todas as forças manter essa linha de pensamento. Não iria dar ao assassino o gostinho de espalhar mais uma dose de medo no grupinho.

Mas nem que fosse por falta de tentar, o filho da puta parecia já ter dado seu próprio jeito. Pois neste instante, a vibração voltou com ainda mais força fazendo tremer até os ossos de seus dedos com o visor indicando uma chamada sendo recebida pelo "Número Privado".

Ficou séria tentando disfarçar, não queria que os outros notassem em sua cara o coração partido pela morte de Lizzie ou quanto estava devastada com mais um cadáver inocente. Atendeu a ligação seca em pura teatro, mas desta vez.. Tinha de se controlar para que os outros não soubessem do que ela sabia. Não podia falar sobre Lizzie com o assassino, e desativar o "Viva-Voz" foi uma opção viável. Assim poderia dar resposta vagas e aleatórias ao que possivelmente ele iria se vangloriar. Essa é a hora:

—Alô? -Atendeu.
—Hello, Claire.
—Não to impressionada... -Falou com ênfase indicando ao grupo que o assassino estava no telefone. E logo, os três olhares tensos dos que estavam ao seu redor, se voltaram contra si.
—E Devia estar? Pois eu é quem estou impressionado. Uma pilha de corpos e nada de Claire Ripley desistindo.
—Que pena, não é? - Tremia até a alma, mas não podia demonstrar.
—Seria uma pena mesmo se eu tivesse que matar mais um...
—Achei que era isso que você fizesse de melhor! Que é? Não tá com vontade?
—OH, Claire... Acho que você não entendeu meu ponto. Apenas mais uma mosca cairá esta noite.
—"E vou ser eu, estripada e degolada" -Disse em deboche, forçando a voz para ficar mais grossa como a do assassino. -Faça me o favor, isso já ta ficando velho. Toda vez que você liga é "Eu vou espalhar suas tripas, eu vou te matar e bla bla bla". Sério, muda o disco.
—Na verdade, é sobre isso mesmo que eu estou ligando.
—Ah, é?
—O Filme acabou. Estou de saída.
—É o quê?! -Exclamou enfurecida.
—Ou... Você pode se entregar. A Escolha é sua.
—Vai sonhando.
—Então bons pesadelos. Pois somente lá poderei te machucar, "Scream Queen".
—Não, não, espere!
—Oh.. Já está com saudades?
—Você não pode ir embora assim. Não depois de tudo isso.
—Estou comovido.
—Digo, qual é? Chega no campus e mata todo mundo e depois some? Sem terceiro ato, sem conclusão? Sem.. Retirar a máscara? Até nisso Juliett e Steve tiveram mais dignidade, covarde.
—Juliett?.. Como se atreve a dizer esse nome? -Respondeu a voz em extrema fúria.
—O quê? O Nome da VERDADEIRA assassina?
—E o que você sabe sobre a verdade? Tudo o que você sabe é simplesmente o que EU quis que você soubesse. Mas isso não significa que todas as peças estão em seu lugar. Você vê o que eu quero que você veja, Claire. Escuta o que eu quero que escute. E grita... Quando eu fizer você gritar.
—Para de palhaçada. Se tem alguma coisa pra falar, manda ver.
—"Verdadeira Assassina"? Você não compreende nem um décimo do que está acontecendo aqui, entende?... Não existe "Verdadeiro". Pois eu sou... Todos vocês. E posso estar em qualquer lugar. Minha máscara é quem e o que eu sou. Minha voz, é a única coisa que você ouve. A pessoa embaixo disso tudo, não passa de um fantoche.. Parte de algo muito, muito maior. Pendleton não tem a ver com Lendas Urbanas nem fraternidades atacadas. Isso é um ataque, de vingança...
—E eu te fiz alguma coisa por acaso?
—Mais do que imagina.
—Diz aí. Aproveita enquanto ainda to dando atenção pra sua psicopatia.
—Infelizmente.. Não cabe a mim. Mas as vezes, é preciso voltar ao início... Para achar o final.
—Que seria?
—Não estamos com tempo para fazer prequels, Claire. Estamos na continuação de terror! E esta franquia ainda tem lenha pra queimar. Então até lá, ou fique no jogo... Ou fique morta.
—É, boa sorte pra você também.
—Vamos ver o que acontecerá. As regras dizem que ainda resta um clichê vivo. Desculpe, mas não posso deixar meu público descontente.
—Faz o que você quiser, eu vou te pegar. Sabe disso, não é?
—Sou o fantasma.
—E eu sou Bill Murray, estamos quites.
—Mas não sou UM fantasma.
—Peraí, como assim??!
—Matar um rato não significa que exterminou o ninho. Não importa se você me alcançar, isso não muda o fato de irá morrer, Ripley.

