Scream - Survival 2 escrita por The Horror Guy


Capítulo 21
Rated-R


Notas iniciais do capítulo

Para quem entender a referência no título do episódio, boa diversão! Em "RATED-R" O massacre de Pendleton se torna oficialmente proibido para menores. Não que já não fosse. mas quando a regra mais importante da sobrevivência ao terror é quebrada, os resultados são catastróficos.



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—Trocentas pessoas nesse campus e ninguém consegue achar a Catherine, isso não existe! -Berrou Claire durante a longa e apressada caminhada pelo corredor do andar de seu dormitório. Acompanhada por Edward com seu braço enfaixado e Paul, que "Brigavam" para caber no estreito corredor tentando tomar posições ao lado a Diaba. Era até difícil acompanhar seus passos. Normalmente tinham que se apressar e esticar o pescoço para que suas palavras fossem ouvidas pela mesma:
—Calma, Claire! Vamos encontrá-la! -Insistiu Paul.
—É melhor você não falar comigo agora. Ainda estou puta com o que você fez com a Gigi! Coitada!
—Já pedi desculpas!
—Desculpas que não devem ser pedidas para mim! Foi muita sacanagem você gravar a conversa dela. Vem cá, você é o que? Um urubu do jornalismo? Fica perambulando por aí esperando ouvir algum podre de alguém? Que merda!

Edward tomou a frente da palavra conforme Paul segurava a boca por uns instantes sem ter ideia do que dizer.

—Não vamos nos concentrar nisso agora, gente! Lidamos com a Gigi depois. Agora, se Catherine é a assassina então temos duas perguntas muito importantes. 1 -Onde ela está?. 2 -Com quem ela está? Pois essa pessoa pode estar muito ferrada.
—Será mesmo, Edward? -Retrucou Claire. -Se ela estiver com Rachel, então sinto muito não posso fazer nada.
—Ainda com essa coisa de Rachel? Achei que já tinha virado a página.
—Bem que eu queria..
—Falou com ela?
—Sim.
—E?
—Impossível saber se ela tem alguma coisa a ver. O jeito vai ser reunir o máximo de pessoas o possível e botar todo mundo no pau.
—Ai meu Deus.. -Comentou Paul. -O Que isso significa?
—Significa, "meu bem".. que esse barraco que armei hoje no pátio foi só um ensaio.
—Merda...
—Tem motivos para estar preocupado? -Perguntou como uma indireta. -Pois eu não tenho.


Paul não respondeu. Durante seus passos rápidos abaixou a cabeça metendo a mão no bolso da calça de onde tirou o celular atendendo-o após sentir a vibração.

—Alô?
—É A Clarice? -Perguntou Claire, fingindo interesse.
—Oi amor.. -Disse o jornalista ao telefone. Após uma pausa, continuou. -E então, achou ela?

Claire não demonstrou interesse no que Paul possivelmente poderia estar ouvindo de Clarice. Aquele "Oi Amor" super falso que saiu de sua boca a deixou enojada. Ao invés de se estressar mais, puxou Edward pelo braço forçando-o a acompanhá-la e sussurrando em seu ouvido logo em seguida.

—Vem cá.
—Fala...
—Sabe aquele Aplicativo que todo mundo aqui na Universidade usa? O "Spread"?
—O De fofocas?
—O Próprio.
—O Que tem?
—Usa. Você tem ele no celular, não?
—Instalei faz poucos dias.. por quê?
—Tenta fazer uma busca por aquela garota, a Quinn.
—Ok.. posso saber do que se trata?
—Ela estava apavorada com medo de ser a próxima. Quero que coloque no Spread que eu to procurando ela. Se alguém responder dizendo onde ela está ou se ela mesma responder, deixe claro que é pra ela me ligar. To com um mal pressentimento. Se ela estiver sozinha, Edward.. ou sozinha com a Catherine.. se algo acontecer esta noite já saberemos a quem culpar.
—Claire, não acha que está se precipitando? Poxa.. O professor Matt foi morto de manhã na minha frente.. não acho que o assassino vai atacar de novo ainda hoje.
—Eu não sei.. mas sei que temos que estar preparados para tudo.
—Se você diz...
—Gente! -Paul exclamou logo atrás dos dois. Claire o respondeu sem se virar para vê-lo.
—Fala, baby! Alguma coisa?
—A Clarice não descobriu nada. Ninguém sabe onde a Cath está e teve gente já ligando no celular dela e ela não atende.
—Puta Merda.. ou tá transando ou tá morta. -Disse Edward.
—Adicione uma terceira opção aí, Edward... -Falou Ripley parando diante a uma porta. Na mesma, havia o Número do quarto composto com uma numeração de metal: 237. Sem hesitar, assim que freou a caminhada, Claire já batia com força esmurrando a porta exigindo ser atendida imediatamente. -Vadia, cheguei!
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Em outro ponto da faculdade, um psicologicamente distante por sinal, estavam Kenny e Cath se beijando violentamente quase devorando um ao outro batendo os queixos e grudando as testas entre suspiros de tesão compulsivos no corredor onde o piercing no lábio inferior do rapaz balançava de uma lado para o outro freneticamente. Estavam praticamente descabelando-se enquanto Kenny esticava sutilmente o braço para trás sem parar de beijá-la para alcançar a maçaneta da porta. Ele devia ter prática, pois a coisa se abriu fácil fácil escancarando-se atrás dele conforme puxava Catherine para dentro ainda sem tirar a língua de dentro de sua boca. Boca essa que mostrava um sorriso safado adorando ser puxada com firmeza para dentro do quarto que em breve estaria em chamas.

