No Final do Arco-Íris escrita por Indignado Secreto de Natal, Lari Teefey


Capítulo 2
A corda e a bengala




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Contrariando todas as expectativas e planos de Bevy, Sirius e Oliver se deram muito bem. Bem demais, para o gosto dela. Ela pensava que aquilo devia ser um programa pai e filha, mas Olivier desviou todo o foco do passeio, e então, ela era a deslocada. Fez questão de fechar a cara o máximo que podia, para que Sirius soubesse que aquilo não estava do jeito que queria, mas seu pai parecia não estar vendo, ou então não se importava, com o seu repentino mau humor. Acabou que no final, tudo virou mais que compras de natal.

Eles já haviam revirado toda a Londres trouxa, Bevy tinha seus pés doendo e já estava cansada de andar, quando Sirius teve uma brilhante ideia, do tipo que só gente desocupada tinham.

— Eu circulei um pouco essa parte de Londres e achei algo que tive curiosidade. — Ele parou em frente a uma porta azul comum, no meio de uma rua pequena. — Vocês já foram em uma adivinha bruxa?

O lugar tinha um cheiro de incenso vencido, Bevy torceu o nariz. Sirius foi na frente.

— Por favor, queremos jogar.

 

—/—

 

Sirius estava amimado com a experiência. Havia meses que estava rodeando a porta, tomando coragem para conhecer algo totalmente novo para ele, mas despertava seu interesse. Quando chegou sua vez, sua tentativa de não parecer ansioso falhou.

A sala era clareada com milhares de velas, o mesmo incenso do lado de fora estava ali, só que bem mais forte. Ele se sento na cadeira indicada pela mulher. Ele se surpreendeu com isso, porque imaginava que ela seria uma daquelas idosas.

—— Bem vindo, Sirius Black. — não era surpresa ela saber seu nome. — Beba o chá.

Ele o tomou em um só gole ansioso. Deixou um pouco no fundo, mexeu, virou a xícara de cabeça para baixo e deu três batidinhas. Ela pegou a xícara e leu em silêncio.

— Eu vejo um estrela pequena aqui, o que significa sorte. — ela girou a xícara para o lado direito, delicadamente. Durante um minuto foi assim, até que ela por fim disse: — Você tem amigos leais, Sirius, vejo isso pelo cachorro aqui. E... vejo que se livrou de algo que estava lhe atormentando, o balão me diz isso.

— Mais alguma novidade?

— Sim, algo parecido com uma abóbora me diz que um relacionamento amoroso está se formando.

Sirius sentiu seus olhos brilharem.

— Sim, você está certa.

— Cuidado, existe bem e mal. Existe momento bom e ruim. Lados opostos. Você precisa ter mais responsabilidade.

Ele ficou sério, e antes que pudesse falar algo, ela o dispensou.

 

—/— 

 

Ela anotou mentalmente de matar Sirius por essa ideia. A mulher a olhou, depois colocou uma xícara cheia de chá da Índia na sua frente, e lhe indicou para beber.

— Você está incomodada com o garoto lá fora. — ela disse de repente. Não perguntou, afirmou. Bevy suspirou, e logo em seguida bebeu seu chá, quase se esquecendo de deixar um pouco pro final.

Virou a xícara de cabeça para baixo em cima da mesa e deu três tapinhas. A mulher olhou atentamente por um bom tempo. Virando a xícara para um lado... para o outro. Bervely já estava impaciente quando ela começou.

— Precisa ser paciente, menina. Vejo um homem, o que significa que você terá um visitante inesperado. Hummm, aqui tem uma bengala numa corda. Você precisa de apoio num assunto delicado.

A mulher parou de repente. A olhou no fundo do seus olhos, o que provocou um arrepio na nuca de Bevy.

— Pobre criança. Sinto muito pelo que aconteceu com sua mãe.

Bervely se sentiu enojada e prestes a desmaiar. Por Merlin, por que ali e agora? Depois de todo esse tempo, onde Rose aprendeu a controlar essas lembranças e emoções...

Levantou-se bruscamente da cadeira, e antes que saísse, ainda ouviu a mulher dizer:

— Você tem um lar amigável.

Ela passou disparadamente por Sirius e Oliver, que viraram a tempo de ver um culto preto saindo do local. Ela ficou em silêncio durante a viagem de volta inteira.

Ela viu que Oliver ficou preocupado, o que irritou mais ainda. Tudo que menos precisava agora era de alguém que tivesse pena dela. Sirius não insistiu, ele sabia o que poderia deixá-la tão abalada nas circunstancias atuais. Por mais que ele tentasse lutar contra, isso doia nele também, não desejava esse destino para ninguém, nem para Bella.

Um destino pior que a morte.


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