Forever escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 40
Happy Forever


Notas iniciais do capítulo

Então... Chegamos ao ponto final. Quero dizer que foi muito bom conhecer todos vocês, que tudo isso que nós passamos até aqui foi muito gratificante para mim. Conheci muita gente e deixo aqui o meu obrigado por todos os comentários não respondidos, todos os favoritamentos, por todas as recomendações que ganhei com o tempo. Eu realmente amo todos vocês e mesmo que não tenha lá muitos comentários nas minhas fanfic's (o que creio que logo mudará huehuehue) eu agradeço pelos 72 que tenho até aqui ;)
Isso não é um adeus. É apenas um até logo. :)

(Só espero não chorar mais do que eu já estou chorando com esse final de segunda temporada MARAVILHOSO que eu fiz...) Afinal, tem jeito melhor de acabar uma fanfic sem ser com uma boa música e uma festa DAQUELAS?



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Chat Noir estava no topo da Catedral de Notre Dame junto com todos os seus parceiros e com sua joaninha ao seu lado. A equipe observava a cidade que já havia sido reconstruída em diversos pontos da cidade que sofreram com o ataque da Rainha do Estilo, totalmente em silêncio. Os últimos acontecimentos recentes ainda se repetiam várias vezes em suas mentes, recapitulando tudo o que acontecera naquelas férias. Paon reprimiu uma risada. Para quem desejara ter um pouco mais de agito que lhe envolvesse após a derrota de Hawk Moth aquelas férias haviam sido muito além do que poderia imaginar. A brisa suave se encontrava com os amigos enquanto se preparavam para uma homenagem na Torre Eiffel aberta ao público que aconteceria naquela tarde. O prefeito Bourgeios havia acabado de reinaugurar a nova prefeitura da cidade e ao longe podia se ouvir os sons das máquinas que reconstruíam os últimos prédios destruídos e retorcidos deixados para trás.

— Sabe - o moreno do grupo começou - de longe, essas foram as férias escolares mais agitadas e malucas que eu já tive em toda a minha vida. – Tortoise comentou quebrando o silêncio que havia se formado. A ruiva encostada em seu ombro soltou uma gargalhada junto com sua melhor amiga.

— Olha, se todas as férias escolares forem assim até terminarmos o ensino médio a coisa vai ficar tensa. – Chat Noir brincou depois de dar um beijo na testa da parceira.

— Felizmente tudo acabou bem. – Abelle lembrou com um pequeno sorriso no rosto. – Podemos ter perdido uma batalha, mas vencemos a guerra.

— Sabem no que eu estou pensando? – Ladybug indagou arqueando uma sobrancelha. Todos voltaram seus olhares para si e a mesma continuou: - Que esse ano vai ser um ano inesquecível. Só espero que não haja mais nenhuma surpresa até o final dele.

— Sinto muito por dizer isso, mas o futuro a Deus pertence. – a ruiva da equipe disse enquanto o moreno ao seu lado passava a mão em seu cabelo. Ficou pensativa por um momento.

 – Mas venha o que vier, nós vamos enfrentar. Juntos. – Volpina complementou com um sorriso.

O gatuno olhou para a joaninha em seus braços e começou a cantarolar. Uma música que tanto a namorada como os outros conheciam muito bem e que combinava com aquele tempo de paz que finalmente havia aparecido depois da tempestade que enfrentaram.

Olhando bem para o passado

Eu pensei que houvesse dado tudo de mim

Mas ainda tem muito chão a minha frente

Marinette levantou a cabeça e encarou o namorado. O sorriso em seus lábios contagiara o loiro e o fez retribuir a garota. Depois de tantas discussões, tantas brigas entre si, ali, naquele momento, a mestiça se sentia completa novamente. Entrelaçou seus dedos nos do herói e respirou fundo.

Quando eu olhei dentro dos seus olhos

Eu acho que não tinha percebido

Quem nós somos e quem nós podemos ser

Antes que pudessem perceber, Tortoise e Paon também já haviam sidos contagiados pela letra da canção, juntamente com a raposa e a abelha da equipe, onde a ruiva encostara sua cabeça no ombro do moreno. De pé, todos admiraram a cidade enquanto cantavam a próxima estrofe da música. Mas a heroína de pintas tinha outros planos em mente para se divertir.