(Bum!) A porta se fechou com a mesma intensidade que adentraram, desgrudando os lábios por poucos segundos onde de frente um para o outro, começaram a tirar as roupas de forma apressada.

—Ah! Até que enfim consegui te pegar... -Dizia ela mordendo a própria língua com um hálito quente que exalava ao levantar os braços para puxar a blusa para cima, retirando-a e jogando a mesma num canto qualquer.

Kenny sim era veloz. Já sem camisa exibindo seu corpo nada atlético e pálido, remexendo no cinto cuja fivela emitia sons metálicos como um Guizo clamando para ser retirada.

—Anda logo, garotão.. -Ela proferiu com pouco fôlego arrancando o sutiã de uma só vez, quase arrebentando o fecho no processo, erguendo o torço para cima para deixar seus seios mais levantados.

—Tô indo! -Disse puxando o cinto pela fivela. Logo o acessório dava a volta por sua cintura com o puxão, saindo rápido deixando suas calças irem de encontro aos seus tornozelos.

Cath já chutava os sapatos enquanto Kenny tirava os pés de dentro da calça, pulando para fora feito um personagem de desenho animado tentando manter o equilíbrio. Mal ergueu a cabeça para ver os peitos da menina e ela já o envolvia num abraço repentino, engolindo-o até as entranhas sugando de dentro de sua boca todo o prazer que desejava, pressionando com força seu corpo contra o dele, esmagando-o até deixá-lo sem ar. Mas ele não resistia, e jamais a tirava de si. Mantinha o fôlego respirando pesadamente pelo nariz passando a mão pela nuca da garota, lhe dando um pequeno puxão de cabelo por trás, que fez sua cabeça ir para trás de modo repentino deixando o pescoço frente aos lábios do Rockeiro, que abocanhou sem hesitar, de modo selvagem com mordidas de leve chupando sua pele quente enchendo-a de gemidos. Esta é a verdadeira Catherine Slanova? Uma safada escondida no corpo de boa moça?

—Delícia... -Ela conseguiu dizer de forma abafada de olhos ainda fechados, perdendo total controle de seus movimentos. Arrepiada da cabeça aos pés, tremendo.. ficando cada vez mais mole com as lambidas que lhe subiam pelo pescoço, quase dobrando os joelhos perdendo a força. -Kenny.. -Apertou suas costas cravando levemente as unhas. Afundava-as cada vez mais em sua carne deixando a marca vermelha de arranhão conforme o chupão ficava mais intenso. -Kenny!...

De repente, sentiu-se levada para frente. Feito um fantoche, uma mera marionete acompanhando a força o corpo do rapaz que dava lentos passos para trás levando Catherine consigo até que alcançassem a cama, onde cairiam bruscamente no colchão mais cedo ou mais tarde...

Mesmo com as duas camas livres, Kenny ainda mantinha o seu bom senso pessoal. Recusando-se a fazer sexo na cama de Paul, levando Cath para seu lado do quarto bagunçado de garotos que cheirava a doce, perfume masculino e couro das jaquetas de Kenny. Ao menos a cama era arrumadinha, coberta por um edredom branco e bem apresentável, onde ele ao sentir o colhão com a parte de trás da coxa, se jogou para trás levando Cath condigo na queda num grito agudo da menina, que riu de modo histérico ao cair sobre ele no macio.

