The New Pack escrita por Saffra Everdeen Mellark
Notas iniciais do capítulo
Oiii! Eu com este capítulo resolvi explicar melhor o ponto de vista da Allison acerca de alguns temas, e de quem ela é porque sinto que ainda não teve uma verdadeira introdução.
Espero que gostem :)
POV Allison
Devido à noite exaustiva de ontem, estou cansadíssima, dormi cerca de duas horas, o que eu espero que seja suficiente para me aguentar em pé durante o dia.
Levantei-me da cama, tomei banho e vesti-me, desci para o pequeno-almoço e encontro a minha mãe e o meu pai já sentados à mesa.
—Bom-dia - cumprimentei-os.
—Bom-dia - a minha mãe respondeu de volta. O meu pai ficou a olhar para mim, sem nem sequer piscar.
—Pai? - estalo-lhe os dedos à frente da cara e ele desperta para a vida. - Está tudo bem contigo?
—Sim, está tudo bem! Dormiste bem? Quero dizer, dentro do que dormiste e dentro do possível! - ele está a desviar o tema, está a esconder algo, eu sinto isso.
—Dormi pouco, mas eu estou bem! - tranquilizo-o e como.
—Sabes como a Acacia está? - perguntou-me a minha mãe.
—Calculo que esteja mal. Eu não falei mais com ela desde a clínica, eu vim embora, foi o Thomas que ficou com ela, penso que ou passaram a noite no hospital, ou então ele deve tê-la convencido a ir para casa dele e a passar lá a noite - contei.
—Se ela quiser pode ficar aqui - ofereceu-se a minha mãe.
—Eu duvido que ela queira, é demasiado orgulhosa para aceitar esse tipo de ajuda, ou qualquer outro tipo... Mas posso tentar... - ouve-se uma buzina. - Ouviram isto? Tenho que ir, o avô já está à minha espera! Adeus, adoro-vos!
Eu tenho sempre o hábito de dizer aos meus pais que os adoro quando saio de casa porque eu não sei como irá acabar o dia, na verdade, eles próprios inseriram isto como algo a ser sempre feito. Segundo o que eu e o Thomas apuramos tem a ver com a Allison Argent, ela não teve a oportunidade de ver o pai, de se despedir, de dizer que o adorava antes de fechar os olhos para sempre. Na verdade, eu penso que o meu pai me associa a ela muitas vezes, já vi algumas fotos dela, somos as duas morenas, medimos quase o mesmo, os olhos são da mesma cor, mas eu não sou a Allison Argent, sou a Allison McCall. Não sou a caçadora, sou a que é caçada.
—Bom-dia, avô! - dou-lhe um beijo na cara e entro dentro do carro.
—Bom-dia, querida! - ele sorri-me. Eu gosto muito do meu avô, sou a menina dele, a menina dos olhos dele, especialmente desde que a minha avó, bem... desde que ela deixou de estar entre nós. - Pareces cansada. Que se passa?
—O Stiles e a Malia foram atacados, o meu pai tratou da Malia porque o caso dela é mais grave e mais sobrenatural, o Stiles foi parar ao hospital, onde a Malia também está neste momento. Eu tive que ir apoiar a Acacia, o Thomas ficou com ela, mas eu tive que ir para casa - contei-lhe tudo.
—Acham que tem a ver com o sobrenatural? - pergunta-me.
—Não. Nós não achamos que tem a ver com o sobrenatural. Nós temos a certeza que tem a ver com o sobrenatural - ele para o carro, estávamos na escola. - Obrigada pela boleia, avô! Adoro-te!
—Não tens que agradecer, também te adoro muito! - eu saio do carro e ele também, já ia à frente quando ele me chama e eu me viro. - Allison! Tem cuidado!
—Fica descansado, eu estou bem! - sorrio e vou-me embora.
Quando entro vejo a Acacia no cacifo dela, o estranho é o Thomas não estar com ela, não sei, eles parecem estar presos um ao outro e ele desapareceu.
—Olá! - ela assusta-se e fecha o cacifo com alguma força.
—Assustaste-me! - reclama ela, típico da Acacia, sempre a reclamar, 24 horas por dia, sete dias por semana, até 31 dias no mês, entre 365 a 366 dias no ano, sempre, constantemente a reclamar. - Olá.
—Desculpa! Tem calma! Os teus pais como estão? - ela parece mesmo muito cansada, as olheiras dela não enganam.
