Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 43
Conhecendo o Millard




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Dei a luz ao garoto mais lindo de todo esse mundo: o Millard. Eu estava muito feliz. Eu mal conseguia acreditar que ele estava vivo e que ele levaria uma vida normal como qualquer garoto, apesar de eu ter medo dos possíveis danos causados pela massiva influência de magia negra na gravidez dele.

Minha mãe foi até o hospital para me fazer companhia até que eu pudesse ir pra casa, e foi graças a ela que eu pude conhecer o meu menininho. Ele ainda estava rosado e inchado por ter acabado de nascer, ainda que já tivesse tomado banho e tomado uma poção especial para que ele não ficasse com fome até que eu pudesse amamentá-lo.

Millard tinha os cabelos ralinhos, mas eram negros como o do pai. Ele mal se mechia, me deixando apreensiva, mas vez ou outra ele se espreguiçava e voltava a dormir como um lindo anjinho. Minha mãe dizia que ele era um pouco parecido comigo, mas pra mim ele lembrava o Tom Riddle que eu conheci aos onze anos na escola.

Meu pai chegou duas horas após receber a notícia do nascimento do meu filho. Ele justificou o atraso dizendo que estava com Greyback. Eu detestava que meu pai passasse tempo na companhia do lobo. O problema era que apesar de Greyback ser fiel ao meu marido, meu pai era o único que conseguia controlar a sede de sangue do lobo, então era inevitável o envolvimento do meu pai, até porque a possibilidade de fazer dá família Nott a mais importante do mundo bruxo, fazia com que ele limpasse até os sapatos de Voldemort se assim fosse ordenado.

Eu não quis ver como Mérope estava, e tivemos que sacrificá-la para ela não ter uma vida de vegetal porque segundo os livros, ela se deterioraria, como se fosse explodida por dentro, então o certo a se fazer era fazê-la tomar uma poção para que ela descansasse. Eu pedi para que eles conservassem o corpinho dela até o dia seguinte para que eu e Voldemort decidíssemos depois o que fazer.

Ter o meu menino nos braços não me fazia esquecer a menina que eu perdi, mas eu estava feliz por ele estar bem, e foi então que eu decidi que faria de tudo para vê-lo crescer bem, feliz e com saúde. Eu seria a melhor mãe do mundo pra ele.

— Cuidado para não mimá-lo muito. Fizemos isso com você e olha o que você se tornou. – Minha mãe disse com um sorriso divertido.

— Me tornei a mulher mais importante do Mundo Bruxo. Ainda que meu marido não ganhe a Guerra, o que vai ser difícil de não acontecer, meu nome estará nos livros de história quando eu me revelar para o mundo! – eu respondi e ela apenas sorriu. Minha mãe não gostava que eu fizesse parte daquilo. No fim, eu, meu pai e Teodore já estávamos muiro envolvidos e a minha mãe temia por isso, já que quase perdi o meu pai uma vez na guerra.

— Ele será o orgulho da família, minha filha. Seu irmão é inteligente como você, mas ele não é forte e corajoso, mas Millard será! Já mandei acrescentarem o nome dele na tapeçaria da família! Millard Riddle. – meu pai disse orgulhoso. A verdade é que apesar das brigas, eu sempre fui a filha favorita dele, então não havia alegria que superasse o fato de eu estar dando a luz a um menino.

Infelizmente, Voldemort não poderia vir me ver no hospital, já que isso me deixaria exposta e atrairia todos os aurores de toda a Inglaterra, o que não seria interessante para os possíveis planos dele, mas isso não me impediu de ficar chateada já que ele poderia ao menos mandar algum recado, bilhete ou qualquer coisa sobre aquele momento, mas ele era Voldemort, não dava pra esperar muita coisa. Assim que Millard fizesse um ano, eu voltaria a assumir o meu posto de primeira tenente dele.

Mais tarde, recebi a visita de Druella e Rachel. Ambas acharam o Millard um garotinho lindo, apesar de muito quieto, e Druella concordou que ele lembrava Voldemort quando ainda era Tom Riddle. Elas teriam passado a noite comigo, se pudessem, mas quem fez isso foi a minha mãe, e a primeira coisa que ela fez foi pedir que me dessem remédio para dormir porque eu não me aguentava mais de ansiedade para mostrar o meu filho ao papai dele.

No dia seguinte, eu tive alta do hospital e eu pude levar o Millard e o corpo de Mérope pra casa. Teodore foi o encarregado de nos levar, e assim que eu cheguei, vi Voldemort me esperando com um olhar inexpressivo no rosto, ao lado de um Blink feliz e saltitante e de  mais um elfo doméstico.Nagini estava impaciente ao lado dos três.

— Venha conhecer o nosso pequeno Lord, meu amor. – eu o chamei e ele se aproximou devagar.

Era um dos raros momentos que ele parecia não saber o que fazer. Assim que ele se aproximou, pela primeira vez, Millard abriu os olhinhos. Parecia que ele estava adivinhando que o pai estava ali, e a tonalidade deles eram verdes tão claros que se confundiam com azuis, assim como os meus.

— Segure. – eu pedi e ele pegou o menino todo desajeitado. Tive que conter uma risada.