—Ah!!!
—Ha! Você é doidinha.. entre quatro paredes você vira outra pessoa.. eu nem acredito..
—Tá, tá, tá.. tanto faz. Agora.. faça sua parte.. -Disse sorrindo ao abrir as pernas ficando em cima dele, sentada sobre suas partes íntimas rebolando de modo que julgava ser sensual para atiçá-lo. Embora fizesse caras e bocas mostrando o quanto estava gostando, Kenny teve de quebrar o clima pelo menos mais uma vez:

—Espera, espera..
—Ah! Que foi agora?!
—Cadê a camisinha?
—Ah, foda-se! Eu tomo anti-concepcional depois. Agora a cala a boca. -Debruçou-se ferozmente silenciando o garoto com seus lábios em mais um beijo longo e intenso. Não pestanejou, nem repreendeu. Kenny não fez nada a não ser ficar quieto e deixar tudo acontecer, como sempre.. Catherine o dominava quase todas as vezes. Um verdadeiro parasita do sexo que feito um Alien, grudava de modo sufocante não libertando sua vítima até a concepção do ato. E foi no meio daquela ação desesperada por prazer, que Kenny a segurou pelos quadris, virando de lado com tudo forçando-a a se deitar ao seu lado enquanto deitava-se em cima dela. E Com um rápido puxão na ponta do edredom, ele os cobriu de vez abafando os gemidos que estavam por vir naquele sexo selvagem que tomava conta do quarto quase todo fim de semana. -Agora sim! -Exclamou ela ao ser coberta, dando Adeus a luz que iluminava o quarto, sem ter conhecimento de seu celular que, no chão junto as suas roupas jogadas, vibrava silenciosamente sem parar com ligações desesperadas e notificações de mensagens do "Spread".
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—Lizzie!!!! Abre a porta, que saco!!! -Gritou Claire ao esmurrar a porta com mais força.

Até que, a porta se abriu com tudo mas apenas um pouquinho, e no vão um rostinho feminino assustado apareceu, fitando-os estranhamente:

—Gente? -Era Kirstin, que acabara de levar um susto e tanto com as pancadas.
—Kirstin?? -Claire mostrou surpresa. -O que você tá fazendo aqui?
—Ahm.. eu moro aqui. Oi, Ed.. -Disse lhe dando um sorriso tímido.
—Oi... -Os olhos do rapaz brilharam. Seu maior desejo era entrar e fingir que o resto do mundo não existia. Como queria um convite de Kirstin, mas ela já não o via mais com o mesmo brilho. Encarava Claire e Paul preocupada. Imaginando o porque de todo aquele escândalo.
—O Que está acontecendo pessoal?
—Kirstin.. querida. Cadê a Lizzie?
—Ela não está aqui. Achei que estivesse com vocês.
—Tá brincando com a minha cara? -Retrucou Ripley com raiva. -Não creio! Edward, e agora?
—E Agora o quê? Não entendi. -Disse Ed.
—Ué, você disse que a Lizzie tinha algo muito sério para me contar. Vai dar pra trás agora?
—Não. Não foi isso que eu disse. Eu disse que a Lizzie descobriu uma coisa, mas que não dava pra falar na frente de todo mundo, que tinha que ser só você.
—E por que você não me conta logo e para de palhaçada?
—Não posso!
—Por quê não?
—Porque.. não estamos sozinhos... -Disse sem graça olhando para Kirstin e Paul, que imediatamente retrucou:
—Se não se importam.. eu ficaria mais que feliz de dar o fora. Não estou nem aí para o que ela tinha para falar.
—Você não vai embora! -Exclamou Claire de olhos furiosos. -Agora eu não quero nem saber, vamos todos entrar e a Lizzie vai contar de qualquer jeito. Kirstin, podemos entrar?
—Ahm.. claro.. -Respondeu envergonhada. É Claro que não queria deixá-los entrar, mas escancarou a porta mesmo assim mantendo-se encostada no batente dando espaço para que entrassem.
—Ótimo. -Claire já foi entrando irritada. -E aproveitem e façam alguma coisa de útil! Tentem achar a Lizzie pelo amor de Deus. -Disse já adentrando o quarto sem pedir licença. Mais a frente, avistou a TV ligada. A imagem de um bebê raivoso segurando um bisturi vestindo um terninho preto lhe pegaram se surpresa. -Alá.. "Cemitério Maldito".. Bem apropriado... -Falou a Diaba, dando um olhar significativo para Edward já buscando acusar Kirstin por seu imenso amor aos filmes de terror.