E Foi quando os "Beeps" repetidos invadiram seus ouvidos, a ligação havia terminado.

—Desgraçado! - Resmungou.
—O que ele disse?! -Questionou Edward em urgência.
—Aff.. Justamente o que eu temia. Não tem só ele.
—Que merda.
—É, agora é esperar pra ver o que vai acontecer.
—Ou.. Podemos dar o fora daqui.
—Amém.
—Mas como fica? Eu mandei os três irem até o portão da saída de carros! Eles vão querer matar a gente...
—Relaxa Ed, vamos seguir por aqui, podemos nós mesmos dar a volta e encontrar esse povo.
—Você tá falando sério? -Falou Reese, confusa.

A própria situação entregava que de algo não estava certo com Claire. O Modo como propôs a ida de um jeito bem calmo e convencido, deu na cara sua falta de preocupação com os três. Ed e Kirstin também suspeitaram da ação da "Diaba", mas não souberam como contrariar a garota e do jeito que as coisas iam, só podiam confiar nela mesmo que contra a vontade.

—Ok... -Respondeu Ed, estranhando. -Vamos nessa..
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Seguiam os Quatro percorrendo o longo corredor branco em completo silêncio, Com Reese na liderança apontando o revólver na direção em que se encaminhavam, mirando na distante porta de vidro que servia como entrada principal ao prédio da diretoria. Era possível ver um pouco do lado de fora. Como a entrada se situava de frente ao pátio principal contendo o gramado, as árvores que agora eram só silhuetas escuras voltaram a fazer a fazer parte da vista.

Claire continuou séria tentando não demonstrar talvez com nem tanto sucesso, que sabia de algo mais. Acompanhando Reese com apenas um passo atrás de diferença, mantendo-se ao ritmo do ombro esquerdo da segurança que volta e meia bloqueava sua vista com os movimentos que fazia ao seguir com os passos, forçando Ripley a esticar o pescoço de leve de vez em quando pra enxergar o que havia à frente. E aquele seu olhar mafioso indicava que estava prestes a aprontar alguma. Uma pena Edward só poder ver suas costas senão ele mesmo diria.


O Casal ficou "Para trás", andando de mãos dadas em aperto firme com a mão magrinha da Menina entrelaçada entre os dedos parcialmente enfaixados de Graim. O Ferimento que a faca lhe fez quando foi atacado com Matt pode não estar mais doendo, mas a dor no peito que lhe visitou com a possibilidade de perder mais alguém importante, lhe corroía. Ainda sim, continuavam. Prontos para reagir a qualquer coisa. E mais do que nunca, prontos para correr.

Silêncio entre os rostinhos desconfiados, como uma plateia no cinema que espera por um susto idiota feito por algum efeito sonoro altíssimo.

Brotando de surpresa, duas mãos pressionaram-se contra a porta de vidro junto a um corpo estabanado que se deu de frente ao mesmo, encapuzado. O Susto do quarteto se revelou com a curta sinfonia de gritos diante da surpresa, recolheram-se perante o susto repentino parando no caminho. Ato esse que fez Reese erguer o revólver em comando:

—Parado!!!

A Figura obedeceu de primeira, pondo as mãos acima da cabeça. Claire monitorou seus batimentos cardíacos conforme a alta tensão se dissipava, percebendo que nada de "Ameaçador" existia na presença. Calças Jeans escuras, tênis.. Encapuzado mas nada de capa preta ou máscara. Era Kenny.

Estendeu o braço agarrando no ombro de Reese:

—Abaixa a arma, palhaça!
—Sou só eu!! -Suplicou o garoto retirando a touca do moletom de cima da cabeça.


