Scream - Survival 2 escrita por The Horror Guy


Capítulo 11
Shutter College


Notas iniciais do capítulo

4 Assassinatos. E uma universidade em Pânico. Está na hora da nossa galera começar a agir. Um a um, eles terão de se armar com o que tem: O CÉREBRO. Os estudantes de Pendleton começam a bolar suas estratégias para enfrentar, e talvez se livrar do terror. Mas isso desencadeia descobertas assustadoras...



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Segurando um Pano envolto de um cubo de gelo na testa, Tim balançava as pernas dentro da água, sentado na beira da piscina. Era a área de natação da universidade. Um salão enorme e coberto onde todo tipo de som fazia um maldito eco.

—Ai... -Gemia pressionando o gelo contra a suposta ferida.

Estava calor. A Chuvarada do dia anterior fazia parecer que estavam no verão de uma país tropical. Dias quentes, e pancadas de chuva no fim do dia. Esse tipo de clima não é muito comum em Ohio o que deixava as coisas ainda mais desconfortáveis. Sem camisa, exibindo com um pouco de vergonha os ossos de sua costela que de vez em quando ficavam visíveis, o magrinho se sentia diminuído pelos garotos ao redor de braços e pernas enormes, abdômens definidos e a água que escorria de seus corpos ao saírem da piscina percorrendo seus músculos, coisa que ele não tinha. Desviando o olhar de vergonha, inveja e desejo, fez uma leve expressão de dor enquanto observava a sombra que se movia embaixo d'água, vindo em sua direção. As ondulações sob a água se fizeram, criando pequenas ondas que vinham batendo contra os joelhos de Tim, que abriu um sorriso.

Fechou os olhos ao ter aquele jato de água voando em si, culpa do garoto que se sacudira após emergir do fundo de repente num pulo, balançando a cabeça feito um cachorrinho molhado para como se espantasse a água de seus cabelos. Duas mãos masculinas tocaram em suas coxas, o nadador ficou perante o meio de suas pernas fitando-o de baixo, com água até o pescoço. Levantou os óculos de natação deixando-os na testa sorrindo para Tim:

—Queria te assustar. -Era Paul, que fingiu desapontamento ao perceber que Tim não reagira como o esperado.
—Besta. Muito inteligente da sua parte tentar me assustar, vindo nadando no fundo de uma piscina mais transparente que não sei o que. Nossa, muito esperto mesmo, palmas.. eu jamais ia reconhecer você. -O Magrelo respondia com sarcasmo, levando mais um jato de água na cara, desta vez propositalmente jogado por Paul, que riu:
—Ah, para de ser sem graça. Como está a cabeça?
—Péssima, graças a você.
—Bem.. se você tivesse usado um pouco mais as pernas.. isso não teria acontecido.. -Paul subia com os dedos pela perna do rapaz, sua mão caminhava ameaçando chegar até sua virilha, mas foi impedida pelo garoto que a segurou antes de chegar a tal lugar.
—E se você, tivesse sido mais rápido... eu não estaria com um galo na cabeça. Precisava de tudo aquilo? Você exagerou, amor.
—Não achei que ser mais lento era um problema. Queria que eu acabasse como? Em 15 segundos? Ser precoce é ruim, não é?
—Idiota! Hahahah... você sabe do que eu estou falando. Não foge do assunto do não!
—Tim.. Tim, Tim, Timmy.. -paul cantarolou seu nome forçando cara de apaixonado.
—Não me chame de Timmy.
—Por que não?
—Porque quando me chamam de Timmy, só consigo lembrar daquele personagem cadeirante doente mental de "South Park" que fica o tempo todo gritando o próprio nome com voz de retardado: "Timmy!!" -Berrou o magrelo imitando o personagem do Cartoon.
—Hahahahahhaa!!! -Paul caiu na gargalhada jogando a cabeça para trás. -Você ainda vai me matar de rir.. mas relaxa. Hoje faço uma massagem em você antes de a gente brincar.
—Promete?
—Prometo. E tenho que te contar uma coisa! -Paul se aproximou ficando com o pescoço quase encostado na beira da piscina. Tim se abaixou um pouco para ouvi-lo, parecia que ele ia dizer algo que ninguém devesse ouvir.
—O que foi?
—Ontem, eu ouvi o Evan falando com a Gigi.
—Sobre?
—Digamos que a Loira não é tão santa assim... hehe..
—E?
—"E"? Que eu tenho a minha notícia!
—Não... não faz isso.
—Ué, por que não?
—Acha mesmo uma boa ideia? Sério, expor eles assim? Além do mais, todo mundo vai achar mega estranho essa história e vão ficar falando coisas do tipo "Nossa como ele sabia?", e vendo a situação atual do campus.. Paul.. eles podem te ver como um suspeito. Se aquele tal de Edward já está sendo mal encarado, imagina você!
—Eu? Suspeito? Por quê? Só estou relatando os fatos, não é mesmo?
—Sei lá, não concordo.
—Tá. Mas é o seguinte. Pendleton está acobertando os crimes. Isso ficou Muito óbvio depois da ZETA BETA e agora sobre ontem a noite. Sabe quantos Tweets e postagens teve sobre o que aconteceu na casa da DKY? Uns 600! E nada. Tá tudo quieto, não tem nem repórter de emissora falida vindo pra cá.
—E Você quer começar o circo... sério?!
—Claro.
—Paul... toma cuidado. Ações geram reações. Você pode se encrencar.
—É com a reação que estou contando. Pensa nisso. A Coisa fica viral, vira notícia. Estoura na mídia. BUM! Óbvio que meu nome será creditado na história toda. Não tenho chance melhor do que essa de atrair o interesse de alguma emissora pra me contratar depois que eu terminar a faculdade! Tim, eu posso ser o próximo repórter investigativo da TV! Sabe aqueles que ficam revoltados e expõem os escândalos para a sociedade? Que ganham rios de dinheiro e o amor do público por sempre dizerem a cruel verdade? Então... imagina o nosso futuro. Que chique, uma puta casa, eu de âncora e você lindo e belo tomando sol. O que diz?
—Bem, jornalista... se você quer ser "O Cara das verdades".. então comece com Clarice. Porque não aguento mais essa história. Agora me dá licença, que eu tenho aula.

