No Final do Arco-Íris escrita por Indignado Secreto de Natal, Lari Teefey


Capítulo 1
Notícias


Notas iniciais do capítulo

Esse é meu presente pra você, Naida. Não fica chateada pela hora. Eu fiz e apaguei várias vezes, porque não estavam do meu agrado. Pensei em fazer uma one, mas a inspiração não deixou. Estamos com saudades de você lá no grupo! Volta pra nós.

Feliz natal, linda, tudo de bom pra ti e aproveite! ;*)



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I dive into the future

But I'm blinded by the sun

I'm reborn in every moment

So who knows what I'll become1

 

Bervely estranhou quando recebeu uma carta especial uma semana antes do natal. Estava estendida na cama, quando uma curiosa coruja negra bateu com o bico em sua janela, a ave a picou quando ela pegou a carta de sua mão, e Bevy soltou um palavrão baixinho.

"Bevy, estou preparando as coisas para esse natal ser especial. Nosso primeiro natal de verdade. Eu, Sirius Black, um homem livre, da pra acreditar? Não quero tomar mais o seu tempo, mas será que se incomodaria em me acompanhar à umas compras para a refeição? Não sei muito andar pelas ruas trouxas de Londres atual e não quero aquele elfo velho e nojento preparando a comida que eu vou comer. De repente ele aproveita pra me envenenar, como vingança por eu ter tirado o quadro de mamãe daquela parede velha e brega. Passo na casa de Andie amanhã, às 09:00.

Almofadinhas, um cão livre (e lindo)"

Bervely riu, como não fazia há meses. Sirius estava feliz, ela sentia, e isso era tão gratificante! Era como tirar um peso das costas, e ela não queria que essa sensação acabasse nunca. Ela queria correr pela casa e gritar para todos o quão estava feliz. O fim da guerra chegou, finalmente. Ela não fazia ideia de que a sensação de liberalidade fosse tão bem vinda. 18 anos se escondendo e sendo perseguida. Mesmo depois de meses, sua ficha ainda não caiu. Voldemort fora finalmente derrotado por Dumbledore. Ela lamentava não ter visto o grande duelo dos dois, e finalmente a queda daquele que não devia ser mencionado. O diretor de Hogwarts também derrotou o aliado tão temido de Voldemort, Thor Carmichael, a aliança que Bervely sabia muito bem que só era um meio de Thor conseguir a glória pessoal. Ele não se importava com Voldemort, ou com sua mania de limpeza de sangue. O gato Jinx surpreendeu Bervely ao conseguir teletransporta-la para o lugar em que o pai de Hector se encontrava, e aí foram só questões de segundos até que Dumbledore e Sirius aparecessem no local, o último tendo seguido a localização de sua coleira. Isso lhe custara a vida de Jinx, que morreu logo depois de conseguir usar sua magia. Dumbledore lhe dissera que isso era raro, mesmo num gato mágico, e que sua morte foi ocasionada pelo excesso de força que o gato precisou usar no ato. Bervely chorou igual a uma criança durante uma semana inteirinha. O que levou Andrômeda a achar que Bervely poderia tentar um suicidio, por meio de poções, e então Snape pegou todo seu estoque de sono sem sonho, por segurança.

No entanto, o efeito da guerra ainda não passou para todos. Às vezes, de noite, Bevy escutava sua tia chorando na sala, sendo reconfortada por Ted. Sirius ainda tinha pesadelos quase todas as noites, e Anne conta que Remus também tem mais olheiras constantes. Elas mesmas achavam que era melhor nunca pensar demais. A Grande Batalha deixou muitos mortos, entre eles: Cedric Diggory, que tinha finalmente conseguido seus NIEM's para Auror, Colin Creewey, Susana Bones, Fred Weasley... também havia Tara, que não teve tempo que descobrir que o seu suposto pai estava escondendo corpos mortos no porão de sua antiga mansão. Quando Bervely chegou, suas pernas a traíram, ao ver o corpo de sua antiga colega jogado no chão. Tara não tinha arranhões, o que significava uma morte limpa. Thor não riu, o que indicou que também não estava satisfeito em ter o feito. As feridas ainda doíam, faziam apenas três meses, mas cada família tentava seguir o seu caminho da melhor forma que conseguissem.

Ela ouviu um som de aparatação na sala. Andrômeda havia deixado o feitiço contra-aparatação desativado, para quando voltasse. Ela subiu apressadamente as escadas que levavam à sala.

