"Caminharei entre os pinheiros

Para lá, onde eu a vi última vez

O entardecer lança um pano sobre o campo

E nos caminhos por trás à beira da floresta

E o bosque se ergue tão negro e vazio

Dói em mim, oh, dói

E os pássaros não cantam mais

Sem você não posso estar

Sem você

Com você também estou sozinho

Sem você!

Sem você eu conto as horas

Sem você

Com você param os segundos não passam"

(Ohne Dich - Rammstein)

Conforme o prometido, só fiquei por mais uma semana em Londres. Fui ao casamento de Druella e Cygnus acompanhada por Lestrange e vimos Malfoy e Mandy se casarem também.

Riddle compareceu somente ao casamento de Malfoy, mas apenas para dar uma passada rápida e felicitar o amigo. Nem nos falamos. 

Passado aquela semana, eu fiz as minhas malas e iniciei a minha viagem pelo mundo.

Lestrange havia conseguido um emprego no departamento de leis mágicas, coisa que o fascinava, e eu faria uma especialização em finanças depois que voltasse e me casasse com ele.

Passei a noite que antecedeu a minha partida na cama com o meu futuro marido. A intenção foi fazer o melhor sexo das nossas vidas para aguentarmos até que eu voltasse já que eu não pretendia traí-lo e nem ele a mim já que ele estava apaixonado demais e eu estava começando a gostar dele de verdade.

A minha primeira parada foi na França, o país que eu mais amava no mundo. Me hospedei em um hotel bruxo fabuloso cuja sacada eu podia ver a Torre Eiffel num tamanho assombroso. Pensei em Lestrange e no quanto de sexo poderíamos fazer olhando para torre e é óbvio que eu detalhei tudo o que eu gostaria de fazer com ele ali na primeira carta que eu mandei a ele. Mantinhamos o hábito de mandar cartas íntimas um para o outro como forma de aguentar a distância.

A intenção era ficar apenas cinco dias na França, mas prolonguei para sete porque eu realmente amava aquele país. Era uma pena Lestrange não querer se mudar comigo pra cá depois de nos casarmos, mas de certa forma, eu o entendia.

Na França, conheci o responsável pelo o Gringotes de lá, um duende até simpático, além de fazer uma tour pelo lugar, então eu percebi que todas as filiais eram exatamente iguais, só ficavam localizadas em lugares diferentes.

Após comprar algumas coisas na França e mandar pra casa, eu fui pra Itália e da Itália para Espanha e enfim Portugal.

Além de aproveitar cada pedaço dos lugares que eu passava, eu sempre comprava alguma coisa que me fizesse lembrar dos dias que eu fiquei nele.

Depois fui para a Polônia, Alemanha e demais países europeus, até chegar na Rússia e então conhecer os países asiáticos. Era um lugar mais fantástico que o outro!

Nadei com sereianos das mais diversas localidades, tanto que aprendi o idioma deles. Conheci diversos clãs de lobisomens, vampiros, inclusive sendo convidada a fazer parte de alguns deles.

Conheci povos bruxos que nunca haviam tido contato com a civilização e não sabiam o que era uma varinha, apesar de serem extremamente poderosos e de conseguirem manipular a magia de acordo com as próprias necessidades. Conheci e convivi com os gigantes e me lembrei de Hagrid, que o Riddle culpou pela abertura dá Câmara Secreta.

Então conheci Newt Scamander e passei quase um mês viajando com ele pela Ásia e depois pela África.

Com Newt, descobri onde e como os dementadores nascem, descobri o que é um obscuros e conheci animais fantásticos, muitos dos quais eu nunca havia ouvido falar.

Newt era apaixonado por uma prima do Les, mas eles nunca chegaram a ficar juntos porque ela foi prometida a outro. Era por isso que eu detestava casamentos arranjados.

