The New Pack escrita por Saffra Everdeen Mellark


Capítulo 15
The Ginger Sister


Notas iniciais do capítulo

Hey there!! Como estou de férias aproveitei para escrever um capítulo com uma dose de drama muito grande, espero que gostem :)



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POV Acacia

O Magnus Bane sai do portal e leva-me a mim, ao Thomas, aos nossos pais, à Allison e ao Scott para casa dele.

—Acacia, Scott, venham comigo, por favor. Os restantes fiquem aqui - nós seguimo-lo.

—Que se passa? - pergunto. 

—Vai ser necessário, modificar e apagar algumas memórias à Allison - fico confusa.

—Porquê? Não faz sentido! A Allison tem o direito de saber o que lhe aconteceu! É a vida dela! Ela tem direito a aprender a conviver com isso, a aprender com isso! - argumento.

—Faz o que tiveres a fazer para trazer a Allison de volta - diz o Scott.

—Ótimo, ela irá lembrar-se de todos vocês, do que vocês são, no entanto, não se irá lembrar de nada com a Argent, ou que ela algum dia teve poderes, achará que é humana. No entanto, as habilidades de caçadora permaneceram, por isso há que ter cuidado - ele diz e manda-me para a sala, trazendo a Allison para perto dele e trancando a porta com a sua magia.

—ALLISON! - grito.

—ACACIA EU NÃO QUERO! TIRA-ME DAQUI! NÃO DEIXES QUE ISTO ACONTEÇA! PAREM! NÃO! - ela grita e de repente tudo cessa, eles saem com ela ao colo e teletransportam-nos a todos para o hospital, vestem-lhe uma roupa e deitam-na numa cama de hospital. O Scott fica com ela no quarto, e todos os restantes ficam na sala de espera.

—Porque é que não me deixam entrar ali? Ela é a minha melhor amiga! - ando de um lado para o outro.

—Acacia, a decisão do Scott foi esta, ele é o pai, nós temos que aceitar a decisão dele - diz o meu pai.

—Não! Pai, se fosse com o Scott tu não ias concordar, nunca irias aceitar! A Allison tem direito à vida dela, sem segredos, tudo o que aconteceu foi como foi, ela tinha o direito de viver com a realidade dela, de aprender a viver com o que fez e tirar o que ela bem entendesse disso! O Scott é o pai, mas a vida é da Allison, ela devia ter tido uma palavra no assunto, mas não, toda a gente decidiu por ela! Não é justo! Eu não vou fazer parte desta mentira, não vou colaborar com isto! - exponho o meu ponto de vista como se alguém realmente me ouvisse e quisesse saber o que penso.

—Vais - intervém a Lydia. - Ou fazes parte disto e ajudas ou eu grito.

—Desculpa? Quem é que raio és para ameaçar matar a minha filha? Fica sabendo que eu não quero saber do grito! Se gritares e matares a minha filha, eu vou atrás de ti e mato-te, estás a compreender! Tu podes gritar à vontade, eu não quero saber, o teu grito não me vai parar! - defende-me a minha mãe.

—Malia! - a minha mãe olha para o meu pai indignada.

—Estás do lado dela? Stiles? Por favor! Estás o lado da mulher que ameaçou matar a tua filha! Não vais fazer isso de novo! Uma coisa é deixares-me a mim, mas neste momento nós temos uma filha, tu estás a virar-lhe as costas! Eu não vou permitir que magoes a Acacia! - ela chateia-se a sério. 

—Malia... - ela interrompe-o de novo.

—Stiles! Tu preferiste defender a tua paixão platónica, tu fizeste a tua escolha! - eu estou para ir embora.

—Não deites tudo a perder! - volta a meter-se a Lydia. - Nós temos que ficar do lado do Scott! 

—Não se trata de ficar do lado do Scott, trata-se de ficar do lado de quem prefere matar a Acacia! Stiles, tu deixaste a tua posição muito clara, tu ficas do lado da Lydia, depois de tudo o que aconteceu, em vez de ficares do lado da tua filha! - ela vira-lhe as costas. 

—Acacia... - eu viro-lhe as costas. -Malia, espera! - ele vai a correr atrás de mim e da minha mãe.

—Espera nada! Stiles tu decidiste ficar do lado de quem ameaçou matar a tua filha! Não te chegou ter uma filha morta? Queres outra? - ela anda pelo corredor em direção ao elevador para ir para a saída.