—Não muito bem, o meu pai vai recuperar bem, quer dizer, esperemos que não infeccione, mas é pouco provável. A minha mãe está numa área restrita porque não está a curar como o costume, vamos ter que esperar. O corpo está a curar mas não tão rapidamente como poderia estar a fazê-lo - a cara dela é mesmo deplorável, ela está a sofrer. Ponho-lhe a mão na cabeça e começo a absorver a dor.
—A dor não é só física, também é emocional - sorrio e ela faz o mesmo. - Passaste a noite no hospital?
—Não, passei a noite com o Thomas - sinto os batimentos dela bastante acelerados.
—Já passaste imensas noites em casa do Thomas, porquê esses batimentos tão acelerados? - eu não quero pôr-me com imaginações, por isso é que pergunto.
—Sou eu que estou mais nervosa por causa dos meus pais - ela deve achar que me engana. - Que foi?!
—Não me tentes enganar, sou a tua melhor amiga, eu conheço-te! Além do mais os teus batimentos cardíacos só aumentaram desta forma quando o nome Thomas veio à conversa - ela fecha os olhos, vem bomba!
—Desta vez não foi um simples dormir, eu e o Thomas beijamo-nos e pronto, as coisas evoluíram... - eu quase grito, mas controlo-me, fico apenas de boca aberta.
—Então isso quer dizer que vocês...? - ela assente. - Wow, muita informação nova! E agora são o quê?
—Não falamos sobre a noite passada, viemos para a escola levados pela Lydia, nem uma palavra no carro e agora na escola ele ignorou-me e foi ter com outros miúdos - estes dois são a coisa mais enervante de sempre, gostam um do outro, deram um beijo, perderam a virgindade um com o outro e mesmo assim ignoram-se e agem como os melhores amigos, como se nada mais tivesse acontecido. Ou pelo menos é o que pensam que parecem, porque obviamente, eles parecem autênticos retardados!
—Isso é ridículo! Vocês são melhores amigos, vá lá! Se foram crescidos o suficiente para o que fizeram, agora assumam e ajam como crescidos, assumam o que fizeram! - protesto. - Sabes que mais? Ainda nem falei com ele hoje!
—Allison! - eu vou a correr para perto dele e levo-a atrás. - Eu odeio-te!
—Eu adoro-te! - sorrio e em breve chegamos perto deles. -Bom-dia!
—Bom-dia! - respondem todos.
—Thomas eu precisava mesmo de falar contigo acerca do estado do Stiles e da Malia, não se importam que eu o roube por um segundo? - esta sou eu a ser uma raposa no nível 0,1.
—Claro! Podes levá-lo à vontade! - eles deixam-me e eu arrasto o Thomas e a Acacia e vamos para o laboratório.
—Agora vão falar do que aconteceu na noite passada? - eles ficam a olhar um para outra.
—Foi um erro, um acidente! Eu beijei-te porque, não sei, estavas lá e foi um impulso e pronto, desculpa! - eu quero dar um soco à Acacia especialmente quando vi a cara do Thomas. A Acacia sai da sala e ficamos eu e ele.
—Está tudo bem? - pergunto-lhe e ele olha para mim.
—Sim, eu e ela somos amigos, aliás, melhores amigos! - ele tenta forçar um sorriso.
—Tu ficaste magoado, não ficaste? - ele baixa a cabeça. - Tu ficaste magoado porque tu gostas dela!
—Eu sabia que não tinha chances, nunca tive! - ele desabafa.
—Sempre tiveste chances e ainda tens, ela disse aquilo porque tu sabes como ela é, a Acacia simplesmente diz as coisas para fugir, ela não foge do perigo como maior parte das pessoas, ela foge dos sentimentos e é isso que está a fazer! - ele não diz nada. - Hoje, quando cheguei à escola e o teu nome veio à conversa, o coração dela parou por dois segundo e logo a seguir começou a bater rapidamente. Ela gosta de ti, e mais cedo ou mais tarde vai dar-se conta disso!
Toda a gente entra dentro da sala e por isso a conversa acaba, mas consigo perceber que ele ainda está em baixo pela rejeição que levou, não o recrimino, provavelmente eu não seria capaz de engolir o choro. Mas eu vou ajudá-lo, e ao ajudá-lo ajudo-a a ela, eles precisam um do outro e eu vou juntá-los!
Continua...
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Espero que tenham gostado deste bocadinho com a Allison ;)
Até à próxima ♥