Às vezes é difícil se encontrar

Mas vale a pena no fim

Porque é no seu coração onde tudo começa

Antes que alguém fizesse alguma coisa, Ladybug simplesmente pulou do telhado da igreja em uma queda quase que mortal se não estivesse com o seu ioiô em mãos. O loiro arregalou os olhos e por um momento permitiu que seu coração gelasse. Porém no segundo seguinte se juntou a morena, pulando na mesma direção que ela e se movimentando com seu bastão entre os prédios e mais prédios inteiros das redondezas da Catedral. Quando olhou para trás deu uma gargalhada com seus amigos se divertindo os seguindo, como se estivessem loucos.

Nós devemos ser ousados

Nós devemos ser corajosos

Nós devemos ser livres

Nós temos que ser barulhentos

E fazer mudanças

Você tem que acreditar (woah)

Deixando a música ecoar pela brisa que lhe levava, a joaninha se sentiu como fazia tempo que não se sentia: viva.

—--

Algumas horas mais tarde...

 

— E é com imensa felicidade que eu, André Bourgeios, dedico esta homenagem aos heróis de Paris. Porque além de salvarem a honra e a história do nosso país, esses seis jovens provaram que ninguém precisa de super poderes para salvar o mundo. – o prefeito anunciou, fazendo com que sua voz ecoasse por todo o pátio da não menos importante, Torre Eiffel. Com um movimento rápido o homem retirou o pano branco que cobria a escultura de bronze e revelou o trabalho artístico que ali se encontrava. – Uma salva de palmas para Ladybug e toda a sua equipe!

O pátio lotado de pessoas explodiu batendo suas mãos para os seis heróis ali presentes. Milhares de câmeras cobriam a reportagem de todas partes do mundo, mostrando quem eram os salvadores de todos e que haviam impedido o apocalipse de acontecer. Mas principalmente para ver a obra de arte que agora faria parte de todas as fotos de turistas que passassem por ali. Praticamente toda a cidade estava ali reunida para ver o que o prefeito fizera para eles, mas pessoas em especiais estavam ali. Alya gravava tudo o que podia sem que Nino saísse do seu lado, pelo contrário acenando feliz para quem estava sobre o palco com o pai de Chloe. Depois de uma longa conversa Marinette e seus companheiros decidiram que o melhor a se fazer era ficar em silêncio e não contar nada para ninguém sobre suas identidades secretas. No final das contas, um dia todos iriam saber da verdade, assim como alguns já sabiam. Além de todos os que Ladybug queria que estivessem ali, havia outra pessoa que a abelha do grupo enxergara em meio a toda a população eufórica que gritava em gratidão.

Alex estava junto de seus pais e lhe mandou uma piscadela divertida.

A loira não pôde deixar de dar um pequeno sorriso em meio ao nervosismo que sentia. Aquele fora o dia combinado para que conhecesse seus pais e por mais que não demonstrasse, Chloe estava suando frio debaixo de seu uniforme de super-heroína. Ao seu lado a joaninha estava e um toque em seu ombro foi o suficiente para que a filha do prefeito relaxasse um pouco e continuasse a prestar atenção no que seu pai estava dizendo. Ele havia pegado uma grande caixa com o brasão da bandeira francesa e logo percebeu que alguma coisa importante seria dita para seus parceiros. Olhou na outra direção, notando Paon e Tortoise trocando um sorriso discreto. Ambos estavam cada vez mais próximos desde que tudo havia terminado e tal fato fez a Bourgeios voltar seu olhar para André.

— Como agradecimentos de toda a cidade de Paris, eu, o prefeito desta cidade, lhes concedo essas medalhas de reconhecimento por todos os cidadãos que vocês salvaram com a própria vida de vocês. – o prefeito disse chamando um de seus ajudantes para segurar tal caixa enquanto caminhava na direção da fila de super-heróis que começava em Ladybug. – A partir de hoje todos vocês serão conhecidos pelo mundo como heróis internacionais.

A morena sorriu enquanto o homem a sua frente colocava uma medalha pesada em seu pescoço. Alargou o sorriso quando viu o que estava escrito: “Heroína Internacional – Ladybug, a mais Destemida.” com todas as letras. Sentiu tamanha emoção e olhou na direção onde estava Alya e seus pais. Acenou para a câmera de sua melhor amiga pensando em como ela ficaria feliz mais tarde. Olhou para os seus amigos e seu sorriso só se alargou quando os viu emocionados do mesmo jeito que estava. Quando o Bourgeios fez um sinal todos começaram a aplaudi-los novamente. Logo a joaninha foi escolhida para dar a palavra final naquele discurso e todos ficaram em silêncio.

