O Mistério do Colar escrita por Carol M


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

E aí galera! Bem vindos a Londres, sec XIX. Espero que gostei da mistura que envolve o romantismo dos Bridgertons com ar de mistério de Sherlock Holmes.
Espero que gostem dessa pequena história, não esqueçam de comentar suas opiniões.
Leiam também: O Filho Perdido, minha outra fic envolvendo os Bridgertons e espero que gostem também.
Boa leitura ;)



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Era um dia triste naquela tarde de outono, ano de 1842, pois todos os Bridgertons reúnem-se na Mansão Nº 5 por um motivo desolador, Violet Bridgerton está prestes a morrer. Meses acamada, sob a saúde frágil que a velhice permite, ela sente dificuldades até ao respirar.

Todos os filhos e netos gostariam de estar ao seu lado na hora de sua morte, mas o médico restringiu a movimentação do quarto e apenas Anthony está presente nos aposentos dela.

Lágrimas escorrem dos rostos das mulheres da família, com seus maridos e filhos tentando consolar, já os filhos homens permanecem carrancudos e com a expressão fechada, demonstrando masculinidade frieza, porém com os corações despedaçados, porque ficarão órfãos por completo.

Até os empregados da família, que prestam seus serviços com competência, sentem-se tristes e desolados, pois uma patroa tão amável e justa estava prestes a se encontrar com Deus. As empregadas servem chá calmantes enquanto tentam não chorar na frente dos patrões, o mordomo mal consegue manter uma conversa tranquila sem que sua voz vacile.

Nos corações de todos, o pesar da morte paira sobre a casa.

Kate e Lucy conversam baixinho, amigas próximas, consolam uma a outra e tentam distrair-se comentando sobre o último baile ocorrido. Eloise está de pé na janela, observando o céu nublado de Londres.

Francesca está sentada no sofá, ao lado de seu marido Michael Kilmartin o qual segura a mão da esposa e transmite seu amor e condolências, a condessa relembra quando conversou com a mãe na temporada londrina na qual ela participou pós-luto de John, seu primeiro marido, e o quanto aquela conversa a deu forças para ficar com seu atual esposo.

Na poltrona ao lado, Daphne deixa lágrimas escorrerem mais uma vez por seus olhos quando lembra da sua última noite de solteira, quando sua mãe adentrou no quarto e tentou conversar com elas sobre a noite de núpcias, na verdade, Violet a deixou mais confusa ainda e teve que aprender com seu marido os deveres de um casal. A duquesa queria que seu marido estivesse ao seu lado, mas o duque precisou ir ao parlamento entregar a carta e Anthony o qual atestava que sua ausência nos deveres parlamentares era por causa da morte de sua mãe.

Colin estava sentado numa cadeira, com um jornal aberto o qual tentava ignorar o clima tenso a sua volta com uma leitura, sua esposa Penélope saíra para despachar sua mãe Portia, tal mulher totalmente sem noção estava deixando o clima mais deprimente com seus comentários inoportunos, Colin nunca teve muita paciência com sua sogra.

Hyacinth conversava com sua amiga Felicity, as duas distraíam-se enquanto conversava sobre seus filhos. Benedict sentara no chão da sala, em um canto isolado, mantinha um caderno aperto e um lápis na mão, rabiscava aleatoriamente e registrava no papel a cena que estava rolando naquela sala, a tensão pré-morte.

Todos na sala ouviram passos pesados provindos da escada e levantaram suas cabeças para ver o Sr. Bridgerton chegar na sala, com os olhos vermelhos e inchados, as bochechas molhadas e uma expressão desolada. Ele encarou a todos e, buscando suas últimas forças, anunciou:

―Mamãe morreu.

Com apenas duas palavras, a sala inteira transformou-se em murmúrios de choro e soluços, alguns foram reservados, outros atiraram-se nos braços de outros e choraram juntos, alguns gritaram por conta da tragédia, os maridos e noras dos Bridgertons tentavam consolar seus companheiros, enquanto tentavam ser fortes naquele momento.

