Es War Nur Ein Traum escrita por TaeMinnie


Capítulo 12
Capítulo 12




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Passaram-se 3 dias, finalmente havia chegado o aniversário de 17 anos de meu pequenino. Ele estava muito feliz com o tal dia, quando o telefone tocou.

- Parabéns meu amor, felicidades, a vovó te ama... -

-Obrigado- Disse Tom que estava com um sorriso no rosto que logo se desmanchou, e eu matei a charada sabendo que era Simone que havia ligado.

-Daqui a pouco eu irei passar ai para dar seu presente ok?

-Não vó. Eu irei sair venha amanha pode ser

-Ah, você vai sair... Então amanhã eu irei passar ai... Beijos, vovó te ama.

Desde criança Tom não gostava de Simone. Bom nem eu. Ele não se sentia bem com a presença dela, toda vez que ela o visitava Tom ficava estranho, triste, como se Simone o ameaçasse de alguma forma.

-Vai sair? Ou era mais uma de suas invenções com sua avó?

-Não sei mãe. Eu só disse aquilo, pois eu não a quero aqui em casa hoje.

-Tom! Ela é sua avó... Ela tem que partilhar com você datas especiais como seu aniversário.

-É, mas ela não gosta de você, e também não gostava de meu pai. Agora ela está querendo ser a melhor avó do mundo? Agora ela quer corrigir os erros? Fingir gostar de mim?-Disse Tom a semicerrar os olhos e tentar segurar as lágrimas.

-Filho não é assim que as coisas funcionam. Ela gostava sim de sue pai.

-Não gostava nada. Ele falou para mim –Ele aumentou o tom da voz e me olhou com frieza.

-Quem falou isto pra você? – Disse eu meio confusa-

-Meu pai, ele que me contou... Ela não gostava dele, pois ela não o desejava estar grávida, mas o Sr Gordon a obrigou a terminar a gestação, pois senão acabaria o relacionamento dos dois, e a avó gostava muito dele

-Mas como ele te contou Tom? Ele já estava morto quando você nasceu, e quando ele deixou de aparecer você tinha apenas dois anos?- Disse eu cada vez mais confusa-

-Esquece mãe, você nunca irá compreender- Ele disse a abaixar a cabeça e fazer sinal de negativo.

Fiquei meio confusa em relação daquele assunto, fui para o meu quarto refrescar as ideias.

Achei que Tom estava enlouquecendo. Tudo bem eu via o Bill, mas ele tinha apenas dois anos quando ele deixou de aparecer, era praticamente impossível Tom saber daquilo, ele estava envolvido demais emocionalmente com o pai...

-Alô- Eu disse em desanimo.

-Dona Victória? É a Yasmin

-O que eu já falei sobre a dona?

-Desculpe-me Vicky... Meu Tommy está?-

-Está sim, me deixa ir chamá-lo, ele está no quarto-

Cheguei ao quarto de Tommy e ouvi um fundo suspiro como se ele estivesse chorando.

Entrei no quarto e lá estava ele com a face enterrada no travesseiro, encolhido... Como eu já tinha imaginado.

-O que foi meu bebê- disse me sentando na cama-

-É que hoje era para eu estar feliz, com minha família, eu queria meu pai de volta mesmo sabendo que isto não é possível, eu queria conhecê-lo melhor.

Eu queria que ninguém achasse que sou maluco, só porque eu via meu pai... -Disse Tom enxugando as lagrimas que caiam mais e mais.

-Eu também queria seu pai de volta... Eu sinto muita falta dele. Eu tinha sua idade quando ele morreu, eu era muito nova, eu não tinha aproveitado a vida e nem aproveitei, pois eu me prendi a ele, a sua memória. Eu não quero o mesmo para você, eu quero que você aproveite sua vida... Você e a Yasmin, que a propósito está a sua espera no telefone. –

-Oi meu anjo- Disse Tom com a voz embargada.

-Parabéns meu amor, muitas felicidades... Amo-te muito-

-Obrigado- Disse Tom com a voz triste e ainda chorosa

-Estava chorando? Sua voz está estranha. –

-Não, não, acho que estou ficando resfriado. –

Tom nunca era de admitir que estivesse chorando usava a filosofia de que ‘’Homem não chora’’.

-Ok... Err... Irá fazer algo está noite?-Disse Yasmin tentando alegrar Tom.

-Não sei... Acho que irei a fazer companhia a minha mãe-

-Yasmin ele vai sair com você- Gritei eu da cozinha.

-Eu ouvi o que sua mãe disse-Disse Yasmin a gargalhar.

-Só minha mãe mesmo para me fazer rir, já que é assim fui expulso de casa eu saio com você.

-Ok, eu te encontro mais tarde-.

-Ok, eu passo em sua casa... Amo-te-

Logo que ele desligou fui falar com ele.

-Você vai sair com ela. - Disse eu levando a mão à cintura.