Tim retirou as pernas de dentro da piscina uma a uma, se apoiando com as mãos para trás, tentando afastar o corpo.

—Tá chateado? -Paul ficou sério, tirando o sorriso convencido do rosto.
—Nem tanto quanto eu deveria estar. -O magrelo se levantou, dando lhe as costas. Mas antes que começasse a caminhar, hesitou, olhando-o por cima dos ombros -Só acho que, tudo tem um limite. E Eu te amo.
—Eu também te amo, poxa.
—Então, faça alguma coisa. Mas por favor, não faça nada desse tipo.. nada sobre essa história de reportagem a menos que te peçam.
—Ah.. tá bem. -Resmungou abaixando a cabeça.
—É sério. Se ninguém pedir, você não faz. Ok?
—Ok! -Paul bateu continência.
—Bobo. Tchau, te vejo depois. -Tim retirou o gelo da testa, deixando mostrar o roxo na região, acenando para o "Namorado" dando as costas.
—Bye Bye... -O Jornalista mandou um beijo no ar, antes de abaixar novamente os óculos, pegando fôlego e desaparecendo sob a água... retornando as profundezas.
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Ela parou em frente a um Hyundai de cor prata, segurando o chaveiro apertando o botão, apontando-o para o veículo que correspondeu apitando duas vezes acendendo os faróis fazendo eco. Era o estacionamento de professores e funcionários. Terminantemente proibido para alunos, mas não que isso importasse dadas as circunstâncias da jovem.

—Aí está você.. -Minnie disse com um sorriso no rosto ao ver seu carro corresponder ao seu "Chamado". Estava tão cansada que havia até se esquecido onde exatamente havia estacionado, ainda mais agora com as vagas todas ocupadas, e com muitos carros parecidos ou iguais parados um ao lado do outro, coisa que não estava lá a pouco.

Estava ainda em estado de alívio por ter achado seu carro, e não percebeu que alguém andava em sua direção vindo por trás. Uma mão lhe tocou no ombro, o que resultou num pequeno grito de susto por parte dela, que se virou já levantando os pulsos para acertar por puro reflexo, quem quer que fosse ali:

—Ah, caralho!!
—Ah!!! -Um grito alto e agudo veio de volta, com a garota que havia parado atrás de si fazendo expressão de espanto. Minnie a fitou suspirando de alívio, ao mesmo tempo que indignada.
—Quinn, que merda.. você tá louca? Não faz isso não.
—Foi mal... credo.
—Nossa, eu tô seca. Minha calcinha deve estar da cor de um chocolate agora.
—Você grita alto, hein. Porra...
—Hoje em dia, do jeito que as coisas vão, gritar alto é uma necessidade. Nunca se sabe se alguém vai precisar te ouvir, não é?
—Sei.. o que tá fazendo aqui?
—Podia te fazer a mesma pergunta, baranga.

Quinn fez bico demonstrando deboche, erguendo o celular:

—Te rastreando, vadia. Esse aplicativo é o máximo. Fiquei preocupada. Você não apareceu em casa ontem.
—Ah.. história da minha vida.
—O que aconteceu?
—Pergunta pra São Pedro. Menina, você viu aquele dilúvio que tava caindo ontem?
—Se vi! A casa ficou sem energia.
—Então, ontem eu fui pra biblioteca e fiquei lá fazendo hora. Quer dizer, fazendo hora não né, fazendo meu trabalho escravo para a aquela maldita da professora Tannet.
—Aff. Ouvi dizer que ela é o cão.
—Se eu contar que ela late, você acredita?
—Hahaha, Besta!
—Pois enfim. Caiu a chuva, eu saí da biblioteca e ela já estava fechando, como sempre. Tava indo pra casa de carro.. de boas mas aí toda a universidade ficou escura do nada. Eu não conseguia ver porra nenhuma no caminho, então... entrei no estacionamento dos funcionários fazer o que. Era o único lugar que tinha luz e era coberto, aproveitei mesmo. Bando de filhas da puta, eles tem gerador. Mas a gente pode é morrer no escuro que ninguém liga. Estacionei aqui e tava tão exausta que acabei dormindo no carro.
—Meu Deus.
—É sério. Puta noite mal dormida. Eu apaguei toda torta no banco. Acordei que nem uma contorcionista chinesa. Eu estava um "8".
—Ai, cacete. E Você vai pra aula ainda hoje?
—E posso perder?! Sabe o que aconteceria se a Tannet não me visse na classe hoje?
—Não.
—Nem eu. Mas não vou esperar pra descobrir. Ainda bem que a cantina estava aberta quando acordei, senão o bicho ia pegar. Porque De fome, me recuso a morrer.
—E Ficou fazendo o que aqui de manhã?
—Ué. Nada. Eu fui tomar café na cantina, enchi a pança e agora voltei pra cá. E você?
—Olha isso. -Quinn abriu um sorriso arqueando as sobrancelhas, avisando uma novidade.
—O que é?....

A menina jogou a mochila de lado, abrindo o zíper remexendo a mão lá dentro.

—Aqui.. -Disse Quinn retirando um pequeno cartaz. Nele havia um desenho da infame máscara de fantasma, com um círculo vermelho em volta e uma linha que cruzava o círculo na diagonal, como um sinal de "Proibido". -O que achou?
—Que massa! Você que fez?
—Aham. Vou levantar ele lá no patio, vim aqui pra te chamar... Não vai ter como as pessoas não apoiarem a Lambda Kappa depois dessa. E já fiz uma convocação no Facebook super esmagadora. Ninguém vai ficar parado, Não depois do que aconteceu.
—Tiro certeiro, amiga! Mas, desculpe a minha ignorância... o que aconteceu?
—Você não sabe?!! -Quinn abriu a boca espantada, teria que contar notícia desgraçada sobre o ataque na DKY na noite anterior para a amiga. -Olha.. se eu fosse você eu sentava agora, nem que fosse no chão..
—Por quê?..

Antes que Quinn pudesse dar a notícia, um estrondo metálico se deu no estacionamento ecoando fortemente. As duas se entreolharam imediatamente, paralisadas sem saber o que fazer. A encrenca estava feita. Quinn se aproximou sussurrando:

—Viada, e agora? Se pegarem a gente aqui fodeu!
—Shhh! Cala a boca.
—O que a gente faz?
—Se abaixa!
—Como é?!

Minnie agiu rápido, puxando a amiga pelo braço trazendo-a consigo à força. Agachando-se atrás de seu próprio carro, ela se mantinha abaixada tentando espiar através do vidro, o que se passava lá no final do estacionamento, onde com dificuldade, por causa dos outros veículos estacionados em um fileira interminável que bloqueavam parte de sua visão, conseguiu ver a grande porta de ferro ao fundo se fechando num baque.

—Que ótimo lugar você achou pra estacionar!
—Eu não sabia o que fazer! Tava a maior chuvarada do caralho.
—Acha que vão perceber que esse carro não é de nenhum professor?
—Querida, se eu não for expulsa já to feliz. Agora Shhh! Vamos esperar eles saírem e a gente dá o fora antes que a merda atinja o ventilador.
—Ok. -Quinn aquiesceu, se abaixando.

—Você acha sinceramente que Pendleton tem que passar por tudo aquilo de novo? Isso é um absurdo! -A Voz feminina altamente única disse distante, com raiva.
—Eu já disse, se isso se espalhar, as matrículas vão cair! Você não tem a menor noção do que isso significaria pra faculdade. Falência causa demissão de pessoas, Reese. A Sua demissão! -Um homem pareceu responder, igualmente estressado.
—Ah, agora vai apelar pra demissão, Senhor "Fico com a minha bunda segura na cadeira enquanto meus alunos morrem"?
—Não ouse se dirigir a mim nesse tom, você me ouviu?! Te botaram na rua na primeira vez e vão fazer de novo se não ficar calada de uma vez por todas! E dessa vez, o prazer desse ato será meu.

—Caralho, é a Reese?! - Quinn sussurrou espantada;
—E aquele é o Heitor? Eita.. O Bicho tá pegando. -Minnie estava de queixo caído, de olhos bem abertos observando cada detalhe enquanto via os dois se aproximarem, sua visão se limitava por entre as janelas de seu veículo.

Percebeu como o Heitor estava cabisbaixo, não parecendo dar a mínima atenção para Reese, bufando de raiva continuando a dar passos apenas desejando que a segurança sumisse. Já Reese, a moça negra de feições caricatas, duas vezes mais baixinha que o próprio Heitor da faculdade, e gordinha o encarava como se ele não fosse nada, a moça era realmente alguém que bate o pé sobre seus interesses.