Ed revirou os olhos, não querendo admitir que Ripley acusasse a garota.
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Os edredons se remexiam formando ondas com a ferocidade dos dois. Respirações pesadas e gemidos baixos acompanhavam o alto ritmo em que se moviam debaixo da coberta. De repente, ficou ainda mais rápido, com os gemidos agudos de Cath ficando cada vez mais altos em pequenos gritos que vinham em sequência após minusculas pausas para puxar fôlego. É Como dizem, "Uma dama da rua, uma puta na cama".

—Ah!.. Ah!!.. AH!!! AHH!!!! -Intenso.. cada vez mais.. parecia prestes a atingir o ápice e a certeza disso veio em forma de um grito longo de prazer que se desfez aos poucos como um volume sendo abaixado. -Ahhh!!!! Ahh... .ah... ah.

Subitamente, o edredom subiu sendo puxado com tudo por Cath que o segurava com uma das mãos deixando-o acima da cabeça. Estava ainda sentada em cima de Kenny após incansáveis cavalgadas selvagens. Ela ria ao ver a reação final do garoto que antes pálido estava com o rosto agora corado, com uma mecha de cabelo grudada na testa devido ao suor, Lambendo os lábios secos com respiração cansada.

—Caramba.. -Disse ele fitando-a impressionado.

Ela mordeu os próprios lábios feito uma dominatrix, orgulhosa de si por ter cansado o Rockeiro.

—Nossa... -Disse Cath. -Você acabou comigo.. por que não faz isso toda semana?
—Eu?.. você que fez tudo sozinha...
—Engraçadinho. Ah.. -Suspirou de alívio puxando depressa o edredom, jogando-o para trás deixando mesmo cair no chão em algum lugar qualquer ao pé da cama, e em seguida, debruçou-se sobre Kenny colando seus seios na boca do garoto, que não hesitou em abocanhar seus mamilos até que ouviu uma reclamação:

—Hey! Parou hein... -Disse ela saindo de cima, voltando a sua posição original sentada em cima dele.
—O Que foi? -Perguntou confuso.
—Não foi o que você estava pensando.. -Falou em risos mostrando que segurava sua presilha de cabelo. Kenny então, jogou a cabeça para o lado onde seus olhos encontraram o criado mudo vazio, sem nada em cima. Ela havia apenas se esticado para pegar presilha, que coisa!
—Aff.. -Comentou decepcionado.
—Calma aí, "Corey Taylor", daqui a pouco tem mais. -Ergueu o tronco segurando a presilha com a boca, enquanto passava as mãos no cabelo, jogando-os para trás e alisando os fios com os dedos. Conforme contorcia seus braços procurando atrás da cabeça o lugar exato para prender, Kenny resolveu se distrair até que começassem o "Segundo Round", Levando o olhar para a esquerda vendo suas roupas jogadas no chão, e ali próximo a elas, seu celular. Esticou o braço inutilmente fingindo extremo esforço e com uma carinha triste disse:

—Pega pra mim?
—Ah.. nem pensar.
—Como é?
—Não, não.. Hoje você vai dar atenção só pra mim.
—Nossa.. -Sorriu surpreso. -Não sabia que estava tão interessada assim.
—Ah, pelo amor de Deus. Você super insistiu em ficar comigo. Queria me conquistar, não é? Então pronto. To aqui. Quer mais o quê?
—Ok.. desculpe. -Respondeu em sinal de rendição sorrindo.
—Ai.. garotos..
—Tá mas é sério.. olha lá.. ele tá vibrando sem parar.
—E o meu também, mas eu não ligo.
—Por favor... -Implorou fazendo bico.
—Não... -Passou as mãos sobre sua barriga, subindo-as até seu pescoço indo para frente conforme o fazia. Debruçou-se de vez sobre o rapaz, beijando sua boca de modo delicado: -Quero que preste atenção em mim... só em mim.. -Tascou-lhe outro beijo cheio de estalos, porém rápido. Mal começou e já desgrudou-se dele voltando a ficar ereta, recolhendo as mãos passando-as de volta por seu corpo, do pescoço até a barriga fazendo o caminho de volta. -E Então.. ainda quer atender o celular?

Kenny ainda nem havia aberto os olhos novamente. Ficou por alguns segundos ainda no clima do beijo, aproveitando as carícias que lhe desceram. Parecia estar num sono do qual não queria acordar.

—Hey! -Chamou ela.
—O que foi?.. -Ele quase os olhos, tornando a fechá-los em desistência, um pouco sonso em voz sonolenta respirando fundo.
—Vai dormir, é? Olha pra mim!