Mais uma vez teria que discursar.

— Cidadãos de Paris. - a morena começou pensando nas palavras que diria a seguir. – É com uma imensa honra receber tamanha homenagem a mim e aos meus companheiros. Juntos nós enfrentamos muitos desafios e passamos por muita coisa, mas hoje eu posso afirmar com toda a minha certeza que encontrei uma segunda família. Apesar de nossas diferenças, das nossas discussões e de tudo o que já aconteceu, nós acabamos criando um laço muito mais forte que todo tipo de ameaça. E neste dia especial, há algo que eu gostaria de dizer. – anunciou se virando para seu namorado e para os outros parceiros de sua equipe. Seus olhos estavam marejados e mesmo assim a joaninha continuou: - Só posso agradecer a Deus por ter colocado pessoas tão maravilhosas na minha vida. E tenho certeza que digo por todos nós quando falo que nada e nem ninguém irá nos afastar de fazer a justiça prevalecer quando uma pessoa estiver correndo perigo. – sorriu novamente e voltou seu olhar para os repórteres ansiosos e também emocionados por tudo o que a heroína estava falando. – Por isso eu digo que os heróis de vocês sempre estarão ali para salvar quem quer que precise. Jamais iremos recuar. Jamais iremos deixar o mal prevalecer. Jamais iremos recuar. – concluiu deixando um soluço sair abafado de sua boca. – Obrigada a todos que acreditaram em nós.

Enquanto milhões de palmas preenchiam a Torre Eiffel as câmeras e filmagens gravavam o momento no qual todos se abraçaram e posavam emocionados para uma última foto com o prefeito, para marcar aquele dia tão especial.

Nós iremos olhar bem lá pro fundo

E nós cresceremos e brilharemos

Nós podemos ser ousados

Nós podemos ser corajosos

Deixe que todos vejam

E começa com você e eu (woah, woah, hey)

***

Bridgette segurava uma rosa branca em suas mãos quando seu relógio de pulso bateu cinco horas da tarde, no fuso horário de Londres. O sol estava baixo e um vento gelado se chocou contra si enquanto lia pela milésima vez o que estava escrito na lápide a sua frente. Já havia voltado de suas férias há algumas semanas atrás, ou melhor, no mesmo dia que o velório de Mister August havia sido marcado. Desde então não havia se comunicado com ninguém de sua família. Pelo menos nada além do normal e do que era necessário. Sua cabeça estava uma bagunça, porém ela estava ali, mais uma vez visitando o túmulo de seu antigo professor que há muito lhe ajudara em muitos aspectos e para salvar o mundo, havia se sacrificado. Seria grata para sempre e onde quer que ele estivesse, sabia que deveria estar melhor do que antes.

Deixando a flor sob a lápide de mármore a jovem deixou um sorriso triste sair de seus lábios.

Tem algo especial que eu aprendi

É juntos que podemos mudar o mundo

Todos têm algo que eles podem trazer

Logo duas pessoas surgiram ao seu lado: Annabeth Groutt e ele. Félix estava ali. A mulher mais velha que si lhe tocou o ombro com um olhar reconfortante e a garota se afastou de onde estava. Olhou para a flor igual a sua sendo colocada sobre o túmulo de August e em seguida sentiu um dos braços do loiro de olhos gélidos lhe abraçando de lado. Apesar de ainda não oficializarem nada entre si ambos já se consideravam “namorados” e gostavam do que um tinha com o outro. Depois de tanta confusão queriam aproveitar ao máximo a calmaria que presenciavam.

— Apesar de tudo o que aconteceu, creio que August adorava vocês dois. – Annabeth disse baixo, mas os dois ouviram do mesmo jeito.

— Apesar de tudo o que aconteceu, August provou o seu valor depois de tudo o que nos fez passar. – Félix disse sem tirar os olhos da professora. A mesma deu uma gargalhada fraca. – Ele foi um bom professor no final das contas.