-Não sei mãe. - Disse Tom com a voz manhosa

-Eu não estou perguntando se você vai, eu estou mandando você ir, eu não quero você em casa no dia de seu aniversario. –

-Já vou me arrumar Senhora- Disse Tom de um jeito debochado a bater continência.

Dei um soco fraco, meio sem jeito no ombro dele, enquanto ele ia para o quarto se arrumar.

Tom podia ter qualquer semelhança com Bill, exceto o estilo de roupa.

Tom gostava de andar todo largado, estilo ‘’single rapper’’.

Tom foi ao encontro de Yasmin enquanto eu fiquei em casa lendo as cartas que Bill tinha me deixado.

Mesmo ele estando morto, meu amor por ele se renovava... A cada vez que eu lia aquelas cartas.

Aquilo me dava mais vontade de viver e deixar Tom viver, sem ter que carregar as memórias do pai que o acompanhou por toda infância, que o viu crescer mesmo não estando mais vivo... Eu ainda amava Bill de um jeito mais especial que antes. E esse amor que eu sentia eu retribuía todo para Tom, que era idêntico a ele, em tudo no romantismo, no jeito meigo de falar, na doçura do sorriso...

Eu ainda não aceitava que Bill tivesse partido tão cedo. A nossa história não completou, mas tínhamos Tom e Yasmin para fazer dela um final feliz.

Tom bateu na porta (eu pensei que ele já tivesse saído) de meu quarto, ele estava aparentemente feliz, mas eu via nos olhos dele que aquilo não o satisfazia completamente, faltava algo para completar a sua felicidade, era a mesma coisa que faltava para completar a minha, o Bill de volta... O que nunca poderíamos ter...

-Mãe, posso entrar? - Disse ele já a entrar.

-Claro filho, você sabe que nem precisa pedir-Disse eu juntando todas as cartas de cima da cama.

-Estou bonito?- Perguntou ele a sorrir que nem uma criança.

-Eu sou suspeita de falar algo, mas você está lindo como sempre meu bebê.

-Obrigado mãe... Já estou indo, Yasmin já ligou milhões de vezes.

-Imagino, eu pensei que você já estivesse ido... Precisa de algo? Dinheiro, preservativos?-Disse eu a rir

-Mãe, eu fico constrangido, não preciso não, pra falar a verdade, acho que sim, pois a da minha carteira deve ter vencido, sou virgem ainda... -Disse Tom a ficar cada palavras mais ruborizado.

-Não acredito que meu menininho ainda é virgem? Que lindinho isso ai não siga o exemplo de sua mãe que perdeu a virgindade com 14 anos, siga o de seu pai que perdeu a virgindade na sua idade. - Disse eu a gargalhar para ruborizar mais Tom.

-Tudo bem, mãe... Eu já vou antes que você me mate de vergonha-

-Tchau meu amor... Você vai voltar hoje?-

-Não, vou dormir na casa da Yasmin... Nada de pensamentos maliciosos hein mãe... –

-Ok, meu pequeno, te amo-

-Também te amo-

Ele saiu aquele andar... O jeito de falar que me fazia lembrar Bill, ainda mais com a caixa aberta, as fotos, as cartas na a cama... Aquilo mexia mais comigo.

No dia seguinte...

Tom chegou com Yasmin, eles estavam alegres, radiantes, pareciam duas crianças depois de um dia no parque.

Eu fingi que estava dormindo, não queria incomodar os dois, mas eu queria saber o que tinha acontecido... Eu ainda me sentia jovem, me sentia como Tom e Yasmin...

Ouvi apenas um breve dialogo dos dois

-Gostou da nossa noite amor?-Dizia Tom num jeito provocador que eu conhecia bem de seu pai.

-Como gostei Tom, a primeira sempre é a melhor noite- Disse Yasmin sussurrando como se tivesse com vergonha.

Quando ouvi aquilo logo assimilei com minha conversa sobre a virgindade de Tom, comemorei como se o Schalke 04 tivesse ganhado o campeonato.

-Que bom que você gostou- Disse Tom que intercalava palavras com uns barulhos que pareciam ser de beijos.

-Tom menos aqui não, vai que sua mãe acorda você sabe que sou muito tímida-

-Hum... Tímida? Ontem a noite não parecia... Vamos lá pro meu quarto, você está na minha casa, fica tranqüila... –Dizia Tom, vamos dizer em um jeito safado, que me fez rir muito em meu quarto.

Fiquei a observar, depois que foram ao quarto eu me levantei e fui para a cozinha. Ainda eram 08h00min, não agüentei de curiosidade ao ver a porta entre aberta, mas foi em vão eu só vi um monte de roupa jogada no chão, já que a cama de Tom ficava no outro canto do quarto.

Voltei para a sala, nem liguei a televisão, justamente para não notarem minha presença na casa, fiquei pensando na vida que levei e que em alguns meses já iria fazer 17 anos que Bill tinha morrido, mas ele ainda estava entre nós eu sentia não falava nada para Tom, mas eu sentia a presença de Bill.

Eu estava viajando em meus pensamentos quando fui abordada com um beijo de Tom.


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