E então ele o fez. Abriu os olhos devagar após um bocejo involuntário ainda com um sorriso tonto na cara. Remexeu a cabeça sobre o travesseiro buscando um melhor conforto quando de repente, aquela expressão de bobão contente desapareceu, dando lugar a uma mais séria.

—Emburradinho.. eu gosto muito de você... -Ela sorriu sem questionar de onde vinha aquela mudança drástica de fisionomia.

Antes que pudesse responder, Kenny se moveu embaixo de Cath, como se tentasse puxar as pernas para cima. Ação impossível, dado ao fato da garota estar sentada em cima. Ela sentiu os solavancos repentinos de Kenny chegando a dar pequenos pulinhos involuntários em cima dele, exclamando:

—Pare! Eu vou perder o equilíbrio e cair da cama, seu besta!

O Semblante de terror possuiu o rapaz, que abriu a boca com olhos se arregalando, dos quais Cath ainda ignorou por mais alguns segundos preocupada com todas as sacudidas e pontapés que o garoto sem motivo algum tentava proferir:

—Kenny, pare!

Ele pareceu tentar se recolher, levantando os braços agarrando a cabeceira da cama acima de sua cabeça olhando não para Catherine, mas além dela.

O Edredom surgira como se estivesse levitando logo atrás da garota. Era óbvio que alguém estava de baixo do dito cujo. Erguendo-se lentamente feito a droga de um fantasma parando em pé atrás de Cath que ainda não entendia nadinha da atitude estranha do menino.

—Kenny, o que foi?!!

Ele não parava de se sacudir, enquanto ela o segurava sob si, prendendo-o pelos quadris usando suas pernas que estavam em volta dele, e agarrando com as mãos as laterais de seu tronco, fazendo de tudo para mantê-lo parado:

—Kenny!! É Síndrome de Abstinência de novo?!!

O Edredom "levitante" então despencou do que estava por cima, revelando a figura de Ghostface parada ao pé da cama feito um maldito pesadelo.

—Catherine, Atrás de você!!! - Finalmente teve forças para gritar perante o medo que o deixou mudo.

Mas foi tarde demais. Numa ação rápida e repentina, o Mascarado agarrou com tudo os cabelos de Cath puxando sua cabeça para trás, arremessando a garota aos gritos intermináveis de susto, que fora lançada até o outro lado do quarto batendo com as costas contra a parede caindo com uma pancada seca ao lado da cama de Paul.


—Ahh!!! -Berrou ao atingir o chão, contorcida de dor com o rosto exclamando pavor repentino, erguendo a cabeça para ter a horrenda visão do vulto negro em pé em sua frente, porém de costas a ela virado para Kenny, que se encolhia na cama estremecendo-se de desespero.

—Kenny!!!

O Terror veio de frente, com o veloz movimento do fantasma que esfaqueou o colchão com brutalidade quase acertando os pés do rapaz que se não tivessem recuado naquele segundo, estariam em rios de sangue.

—Socorro!!!! - Berrou ele, ficando de pé na cama com dificuldade procurando algum equilíbrio naquele colchão fofo onde seus passos afundavam, quando outro golpe estava por vir. -Ah!!!! -Gritou enquanto a mão negra retirou a lâmina da espuma, já erguendo o braço para atacar novamente. O garoto se agarrou como pode na cabeceira encontrando ali a madeira para se segurar, que o ajudou a não cair de vez. Portando a faca afiada ia em direção a si mais uma vez com ainda mais intensidade. -Caralho!!! -Exclamou atirando-se para a esquerda num salto de medo ágil, deixando a faca atravessar a madeira da cabeceira num estalo horrível que a fez trincar. -Ow!! -Caiu com tudo no chão, ainda nu. Envergonhado e aterrorizado e agora portando a dor do impacto. O Assassino parecia ter dificuldades em remover a faca da madeira, e assim Kenny olhou em volta chamando:

—Cath!! -Estendeu o braço já sentindo a mão da menina envolver o seu pulso, puxando-o para si mesma num grito de pavor de onde não conseguia tirar os olhos da figura. Acoada num canto sem olhar para Kenny diretamente, ela deu um puxão com as poucas forças que tinha e ele colaborou tomando impulso jogando-se até ela. -Vamos nessa!!
—Vai vai vai!!! -Ela berrou prestes a chorar com os seios espostos, tentando inutilmente cobri-los com a outra mão e o ante-braço.

