Garota milagrosa escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 14
Alunas novas




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P.O.V. Andrômeda.

A roupa que a minha irmã escolheu usar me chocou. Não tem nada a ver com ela, com a personalidade dela e isso é preocupante.

—Artemísia, seja o que for que planeja... não faça.

—Eu tomo minhas próprias decisões.

P.O.V. Artemísia.

Assim que entramos fomos o centro das atenções. Tivemos aula de matemática, biologia e sociologia antes do almoço.

Na hora do almoço, eu me sentei debaixo de um carvalho no pátio e peguei os dois livros que trouxe na mochila.

—O livro dos mortos, trás a vida e o livro dos vivos... leva embora a vida.

O livro dos vivos era feito de ouro puro e o dos mortos feito de mármore preto. Tirei a chave do pescoço e virei até abrir o livro.

P.O.V. Senhora O' Connel.

Eu sou professora de história, formada em arqueologia e dou aulas na Forks High. Estava no meu horário de almoço, caminhava no pátio quando vi uma garota de longos cabelos ruivos sentar-se sob a sombra de um carvalho e tirar da bolsa dois livros antigos, muito antigos. Ela os abriu com uma chave que carregava no pescoço.

—Com licença senhorita?

—O que você quer?

—Precisa de ajuda para ler o que está escrito ai?

Ela olhou pra mim e respondeu num antigo egípcio perfeito:

—Não. Mas, obrigado.

—Sabe falar egípcio antigo?

—Está explícito.

—Que livros interessantes, eu nunca tinha visto nada igual.

—Esses livros não são pra vocês. Vocês os usariam para fazer o mal, usaram pra fazer o mal á três mil anos atrás como uma torrente maligna destruindo tudo no caminho.

Um rapaz apareceu e ele veio direto até ela.

—E ai gatinha, eu sou o Dragão.

—É mesmo? Um dragão? Que interessante. Eu tenho um presente para você, afinal eu adoro dragões.

Ela acendeu uma pequena fogueira, colocou um caldeirão negro sob ela e lá dentro jogou uma enorme corrente de ouro que derreteu.

—O que está fazendo?

Ela pegou o caldeirão e respondeu:

—Uma coroa, para um rei. 

Então a garota despejou o ouro quente e líquido sob ele. Matando-o.

—Jesus!

—Ele não era um dragão. O fogo não pode matar um dragão.

A maneira como ela falava era sem sentimento nenhum, sem nenhum remorso ou culpa pelo que acabara de fazer com o rapaz. Ela nem piscou, ficou encarando o corpo do menino enquanto falava.

—Qual é o seu nome?

—Artemísia.

Ela recolheu os livros e saiu. Fiquei chocada com a frieza que ela tratou o menino morto, ela nem se importou.


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