— Suponho que não voltarão à ativa tão cedo não é mesmo? – indagou virando-se para os dois. Sorriu quando viu Bridgette balançar a cabeça.

— Nunca mais. – respondeu com o resto de certeza que ainda tinha dentro de si depois de tudo o que havia passado.

Quando dá uma boa olhada para dentro de si mesmo

Você queria ser algo a mais?

Mas esse é quem você é e quem você precisa ser

Annabeth assentiu lentamente enquanto se virava para olhar uma última vez o que havia escrito na mensagem de despedida do homem que há muito tempo conhecia. Alguns minutos depois a mesma se despediu dos antigos alunos e foi embora do cemitério de Brompton, na capital da Inglaterra. A Dupain-Cheng ainda ficou alguns minutos ali, parada, antes de se virar e junto com o Agreste, irem para longe dali na moto da mestiça.

“August Washington Durkeins, professor, amigo e o herói de muitos que precisavam.”

—--

Enquanto passavam pelas ruas de Londres a morena viu que grandes nuvens de chuvas estavam prestes a se formar no céu e que não demoraria muito para que começasse a chover logo. Torceu silenciosamente para que chegassem logo onde precisavam ir. Não poderia perder aquele momento. Não poderia e não iria. Com o coração aos pulos Félix sentiu a moto de sua amada acelerar mais do que era necessário e tratou de se agarrar ao corpo da mesma com toda a força que tinha, causando um pequeno rubor no rosto da mesma enquanto dirigia e se desviava de carros, bondes e até mesmo de outras motos que cruzavam o seu caminho. Não muito tempo depois ambos haviam chegado ao destino final, onde outras três pessoas já lhes aguardavam.

Às vezes é difícil se encontrar

Mas vale a pena no fim

Porque é no seu coração onde tudo começa

— Dessa vez não pode me dizer que estou atrasada. – Bridgette avisou estendendo o relógio de pulso para a segunda loirice favorita de sua vida. A mesma revirou os olhos e cruzou os braços. - Cinco e vinte como o combinado.

— É, mas tenho quase certeza que alguma coisa não está certa. – o garoto vestido de verde escuro comentou olhando para expressão pálida no rosto do melhor amigo. – Parece que viu um fantasma cara! – brincou gargalhando.

— Cuida da sua vida Mercúrio. – Félix rebateu rindo junto com o mesmo. Quando todos se sentaram a mesa da lanchonete que sempre costumavam ir o loiro decidiu se pronunciar. – Então, qual o motivo dessa reunião?

Todos olharam para Melody, até mesmo Kid, que mostrava estar super feliz e ansioso por tudo o que estava acontecendo ali. A garota olhou para o garoto negro ao seu lado e respirou fundo, tentando conter sua excitação.

— Eu vou para Nova Iorque junto com a Comunidade Musical! – contou sendo seguido de um grito compartilhado com a morena de cabelos azuis. Ambas estavam eufóricas que até mesmo chamaram a atenção de algumas pessoas ali presentes.

— Espera, Nova Iorque? Tipo, A Nova Iorque? – Mercúrio indagou feliz da vida e incrédulo ao mesmo tempo. Não podia acreditar. – Eu também vou pra lá.

A cara de espanto de Kid foi a melhor coisa que todos ali viram desde que o ensino médio terminara no ano anterior. Bridgette estava boquiaberta com tal revelação que só voltou ao normal quando um relâmpago soou ao longe. Encarando o loiro de olhos azuis, ambos se concentraram nos dois melhores amigos. Sempre quiseram que ficassem juntos e tudo aquilo estava muito, mas muito suspeito.

— Você não me contou alguma coisa Mel? – perguntou sem desviar o olhar da loira de tranças compridas, lhe lançando um olhar sugestivo. A mesma deu um risinho e coçou a nuca.

— Bem, é que... Hã... – começou olhando ao redor e em seguida sentindo a mão do garoto de verde sob a sua. Sentiu o rosto ficar ainda mais quente e não tirou os olhos da mesa da lanchonete.

— A verdade é que nós estamos juntos. – Mercúrio respondeu, causando novamente um grito de emoção e algumas palmas vindas da mestiça e dessa vez, de seu melhor amigo também. Lançando-lhe uma arqueada maliciosa, questionou: - E vocês, vão negar que também estão juntos ou foi apenas impressão minha?