Que situação... Cath ainda meio que estirada no chão, caiu para o lado ao tentar se levantar, sendo segurada por Kenny que lutava para ter forças nas pernas para se erguer e levar a menina consigo.

—Vem! Vem logo!!!
—Aaaaahhh!!!!! -Mesmo com as pernas bambas por conta do incrível susto, ela buscou forças para acompanhá-lo. Num piscar de olhos já estava de pé ainda tentando se cobrir enquanto O Mascarado já recuperava sua arma num forte puxão, e quando a sua cabeça virou de lado e a máscara distorcida os encarou, mais um grito de terror se deu na boca dos dois, que se apressaram em dar as costas para a coisa, preparando-se para correr imediatamente.

Ele a puxou pelo braço num tranco forte:

—Corre!!

Cath se deixou levar atiçando as pernas trêmulas em uma corrida desnorteada e aos tropeços onde foi puxada com nenhuma delicadeza, de olhos cheios d'água.

Correram direto em direção a porta passando por cima de toda aquela bagunça e roupas jogadas no chão, Cath ainda sentiu que pisou em seu próprio celular na ação, quase escorregando por conta do mesmo, sendo mantida de pé pelo medo em si e por Kenny que a arrastava consigo feito uma alma a ser levada pelo ceifador.

Passos longos e rápidos jogavam os dois para frente quando a poucos centímetros da porta, o vulto de um objeto passou sobre suas cabeças acertando a porta em cheio, espatifando-se em pedacinhos com um alto som de estilhaços de vidro e plástico barato, dando ao casal um susto que os fez parar perante a porta, recuando um dois passos. Kenny notara que fora seu abajur que acabara de ser arremessado e recuou para não pisar descalço nos cacos numa ação de puro instinto. Mas num momento como esse onde se tem de pensar rápido, não pensou em como isso retardou sua fuga. E Claro, o pior aconteceu. O Grito pavoroso de Catherine seguido pelo escorregão que Kenny sentiu entre seus dedos ao perceber que a menina fora puxada para longe de si.

E assim que se virou para olhar, se deparou com a expressão em agonia que ela carregava e o modo como se contorceu para trás e como sua cabeça pendeu para cima onde de olhos fechados e de boca aberta, berrou de uma dor intensa com a máscara fantasmagórica colada em sua bochecha. Havia sido agarrada por trás, e muito pior que isso...

O Assassino parecia ter uma mão ocupada atrás da garota, e com a outra lançou o braço em volta do pescoço da mesma lhe dando um tipo de "Mata-Leão", ameaçando sufocá-la.

—Nããão!!!!! -Estremeceu Kenny.

Mas não era exatamente isso. Assim que o garoto expressou seu desespero, o maníaco que mantinha ela dominada pelo pescoço, girou de lado com um forte impulso, jogando-a para a direção contrária de propósito afastando-a da porta arremessando a menina quarto adentro, onde caiu de bruços novamente com violência dando com o rosto no chão. E Foi ali que Kenny viu a marca da ferida em suas costas. Um machucado de aparência profunda por onde sangue escorria sobre sua pela descendo em linhas tortas até suas nádegas. Havia sido esfaqueada, não havia dúvida.

E numa atitude impensável, o Rockeiro mostrou os dentes num urro de ódio, acertando em cheio um soco de direita na máscara de látex que pareceu se contrair. O efeito deve ter sido útil afinal, pois a figura fora lançada para trás rodopiando aos tropeços indo de encontro ao criado mudo, atingindo o mesmo com tudo tombando-o no chão e caindo em cima da cama logo em seguida. Quem ouvisse de fora, acharia que uma luta livre estaria acontecendo dentro daquele quarto. Era um escândalo com objetos se quebrando, pancadas e gritos como um dos mais cruéis castigos do inferno.

—Kenny... Me ajuda!! -Suplicou a menina com voz fraca, usando os braços moles para tentar se levantar novamente.


Nem precisou pedir duas vezes, o garoto já estava apostos correndo de volta após ter acertado o suposto Assassino, agachando-se ao lado da garota aos prantos falando depressa:

—Cath, você tá bem?!!
—Ahh!! Ah!!.. -Chorava de dor recolhendo os joelhos e ao se erguer um pouco, ele notou como havia sangue escorrendo de seu nariz, inundando seu queixo e lábios. E Também, como o mesmo estava inchado e torto. Provavelmente a pancada lhe resultara numa fratura. Havia uma imensa mancha escura no nariz de Cath que apontava isso em meio de todo aquele sangue descendo e pingado da ponta do queixo enquanto seus lábios davam a impressão de se desgrudarem de uma cola vermelha quando ela abriu a boca para gritar mais uma vez.
—Meu Deus!!