—Oito mortes! Oito mortes, seu palerma! E o assassino saiu daqui livre. Tudo isso por causa da incompetência do seu pessoal. E retorno a dizer, você não estava aqui pra ver. Você não estava aqui para ver quando essa faculdade virou um necrotério!
—Reese, cale a boca! -O homem exclamou grosseiramente, parando a caminhada virando-se de frente a ela, continuando a falar de maneira estúpida e autoritária: -Quando você fala de incompetência, não está falando de pessoas como eu que dão duro o dia inteiro para receber muito menos do que deveriam, e que ainda tem muitos direitos negados numa profissão que não tem nem 5% do reconhecimento que deveria ter, e que abriga profissionais que passaram a vida estudando, sacrificando tudo e mais um pouco para ensinar esses cabeças de vento que estão distraídos demais com a pornografia no celular deles para ouvir uma porra de aula! Pessoas cuja a única função é formar as próximas mentes do país com a companhia de pais que o processariam caso você sequer tomasse um copo d'água durante um discurso que nenhum dos filhos deles está afim de ouvir! Agora, incompetência será uma palavra que vai pesar não no meu mas no SEU departamento, sim! Porque não sou eu que vou processar a universidade quando a equipe de segurança estiver sendo "Negligente" demais para agir enquanto meus filhos estão sendo assassinados no único lugar da terra que deveria lhes garantir segurança 24hrs! Portanto, engula esse discurso de peão de obra que quer tacar todas as responsabilidades no chefão. Porque, Reese... não sou eu que fui contratado para assegurar a vida desses jovens, foi você! E lhe dou duas opções, faça seu trabalho. Ou dê o fora de deixe que outra pessoa faça. Essa conversa acaba aqui!
—Por "Fazer o meu trabalho" você quis dizer "Ficar quieta, fingir que nada está acontecendo enquanto faço pose de durona no pátio, afastando a galera das cenas de crime enquanto digo que está tudo bem, que tudo será resolvido para que o senhor só possa ficar sentado com essa bunda no vaso para cagar em paz?" É isso?
—Não me teste!
—Eu nunca prometi nada na vida, Heitor. Mas prometo... que se esses jovens continuarem morrendo, e se o assassino desaparecer sem deixar vestígios... é o senhor que terá um problema nas mãos e pais revoltados. Com Isso, você pode ficar assegurado.
—Isso foi uma ameaça?!

Reese deu as costas ao homem enfurecida, caminhando em frente parecendo não dar ouvidos.

—Isso é uma ameaça???!!
—Pergunte isso para as vítimas de 1998, palhaço!
—Você já era, Reese!
—Não senhor! -Ela se virou, ao dar seu ultimato. -Fique certo de uma coisa, Heitor. A Próxima vez que eu encontrar um estudante mutilado. Será você, quem irá ter que limpar a bagunça.
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(Toc, toc, toc!) -Edward bateu na porta, obtendo resposta rápida quando a mesma se abriu, revelando Kirstin.

—Oi.. -Sorriu surpreso ao vê-la.
—Oi. -Ela não respondeu com o mesmo entusiasmo. Pelo contrário, parecia um pouco abatida e desanimada, ajeitando a mochila nas costas evitando fitá-lo diretamente nos olhos.
—Está tudo bem?
—Na medida do possível.
—Posso entrar?
—Pode.. eu já.. estava de saída mesmo.
—Kirstin, o que houve? -Ele colocou a mão em seu ombro, exigindo resposta.
—Nada. Só estou atrasada.. -Deu um passo à frente, forçando Edward a dar espaço para que ela passasse. Ele se afastou, soltando-a, foi quando ela levantou a cabeça mostrando o estado de seus olhos. Desesperados, cansados. Kirstin parecia não ter dormido. Era explícito como estava exausta e assustada.
—Se você... tiver alguma coisa... Qualquer coisa para falar, não tenha medo, ok? Eu estou aqui.

Ela não disse nada. Acenou positivamente com a cabeça quase sem expressão. Parecia tão avoada em seus próprios pensamentos e tão amedrontada por dentro, que talvez nem tivesse escutado o que Edward acabar de lhe dizer.

—Tá.. a gente pode se falar depois?..
—Claro, claro. Desculpe.. -Respondeu ele tentando esconder que ficou chateado. Se afastou mais um pouco abrindo espaço para ela no corredor, assumindo o segundo plano entre ela e seu objetivo de sair dali.

Kirstin passou por Ed cabisbaixa, se esquecendo até de fazer algum tipo de despedida.

—A gente se fala mais tarde? -Ele perguntou levantando a voz, num ato aflito para ter atenção dela mais uma vez.

Ainda andando pelo corredor, Kirstin se virou discretamente, sinalizando um sim com um meio sorriso sem graça se mostrando em seu rosto, tornando a seguir sua rota dando as costas o mais rápido que pode.