— Não, também estamos juntos. – Félix rebateu com um sorriso igual ao do amigo e em seguida olhou para o amigo quieto. – E eu também fiquei sabendo que um tal senhor chamado Sparrow também não está sozinho. É verdade é?

O garoto balançou a cabeça ironicamente e assentiu, mas antes que mais alguma coisa fosse dita a chuva começara a cair do lado de fora de tal estabelecimento. Aquela era a primeira chuva daquela estação, e Bridgette ficara pensativa por alguns momentos. Olhando seriamente para a sua melhor amiga não segurou uma última pergunta importante.

— Quando você vai? – questionou.

— Amanhã de manhã. – Melody disse com um sorriso triste no rosto. Encarando seus amigos, explicou: - A Comunidade Musical foi escolhida para tocar numa escola renomada americana e algumas pessoas importantes de lá disseram que eu tenho o perfil de musicista ou até mesmo de vocalista digno dos Estados Unidos. Essa é a minha oportunidade de ser alguém na vida e ajudar aqueles que precisam da minha família. A única consequência é que hoje é o meu último dia aqui na Inglaterra.

— Sabemos como tudo isso é importante para você Mel. – a melhor amiga disse quebrando o momento triste de silêncio que havia se formado. Deu o sorriso mais sincero que conseguiu. – Saiba que nós sempre vamos te apoiar amiga. Nós te amamos e só queremos o melhor para você. – a garota assegurou segurando sua mão e olhando para os outros companheiros.

— Todos nós. – Félix completou repetindo o que a mestiça fizera e sendo seguido por Kid. Por último Mercúrio imitou o processo e lhe deu o seu melhor sorriso.

Nós devemos ser ousados

Nós devemos ser corajosos

Nós devemos ser livres

Nós temos que ser barulhentos

E fazer mudanças

Você tem que acreditar (woah)

— Eu adoro vocês. – falou secando a ponta dos olhos que haviam se molhado com tamanha demonstração de amizade. Com um pequeno suspiro, tentou recompor sua voz. – Eu prometo que sempre manterei contato com todos vocês, não importa o que aconteça no continente americano. Obrigada por tudo que vocês fizeram por mim aqui e dentro da PCL. Jamais teria chegado até aqui se não fossem vocês. – olhou para o amigo com deficiência na voz e complementou, bagunçando seus cabelos: - Todos vocês.

Bridgette sentiu os olhos marejarem mais uma vez e respirou o mais fundo que conseguiu, desviando seu olhar para a chuva intensa e gelada que caía do lado de fora.

— Tá ta ta, vamos parar com toda essa choradeira senão vou borrar toda a minha maquiagem e não quero fazer isso desse jeito. – reclamou se levantando do seu lugar e amarrando o cabelo.

— Aonde você vai? – Mercúrio perguntou estranhando quando a garota começou a arrastar Melody para longe da mesa que estavam sentados. Um sorriso travesso surgiu no rosto da mesma.

— Ora essas, eu só quero que a despedida da minha melhor amiga seja algo que ela nunca vai esquecer. – respondeu antes de entrar debaixo da tempestade britânica. – O que vocês estão esperando? É inicio da primavera!

Em um piscar de olhos os cinco amigos estavam encharcados debaixo dos grossos pingos gelados da primeira chuva da estação. Podiam estar molhados, podiam parecer com loucos por qualquer um que passasse por perto, poderiam até mesmo pegar um resfriado mais tarde, mas, além disso tudo, os cinco tinham uma coisa naquele momento que não trocariam por nada mais valioso em todo aquele mundo: a felicidade. Sabiam que poderiam se separar e nunca mais se verem novamente, mas todos concordavam que aquele momento tão inesquecível não seria esquecido tão facilmente. Chutando a água das poças formadas nas calçadas uns nos outros e disputando corridas nas costas dos outros, Bridgette se sentiu mais livre do que nunca. As coisas podiam sim ser diferentes. As coisas só dependiam da sua mudança, da sua atitude. E aquela atitude em especial mudara muita coisa em sua vida ali e muito tempo depois.