Kenny devia ter sido mais rápido. Pois o assassino com certeza foi. Aquele vulto demoníaco já vinha a toda velocidade saltando da cama de braços abertos, aterrissando do nada dando uma cotovelada no ombro esquerdo do rapaz, que forçadamente se dobrou para o lado de dor aos berros, indo ao chão de uma só vez.

—Ahhhh!!!!!!!!!!!!!!!! -Cath só tinha a boca inundada de sangue para respirar e era com ela que dava seus longos gritos ao ter Ghostface em sua frente novamente. Ele a calou de imediato curvando-se um pouco jogando um dos braços para trás e retornando com ele com todo impulso metendo um soco de cima para baixo no rosto de Cath, acertando-a nas narinas! A Mão mortífera ainda estava erguida como um símbolo de vitória quando a cabeça dela se lançou para trás com um jato de sangue que espirrou para fora de seu nariz voou arqueando no ar manchando a branca parede do quarto com uma linha borrada de vermelho escuro.

Ela girou ao ser acertada, dando meia volta com os dentes de fora e de expressão retorcida e levemente deformada sendo novamente vítima da gravidade, mas dessa vez conseguiu por os braços para frente amortecendo a queda caindo de barriga para baixo.

Antes que pudesse se mexer, foi violentamente impedida sentindo uma terrível pressão nas costas na região da facada, sendo bruscamente devolvida ao chão. O Fantasma apoiava a bota em cima da garota, pisando sobre ela forçando-a ficar colada no chão. Não importava o quanto suas unhas arranhassem o assoalho e como sua voz aguda e desafinada forçava um grito que já não mais saía. Aquele pedido de socorro rouco e fino entre choros não eram nada para aquele ser frio. Nem mesmo as bolhas de sangue e catarro que se faziam entre suas narinas com sua bocarra aberta e dentes tingidos de vermelho com a bochecha colada no piso, olhando diretamente para Kenny que do outro lado do quarto, estendia-se vergonhosamente em pura dor, sem nem ter visto ainda o que aconteceu com sua "Namorada".

—Ke.. Kenny!!! -A Voz atrofiada e aguda clamou, Quando pelo canto dos olhos, que por sinal, eram a única parte dela que ainda se moviam, viram a ponta da faca se aproximando lentamente, descendo.. de modo provocativo ameaçando tocar-lhe o rosto.

—Não... por favor... não.. Por favor.. -As lágrimas já se misturavam com o escorrer do sangue que mudou de direção indo de encontro a sua bochecha devido a posição que se encontrava "Deitada".

—Po favor... eu imploro.. -Choramingou sem tirar os olhos daquela ponta reluzente que logo estaria dentro de sua carne novamente. -Não..

A Faca se movimentou de novo, sendo segurada apontada para baixo, o assassino levantou a lâmina lentamente, e Cath de imediato entendeu que seria esfaqueada na cabeça.

—Não, não, não, não... Não faça isso.. Não faz isso! Não faz.. não.. não!...

A faca subiu mais um pouco, saindo de sua vista limitada, preparava-se para o pior. Quando a respiração ficou muito pesada embaixo da máscara. Ele implorava por aquele momento, se deliciava.. E quando achou que seus segundos haviam terminado, sentiu que o peso em suas costas ficou maior, a bota a pressionava ainda mais tornando difícil sua respiração, e através da sombra do Psicopata emitida no piso, viu seu braço se erguer..

—Não, não!! -Implorou uma última vez, e fechou os olhos com força ao ver a sombra descer com tudo o que tinha, e PAM! Uma pancada. Foi o que ouviu. Mas.. ainda estava respirando. Como era possível? "Não estou morta?" pensou. Lentamente abriu os olhos, vendo a faca cravada no piso de madeira bem ao lado de seu rosto.

Kenny se apoiou na cama de Paul, levantando-se ainda meio torto por conta do golpe forte no ombro, aos gemidos. Isso chamou a atenção do Mascarado, que virou-se a ele na hora, ainda sem tirar o pé de cima de Cath, continuando a imobilizá-la.

—Você vai morrer, filho da puta! -Disse Kenny, louco de ódio já de olhos avermelhados, ardendo de choro e sensações que jamais pensou manifestar.