Depois, passei um tempo observando os trasgos que viviam em montanhas asiáticas com ele, e foi nessa viagem que conheci Rachel, quando fui à América e me separei do Newt. Ela era americana e também estava se jogando no mundo. Rachel era uma garota alta, desengonçada, apesar de muito bonita, tinha os cabelos negros e olhos castanhos, e não queria voltar pra casa porque seu país estava destruído por uma guerra trouxa e os pais haviam morrido enquanto lutavam à favor de Grindewald.

Grindewald havia sido derrotado por Dumbledore, meu querido Dumbledore que eu não deixei de escrever durante a viagem. Ele me dava dicas de lugares para visitar e de pessoas para conhecer.

Então, as únicas pessoas que eu escrevi durante essa viagem foram Lestrange e o tio Dumb.

Rachel tinha o temperamento parecido com o meu e achou o máximo que eu estivesse fazendo essa viagem e que quando voltasse para Londres, teria o meu noivo me esperando.

Claro que contei tudo sobre mim a ela assim como ela a mim. Contei dos meus anos em Hogwarts, de Riddle ( que ela ficou muito curiosa em conhecer, o que me deixou levemente enciumada), contei de Lestrange, Druella e Dumbledore que ela havia curiosidade em conhecer. Então ela me disse sobre as pessoas que amou e em como foi trocada pelo noivo e da escola americana que ela estudava. Ela sempre quis ir para Hogwarts em intercâmbio, mas os pais nunca deixaram.

Quando eu estava prestes a voltar pra casa, recebi uma carta de Dolohov que agora morava na Dinamarca, me convidando para passar alguns dias na mansão da família dele e é óbvio que eu aceitei e levei Rachel comigo.

— Como o Lestrange permite que uma noiva tão linda quanto você viaje pelo mundo sozinha? – perguntou Dolohov enquanto me beijava no rosto – fico realmente feliz que tenha vindo me visitar.

— Sabe que ele não manda em mim, Toni. – eu respondi – e essa é a Rachel Watson. Rachel, esse é Antonin Dolohov, mas Toni pra mim.

Eles se cumprimentaram e eu logo percebi que rolou um clima entre eles.

— E o seu sangue é...? – perguntou Dolohov à Rachel na maior deselegância, fazendo eu chutá-lo.

— Puro. – ela respondeu – minha família era uma das mais tradicionais da América, mas perdi todos lutando por Grindewald. Hoje, só sobrou eu, uma alta quantia no Gringotes é um sobrenome que eu não conseguirei passar pra frente.

— Lamento muito, sta. Watson e me perdoe a pergunta indigesta, mas meus pais não gostariam que tivéssemos uma sangue ruim debaixo do nosso teto. – ele disse com cabeça baixa em sinal de respeito.

— Altamente compreensível. – ela respondeu

— Rachel voltará comigo para Londres. Agora eu sou a família dela! – eu disse fazendo-a sorrir – mas diga-me, Toni, sei que está se correspondendo com meu futuro marido. Você tem notícias dos nosso amigos? Não falo com ninguém desde que viajei, só com o Les.

— Bom, Malfoy conseguiu se manter fiel somente por duas semanas de casamento. Ele está louco e já pensa em se divorciar, mas sabe como é, família... e Avery vai se casar depois de você e Lestrange. Ele está animado e parece que encontrou o amor da vida dele. Black está feliz com a Rosier que agora é Black e começou a trabalhar no Ministério também e o Mulciber está conhecendo a irmã do Flint. Flint está nervoso com isso. E o Riddle... com ele eu não tenho falado, mas eu soube por Malfoy que ele está trabalhando na Borgin & Burkes.

— Borgin & Burkes? Tem certeza? Ele é tão talentoso para trabalhar numa loja idiota dessas! Slughorn dizia que ele poderia ser Ministro da Magia em 15 anos e eu sei que ele estava certo quanto a isso. Eu o imaginava o Riddle como pesquisador famoso, publicando vários livros com as descobertas que ele faria e terminando a vida como professor em Hogwarts... – eu disse

— Ou sendo o segundo Grindewald. – comentou Lestrange e eu ri – sério, não vá negar que ele era meio sinistro, além de ser perito nas artes das trevas.