Nós iremos olhar bem lá pro fundo (hey)

E nós cresceremos e brilharemos

Nós podemos ser ousados

Nós podemos ser corajosos

Deixe que todos vejam

E começa com você e eu (woah, woah, hey)

E começa com você e eu (woah, woah, hey)

E começa com você e eu

E se encontrando com o filho mais velho de Gabriel Agreste, a jovem se permitiu em finalmente deixar o seu coração ser correspondido pela pessoa que mesmo com tantos defeitos, tantos erros, tanta frieza e tanta revolta dentro de seu ser, era aquela que roubara seu amor só para si mesmo. E por mais clichê que pudesse transparecer para seus amigos mais próximos e para os outros cidadãos britânicos, ambos se beijaram mais uma vez, debaixo de um furacão de água e vento gelado.

Pois para aquela ex-heroína o amor realmente lhe salvado. Mais uma vez.

***

Já era noite, mas toda a cidade estava em festa. As pessoas comemoravam e se alegravam em todos os cantos de Paris, todas gratas e oferecendo coisas aos super-heróis franceses, mesmo que não precisassem. Claro que aquela altura do dia todos já haviam voltado para suas formas civis e também aproveitavam a festa que Chloe e seu pai haviam organizado mais uma vez em homenagem a Ladybug e seus parceiros. Em comparação a festa do ano passado aquela era muito maior e melhor que a anterior: era mais festiva, era mais animada, era mais heroica como dizia Adrien. No lugar dos antigos DJ’s que a filha do prefeito havia chamado da última vez agora estava Nino que era auxiliado por Alya, ambos se divertindo enquanto animavam toda aquela cena incrível que acontecia diante de todos os seis amigos inseparáveis. Mas isso não foi o que parou ambos.

Encima do palco, com microfones nas mãos e a música favorita de todos tocando alto, se divertiam cantando para homenagear a eles mesmos enquanto trocavam olhares cúmplices de toda aquela cena que acontecia.

Se todos nós pudermos fazer a nossa parte

Nós sabemos que esse pode ser o começo

Para demostrar as diferenças que temos (yeah)

Eu prometo que podemos fazer isso funcionar

Eu prometo que vamos ver mais além

Não sabe que isso é comigo

Comigo e contigo?

A alegria era visível e ninguém poderia controlá-la sob aquele palco. A seguinte cena acontecia enquanto todos cantavam e dançavam, se esquecendo inteiramente de seus problemas onde em um momento inesperado todos pularam do palco e começaram a dançar em um grande círculo. Entre risadas todos os casais se encontravam e faziam um passo especial de dança.

Nós devemos ser ousados

Nós devemos ser corajosos

Nós devemos ser livres

Nós temos que ser barulhentos

E fazer mudanças

Você tem que acreditar (woah)

Os primeiros foram Kattie e Louis, que mesmo cantando e com microfones nas mãos não deixaram que todos soubessem do amor que sentiam um pelo outro. Logo saíram, mas no mesmo instante, Lila e Sandro apareceram fazendo barulho e contagiando a todos com gargalhadas dos passos engraçados do garoto. Em seguida Chloe e Alex apareceram também, contagiados pela música. Um passo que a filha do prefeito jamais iria esquecer: girada em pleno ar enquanto os amigos cantavam.

Por fim, Adrien e Marinette apareceram. A morena poderia até fazer passos desengonçados sozinha, mas ali, junto com o Agreste, ambos dançavam maravilhosamente.  O loiro lhe guiava de um jeito tão simples que a morena nem se preocupou quando recebera um pequeno beijo em sua bochecha e ambos saíam daquele círculo de pessoas, sorridentes.

Nós iremos olhar bem lá pro fundo

E nós cresceremos e brilharemos

Nós podemos ser ousados

Nós podemos ser corajosos

Deixe que todos vejam

E começa com você e eu (woah, woah, hey)

E começa com você e eu (woah, woah, hey)

No fim, todos haviam descoberto que uma música significava muito mais que palavras vazias e que, aquela música em especial era a maior prova daquilo.

E começa com você e eu

—--

Horas haviam se passado e boa parte da multidão já havia ido embora também. No primeiro andar da estrutura iluminada da Torre Eiffel os amigos observavam os poucos que ainda curtiam aquela homenagem que havia começado pela manhã. O ar estava agradável e no fundo uma música tocava abafada, mas era o suficiente para deixar aquele clima ainda mais espetacular. Mas uma pergunta ainda estava presa a garganta do portador do miraculous do Chat Noir.