A Segurança mordeu os lábios de nervoso num suspiro de alívio e nervoso.

—Que saco, garoto! Quase que leva chumbo!
—Desculpe! -Reclamou com seu vozeirão rude. -Não achei que corria o risco de levar um tiro na cara só por querer sair daquela merda de Garoa. Acho que lá fora estava mais seguro! -Completou em sarcasmo.


Paul surgira logo atrás dele na entrada, freando a corrida intensa ao perceber a presença do grupo no meio do corredor.

—Gente!
—Andem logo, pivetes. -Chamou Reese abaixando a arma.

Os dois se entre olharam discretamente, pondo-se a vir na direção de Claire e os outros. Todos ficaram onde estavam, mas a Diaba não pensou duas vezes em agir.

Furtivamente aproximou-se de Reese ficando bem ao seu lado. Mas não era para Paul ou Kenny que tanto fixava o olhar, e sim o revólver que era levado de volta ao coldre na cintura da Segurança, ficando de fácil alcance. Ripley viu a oportunidade ao ter certeza de que os olhos da moça estavam vidrados nos garotos.

E num movimento rápido e assustador, como a língua de um sapo que cata uma mosca no ar, Claire puxou a arma do suporte de couro numa tacada só, apontando-a a dupla recém chegada:

—Quietos!! -Berrou.

E imediatamente pararam congelados no corredor, levantando o braços em puro instinto.

—Isso mesmo, fiquem com as mãos pro alto, otários!

Com sua visão periférica, notou o vulto que vinha lhe atacar de lado, coberto pelo traje de segurança e uma insígnia dourada com uma estrelinha acoplada ao punho. Reese que avançara até ela na tentativa de tomar-lhe a arma. Mas Claire é quem foi mais rápida, virando-se no momento exato de frente a segurança deixando-a na mira:

—Pra trás!!!! -Afastou-se pondo as costas contra a parede.

Reese se rendeu em expressão incrédula, também erguendo os braços ao ser obrigada a desistir da investida.

—Claire.. -Edward clamou tentando consolá-la.
—Nem vem, Ed! Eu sei o que estou fazendo! Reese, vai pra trás, eu não tô brincando!

E assim ela o fez, recuando lentamente sem desgrudar os olhos da Diaba, juntando-se a Edward e Kirstin que permaneciam sem reação.

A Tensão tomou conta do corredor. Um pesadelo branco e frio cheio de ecos.

—Agora, meninos... -Sorriu diabolicamente afastando-se um pouco do trio, dando alguns passos na direção de Paul e Kenny deslizando as costas na parede, ficando entre os dois grupos. Ed, Kirstin e Reese à sua direita, e os meninos a sua esquerda. A Mão canhota portou firmemente o revólver numa mira incerta sobre se estava apontada para o Magrelo ou o Jornalista. Mas o medo era de que qualquer disparo feito, pudesse acertar qualquer um dos dois. -Seguinte, cadê a Lizzie? -Perguntou em falsa calmaria, em tom psicótico e sorridente.


Era nítido como os dois eram consumidos pela tensão. Hesitando em responder, talvez com medo da reação da Claire?...

—Ela.. -Começou Kenny, preocupado com as próprias palavras. -Estava bem atrás da gente.
—Ah, é mesmo? Lizzie?!! -Fingiu chamá-la. -Olha aí no seu bolso, Kenny. Quem sabe ela pode estar aí.
—Claire, para com isso! -Insistiu Edward.
—Cala a boca! Então, eu fiz uma pergunta.
—Eu não sei, Claire, Abaixa essa arma! -Implorou Kenny dando um passo para o lado tentando sair da frente do cano do revólver, que o seguiu instantaneamente paralisando-o.
—Não vai me responder? Ok. Então acho que posso começar.
—Começar o quê? Você ficou louca?!
—Não é assim que se fala com uma mulher armada! -Exigiu portando loucura no semblante. Queria assustá-los, mas queria ainda mais desmascará-los se possível. -Bem, galera.. Nós vamos fazer um pequeno julgamento aqui, bem vindos ao meu tribunal. É o seguinte, vamos analisar os casos aqui. Pense em mim como Keanu Reeves, "Advogado Do Diabo". Aqui eu sou Juiz, e Júri. Mas tenho a presença de dois ajudantes, Edward e Reese... Que vão me ajudar a ver quem de vocês, merece um tiro.
—Vai se foder, Diaba! -Insultou Paul.
—Há Há! -Exclamou em tom de "Tome Cuidado". -Que tal começarmos com... O Jornalista? Sim!
—Não faz isso.. -Disse o menino intimidado pelo revólver, querendo ir pra cima da garota mas sem de fato se mexer, lutando contra seus músculos embora estampado em sua cara, havia o ódio do medo.
—Vamos ver.. Primeiro, pelo que EU soube... Você e Kenny são colegas de quarto, certo?