—Nossa.. -Suspirou. Mil pensamentos negativos lhe passaram pela mente, mas precisava fazer alguma coisa agora, com ou sem Kirstin. Edward acabara de levar um gelo devastador mas não podia esperar para tomar uma atitude que já deveria ter tomado há dias. Aproveitando a porta aberta daquele quarto de número 237, adentrou esticando o pescoço, olhando em volta temendo estar sendo intrometido:

—Oi?.. Lizzie?
—Aqui, baby! -Respondeu ela aos berros.

Assim, se sentindo mais a vontade, entrou de uma vez fechando a porta. Lizzie estava sentada em uma cadeira cor de rosa, ainda de pijamas com os olhos grudados no computador. E não estava só. Daniel também se encontrava lá, em pé atrás da garota inclinado para olhar o que ela fazia, aparentemente igualmente entretido com o que estavam vendo na tela.

—Hora errada? -Edward perguntou, sem se aproximar.
—Que nada, vem cá. -Lizzie Respondeu sem olhar para ele, digitando alguma coisa. Daniel é quem lhe lançou uma olhada sem esboçar sorriso, apenas o cumprimentando devidamente:
—E aí.
—Oi. O que vocês estão fazendo?
—Nada demais. Xeretando a vida dos outros, e achando tudo quanto é coisa estranha. -Lizzie disse no seu tom de sempre. Despreocupada.
—Como o quê por exemplo?
—O Paul. Não postou nada sobre ontem a noite. Ele é sempre o primeiro a botar a boca no trombone. Tava aqui esperando os detalhes sangrentos do que aconteceu. Mas ele tá quieto. Estranho.
—Vai ver ele finalmente se tocou que explorar a desgraça dos outros em troca de likes não é bacana.
—Você acredita mesmo nisso? Bitch, please. É o Paul.
—Tanto faz. Preciso falar com vocês.
—Senta aí, Ed. -Daniel lhe apontou uma das camas.
—Valeu. -Edward agradeceu, aceitando a oferta. Sentou-se, percebendo como os dois pareciam entretidos demais para lhe dar a devida atenção. -Então... (Pigarreou).
—Ah, foi mal Baby. -Lizzie largou o mouse, afastando-se do teclado, girando-se com a cadeira ficando frente a ele. Daniel também se virou cruzando os braços.
—Então vocês já estão sabendo?
—Tem como não saber? -Lizzie pela primeira vez deixou escapar uma leve tensão na voz. A "Palhaça" que existia dentro dela se escondeu dando lugar a uma seriedade preocupante. Daniel permanecia calado e não sendo nem um pouco inconveniente, o que era até bizarro. Ed tomou coragem, coçando a cabeça abrindo a boca para falar alguma coisa, mas nada saiu.
—Ed. -Lizzie lhe chamou a atenção. -Desembucha antes que eu tenha uma síncope.
—Posso ser direto e reto?
—Deve!
—Eu quero que saiam de Pendleton. O Quanto antes.
—O quê? -Ela esbanjou surpresa. De algum modo, pareceu um pouco ofendida com o estranho pedido do amigo e ao mesmo tempo confusa.
—É difícil explicar...
—Então faça um esforço. Não posso sair, estamos no começo da semana de provas.
—Eu sei, Lizzie. Acredite. Eu odeio ter que pedir isso. Mas estou preocupado.
—Edward, estamos todos preocupados.
—Você não entende... -Disse em voz alta, balançando as mãos em sinal de urgência.
—Não.. espera! Vamos com calma pelo amor de Deus. Olha, eu sei que você e o Evan eram bem chegados. E é uma droga o que aconteceu, de verdade. Acha que eu não estou apavorada? Mas.. acho que você está se precipitando um pouco.
—Lizzie. Eu adoro você. Muito. E não quero que nada aconteça com você, é sério. Só preciso que você me escute.
—Ed, nada vai acontecer comigo...
—A Coisa que eu mais queria no mundo é que isso fosse verdade. Dan.. Lizzie. Acreditam em mim quando digo que ninguém está seguro?
—Acreditar.. acredito né.
—Mas você já está querendo o impossível, Edward. -Daniel tomou a palavra de repente, fazendo-os voltarem sua atenção a ele. -Como vamos sair do campus? Semana de prova e tudo. Ficou biruta?
—Vai ter a excursão não vai?
—E? -Daniel questionou esperando uma resolução.
—Não precisam voltar tão cedo. -Edward falou curto e grosso.
—Wow.. calma aí.
—Galera. Tudo o que eu peço é que terminem as provas e caiam fora só por uns dias, até isso acabar. Por favor.
—Ed.. -Lizzie juntou as mãos com força entrelaçando os dedos. -Eu sei que você tem boas intenções, de verdade. Mas essa é a hora em que temos que ficar juntos. Pensa um pouco, com todo mundo de Pendleton protestando, e fazendo o que deve ser feito, podemos até cancelar as aulas! É isso o que estamos tentando fazer.
—Pera, quem está tentando fazer isso? -Ed se mostrou confuso, porém curioso.
—Seguinte. -Daniel se sentou ao seu lado. -As meninas da Lambda Kappa estão promovendo um mega protesto. É isso que estávamos lendo. Amanhã toda a faculdade vai se juntar e pedir greve caso os assassinatos não parem.
—Não vai adiantar de nada, Daniel. Vocês não fazem a mínima ideia do que estão lidando... eu vi meu irmão morrer. Sabe quanto tempo levou pro "Serial Killer" em Ashville acabar com a raça dos meus amigos? Pouco mais de Uma semana! 11 mortes dentro de um período de tempo curtíssimo! A pessoa que está matando em Pendleton está fazendo um ataque por dia. Até a semana de excursão, pelo menos uns 20 já podem estar debaixo da terra. E o que vai acontecer quando esse miserável souber que tem dois sobreviventes de Ashville aqui? Eu... Claire.. nós não estaremos só ferrados. Mas todos que são chegados a nós ou a um de nós pelo menos, vão ser alvos. Eu não quero que vocês estejam aqui quando isso acontecer. E o pior de tudo, é que pode ser qualquer um! Não dá pra confiar em ninguém.. por isso imploro que fiquem de fora o máximo que puderem.
—Ed, relaxa. Tenha um pouco de fé em nós. Você está muito nervoso. Para ser sincera nunca vi você falar assim antes. E olha.. eu agradeço de coração todo esse carinho e preocupação que você tem com a gente. Mas, repito. Tenha um pouco de fé. Pendleton tem mais de 8 mil estudantes, e podemos fazer a diferença!
—Nossa, de repente você vem com umas ideias de "World Piece" muito bizarras, Lizzie. Que isso?
—Haha! Olha, eu posso ser muita coisa. Até posso ser possivelmente uma fugitiva de hospício que ninguém deu falta. Mas sei o que é certo e o que é errado. E se tem uma possibilidade de fazer algo que nos tire daqui, ou que acabe com esse absurdo.. eu topo. Mas quero fazer isso do jeito certo.
—Ta bom. Só me prometa uma coisa por enquanto?
—Qualquer coisa.
—Não atenda chamadas de número desconhecido.
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—Estão dispensados! -Gritou Matt após ouvir o sinal de término da aula. Um tipo de "Apito" agudo insuportável que liberava os animais da jaula todo dia no mesmo horário.

