Garota milagrosa escrita por Erin Noble Dracula
P.O.V. Andrômeda.
A roupa que a minha irmã escolheu usar me chocou. Não tem nada a ver com ela, com a personalidade dela e isso é preocupante.
—Artemísia, seja o que for que planeja... não faça.
—Eu tomo minhas próprias decisões.
P.O.V. Artemísia.
Assim que entramos fomos o centro das atenções. Tivemos aula de matemática, biologia e sociologia antes do almoço.
Na hora do almoço, eu me sentei debaixo de um carvalho no pátio e peguei os dois livros que trouxe na mochila.
—O livro dos mortos, trás a vida e o livro dos vivos... leva embora a vida.
O livro dos vivos era feito de ouro puro e o dos mortos feito de mármore preto. Tirei a chave do pescoço e virei até abrir o livro.
P.O.V. Senhora O' Connel.
Eu sou professora de história, formada em arqueologia e dou aulas na Forks High. Estava no meu horário de almoço, caminhava no pátio quando vi uma garota de longos cabelos ruivos sentar-se sob a sombra de um carvalho e tirar da bolsa dois livros antigos, muito antigos. Ela os abriu com uma chave que carregava no pescoço.
—Com licença senhorita?
—O que você quer?
—Precisa de ajuda para ler o que está escrito ai?
Ela olhou pra mim e respondeu num antigo egípcio perfeito:
—Não. Mas, obrigado.
—Sabe falar egípcio antigo?
—Está explícito.
—Que livros interessantes, eu nunca tinha visto nada igual.
—Esses livros não são pra vocês. Vocês os usariam para fazer o mal, usaram pra fazer o mal á três mil anos atrás como uma torrente maligna destruindo tudo no caminho.
Um rapaz apareceu e ele veio direto até ela.
—E ai gatinha, eu sou o Dragão.
—É mesmo? Um dragão? Que interessante. Eu tenho um presente para você, afinal eu adoro dragões.
Ela acendeu uma pequena fogueira, colocou um caldeirão negro sob ela e lá dentro jogou uma enorme corrente de ouro que derreteu.
—O que está fazendo?
Ela pegou o caldeirão e respondeu:
—Uma coroa, para um rei.
Então a garota despejou o ouro quente e líquido sob ele. Matando-o.
—Jesus!
—Ele não era um dragão. O fogo não pode matar um dragão.
A maneira como ela falava era sem sentimento nenhum, sem nenhum remorso ou culpa pelo que acabara de fazer com o rapaz. Ela nem piscou, ficou encarando o corpo do menino enquanto falava.
—Qual é o seu nome?
—Artemísia.
Ela recolheu os livros e saiu. Fiquei chocada com a frieza que ela tratou o menino morto, ela nem se importou.
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