— Olha, eu já vi muitas coisas estranhas. – começou enquanto via Plagg se sentar em seu ombro e lançar uma piscadinha para a kwami vermelha no ombro de sua portadora, praticamente na mesma altura na qual estava. – Mas a mais estranha de todas foi ver vocês duas sendo amigas. – disse acenando a cabeça de Marinette para Chloe. Ambas deram uma risada e encararam o loiro.

— É, tipo, vocês eram inimigas mortais desde quando eu conheci vocês. – Lila comentou enquanto segurava sua kwami e fazia carinho na cabeça da mesma. – Ai, de repente, por um milagre, vocês simplesmente se tornam amigas.

— Melhores amigas. – a O’Green’s corrigiu, achando graça na expressão das duas. – Será que vocês podem explicar tudo isso?

— É uma longa história garota. – Chloe respondeu cruzando os braços e se encostando na beirada de metal. Lançou um olhar por cima do ombro para a Dupain-Cheng e a mesma balançou a cabeça.

— Bem, nós resolvemos desenrolar tudo aquilo que a gente guardava pra dentro e no final descobrimos que apesar das diferenças tínhamos muito em comum. – a mesma disse enquanto sentia seu namorado beijar o topo de sua cabeça com uma gargalhada.

— Realmente é difícil de acreditar se eu não estivesse vendo com os meus próprios olhos. – Louis comentou segurando a cintura da garota em seus braços. Não notou que a mesma olhava com interesse para algo lá embaixo. – Sabe, eu...

— Essa festa tá demais! – Kattie gritou animada, agarrando-se nos braços de Lila e de Louis ao mesmo tempo. Ambos não deixaram uma gargalhada passar em branco. – Tem açaí de graça lá embaixo! E do ladinho tem uma cascata de chocolate! Nós precisamos ir até lá agora!

— Hã, Chloe, não tem bebida alcoólica nessa festa não né? – a italiana indagou com uma piscada engraçada, enquanto eram arrastada pela melhor amiga em direção as escadas da grande estrutura. – Porque se tiver, deixa bem longe da Kattie tá bom?

— Não se preocupe, se ela botar uma gota de álcool na boca a gente dá uma surra nela. – Marinette disse entrando na brincadeira e rindo com a careta da ruiva.

— Não se preocupem, eu fiz Proerd. (?) – a mesma disse levantando a cabeça, orgulhosa. – E outra, a noite é uma criança. Amanhã é o começo do segundo ano do ensino médio, nós temos que aproveitar! Vem Louis! – Kattie lembrou arrastando o moreno para longe dali, em direção a pista de dança e ao karaokê que alguém também cantava.

Ao longe a música invadia o interior de Lila e da Bourgeios que haviam ficado para trás. Mas aquilo não era motivo para que ficassem ali sozinhas. Vindo na direção do segundo andar da Torre Eiffel onde estavam observando a multidão dançando vinha Alex e... Sandro? A surpresa tomou conta tanto da italiana quanto da filha do prefeito quando ambos pararam a sua frente com uma expressão divertida no rosto. Podia jurar que jamais iria acreditar se não visse com seus próprios olhos dois garotos tão diferentes sendo... Amigos?

— O que foi? – o italiano perguntou sorridente. – O gato comeu a língua de vocês?

— Desde... Desde quando vocês se conhecessem? – a portadora do miraculous da abelha rebateu antes da morena ao seu lado. Ambas estavam impactadas por tamanha novidade menos de um metro de distância de onde estavam. – Como... Como é que...

— É uma longa história minha abelhinha, porém só irei te responder depois de uma dança. - Alex propôs estendendo a mão para a loira a sua frente. – Bora?

— Achei que nunca pediria. – Chloe respondeu com um pequeno sorriso e agarrando a mão estendida, complementou: – Bora.

— Vamos Lila, quero aproveitar esse dia com você também. – Sandro pediu puxando a Rossi rapidamente para perto de onde os outros estavam dançando, descendo as escadas com os outros rapidamente. A garota sentiu um sorriso escancarado sair de seus lábios antes que pudesse responder com todas as palavras.

No fim não precisou. Em meio a piruetas, a passos desengonçados do namorado e a muitas risadas vindas dos dois, Lila não poderia negar que não se divertira naquele final das férias. Ao longe podia ver que também era um novo começo para seu pai e quem sabe Francisca também? Sorriu quando notou que sua vida seria muito melhor ali, na cidade na qual amava.

