Zombie apocalypse - You need to survive escrita por Gabii Amorim


Capítulo 15
O fim


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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# Scarlett Anders

 

Depois de muita insistência de Nef, aceitei que ele ficasse de guarda para que eu pudesse descansar um pouco. Tudo o que acontecera com ele me dera um gás a mais, uma vontade maior de sobreviver.

Me deitei em uma das camas pequenas e adormeci na hora.

Eu estava no mesmo corredor escuro novamente. Puxei minha mochila e peguei a lanterna. Acendi a luz e comecei a analisar todo o corredor. Tintura descascando, quadros empoeirados e mal posicionados, chão sujo. Tudo estava como antes. Às minhas costas, ouvi um barulho arrastado de pés extremamente próximo. Olhei para trás e iluminei as minhas costas. Dezenas de zumbis adentravam por uma fresta num portão branco. Comecei a correr até o fim do corredor, onde eu já sabia que havia a janela. Destravei os trincos ligeira e joguei os dois pés para dentro da janela. A luz fluorescente fez meus olhos lacrimejarem e quando, finalmente, me habituei, vi que eu estava em um aposento minúsculo, até mesmo eu estava apertada naquele lugar.

Olhei através da janela às minhas costas e vi que a orla de zumbis continuava se aproximando rapidamente. Em uma das paredes do pequeno cômodo, havia uma espécie de interfone branco que se camuflava muito bem na parede igualmente branca. Toquei-o diversas vezes, mas nada aconteceu. E neste momento, mãos frias e sujas tocaram minhas costas, gritei, meu grito ecoou no aposento pequeno e uma luz ainda mais forte invadiu. Uma porta grande ao lado do interfone havia se projetado de repente.

— Lett, esta tudo bem? - Perguntou Nef.

Me sentei com esforço, minha cabeça estava doendo como se fosse se rachar ao meio. Ainda era noite. Eu estava pálida e todo o meu corpo tremia. Minha franjinha estava colada em minha testa devido ao suor.

— O que... O quê houve? - Perguntei.

— Você gritou e eu vim ver o que era, você estava se contorcendo toda. O que aconteceu? - Perguntou ele.

— Na-nada, foi... Foi só um sonho.

— Tem certeza?

— Sim - Assenti.

Não sabia por que eu queria esconder aquele sonho, ms achei que até eu descobrir o que significava, seria melhor que eu o mante-se em segredo.

Nefarius me olhou como se pudesse ler minha mente.

— Certo, venha, você precisa comer alguma coisa. - Disse ele me ajudando a levantar.

Peguei algumas barrinhas de cereais.

Comi em silêncio, estava pensando no sonho, nunca fora tão longe nele quanto hoje e eu não sabia se queria tornar a ver tudo aquilo. Havia sentido a morte tão perto como nunca. Talvez não eu, mas alguém iria morrer ali. Balancei a cabeça para afastar esta lembrança.

— Vou ficar de guarda o resto da noite. - Falei.

— O que? Não, eu fico, va descansar e...

— Já descansei, estou bem. - Insisti.

Nef me olhou prestes a discutir e eu sorri.

— Não se preocupe, ta tudo bem.

Após muita insistência, ele concordou. Foi para o quarto dormir e eu peguei uma cadeira e me sentei de frente à grade novamente. Não queria ficar ali sentada, precisava fazer alguma coisa.

Peguei um papel numa estante próxima e escrevi: Volto já, não se preocupem. - Pro caso de alguém acordar e não me encontrar.

Peguei o coldre com a bereta e munição, meu machado e a lanterna. Abri a grade e o portão e sai.

O céu estava lindo, brilhando de estrelas e  já começava a clarear.

Comecei a caminhar e me lembrei de que deveria haver um mercadinho próximo dali. Após 10 minutos, minhas lembranças se provaram reais. Entrei no mercado com o machado preparado e a lanterna. O lugar havia sido abandonado a dias, estava empoeirado e sujo, algumas estantes estavam caídas no chão juntamente com latas e caixas de comida.

Revistei primeiro o lugar para verificar se havia algum zumbi, mas eu estava sozinha, então comecei a procurar por alimentos não perecíveis. Encontrei uma cesta de plástico e joguei todos os alimentos dentro. Finalmente enchi a cesta de sopas, milho, legumes e verduras enlatados, barrinha de cereal e outros alimentos, então sai.

Resolvi fechar a porta para que pudesse pegar mais suprimentos depois se fosse necessário, sai de costas puxando a porta e senti uma mão fria tocar meu ombro.

" Não, não, não "

Me abaixei lentamente e posicionei a cesta no chão, me levantei em seguida e me virei, enfiei o machado na testa do zumbi e quando este caiu.

— Ai meu Deus! - Murmurei.

Dezenas de zumbis me cercavam. Percebi na hora que sair andando por ai a noite em meio a um apocalipse zumbi, não era uma ideia muito boa. Haviam zumbis de mais para que eu matasse sozinha. Porém, eu não ia desistir tão cedo. Eu tinha motivos para continuar viva. Eu iria lutar.

Peguei minha bereta no coldre, comecei a atirar em cabeças alheias. Dezenas de miolos se estouraram e o líquido preto-avermelhado espirrava para todos os lados. Deveria ter pego as duas beretas, mas agora já era. Uma só ia ter de servir.

Já havia matado uns 15 zumbis, mas outros não paravam de chegar vindos de trás das árvores e de dentro das casas da vizinhança.

Matei mais 6 zumbis, antes da munição acabar. Percebi que não daria tempo para recarregar, outros 5 zumbis estavam próximos de mais. Peguei o machado e comecei a matar um por um, meus braços começaram a doer com o esforço que eu precisava fazer para enfiar o machado na cabeça dos zumbis e retirar novamente em tempo recorde.

Haviam zumbis a passos de distância de mim.

Seria o meu fim?


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Notas finais do capítulo

Tenso, não?
:0
*Próximo capítulo: Terça - 07/02/2017*
Não deixe de conferir!



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