Sem ter conhecimento, ele era observado por elas no fundo da sala de aula, cujo os lugares dos alunos mais se pareciam com uma arquibancada ou uma sala de cinema. Os degraus nas laterais das fileiras eram preenchidas por apressadinhos que davam graças a Deus pelo término da aula de Matt. Ele, que sempre mantinha uma pose de respeito embora fizesse de tudo o que estava em seu alcance para ser divertido e interessante para seus alunos, se sentou em sua cadeira de frente a sua mesa enorme que caberia uma pessoa adulta deitada, de costas para uma lousa gigante, aparentemente procurando se distrair com o celular até que as vozes dos estudantes tagarelas que saíam as pressas fossem cessadas, deixando o lugar silencioso até que outra manada viesse para assistir seu "Show" de filosofia excêntrico. Ele até parecia uma formiga com aquele terno preto, um pontinho no horizonte.. lá embaixo.. no centro de seu "Palco". Tentando não serem levadas para fora pela multidão que não pedia licença para passar, Minnie e Quinn giravam os ombros para os lados tentando abrir caminho para a galera, enquanto, do jeito que podiam, davam um jeito para descer um degrau de cada vez, remando contra a maré durante sua conversa baixinha:

—Minnie, isso é perda de tempo. Vamos embora! -Quinn demonstrava insegurança, tensa demais por estar entrando numa aula que não era a delas, e ainda pondo em prática um plano absurdo de fazer um interrogatório idiota com o único professor bacana o suficiente do campus, que provavelmente as veria como loucas.
—Para de graça, Quinn! A gente veio até aqui, então faz um favor e me ajuda!
—Ajudar como? Bebeu?
—Olha pros meus peitos.
—Quê?!
—Olha logo!
—Não quero olhar pros seus peitos!
—Ué, mas todo mundo já viu! Anda logo só preciso de uma opinião.
—Você é doida.
—Vai!
—Tá bom! -Quinn abaixou a cabeça de leve, contra sua vontade mirando com tremendo desgosto os olhos nos seios da amiga, que levantou o busto para fazer com que parecesse maiores, colocando as mãos embaixo de cada um fazendo sinal sexy, como se apreciasse o tamanho.
—Ai, para de ser escrota! -Quinn segurava a vontade de rir.
—Estão grandes?
—Sim... eu acho. Por favor não me faça olhar mais, meus olhos vão queimar.
—Que isso. De bi e curioso todo mundo tem um pouco.
—Deus me livre!
—Hahaha!! -Minnie gargalhou, lançando o olhar em Matt, completamente distraído ao longe. -Acha que vai funcionar?
—Não! Vamos embora, esse plano é uma droga!
—Já era! -Minnie a pegou pelo pulso, descendo um degrau.
—Pára!
—Vem!! -Ela ria adorando o desgosto da amiga e sua covardia. A puxava sem dó descendo cada vez mais, e com a outra mão, puxou sua blusa para baixo, deixando os seios aparecerem mais.
—Ele não vai cair nessa! -Quin tentava de tudo para impedi-la.
—Ele é homem! E deixe de ser uma franguinha.
—Então tá neh... Só pra constar, sou contra essa coisa!
—Jesus, eu que passo a noite enfiada nos livros e você é quem parece uma bibliotecária. Solta essa periquita.
—Minha periquita está muito bem aqui quietinha, obrigada. O que vai fazer?
—Bancar a puta.
—Quê?!!
—Cala a boca! -Minnie deu sinal de silêncio, conforme a porta no fundo da sala bateu fazendo um estrondo após o ultimo estudante passar por ela.

