— Isso é um...

— Miraculous? – completou Adrien.

— Espera! Como você conhece?

— Eu que te pergunto! Você por acaso treinou em Miraculous? – ela assentiu – É você que está com a joia da Ladybug? Porque se disser que sim, tudo vai fazer sentido.

— Sim, eu estou. E deixa eu adivinhar, joia do Chat Noir? – foi a vez dele de confirmar com a cabeça – Bem que eu achei seu padrão de luta um tanto familiar. Mas não temos tempo para isso. – a azulada pegou a caixinha preta e abriu, encontrando a joia perdida do Miraculous Moth.

— Foi a joia que sumiu aquela vez que o invasor... Você sabe. – suspirou ao lembrar do que aconteceu naquele dia.

— Sim. No entanto mais uma joia sumiu.

— A da Peacock.

— Achávamos que o invasor tinha levado as duas, só que se não estão juntas...

— Provavelmente não foi ele. – o loiro completou enquanto Marinette levava a caixinha até a bancada com cuidado.

— Você sabe o porquê dessas joias serem tão importantes?

— Bem, sei que elas são relíquias passadas de geração em geração pelos guerreiros. Mas o porquê ao certo eu não sei. Plagg não era muito de falar sobre as joias.

— Tikki também não. Porém eu queria saber mais e fiz algumas pesquisas na biblioteca de Miraculous. – Adrien pareceu impressionado – Como você deve saber, as joias da Ladybug e do Chat Noir são muito poderosas juntas. Mas as outras joias também têm seu poder. Cada uma delas tem um “elemento” dentro que foi passado de geração em geração pelos guerreiros.

— Como assim?

— Por exemplo, a da Ladybug tem o poder de cura, criação e a do Chat Noir tem o poder de destruição. Porém não se sabe o que as outras têm, pois elas nunca precisaram e nem deveriam ser usadas. Talvez a do Moth tenha a ver com controle.

— Daí que vem os akumas. – o loiro concluiu e Marinette assentiu – Mas isso não é um pouco “mítico”?

— Na verdade tudo é ciência. – Ladybug pegou alguns equipamentos que precisava para fazer o teste e começou a manusear enquanto falava – Lembra o que Armand nos disse? O akuma é um composto que faz com que um gene inibido se sobressaia. Nunca tinha visto um elemento assim. Agora está tudo explicado.

— Mas se o Miraculous Moth faz isso, não precisaria de outro para controlar os akumatizados? Porque pelo que eu entendi, os Miraculous são bem específicos. – ela pareceu refletir e após olhar no microscópio, respirou fundo.

— Tem razão. E esse não é o composto que tinha no sangue.

— Talvez ele realmente tenha levado o Miraculous da Peacock. – Marinette olhou mais uma vez.

— Espera um pouco!

— O que foi que você viu? – Adrien se aproximou.

— Lembro que tentei ao máximo isolar os compostos esse era um deles. Então sim, acredito que ele usou Hawk Moth usou os dois Miraculous para produzir o akuma.

— E o que faremos agora?

— Precisamos encontrar o Miraculous da Peacock. Eu produzi um tipo de “cura” e usei um pouco do composto que havia na joia da Ladybug secretamente. Não devia ter feito mas...

— Eu entendo, você precisava. – Adrien guardou a caixinha preta no bolso. – Precisamos sair daqui. 

— Mas já? – a dupla se virou na direção da voz, dando de cara com um homem com máscara cinza e trajes predominantemente roxos.

— Quem é você? – se colocaram em posição.

— Ah claro, que indelicado da minha parte não me apresentar! – lamentou falsamente – Podem me chamar de Hawk Moth. – um calafrio percorreu os corpos dos dois. – Vi que vocês são mais espertos do que parecem e agora ficou claro que esse tempo todo estavam com o que eu buscava.

— E o que você buscava?

— O Miraculous da Ladybug e do Chat Noir. A criação e a destruição nas minhas mãos. Esse tempo todo, esse poder estava com vocês. Pena que não ficarão por muito tempo. Climatika e Animan, peguem eles! – Hawk Moth estendeu o cetro e os dois capangas correram na direção de Marinette e Adrien.

Ladybug se abaixou desviando de um soco, porém levou outro de Climatika na barriga. A vilã segurou a azulada pelos cabelos e a Marinette ao segurar na mão dela, sentiu sua pele fria como gelo.

— Bye, bye! – a vilã riu e se preparou para socá-la, mas antes que o fizesse, a heroína deu uma joelhada na barriga dela, segurou seu corpo e acertou mais uma joelhada.

Animan tentou acertar Chat Noir com um tipo de garra que saiu de suas luvas, assim como as garras que o loiro tinha.

— Parece que alguém é um grande fã. – o gato disse mostrando as garras também e avançando em Animan. Os dois começaram uma luta corpo a corpo, logo o vilão acertou um arranhão no braço do loiro.

Adrien cambaleou para trás, batendo as costas de leve na mesa do laboratório. Assim que Animan avançou, o loiro saiu da frente e o vilão bateu na mesa. Chat Noir aproveitou a oportunidade para segurá-lo pelos combros e o jogar do outro lado da sala.

Não demorou muito para Ladybug fazer o mesmo com Climatika a chutando três vezes seguidas mas no terceiro chute, havia botado mais força para fazer com que ela caísse por cima de Animan.

Os dois heróis pararam em frente à Hawk Moth, que não esboçava nenhum tipo de reação. Provavelmente estava surpreso.

— Agora é sua vez! – Marinette estendeu a luva e lançou um dos ioiôs no cetro do vilão, o trazendo para perto. Em seguida acertou um soco no rosto dele. o que o fez cair, porém quando eles achavam que Hawk Moth ia ficar de pé e revidar, o mesmo ficou no chão desacordado.

Marinette e Adrien trocaram olhares desconfiados sem entender a situação.

— O que acabou de acontecer? – perguntou confusa.

— Derrubamos Hawk Moth com apenas um soco? – Adrien observou e a azulada foi até o vilão. Em seguida Marinette tirou a máscara do mesmo e levou as mãos até a boca. – O que foi? – o loiro se aproximou e quando viu a verdadeira identidade de Hawk Moth sentiu que poderia desmaiar a qualquer momento. – Pai?