Em outro ponto da pista de dança, Chloe e Alex dançavam com tranquilidade, um sem desviar os olhos do outro para não perder aquele momento mágico que compartilhavam. Encostando seus narizes, ambos os loiros só poderiam se sentir mais felizes do nunca. Estavam juntos e mesmo com todas as suas diferenças, ambos sabiam que no final as coisas iriam se resolver. Que no final aquilo que tinham dentro de si sempre venceria. Então, deixando-se a música entrar em seus corações mais uma vez se juntaram aos outros da equipe que dançavam juntos mais uma vez, onde também estavam a dupla da Tartaruga Azul.

Apesar das loucuras e pensamentos aleatórios da ruiva, Louis afirmava com toda a certeza do mundo que aquela era a garota de sua vida. De mãos dadas, os dois aproveitavam as guloseimas que eram grátis a todos os convidados da festa. Mas apesar de tudo aquilo, a garota não deixara a oportunidade de beijar o garoto que sempre estivera ao seu lado em todos os momentos e que sempre quisera sem nem ao mesmo perceber. Louis poderia não ser muitas coisas, mas era o suficiente para completar o mundo da portadora do miraculous do pavão em seus braços.

—--

Sozinhos novamente, Adrien e Marinette se encontravam olhando para o céu estrelado da cidade do amor. Ambos sempre adoravam encarar o céu noturno quando estavam em patrulha, ainda na época que trabalhavam em sozinhos. Antes da escolha do resto da equipe. Antes da derrota de Hawk Moth. Antes de tudo o que acontecera depois. Uma brisa suave batia no rosto da morena e a fazia se encolher um pouco, chamando a atenção do loiro ao seu lado. Passando os braços ao seu redor, o calor do corpo do namorado fora o suficiente para lhe aquecer. Deixando um pequeno suspiro sair de si, a garota se surpreendeu quando uma música remixada, mesmo sendo abafada, começou a tocar ao longe.

— Você aceita mais uma dança My Lady? – Adrien indagou se separando o suficiente para encarar a garota. A mesma sentiu um pequeno rubor em seu rosto e lhe lançou um sorriso de canto quando o garoto começou a se mover lentamente. – Sabe de uma coisa? – sussurrou para a mesma.

— O que? – Marinette sussurrou de volta para o garoto, o fazendo voltar a olhar para cima. Seguiu seu olhar ainda um pouco curiosa.

— Eu amo você. – o loiro contou com uma gargalhada, enquanto recebia um soco no ombro vindo de sua amada. Retirando o colar com o pingente com o nome que ambos formavam juntos, lhe encarou com um sorriso maroto. – Para sempre purr-cesa?

Marinette imitou o que o garoto fizera, juntando ambos os colares e deixando a palavra “Adrinette” refletir a luminosidade que estava sob os dois. A garota podia jurar que vira um resquício luminoso passar pelas letras e desaparecer bem diante dos seus olhos. Dando ombros, permitiu-se se perder na imensidão esmeralda a sua frente e esticando-se na ponta dos pés, louca para aproveitar mais uma lembrança em sua cabeça, sussurrou sua resposta já esperada:

— Pra sempre gatinho.

 E no fim, mais uma vez estava provado e selado o amor que aqueles dois garotos sentiam um pelo outro, onde, aquele amor, o amor de verdade e sincero que carregavam no peito, era a arma mais poderosa que eles poderiam usar. E assim, tal sentimento iria se espalhar cada vez mais por onde passassem e onde encontrassem uma ameaça, seja para ambos como para todos os seus amigos.

Pois como diria a legítima Musa Anônima:

"Always and forever and ever I will be with you.

Forever I will love you.

Because we're better together."

 

The End


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Notas finais do capítulo

É isso, huehuehue :v
BORA CURTIR A SEGUNDA TEMPORADA DE MIRACULOUS: AS AVENTURAS DE LADYBUG CAMBADA! >D<

E pra quem quiser saber a música que eu usei aqui vou deixar os link's aqui embaixo. E antes que me questionem: DISNEY PORQUE SIM >:)

https://www.youtube.com/watch?v=jROCTx4d8yk
https://www.vagalume.com.br/descendants/you-and-me-traducao.html



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