Neste momento, Penélope irrompeu na sala, observou aquela cena trágica e soube que o pior tinha, finalmente, acontecido. Passou pela multidão e encontrou seu marido sentado numa poltrona, tão desolado quanto ela e ambos se abraçaram.

Philip, que estava na cozinha, ouviu os gritos e o choro, correu para a sala e foi abraçar sua esposa, Eloise o abraçou forte e chorou no peito de seu marido encontrando nele aconchego.

Minutos depois, Kate finalmente conseguiu que seu marido parasse de chorar, deu-lhe um pouco de chá e viu o médico, o qual esteve ao lado da falecida viscondessa, parado próximo a porta. Ao ver o médico, Anthony recompôs-se e foi falar com ele:

―Desculpe, doutor, pela minha falta de compostura.

―Acabou de perder a mãe, Sr. Bridgerton, é normal desabar. Pelo menos, tem uma família grande e unida a qual se apoiar. ― comentou o médico, afavelmente.

―Tem razão. ― afirmou o visconde. ― O preço... podemos acertar tudo outro dia? Ou se achar melhor, peço ao meu contador que verifique tudo com o senhor.

―Não se apresse tanto, milorde. Cuido da família a muitos anos, conheço sua honestidade, pode viver seus dias de luto e depois me procure em meu consultório. Estou indo para o hospital nesse momento, farei o atestado de óbito e amanhã será entregue ao senhor.

―Certamente, quanto antes melhor. É preciso providenciar um funeral. ― concordou Anthony e apertou a mão do médico antes que este fosse acompanhado do mordomo para ir embora.

―Vou pedir para um empregado ir a um jornal, anunciar a morte de sua mãe. ― disse Kate ao marido e desapareceu nos corredores da casa.

Anthony sentou-se no mesmo lugar que sua esposa estivera e enxugou seu rosto com um lenço de bolso. Daphne, sua irmã, aproximou-se e o abraçou.

―Quais foram as últimas palavras dela? ― perguntou curiosa.

―Não falou muito, estava fraca demais. Mas disse que tinha poucos arrependimentos e que seu maior orgulho é ver seus filhos felizes. ― disse ele tentando manter sua voz calma.

―É a cara dela isso, sempre se preocupando com os filhos. Sua vida inteira foi dedicando-se a nós. ― comentou Daphne.

―Daphne. ― disse Eloise aproximando-se.

―Sim?

―Ajude-me a dar a notícia as crianças. ― pediu a baronesa.

―Não sei se conseguirei. ― confessou a duquesa.

―Queria que Francesca me ajuda-se, mas ela está consolando Sophie, ela era muito apegada a sogra.

Os três olharam na direção onde Francesca segurava a mão de Sophie e dizia palavras doces enquanto a mulher de Benedict soluçava.

―Tudo bem. ― disse Daphne encarando o desafio de contar a seus filhos e sobrinhos que a avó deles havia falecido. Então, as duas saíram da sala em direção a ala infantil.

Segundos depois, Kate irrompeu para dentro da sala e se dirigiu ao marido.

―Já mandei um empregado anunciar o falecimento nos principais jornais de Londres, também enviei mensagem para a funerária.

―Obrigado, Kate. Estou tão... destroçado que não consigo pensar em nada.

―Calma, meu querido. Estou ao seu lado para ajudar. ― disse ela plantando um beijo discreto na bochecha dele.

A noite, o pessoal da funerária veio e, com ajuda dos empregados da casa, providenciaram uma cerimônia de despedida para Lady Bridgerton. Na manhã seguinte, a mansão ficou cheia de amigos da alta sociedade, muitos vieram dizer suas últimas palavras e outros para consolar os filhos e netos. Os jornais londrinos anunciavam a morte da viscondessa e o parlamento declarou luto.

No dia seguinte, o corpo da Violet foi cremado e suas cinzas foram espalhadas no jardim de Aubrey Hall, casa onde viveu juntamente com seu marido e seus filhos.


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Notas finais do capítulo

Um começo triste, não é?! Mas o mistério começa a partir do segundo capítulo, fiquem atentos aos fatos e vamos ver se você consegue resolvê-lo.
O que acharam do capítulo? Comentem e até a próxima ; )



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