"Ai meu Deus, Ai meu Deus" - Quinn já começava a se arrepender de ter encontrado com Minnie naquela manhã. Ou de pelo menos ter ficado preocupada com ela. A "Atriz" mais desbancada de Pendleton estava prestes a atacar.

Chegando ao final dos degraus, dando as costas a um auditório vazio e deserto onde podia-se ouvir até o menor dos sons, Minnie soltou a mão da amiga, alisando sua própria cintura para ter certeza de que suas curvas estavam acentuadas. Fez cara de quem não queria nada, forjando um "To nem aí" enquanto enrolava o cabelo loiro no dedo, caminhando aos rebolados em direção à mesa do professor. Quinn se mantinha atrás dela, perplexa e morrendo de medo da coisa acabar mal de algum modo. Mantinha-se calada e a seriedade em seu rosto fazia um contraste enorme entre seu olhar de tensão e a puta falsa que se pôs a frente dela. Quinn, se não tirasse a preocupação do semblante, estragaria a armação fajuta e idiota de Minnie.

—Hum Hum! -Minnie pigarreou ao chegar até a mesa.

Matt tirou os olhos do celular, fitando-a normalmente. Não parecendo reparar em nenhum de seus trejeitos atirados perfeitamente ensaiados pela louca que ao passar dos anos, sempre acreditou ser merecedora de um Oscar.

—Oi, garotas. - Respondeu com um tom meio desinteressado.
—Oi, profe.. bem?
—Muito bem, E vocês?
—Ótimas. -Minnie pendeu a cabeça para o lado, sorrindo exageradamente pousando uma mão na cintura, mordendo o lábio de leve.
—O que é isso? -Matt ameaçou rir, mas se conteve.
—Ahm.. sabe o que é... eu e minha amiga aqui ficamos sabendo que o senhor.. meu Deus, Senhor está no céu! Bem, ficamos sabendo que VOCÊ conhece muito, muito bem a faculdade. Que sabe praticamente de tudo que já aconteceu aqui. -Acentuou a voz, deixando-a mais lenta movendo os ombros de uma lado para o outro, na tentativa de transparecer sensualidade, o que deixou Quinn ainda mais em pânico, torcendo para não ser notada ficando em segundo plano fingindo que não existia.
—É mesmo? -Perguntou ele de forma pré-potente, levantando o queixo. Talvez seu Ego tivesse sido atingido. Matt tinha cara de quem gostava de elogios gratuitos, ou ao menos, isso era o que a loira via em seus olhos.
—Ahaaammm... -Segurou o "M" mais do que devia, sentando-se delicadamente em cima da mesa, fitando-o por cima dando uma jogada de cabelo que considerava ser irresistível. O professor, que escondia sua personalidade atrás de um terno e um diploma, se afastou um pouco se empurrando com os pés com sua cadeira de rodinhas, arqueando as sobrancelhas:
—O que você precisa?.. -Perguntou um tanto sem graça, fitando Quinn atrás da Loira doida varrida que se atirava em cima dele como se não houvesse amanhã. Quinn, ao perceber a olhada, desviou mantendo seu foco no chão. "Não acredito", pensou enquanto seu coração ameaçava parar de bater. Minnie continuou com sua "Apresentação".
—Sabe. Ela está me ajudando com a peça de teatro que galera que cursa Artes-Cênicas vai fazer semana que vem. Mas, eles ainda não tem um roteiro definitivo. Eles são horríveis para falar a verdade, e eu, como produtora do espetáculo.. decidi que devia entregar uma boa história, sabe?
—Sei..
—Algo provocativo... -Disse cruzando as pernas lentamente, torcendo para que ele estivesse prestando atenção em cada um de seus movimentos. Mas a cada jogada da Louca, Matt dava uma olhadinha discreta para Quinn, percebendo suas reações e a tensão em seu rosto. Logo, se tocou do que se tratava. As duas estavam tentando lhe arrancar alguma informação, e provavelmente, dado ao absurdo de Minnie em tentar seduzi-lo, devia ser algo bem "Cabeludo". Matt não demonstrou nada, continuou fazendo cara de indiferente, rindo por dentro pela tentativa patética de suborno.
—Ahm.. entendo... -Respondeu.
—Quero fazer algo que tenha a ver com a história, ou o folclore de Pendleton..
—Folclore?
—É.. A gente escuta cada coisa por aí. Essa universidade tem tantas histórias. Mas estou atrás de uma que vale a pena contar. Quem sabe... um podre, ou algo suspeito.
—Que tipo de peça é essa?! -Questionou, provocando a habilidade de Minnie em "Ficar no personagem".
—Bem.. ah... -Ela começou a gaguejar. -É... é uma...
—É uma peça provocativa mesmo, professor! -Quinn soltou sem se conter.
—Provocativa como?
—Como um protesto! -Minnie intercalou antes que a amiga respondesse novamente, temendo que ela estragasse seu feito. -Queremos DAR.. Aos estudantes!.. Algo que os choque. Que os deixe perplexos. Algo, revolucionário, entende? Digo, a história não precisa ser real. Só precisa ser algo que instigue.. o lado primitivo de cada um. Que os segure na poltrona de queixos caídos, talvez algo que os deixe revoltados.. não sabe de alguma história cabulosa que tenha a ver com Pendleton? Por exemplo, uma em que alguém tenha morrido? -Minnie sentiu em seu braço um baita beliscão de Quinn, que veio super discreto. Óbvio que ela estava achando que seu discurso havia sido expositivo demais e exagerado o bastante para entregar sobre o que elas queriam saber. A ideia era jogar indiretas e obter respostas, mas Minnie já estava quase vendendo o barco. Ao sentir o beliscão, riu, gargalhou loucamente se contorcendo se dor, girando a cabeça escondendo o desconforto do beliscão exclamando com a voz eufórica, como se estivesse tendo um orgasmo:

—Aaaaaaaaaaiiii!!! Humm eu fico toda ansiosa quando falo nisso!!! -Disfarçou. -Então, professor.. não sabe de nada polêmico que já tenha ocorrido aqui?

Ele a fitava de olhos arregalados, espantado com o escândalo recente que misturava erotismo com o que parecia ser uma crise de insanidade intensa, digna de receber medicação.

—Bem.. - Matt se levantou. Quinn estremeceu de leve dando um pequeno passo para trás temendo a atitude que ele teria. -Falem logo sobre o que é, porque eu não sou do tipo de esconde coisas. Só não quero ter meu nome creditado nessa peça.
—Sabe alguma coisa sobre os assassinatos?! -Quinn disparou com a voz feito um trem desgovernado. Ficou espanada consigo mesma não acreditando no que dissera. Minnie girou a cabeça lhe lançando um olhar mortal, quase rangendo os dentes de ódio pronta para meter uma fita crepe em sua boca. Mas conteve-se, logo voltando sua atenção à Matt, ainda forçando seu sorriso como se nada tivesse acontecido.

—Ah..!! Então é disso que toda essa palhaçada se trata. Esperem um segundo meninas. -Ele tornou a se sentar, pegando uma caneta de fácil alcance em sua mesa e um pedaço de papel.

—Você ficou louca?! -A Loira sussurrou para Quinn, nervosa.
—Desculpe..
—Aff...
—Aqui, meninas. -Disse, empurrando o pedaço de papel na direção de Minnie, deixando-o próximo de sua coxa. -Eu não disse nada, hein!
—Ah.. Obrigada. - Minnie agradeceu com espanto, vendo aquela letra bonita que de jeito nenhum parecia ter vindo de um homem.
—Podem me dizer como foi que ouviram sobre isso?
—Obrigada!! -Quinn meteu a mão na mesa, catando o papel rapidamente, dando as costas em seguida. -Vamos!
—Sorry... -A loira riu sem graça dando uma piscadinha para Matt, que revirou os olhos desacreditado de que ela ainda estava encenando aquela bobeira. -Mas, obrigada!

As duas correram dali deixando Matt para trás. Agora, eram as duas observadas com desconfiança pelo professor que tomava nota de cada passo que elas davam em sua fuga alucinada e extremamente suspeita, com Minnie seguindo a amiga pelos degraus o mais depressa que podia, reclamando algo que ele não conseguia ouvir.

—O que foi aquilo?!!
—Você ia enrolar demais, então fiz alguma coisa!
—Eu estava quase conseguindo quando você quase estragou tudo!
—Qual é, até parece que ele estava interessado nos seus peitos.
—Hey! Todo mundo está interessado neles!
—Temos que contar isso para a Rachel, vamos!


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Notas finais do capítulo

Está na hora deles começarem a fazer algo a respeito não acham? Que melhor forma de conhecer os personagens, do que vê-los em ação? Muito obrigado por acompanhar! Por favor, comente o que achou! E o que acha que seria sensato fazer no momento? Até o próximo galera!



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