O Corredor permaneceu em silêncio, nenhum dos dois respondeu. Suas cabeças se abaixaram encarando o piso, desviando da pergunta.

—CERTO?! -Remexeu o pulso fingindo que ia atirar, arrancando gritos dos dois garotos, que literalmente tremeram na base. -Parados!! -Obedeceram tentando manter as mãos erguidas.
—Sim. -Confirmou Paul.
—Ótimo. Viu? Responder perguntas não é tão difícil. Eu que o diga, não é? Enfim. Paul, Kenny.. Onde estavam na noite em que Carl e Gigi foram atacados naquele carro? E espero que ao menos saibam mentir com dignidade pois se eu não estiver conhecida, minha "Irmã" vai abrir um buraco em vocês.

Kenny não perdeu tempo, cuspindo um monte de palavras desesperadas sendo vítima de sua tremedeira pelo efeito da cocaína:

—Eu estava no meu quarto! Ouvi os gritos pela minha janela mas tava morrendo de sono e não achei que fosse alguma coisa séria. Tem sempre um palhaço berrando por aí de noite. Depois, no dia seguinte quando vi o que tinha acontecido... Eu sabia que eram os gritos da Gigi que eu tinha escutado!.. Foi isso... Só isso!
—Mas vem cá. Eu super entendo que você achou que fosse só algum zombeteiro e tal.. Mas e você, Paul? Dividem o quarto, certo? Você tem sono pesado ou tem alguma coisa podre nessa história?

O Menino ficou nitidamente aflito com a pergunta:

—Seja o que for que você estiver insinuando, eu não fiz, Claire.
—Então me conta. Estava com Kenny no quarto naquela noite?


Ele pareceu tenso, não querendo responder. Olhou pra um lado, pro outro, seus olhos já tomava uma forma avermelhada de irritação quase lacrimejando. Mas não dizia uma palavra. Até que:

—Não! -Entregou Kenny fitando-o desconfiado.
—Oh! Olha só... -Sorriu Claire. -Alguém está escondendo alguma coisa. Paul.. Onde você estava?
—Com a Clarice.
—Ela não está aqui pra confirmar, né? Que pena. Onde?
—Na casa da Zeta Beta, eu juro! Estávamos TRANSANDO se é isso que quer saber.
—Hum... Deixa eu ver... Acho que vou ter que ligar pras meninas pra confirmar isso, se importa? Ah, é mesmo! Haha! Estão todas mortas! Não é, Paul?... Por que estão mortas?... E por quê a única sobrevivente da Zeta é a Clarice? Sinto que você tem algo a me confessar, queridinho.
—Eu não tenho nada pra dizer. As meninas foram atacadas porque o Serial Killer estava atacando as fraternidades, uma a uma! Você sabe disso! É lógico que ele ia vir atrás de qualquer sobrevivente! E pra sua informação, a minha namorada tá amarrada e amordaçada no topo do prédio dos dormitórios e ela vai morrer assim que saírem daqui! Então, "CLAIRE".. Sugerir sairmos daqui seria assassinato, certo? Então por quê VOCÊ está fazendo isso?
—Nem vem tentar me fazer de vilã que eu taco fogo no teu corpo, miserável!
—É você quem está sugerindo uma fuga que vai matar uma pessoa!
—Não!! -Berrou, calando-o. -É Você quem sempre soube mais do que todos nós. Infelizmente os presentes não estão vivos pra contar. Mas eu e lembro muito bem de quando estávamos todos ali fora no pátio e você mostrou uma "Gravação" de áudio que tinha feito sobre uma conversa entre o Evan e a Gigi. Eu te disse que aquilo fazia Gigi parecer culpada dos crimes e te mandei apagar! Eu não sei se você apagou ou não, pouco me importa agora. A questão é que você estava SIM xeretando por aí e ouvindo conversa alheia. A Gigi sabia que tinha atraído um "Ghostface" pra Pendleton com aquela conversa furada de RPG que... Pelo amor de Deus.. É assim que Serial Killers agem hoje em dia? Deprimente, viu? Segundo que... Até aquele momento, a única pessoa pra quem ela tinha contado isso.. Foi o Evan! Eu suponho que você tenha escutado a conversa e gravado, certo? Você é jornalista.. Quer ficar sabendo do "Bafão", da "Fofoca". Mas o curioso.. É que você NÃO PUBLICOU A HISTÓRIA. Porque talvez.. SÓ TALVEZ.. "Paul", isso tenha sido o seu motivo pra matar o Evan. Estou certa?
—Isso é Insano!
—Tem certeza? Porque até onde eu sei.. O assassino não queria que as autoridades soubessem dos detalhes dos crimes, quem era suas vítimas principais e etc, como a Gigi. Ele queria fazer parecer que todos os ataques eram aleatórios aqui na faculdade. Fazer todo mundo pensar que QUALQUER um poderia entrar na mira, que não haviam alvos específicos. Em outras palavras, quem descobrisse o esquema tinha que morrer. Gigi era meio tontinha, desculpe falar. Mas o Evan.. O Evan era ativo. Não deixava nada barato. Você ouviu a conversa, se tocou de que agora ele sabia do que não devia.. Que ele provavelmente espalharia para todo o campus em questão de segundos como nenhuma de suas notícias idiotas jamais o fez. Ele tinha que morrer, certo? Ele estando vivo seria uma problema no esquema, estou certa? Além do mais.. Matar o Evan foi uma ótima maneira de me atingir, devo confessar. Nisso, eu te aplaudo, Paul! Parabéns! Foi muito inteligente... Acabou comigo, me deixou apavorada e desamparada, do jeitinho que você queria. E ainda sim, nada na Morte dele indicava que estava interligada comigo e o assassinato dele acabou parecendo como todos os outros... "Aleatórios".
—Pelo contrário, Claire! -Paul Levantou a voz. -Eu estive o tempo todo tentando fazer o bem! Não espalhei a gravação por aí, o que com certeza incriminaria Gigi! Se eu fosse o assassino iria querer me safar de assassinato a qualquer custo. Colocaria a culpa em outra pessoa. Igual você.. Agora.
—Não "Rihanna" minha paciência!!!!
—"Rihanna?" -Questionou desentendido.
—É.. "Rihanna".. "Testa".. Entendeu?
—Na verdade, não.
—Que se foda! A Piada não funcionou mas o seu plano também não. Falando nisso, onde o Tim se encaixa nessa história? Ele é só o seu amante ou é seu cúmplice.
—Engula essas suas palavras antes que eu enfie a sua língua goela abaixo, Claire Ripley!
—Ah! Não pode falar do Timmy? Awnn... Tadinho, gente. Ele fica "Tristinho" se alguém falar do namoradinho não assumido dele.
—Cala essa boca... -Disse em tom de ameaça.