— Ele é tão pequeno e insignificante... será que é cedo pra ele receber a marca negra? – Voldemort perguntou e eu quase bati nele.

— É claro que é cedo! – eu retruquei indignada e ele me devolveu o menino com cuidado. Às vezes, ele parecia uma criança – Temos que ganhar essa guerra para que ele viva em um mundo melhor. À propósito, quero saber se você se importa de enterrarmos a Mérope junto com os meus antepassados, afinal, ela é uma Nott. Quero fazer um pequeno funeral pra ela.

— Eu tenho um ideia melhor para o destino da garota. Onde ela está? – Ele perguntou e eu indiquei o pequeno caixão que estava ao lado de Teodore que nos olhava imóvel.

Nagini resolveu se aproximar e e se levantou, ficando “em pé”. Teodore já ia me avisar para eu afastar Millard, mas então a cobra parou e ficou apenas observando o meu menino. Mal pude conter um sorriso ao ver que Nagini também gostava dele, até porque eles eram quase irmãos, e dali a algum tempo, Millard poderia falar com ela, porque imagino que toda a linhagem de Salazar herdará o dom de falar com cobras, mas enquanto eu refletia sobre isso, Voldemort a chamou em língua ofídia.

Eu não tive tempo de reagir, somente gritei, quase deixando Millard cair no chão quando vi Nagini abrir a boca e engolir Mérope de uma vez só. Blink veio correndo e pegou Millard do meu colo e o levou para o andar de cima. Por incrível que pareça, meu filho não chorou com o susto.

— Você enlouqueceu? Como dá a nossa filha, a minha filha para à Nagini? Você é um monstro! – eu gritei pra ele que me olhou confuso e irritado. Teodore olhava horrorizado a cena, mas não se pronunciou.

— Melhor que apodrecer em baixo da terra! Ela já está morta, Claire. Melhor alimentar Nagini e ficar conosco pra sempre do que virar comida para os vermes! – ele retrucou calmamente e eu continuei a observá-lo incrédula. Eu sei que a intenção foi boa, mas ainda sim...

— Mana, você vai ficar boa? Milord, tenho permissão para ir? – meu irmão perguntou e Voldemort apenas o espantou com a mão dando a entender que podia.

— Obrigada, Teo. Avise a mamãe que o funeral de Mérope está cancelado. Explique detalhadamente os motivos a ela, por favor.. – eu disse com desprezo e sarcasmo, depois o abracei antes que ele aparatasse.

Pedi para Magda ficar mais um pouco, me ajudando a cuidar do Millard pelo menos na primeira semana com a promessa de nunca tocarmos nela e na família e de pagarmos mil galeões. Eu sabia que a família dela era muito pobre e que o dinheiro seria muito bem vindo, então ela aceitou. A medbruxa confiava em mim.

Então, me concentrei em aprender a cuidar dele nessa semana que Magda estaris. Eu sabia que os elfos poderiam fazer isso, principalmente o que Voldemort trouxe, porque esse já havia cuidado dos bebês de um casal bruxo, mas eu percebi que seria uma mãe ciumenta demais porque se eu pudesse não deixá-lo nas mãos de ninguém, eu não deixaria. Ninguém saberia cuidar dele melhor do que eu.

Magda era paciente e até carinhosa com o Millard, e gostava de me ensinar tudo. Nada era mais fascinante do que cuidar dele, apesar de ele ser estranho e quieto demais. Aposto que Voldemort foi assim quando bebê.

Falando nele, ele não parava de criticar a minha atitude em cuidar de Millard, inclusive queria matar a medbruxa e dá-la a Nagini já que ela não era mais necessária para manter a minha gravidez segura. É claro que brigamos por isso porque eu havia prometido dinheiro, liberdade e proteção, e eu não iria faltar com a minha palavra.

A parte que eu mais gostava de fazer em Millard era dar banho nele porque eu podia sentir a textura macia da pele dele porque eu me lembrava que ele existia graças a mim e ao Voldemort. Mas se dar banho era divertido pra mim, para o Millard não era porque ele sempre  fazia uma carinha de choro porque não gostava de nada que atrapalhasse o sono dele. Milard era o típico bebê que só comia, dormia e sujava as fraldas... a única parte que eu deixava pros elfos fazerem.

Três dias após eu chegar em casa, ganhei uma caixa do Dumbledore que continha doces pra mim, um conjuntinho de roupinhas brancas pra ele e um dragão que sobrevoava o berço e soltava um fogo que não queimava pela boca. Segundo a tradição bruxa, o dragão simbolizava a criatura que espantava as trevas e todas coisas ruins que peiravam sobre o bruxo, e dessa forma, meu Millard estaria protegido.

Além de Dumbledore, recebemos presentes de todos os seguidores dele. Eram tantos que eu tive que passar uma semana organizando tudo junto com os elfos. Millard ganhou desde vassouras de brinquedos a varinhas encantadas que liam contos infantis, o que Millard detestava porque o atrapalhava dormir.

Realmente, agora eu posso afirmar com todas as letras do mundo: eu nunca experimentei felicidade maior em toda a minha vida!


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