— Riddle é o gostosão que você comentou? – perguntou Rachel e eu ruborizei batendo nela. Dolohov riu.

— Nós pensávamos que você terminaria com ele, mas fez bem em escolher o Lestrange. Riddle acabaria te matando. – disse Dolohov e eu apenas sorri.

Lembrar do Riddle e de tudo o que poderíamos ter vivido juntos ainda doía, mas eu estava feliz com a escolha que eu havia feito porquê do contrário, eu acabaria em uma casinha sem graça enquanto Riddle dava um duro na Borgin & Burkes e eu trabalharia no Gringotes para ajudar a cobrir as contas, e não por diversão.

Não ficamos mais do que uma semana na Dinamarca e logo voltamos para Londres. Rachel adorou o lugar e eu a ajudei comprar uma casa legal pra ela e a decorá-la porque quando nos conhecemos e eu a chamei para morar aqui, começamos a comprar móveis para ela imobiliar a casa dela também.

Quando voltei, descobri que passei 3 meses viajando, só faltando um para o casamento, então Rachel me ajudou a finalizar os detalhes.

Lestrange estava se tornando alguém importante. Eu deixei um garoto que andava com os cabelos despenteados e a camisa aberta aqui e voltei para um homem de responsabilidades. Agora ele usava óculos, mantinha os cabelos negros penteados para trás e só andava de terno e mala. Inclusive, ele havia se tornado uma pessoa mais séria, o que era extremamente sexy e me fazia querer transar com ele o tempo inteiro, tanto que alugamos uma casinha só para passarmos todas as noites juntos, apesar de meus pais não aprovarem, mas que se dane, ele era o meu noivo e ninguém mandava em mim.

Eu estava muito feliz e ele também, e quando menos esperamos, chegou o dia do nosso casamento.

Eu estava muito nervosa e Rachel e Druella buscavam me acalmar. Convidei todos do meu ano da escola para comparecerem ao casamento, exceto os sangues ruins. Convidei todas as harpias de sangue puro também e havia grandes chances de Charlus Potter comparecer. Ele havia terminado com Minerva e agora estava noivo de outra, mas eu não dava mais a mínima pra ele.

Eu estava no meu quarto matando o tempo com as minhas amigas porque o casamento estava marcado para às sete e eu queria atrasar uma hora e meia para ter uma entrada triunfal. Rachel, às vezes, saia do quarto para observar tudo e voltar para narrar os acontecimentos e, segundo ela, Lestrange não parava de esfregar as mãos em um nervosismo sem fim enquanto conversava, ao que parece, com o chefe do departamento onde ele trabalhava.

Eu reclamava do fato de não ter lua de mel. Lestrange disse que viajaríamos quando as férias dele chegassem, mas eu não queria esperar. Inclusive brigamos naquela noite por conta disso e eu o acusei de querer me abandonar em breve para fugir com o chefe dele. Foi a gota d'água e ele saiu do quarto batendo a porta, mas voltou cinco minutos depois para pedir desculpas.

O que melhorava as coisas é que eu já havia dado a volta ao mundo, mas eu não tinha ficado tempo suficiente para conhecer todos os lugares direito, então eu queria mais um ano, pelo menos, fora.

Não demorou muito e deu a hora de eu sair. Fui o centro das atenções durante toda a cerimônia porque eu realmente estava perfeita. Lestrange também estava lindo e sorria nervoso de orelha a orelha.

Nossa festa foi incrível. Todo o corpo de professores comparecereu, nossos amigos da escola, com exceção do Riddle. Também compareceram os colegas de trabalho dos meus pais, dos pais do Les e do próprio Les.

Tiramos milhares de fotos, mas saímos antes do fim da festa porque se não teríamos nossa lua de mel, pelo menos teríamos uma noite de núpcias decente.