A Figura, embora inexpressiva presa a expressão da máscara, pendeu a cabeça para o lado como se o olhasse com pena. Era maligno o modo como aquele simples gesto expressou tamanho deboche de Kenny, que se agachou devagar e ao esticar o braço para baixo da cama, tirou de lá um taco de Baseball, ainda sem fazer movimentos bruscos..

A Figura de Ghostface, retomou seu olhar para a Sofrida garota moribunda no chão sob seus pés, e em seguida, voltou a encarar Kenny, como se questionasse ou desafiasse que o mesmo fizesse algo contra ele.

—Solta ela... -Falou puxando o taco para fora, causando outra reação no Monstro, que se virou abaixando-se perante a Catherine, envolvendo suas mãos em seu rosto levantando um pouco a cabeça da garota, com uma tampou-lhe a boca, com a outra segurou sua nuca. Que movimento ágil o desgraçado tinha, num segundo já a dominou abafando seus gemidos antes que Kenny sequer se movesse para enfim fazer alguma coisa coisa. E Ali, teve um vislumbre rápido de Ashley caída no chão enquanto ela assistia a tudo no sofá. Seria o carma lhe cobrando? Era isso o que merecia? Uma morte idiota onde aquele que poderia salvá-la estava bem ali, e seria um inútil como ela foi? Era esse o castigo.. pois se fosse, ela agora sabia o preço da penitência.

—Já disse para soltar ela!!! -Berrou ele, apontando o taco para o fantasma, sem se aproximar.

O Mesmo respondeu dando um pequeno tranco, um tipo de puxão em Catherine fazendo sua cabeça ir ainda mais para trás. Terrivelmente desconfortável ser segurada daquele jeito, ainda mais por estar estirada de bruços. Seu queixo doía demais ao ser repuxado, a garganta ficou completamente exposta. Seu pescoço estava tão dobrado, que ficou quase impossível para ela até engolir saliva. Tudo o que fazia era gemer inutilmente com a boca coberta tentando olhar para o Rapaz sem de fato conseguir, implorando dentro de si que ele parasse de bancar o herói antes que o pior acontecesse. O Fantasma deu mais uma encarada em Kenny, como se indicasse um "Estou te avisando".

—Desgraçado!!! Ahhh!!!! -Ele gritou como um gladiador. Péssima hora para isso. Aos berros empunhou o taco de Baseball indo para cima do assassino, que, ao perceber a decisão final do menino, olhou para baixo tendo Catherine sob seu domínio, e antes mesmo que pudesse ser acertado pelo taco, antes mesmo que algo pudesse ser feito.. Ghostface girou as mãos segurando-a firme como estava, e num estalo de dar pesadelos, Kenny parou de coração gelado ao se dar conta do que acontecera diante de si. Com um movimento veloz, o assassino torceu a cabeça dela para o lado como se a girasse. A Violência foi tanta, que o rosto da menina se virou com tudo enquanto seu pescoço foi quebrado, retornando mole e balançando por um instante atingindo o chão num baque surdo ao ser solta pelas mãos da Morte.. Não mais implorava. Não mais se movia... Catherine Slanova já não mais vivia.

Ao se dar conta de que ela fora morta de forma impiedosa bem em sua frente, Kenny se ajoelhou deixando o taco escapar por entre seus dedos. "Tum, Tum..... Tum, tum..." seu coração quase desistia...

O Taco de madeira quicou no piso enquanto cabisbaixo e dolorido, Kenny viu todas as suas esperanças de sair vivo daquele quarto se esvaírem. Que fosse rápido, ao menos... indolor.. mas conhecendo a fúria do serial killer.. não seria tão simples.

Esperou mudo pelo fim. Mas tudo o que recebeu foi um chute no rosto. Ou melhor, o que lhe pareceu um vulto que lhe acetou a cara, deixando tudo escuro.. Não sentiu seu corpo cair, nem mesmo uma dor terrível. Mas tudo acabou em escuridão e decepção... Podia sentir que aquela máscara ainda iria rir de seu sofrimento quando a vida deixar seu corpo.. mas seria esta noite?..

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! REGRA Nº 1- Não se pode fazer sexo! Oh My God.. esse povo nunca aprende. Mais uma Zeta Beta está morta. E as coisas parecem longe de terminar.. Claire terá muitas questões a esclarecer, Assim como Gigi. As supostas suspeitas estarão até o fim nas entranhas dos que ainda restam vivos. Quem é o próximo? Estamos perto... Por favor, comente o que achou! E muito obrigado por acompanhar! ♥



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