— Olá, Bevy, querida. Alguma novidade? — Andrômeda indagou, enquanto arrumava suas recentes compras em cima dos balcões.

— Sim, eu finalmente conseguiu encontrar a casa que eu estava esperando. Minimamente digna, e pasmem, me surpreendeu.

Andrômeda desviou um pouco a atenção das bolsas para encará-la.

— Ah, então é bonita?

— Por incrível que pareça, sim, é. É simples e pequena, mas acho que dá pra acomodar eu e Anne.

— Ah, finalmente, Bevy. Estava demorando. — ela ouviu a voz de Anne (e o risinho de Tonks) atrás de si.

— Está ansiosa por se livrar de nós, abelhinha? — a metamorfamaga questionou, em tom zombeiro. — Aposto que você quer uma casa só pra você e o menino Harry.

— Tonks! — Anne corou.

Bevy sorriu. Um pouco antes do fim da guerra, Anne lhes falou que estava tendo alguns momentos com sua visão de volta, mas esses momentos só eram aproveitados quando ela estava ao lado de Harry Potter. Conforte o menino convivia mais com a caçula de Sirius, mas frequente era pra Anne realmente conseguir ver. Depois que tudo se resolveu, Anne imediatamente voltou a ver. Dumbledore criou teorias de que o "dom" de Anne (como o menino Harry Potter chamava) dificultava sua recuperação, com a causa de que Anne constantemente se encontrava em perigo. Mas tudo ainda não passava de teorias. Desde então, Harry e Anne estavam muito mais próximos do que amigos normais.

Bervely foi interrompida abruptamente de seus devaneios quando ouviu Tonks dizer.

— Venha, menino Oliver. Traga essas bolsas aqui. Minha prima não morde, se você não chegar perto demais.

Ela virou a cabeça tão rápido que teve certeza que sentiu o estalo ser ouvido por todos ali.

— O que? O que ele está fazendo aqui?

— Olá pra você também, Bervely. — ele estava sério.

— Bevy, não seja indelicada com o nosso convidado. — Andrômeda deu um aceno de varinha, e então cada uma de suas compras levitaram para seus destinados lugares.

— Nosso convidado? — ela perguntou, incrédula. Certamente não ouvira direito.

— Sim, Anne o viu no hospital e o chamou para o natal, insistimos para que ele fosse. Olivier é muito bem vindo aqui.

Bevy lançou um olhar maligno para Anne, que fingiu nem ver.

— Eu agradeço, senhora Tonks.

— Me chame de Andie. 

— Mas o natal é daqui há uma semana!

— Bevy, ele nos ajudou com a compra. Agora pare de constrangê-lo.

— Que carta é essa na sua mão, hein, B.? — Tonks puxou a carta de Sirius da sua mão, que fora esquecida por Bevy.

— Não é nada demais, Nymphadora. — ele salientou o nome da prima, recebendo uma língua logo em seguida. — É só o Sirius, me chamou para ajudá-lo nas compras amanhã.

— Vão comprar a onde? 

— Londres.

— Nem você, nem o seu pai sabem budegas sobre compras em Londres.

— Remus pode nos ajudar.

— Remus e eu vamos sair amanhã. — Tonks mudou seu cabelo para vermelho. E não satisfeita... — Por que não chama o Oliver? Ele é ótimo para andar em Londres. Esse menino conhece tudo!

Olivier mudou sua expressão calma para uma nervosa.

— Ah, eu vou...

— Ótimo! — Andie bateu palmas. — Quando Sirius vem?

— Amanhã de manhã. Mas eu realmente acho que não...

— Tudo bem então. Olivier, obrigada pela ajuda. E diga a sua mãe que vou mandar os remédios de sua irmã antes do natal.

— Tudo bem, senhora... Andie. Obrigado também.

E então ele desaparatou. Bervely tinha que confessar para si mesmo que o desprezo que ele demonstrou por ela, a incomodou. Mas isso não iria estragar o seu passeio com Sirius.

— Não pense que isso vai ficar assim. — ela falou mudo, para que só as duas pudessem fazer leitura labial. — Vai ter volta! 

Só recebeu como resposta duas risadas das sonsas, para a irritação da Rosa Negra.

 


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Notas finais do capítulo

1Eu mergulhei no futuro
Mas eu estou cega pelo sol
Eu renasci em cada momento
Então, quem sabe o que eu vou me tornar.

(Revival, Selena Gomez)



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