—Eu não tenho medo de você, moleque. E muito menos do seu namoradinho "Hannibal Lecter". Ou você pensa que eu não sei que ele começou a trabalhar como servente no refeitório JUSTO nessa semana? Acha que eu não sei que ele estava lá mergulhando a concha na sopa e servindo os pratos repletos de pedaços da Minnie? Eu nem acredito que disse isso em voz alta. É tão absurdo que eu queria acreditar que estou louca e pirada. Porque meu amigo... Aquilo foi maldade multiplicada com filha da putagem. Matar é uma coisa.. Mas o que vocês fizeram naquele refeitório.. Aquilo foi fodido!
—Vai logo, Claire! -Disse abrindo os braços. -Atira em mim se isso vai fazer você se sentir melhor. Mas saiba que eu estou em paz, minha filha. Pois o assassino está solto e eu vou assistir de camarote a sua cara de idiota quando perceber que nem eu e nem o Timmy temos nada a ver com isso. Eu fui solidário, o mandei fugir daqui! Assim como Edward mandou a Kirstin fugir e ela não quis. O Meu namorado quis, e isso faz dele culpado? Não. Pelo que eu saiba, foi Lizzie quem decidiu vir num "Cavalo branco" pra salvar todo mundo e agora nem sabemos onde ela está, ou se ela realmente chegou naquela hora. Ela pode ter estado correndo atrás da gente com uma faca na mão esse tempo todo e encenado a "Chegada Milagrosa" dela. E pode muito bem estar escondida agora mesmo colocando aquela fantasia, esperando você bobear pra saltar do escuro e meter a faca na tua cara, imbecil. E sabe de uma coisa? Se isso acontecer.. Eu vou é RIR, Claire. Eu não sou o assassino. E tenho mil e um motivos e porquês pra provar isso.
—Acha que vou te inocentar só porque você fingiu ser um herói no ataque contra o Heitor no dia em que invadimos a sala dele? Não. Qualquer um pode fingir salvar a faculdade, se soubesse que o plano não daria certo.
—Mas deu certo!
—Oh, deu tanto certo que temos três cadáveres espalhados por aqui agora mesmo, Duas garotas desaparecidas e uma refém. Deu super certo, han?
—Você sabe o que eu quis dizer.
—Ah, por favor! E eu vi no dia que você mostrou a fita! Ninguém comentou... Mas eu percebi. Você estava com o Timmy naquele dia. Ele participou da discussão com a gente, e o que era aquela mancha roxa na testa dele? Marca de briga? Porque eu tenho certeza que as vítimas revidam, meu querido.
—Aquilo foi sexo.
—Ah, pronto! Promiscuidade agora livra as pessoas do crime!
—É sério. Ele bateu o joelho contra a testa enquanto eu fodia ele, se quer saber. Quer mais detalhes? Ele estava de frango assado, foi assim que aconteceu.
—Eu não acredito que essa vai ser a imagem que vai assombrar meus sonhos. Além do mais.. O "Assassino" precisaria saber onde estamos o tempo todo pra ter bolado tudo isso... Inclusive essa perseguição maldita aqui agora. E devo dizer que você proveio essa ferramenta. O Aplicativo "Spread". Invenção sua, não? Feito pra espalhar fofocas, mandar áudios e fotos APENAS na faculdade. O Aplicativo só aceita estudantes. E sendo você quem criou, tenho certeza de que você possui todas as ferramentas necessárias pra invadir a privacidade quem for, olhar conversas, ouvir áudios particulares.. Acessar os estudantes sem que eles saibam.. E quem sabe até, rastreá-los? Por que não? E agora o Fantasma "Hackeia" o aplicativo, manipula todo mundo através dele e manda até mensagem falsa para atrair neguinho pra morte certa. E cá entre nós, a única pessoa que saberia fazer isso, é você.

—Estive com você o tempo todo! Como eu ia bancar o assassino, besta?! 

—Parceiros. Steve tinha a Juliett. 
—Tanto faz, sua filha da puta. Não sou eu, eu já disse!
—Então. Supondo que não seja você mesmo... Todos os detalhes que apontei fazem o maior sentido. Isso é claro se a pessoa mais propensa a culpa não estivesse bem aqui conosco O TEMPO TODO, ganhando nossa confiança e simpatia.


De repente, o braço trêmulo e imprevisível estendido ao ar de Claire se virou, mudando completamente de direção levando o cano da arma para uma mira contrária em direção ao Trio à sua direita. Num movimento que surpreendeu a todos, mirou certeiramente na direção da garota:

—O que nos leva a você, Kirstin....

 


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Notas finais do capítulo

E Aí??/ O que estão achando? #Who Is The Killer? Suas teorias mudaram? Você concorda com Claire? Estamos quase no Fiiiim aaaaaaaaaaaa. Muito obrigado por acompanhar! Por favor, comente o que achou! ♥ Até a próxima, meus amores! R.I.P. Lizzie ♥



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