Alias escrita por ladyenoire


Capítulo 13
Origins Part 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora! Ainda tenho várias provas e trabalhos (final de semestre), então o próximo cap ainda vai demorar :/
Boa Leitura!!!



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Há alguns anos atrás:

— O que está acontecendo? – Marinette perguntou para uma senhora que vinha correndo na sua direção.

— Um invasor. – apenas disse e voltou a correr.

A azulada correu na direção oposta à que as pessoas iam, o que foi um pouco difícil, porém quando chegou ao local, viu um ser com uma capa parado em frente ao templo. Uma linha de guerreiros foi formada e alguns estavam mortos por algum tipo de lança curta – ou desacordados, na melhor das hipóteses. O curioso é que o invasor não possuía arco, apenas aquelas flechas esquisitas que pareciam penas.

— Você não é digno de estar aqui! – disse um dos guerreiros. Marinette sabia que precisava manter a calma, mas as coisas estavam muitos estranhas. Dos poucos invasores que Miraculous teve, nenhum deles foi um grande desafio. Ou um perigo.

Mas esse era diferente.

O invasor acertou mais três guerreiros com suas flechas. Era impossível ver seu rosto devido aos panos que o cobriam. A única coisa que podia ser vista era os olhos claros e intensos, concentrados na luta que iniciara com os guerreiros.

— Mestre, o que faremos? – aquele garoto que Marinette encarava mais cedo perguntou.

— Vocês se prepararam, então lutem! – os demais se entreolharam e avançaram. Porém o invasor era muito ágil. Conseguiu derrubar alguns e lutava com vários ao mesmo tempo.

Marinette entrou no meio e acertou um chute nas costelas dele, que se retorceu. No entanto se recuperou rapidamente e desferiu um soco. A azulada conseguiu bloquear o ataque, mas logo sentiu uma flecha atravessar sua perna esquerda.

O invasor havia conseguido derrubar todos os guerreiros, apenas Adrien lutava com ele. O loiro segurou seu pé e girou, mas a pessoa usou as mãos no piso de mármore para impulsionar seu corpo no chão e usar o mesmo pé que o loiro segurava para chutar o mesmo.

A azulada puxou a flecha de vez da sua perna e atirou contra a pessoa, desviando a atenção dela e permitindo que Adrien a acertasse em cheio. Mas mesmo no chão ela conseguiu derrubá-lo e correr para o templo.

O Grande Mestre sentiu a necessidade interferir, então seguiu o invasor que estava prestes a pegar uma das joias sagradas.

— Eu sei porque está aqui e também sei quem é. – o invasor permaneceu de costas para ele mesmo assim – Mas tem certeza que essa é a melhor opção? Agora entende porque não quis confiar uma das joias à você? – num movimento rápido, a pessoa pegou uma flecha e atirou no Mestre, acertando em cheio. Em seguida pegou o que buscava e saiu.

— Mestre! – Adrien correu até o velho, enquanto Marinette corria e mancava atrás do invasor. A azulada pegou uma das cordas decorativas do festival e atirou no ser encapuzado, fazendo com que ele se enrolasse a caísse. Rapidamente o mesmo levantou e tentou acertar outra flecha em Marinette, mas a mesma desviou a mão dele para cima e acertou uma cotovelada nas costelas, fazendo o mesmo se retorcer. Aquele era seu ponto fraco.

A azulada saltou para o lado antes de ser atingida por um tapa cego e sentiu sua perna a puxar para baixo, mas usou suas mãos para segurar o peso do corpo e atingir a pessoa com a perna boa. Depois disso, Marinette ficou de pé, pegou a flecha da mão dele e usou para fazer um corte na costela, porém antes de fazer qualquer coisa, outra pessoa encapuzada apareceu pendurada em uma corda e pousou chutando Marinette pro lado.

A outra pessoa deu a mão para o primeiro invasor levantar, logo os dois fugiram pelo meio dos campos, assim fazendo com que os perdessem de vista.

— Meu Deus! – Tikki e Plagg correram até Mestre Fu e os demais guerreiros foram até ali para ver o que estava acontecendo.

— O invasor... – o velho disse e tossiu – Não deixem o espírito do Miraculous ser quebrado. Protejam-nos com suas vidas, assim como eu os protegi com a minha. – por fim deu seus último suspiro, levando consigo grande parte do espírito do vilarejo.

*

Adrien passou a tarde toda refletindo.

A primeira coisa que devia ter feito ao ver o invasor, não era perguntar à Mestre Fu o que faria e sim ter acabado com ele assim que teve a chance.

Na cabeça do loiro ele devia ter melhorado sua técnica de luta sem armas com um adversário armado. Devia ter melhorado seu chute. Devia ter mais atenção em golpes vindos de baixo. Devia ter protegido os Miraculous. Devia ter salvo Mestre Fu.

O garoto não conseguia enxergar onde foi exatamente seu erro, por mais que Tikki e Plagg tenham dito que não era culpa dele. Mas ele precisava saber, precisava encontrar onde tinha errado. Só não sabia o que faria depois de descobrir. Se castigar? Melhorar?

Era estranho, mas Adrien queria que a culpa caísse sobre ele. Porque assim talvez ele tivesse merecido algo de fato.

Ao encarar a caixinha preta em cima da cômoda, o primeiro pensamento que teve era que tinha que devolver o Miraculous, porque não o merecia. No entanto, a imagem de Mestre Fu o entregando e pedindo para que ele protegesse, fez com que mudasse de ideia. Não podia falhar com o velho, esse era seu desejo, que Adrien protegesse o Miraculous do Chat Noir. E ele o faria.

*

Marinette encarou a chuva caindo pela janela da cabana e suspirou. Olhou para cama e encarou a mala por fazer. Ela precisava sair dali. Já havia conversado com Tikki e Plagg que tiveram que tomar o lugar do Mestre, pelos últimos acontecimentos.

A azulada sentia que tinha falhado com o povo, falhado com Mestre Fu e ainda por cima, falhado consigo mesma.

E se falhasse protegendo o Miraculous da Ladybug?

Respirou fundo várias vezes tentando pensar em que rumo daria à sua vida.

Todo o povo do vilarejo estava fechado em suas casas lamentando os terríveis acontecimentos do dia anterior. Alguns questionavam a capacidade dos guerreiros, outros entendiam que as vezes o destino falava mais alto.

Marinette tentava entender até que ponto a culpa não era sua. Ela tinha feito tudo que podia, certo? Nem ela sabia como tinha conseguido lutar com a perna daquele jeito. Segundo Tikki: “A dor é psicológica. É possível contê-la quando a adrenalina fala mais alto”. Mas isso não era o suficiente, a azulada acreditava que na verdade tinha sido motivada pelo medo e desespero.

Medo e desespero de não decepcionar o povo, Plagg, Tikki, os Miraculous, Mestre Fu e à si mesma. Mas falhou na missão. Isso não poderia acontecer novamente.

O sentimento de dar um rumo à sua vida cresceu dentro do peito. Ela sabia, que de alguma forma, não falharia nunca mais em proteger algo.


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Notas finais do capítulo

Conheçam minha nova fic (sobre a Canário Negro): Canary Cry
Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx



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