—Malia, temos que... - o meu pai vem atrás de nós.

—Stiles, deixa-a a estar, a sério. Já todos percebemos, eu vou com elas - intervém o Liam indo atrás de nós. - Tu e a Lydia têm muito que falar, é melhor deixar-vos a sós.

—Eu vou... - eu viro-me e vou ter o Thomas.

—Tu vais ficar aqui. A Allison precisa de ti, diz-lhe que eu tive uma emergência da família Hale, ok? - ele assente e dou-lhe um beijo na cara. Entro no elevador em silêncio com o Liam e a minha mãe, saímos e entramos dentro do carro da minha mãe. 

—Mãe? Onde vamos? - ela não me responde. - Que história é essa da filha morta? Mãe?

A minha mãe continuou igual, a olhar em frente, a conduzir, eu conseguia sentir a angústia dentro dela, o Liam estava quieto, a olhar lá para fora, pensativo. Ele sabia o que se passava, mas não proferia uma única palavra acerca do assunto. Eu? Eu continuava intrigada a olhar para todos os lados como se tentasse encontrar respostas, como se elas fossem cair-me no colo e dizer "Acacia! Aqui estou! Sou a tua resposta tão desejada!".

A minha mãe encosta o carro e chora, os batimentos cardíacos dela sobem, ela troca de lugar com o Liam, que conduz. Observei-a o caminho todo enquanto esta olhava para as pingas de chuva que caiam.

Eu estava cansada e imunda, era dia de ir para as aulas, provavelmente a Lydia estaria a ir para a escola exercendo a sua profissão, ensinar qualquer a cada turma, assim como o Thomas iria assistir às aulas, isto se fosse um dia normal. Num dia normal, eu e o Thomas iríamos no jeep, a Lydia iria dar as aulas dela, eu e ele ficaríamos nos corredores até que a Allison chegasse perto de nós e ficássemos os três a conversar. Em seguida apareceria o Derek, e mais recentemente o Nathan, o Ricky e a Maddie, a Allison não os conhece, mas tenho a certeza que os adoraria. Iríamos para Economia e o treinador passaria a aula toda a implicar com um rapaz a que ele chama Greenberg 2, nunca percebi porquê, mas é o treinador, não é suposto eu perceber.

No entanto, hoje não é um dia normal. Há meses que não há um dia normal! Sinto falta de ser uma adolescente "comum", apesar de todos os poderes que tinha, eu não tinha que combater, não havia nada com que tivesse que me preocupar! Sinto falta de acordar e ser apenas a Acacia, uma rapariga que vai à escola e tem os seus amigos, sai com eles, vem para casa e tem à espera um pai e uma mãe.

A minha mãe para o carro em frente ao prédio do Peter, tira o cinto e sai do carro, o Liam faz o mesmo e eu acabo por segui-los.

—Mãe? Que fazemos aqui? Tu não falas com o Peter desde que fomos todos ao México procurar os Caliveras! - ela vira-se.

—Eu vim falar com o meu pai - ela responde curta e direta, as primeiras palavras desde a discussão dramática no corredor do hospital. Subimos, eu continuo a achar que nada disto faz sentido, ela não fala comigo, agora vem falar com o Peter e chama-o de pai, eu tive uma irmã, tudo está tão confuso!

—Malia? - diz ele e a minha mãe corre abraçando-o.

—Pai! - ela está mesmo na rua da amargura, nunca a vi assim!

—Mãe! Tu e o pai tiveram outra filha? - ela vira-se e põe as mãos no cabelo. - Mãe! Responde-me! Eu tive uma irmã?

—Não. Eu e o teu pai não tivemos outra filha antes de ti ou mesmo depois. O teu pai teve uma filha antes de ti - eu fico meia indignada.

—O pai teve uma filha com outra mulher? - eu perguntei quase que afirmando.

—O teu pai teve uma filha com a Lydia - fiquei chocada, boquiaberta. - Na altura estavamos na faculdade, o Stiles e a Lydia estavam juntos, no entanto, ela engravidou. A gravidez foi levada para a frente, a bebé nasceu, era linda, ruiva como a Lydia, eram mesmo iguais. No entanto, houve um incêndio, a bebé morreu.

—Porque é que nunca ninguém me contou dessa história? - eu quase chorei. - Eu tive uma irmã! O meu pai defendeu a mulher que ameaçou matar-me!

—O teu pai e a Lydia reconstruíram as suas vidas e esqueceram que alguma vez aquela bebé existiu, eles não queriam reviver, e quer tu, quer o Thomas fariam perguntas, demasiadas perguntas, eu e o Liam respeitamos a vontade deles! - lágrimas escorreram-me pela face.

—Todos os anos eu cresci a ver o meu pai beber que nem perdido e a desaparecer na semana do 23 de fevereiro e tudo faz sentido agora! Foi o dia em que ela morreu! - eu choro.

Acabo por ir para a casa, fui a correr para o quarto e fechei a porta, atirei-me para cima da cama e chorei um pouco, hoje aconteceu demasiada coisa e eu não consigo digerir isto tudo, preciso de tempo.

POV Thomas

A Acacia foi embora e eu fiquei com a minha mãe e com o Stiles, o ambiente estava tenso. Não fiz perguntas, eu mesmo irei descobrir a história da filha morta, falo com quem for preciso, viajo onde for preciso, mexo onde for preciso, mas eu juro que vou saber essa história toda ponto por ponto, vírgula por vírgula, parágrafo por parágrafo.

Cada segundo que passa é mais torturante que o outro, o clima está tenso, a minha mãe inventa desculpas e o Stiles também, falam como cão e gato. O Stiles pediu desculpa pelo comportamento da Malia, quando eu acho que ela tinha razão. Se a minha mãe matasse a Acacia, eu esquecia todo o amor que lhe tenho e deixava de lhe falar, acho que chegaria a sair de casa de imediato.

—Não! Pai! Se isto é uma brincadeira qualquer é bom que me digas! É bom que me digas agora! Neste momento! Não! - a Allison chora e eu entro.

—Allison? - chamo-a e ela olha. Chego perto dela e abraço-a.

—A minha mãe, Thomas, a minha mãe, ela... ela morreu... - eu olho para o Scott.

—Eu sei, Allison, mas tu tens que ser forte e nós vamos estar cá sempre para ti! - sorrio e agarro-lhe a mão com força tentando transmitir apoio e segurança.

—A Acacia? - pergunta-me ainda com lágrimas a escorrer pela face, que quando mais enxugava, mais escorriam.

—A Acacia teve que resolver uns problemas nos Hale - ela assente. - Ela queria mesmo cá ficar, mas eu tenho a certeza que irá aparecer, mais tarde ou mais cedo.

—Quando é que posso sair? - pergunta ao Scott.

—Vou avisar a enfermeira que acordaste e vejamos o que ela diz - ele sai do quarto.

—Qual é a última coisa de que te lembras? - questiono.

—Lembro-me de estar a correr na floresta, caí, bati com a cabeça e não me lembro de mais nada - sorrio ao saber. - O meu pai disse que estive desacordada por seis meses, não sei como é que aquela pancada me fez ficar assim.

—Bates-te com a cabeça com demasiada força e rebolaste pela colina abaixo, caíste num pequeno lago, isto segundo o Derek, ele viu e trouxe-te para aqui - invento.

—Como é que tu e a Acacia estão? - eu sorrio de canto.

—Vamos andando - ela parece perceber o que quero dizer. - Ela pintou o cabelo de loiro.

—Mal posso esperar por vê-la - parece mesmo animada com isso, no entanto, ainda noto aquelas lágrimas nos olhos e a tristeza da perda da mãe. 

—Allison? Veste-te, a enfermeira diz que podes sair hoje - tenho a certeza que nunca houve conversa nenhuma.

Saí e esperei por ela, claro que quando ela saiu a minha mãe e o Stiles a rodearam, eu fiquei mais para o canto. Aproveitei e liguei à Acacia, chamou e chamou, caixa de correio, tentei de novo, nada, e o processo foi-se repetindo vez após vez, ela não dava notícias. Seja o que for que tenha acontecido, eu tenho a certeza absoluta que não foi bonito, mesmo nada!

 

Continua...

 


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Notas finais do capítulo

Será que a Allison vai descobrir a verdade? E a Acacia como lidará com tudo?
Eu não sei, terão que acompanhar se quiserem saber!
Espero que tenham gostado :)
Até à próxima ♥



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